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 tsunami

 
 

Ilhas Salomão:

Tsunami destrói um terço das casas nas Ilhas Salomão*

Onda foi causada por tremor de terra na segunda-feira; novo sismo foi registrado sem causar danos nesta terça (05/01).

 

Um terremoto de 6.8 graus na escala Richter atingiu as Ilhas Salomão nesta terça-feira, 5, mas não houve relatos de danos ou formações de tsunami. O sismo ocorre um dia após um terço das residências do arquipélago serem destruídas por uma onda gigante causada por um deslocamento de terras submarino.

 

"Não tivemos relatos de danos ou ameaças de tsunami. O tremor foi um pouco mais forte que o da noite anterior", disse um policial das Ilhas por telefone.

 

Na segunda-feira, 4, dois terremotos atingiram o arquipélago e provocaram deslizamentos de terra em zonas remotas que, junto de um tsunami, destruíram as casas de um terço da população das Ilhas Salomão.

 

Os moradores das Ilhas, entretanto, se salvaram, já que se lembraram de desastres anteriores, como o de 2007, e fugiram rapidamente para regiões mais altas.

 

Pelo ar pode-se ver os grandes danos ocorridos na ilha após um terremoto de 7,2 graus da escala Richter que provocou deslizamentos de terra na segunda-feira, disse o diretor do escritório de gerência de desastres, Loti Yates.

 

Não há relatos de feridos graves depois de 30 horas da ocorrência do maior de uma série de tremores que provocou um tsunami que resultou numa onda de 3 metros e atingiu a costa.

 

Porém, mais de mil pessoas foram afetadas depois que cerca de 200 casas foram destruídas em Rendova, ilha a cerca de 300 quilômetros da capital Honiara. Apenas 3.600 pessoas vivem em Rendova.

 

* Informações da Reuters e Associated Press

 

*  *  *

 

DO ARQUIVO

 

30 dias depois das tsunamis:

O cheiro de morte ainda paira no ar

 Corpos ainda são encontrados entre os escombros, o número total de vítimas

chega a quase 300 mil e a causa do incidente ainda continua encoberta.

 

Por Pepe CHAVES*

para Via Fanzine

 

EXPLOSÃO SUBMARINA: Teste nuclear da França no ano de 2003, em Bikini, Polinésia Francesa.

 

Após 30 dias da tragédia que devastou grande parte do sul da Ásia, acredita-se que mais de 280 mil pessoas, de diversos países, perderam suas vidas. O abalo natalino que se reproduziu num terremoto de 9 pontos na escala Richter teve seu epicentro próximo à Indonésia (país mais atingido), repercutiu - em forma de gigantescas ondas – que se espalharam por mais de 5 mil quilômetros, atingindo em 6 horas a distante costa africana. Também no continente africano, dezenas de pessoas morreram, mesmo estando elas situadas a uma distância considerável do epicentro do tremor.

 

A princípio, tratado como um desastre natural submarino, a catástrofe asiática tem revelado indícios de ter sido um acidente provocado pela ação humana. Testes nucleares com explosões submarinas são feitos em diversos locais do globo, notadamente nos atóis de Bikiki e Mururoa, pela França.

 

OUTRO TESTE NUCLEAR da França no ano de 2003, em Bikini, Polinésia Francesa. Os pontos escuros

no mar são navios colocados próximos para se estudar o impacto da explosão sobre os mesmos.

 

É importante lembrar que na década de 90, notadamente no ano de 1995, a França realizou uma série de explosões submarinas na região de Mururoa, na Polinésia Francesa. Naquele ano, o ato bélico provocou repúdio e manifestações diante às embaixadas da França em diversos países, inclusive no Rio de Janeiro, onde ativistas do Greenpeace pintaram o rosto e vestiram roupas negras em manifesto.

 

Em sua edição impressa nº 22, de 21 de novembro de 1995, o jornal mineiro Via Fanzine trazia esta notícia, estampando foto dos ativistas cariocas vestidos de “morte” [ao lado] em protesto diante da embaixada francesa no Rio.

Naquela ocasião, em editorial, assinamos artigo em repúdio às atividades nucleares francesas em Mururoa, afirmando que "nós não podemos deixar passar em branco, acreditamos que a consciência ambiental deve prevalecer sobre os interesses nucleares. A preservação do planeta deve ficar acima da preservação das guerras do futuro".

Se há dez anos, estes testes estavam sendo desenvolvidos deslavadamente, a todo vapor, como poderiam estar sendo executados em tempos atuais?

 

 UM AVISO  HÁ 10 ANOS: Em novembro de 1995 ativistas

do Greenpeace no Brasil promoveram manifesto em

frente à embaixada francesa no Rio de Janeiro, quando da

publicidade das explosões nucleares no atol de Mururoa.

 

O jornal egípcio Al-Osboa’, em recente edição de 20/01/2005, veiculou artigo denunciando atividades nucleares movidas pela Índia, Israel e Estados Unidos na região da catástrofe, das quais “os peritos nucleares dos EUA e Israel participaram”. Segundo o noticiário, o incidente teria como causa uma explosão submarina de grosso calibre, a qual integrava testes nucleares indianos para o desenvolvimento de sua bomba atômica, visto a notória “corrida armamentista nuclear” que este país mantém com seu vizinho Paquistão.

 

O Al-Osboa’ afirma ainda que "o intercâmbio entre os peritos nucleares de  Israel e Índia somado à pressão dos EUA sobre o Paquistão, através de fornecimento à Índia de tecnologia nuclear avança-da, impedindo Islamabad de cooperar com os estados asiáticos e islâmicos no domínio nuclear, põe um grande ponto de interrogação sobre as causas que estão por trás do violento tremor de terra asiático".

Devemos lembrar também que no final de 2002, os Estados Unidos retomaram seus testes nucleares, ociosos desde 1992, “a informação consta em documento enviado hoje (18 de novembro de 2002) a membros do Conselho de Armas Nucleares.  O subsecretário de Defesa Edward Aldrige disse que seria desejável ter acesso aos potenciais benefícios obtidos com o retorno dos testes nucleares a respeito de segurança de armamentos, segurança e confiabilidade”, conforme informou a Agência Reuters, naquela data.

PARAÍSO ARRASADO - A Ilha de Pukhet na Tailândia foi

um dos locais mais devastados pela catástrofe que afetou

diretamente o Turismo e a economia de toda a região.

 

No citado informe, a Reuters colocou ainda que “Aldridge parece estar preparando as bases para novos testes. Ele fez uma série de recomendações para revisões do sistema de manutenção de estoques, que começaram quando os Estados Unidos desistiram dos testes. Uma das sugestões foi a revisão do ‘valor do programa de testes de baixo impacto’". Finalizando seu informe, disse a Reuters: “O governo Bush pediu dinheiro ao Congresso para melhorias em locais de testes e para explorar a idéia de armas que penetram em abrigos. Autoridades norte-americanas dizem que o governo ainda não tomou qualquer decisão de retomar os testes nucleares. Mas Bush abandonou o compromisso de seu antecessor, Bill Clinton, ao tratado que proíbe para sempre os testes nucleares”.

 

'Enquanto a maioria dos países desenvolvidos se preocupa

em combater o terrorismo do Oriente Médio,

eles próprios institucionalizam o terrorismo global,

ao praticarem medidas como essas citadas (testes nucleares)'

 

Estes são ínfimos exemplos reais da constante atividade nuclear desenvolvida por nações economicamente potentes. Estes comportamentos bélicos e nocivos à espécie humana vêm manchar a aura de humanitarismo que a nação francesa sempre procurou passar ao mundo. Já para os Estados Unidos, soam apenas como mais uma de suas muitas supra-afirmações como potência bélica mundial (a que tudo pode).

 

 

 

Enquanto a maioria dos países desenvolvidos se preocupa em combater o terrorismo do Oriente Médio, eles próprios institucionalizam o terrorismo global, ao praticarem medidas como essas citadas (testes nucleares) e, em tão somente, por virem à mídia “expor” sua potencialidade, como se estivessem a dizer: “podemos destruir qualquer nação que desejamos e já destruímos algumas como mostra disso”.

É lamentável que em pleno século XXI aconteçam atos de tanta arbitrariedade, sem a mínima inspeção adequada e aos quais, a ONU parece estar vendada, ao não reagir publicamente à altura, diante da dimensão dos fatos. Os governos das nações atingidas e a própria ONU têm por obrigação, apurarem as causas dessa catástrofe e punir seus responsáveis. O que é lamentável e que todo cidadão esclarecido do mundo pode perceber é o fato de a ONU cruzar os braços diante das arbitrariedades de países que integram seus conselhos e controlam os seus principais departamentos, usando a instituição como escudo e legalização de seus próprios interesses.

Após  um  mês  da tragédia, só  se há  especulação    e nada  de  concreto  veio   à tona  sobre  o  que  causou tais efeitos devastadores.

Parece   haver  uma  grande comodidade, até mesmo por parte  das  grandes  nações que, se não  estão  metidas nisso,   deveriam    ser    as primeiras  –  com   as   suas tecnologias avançadas  -  a estudarem  a  ocorrência  e dar-lhe    o   seu  veredicto científico e real.

Porém,  passados  estes  30 dias,   em   toda   a   região atingida,  corpos  ainda  são encontrados  aos   milhares, pilhados     entre    lixo     e escombros  ruminados   pelo mar   selvagem.    Enquanto isso, os líderes das  grandes potências terrestres, salvos dessa repentina  carnificina, apenas  lamentam  e  agora “ajudam”,  aos seus  modos, aos povos desgraçados pela catástrofe,  a  qual   poderá ser    percebida,    possivel-mente  em  breve,  como  a maior  tragédia  atômica  da aventura  humana na crosta terrestre.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br).

 

- Fontes: Reuters/AP/Al-Osboa’/Via Fanzine.

- Imagens: AP/O Globo/Arquivo Via Fanzine.

 Colaboraram: Analígia Santos Francisco e Antônio Siqueira, ambos do Rio de Janeiro.

- Nota do editor: Nossa política editorial veta a veiculação de imagens atrozes e mórbidas, no entanto, neste caso, abrimos uma exceção, por motivo de força maior, ao mostrar acima imagem de corpos humanos jogados entre os escombros da tragédia, justamente, com o intuito de que a comoção toque a opinião pública que, ao nosso ver, deve estar ciente das dimensões e causas desse incidente.

 
 
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