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 Stonehenge

 

Stonehenge:

Pedreira foi localizada a 225 quilômetros de distância

Arqueólogos e geólogos revelam a origem do famoso

monumento megalítico de pedras azuis.

 

Pedreira de onde foram retiradas as rochas para compor o monumento

de Stonehenge, situada a 225 quilômetros da construção.

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A descoberta de duas pedreiras no País de Gales confirmou a origem das pedras azuis de Stonehenge, localizadas a aproximadamente 225 quilômetros de distância. Os arqueólogos e geólogos da Universidade College London (UCL) lançam luz sobre como estas pedras foram removidas e transportadas das montanhas de Preseli Hills em Pembrokeshire.

 

As grandes pedras eretas em Stonehenge são compostas de sarsen, um arenito local, mas as menores, conhecidas como pedras azuis, vêm dos montes Preseli, do Parque Nacional Pembrokeshire Coast. Os geólogos já reconheciam desde a década de 1920 que as pedras azuis foram levadas para Stonehenge a partir de algum lugar do Preseli Hills, mas só agora trabalham com arqueólogos para localizar e escavar as minas de onde provém o material.

 

As pedras azuis de Stonehenge são de rochas vulcânicas e ígneas, as mais comuns são chamadas de dolerita e riolita. Richard Bevins (do Museu Nacional de Gales) e Rob Ixer (UCL e da Universidade de Leicester) identificaram o afloramento Carn Goedog como a principal fonte de pedras azuis manchados de dolerita encontradas em Stonehenge e o afloramento de Craig Rhos como uma fonte das riolitas azuis.

 

A formação especial da rocha, que forma pilares naturais nesses afloramentos, permitiu que os pedreiros pré-históricos separassem cada megalito com um mínimo de esforço. "Eles só tinham que inserir cunhas de madeira nas rachaduras entre os pilares e, em seguida, deixar que a chuva fizesse o resto. O inchaço da madeira facilitaria a remoção da rocha. Então, logo baixaram as colunas, através de plataformas, uma espécie de 'doca' de onde as enormes pedras poderiam ser arrastadas ao longo de trilhas que levam a cada pedreira", disse Josh Pollard, da Universidade de Southampton.

 

A datação por radiocarbono das fogueiras em acampamento nas pedreiras revelou que havia várias explorações nestes afloramentos. Stonehenge foi construído durante o Neolítico, faz entre quatro e cinco anos. Nas pedreiras já eram extraídas rochas naquele período. "Acreditamos que a extração em Craig Rhos ocorreu por volta de 3400 a.C. e em Carn Goedog por volta de 3200 a.C., o que é intrigante, porque as pedras azuis não foram colocadas em Stonehenge até por volta de 2900 aC", disse o professor Parker Pearson.

 

"Poderia ter levado 500 anos para trazê-las para Stonehenge, mas isso é pouco provável, em minha opinião. É mais provável que as pedras foram utilizadas pela primeira vez em um monumento localizado em algum lugar perto das pedreiras, para depois ser então desmontado e arrastado até Wiltshire", afirma Pearson.

 

Pela posição geográfica, os especialistas acreditam que a única direção lógica para a viagem das pedras azuis seria o norte e, em seguida, quer por via marítima em torno de Sait David's Head, ou a leste, por terra, através dos vales ao longo do percurso onde hoje está a autoestrada A40. Particularmente, acredito que a rota terrestre seria mais provável. Cada um dos 80 monólitos tinha peso inferior a duas toneladas e com isso, poderiam ser arrastados por equipes de pessoas ou bois", afirmou o professor Parker Pearson.

 

"O Stonehenge era um monumento de Galês desde a sua criação. Se pudermos encontrar o monumento original no País de Gales onde foi construído, seremos finalmente capazes de resolver o mistério sobre o porquê de se construir Stonehenge e como algumas de suas pedras foram levadas para o seu destino final", finalizou o professor.

 

* Informações de lavozdegalicia.es.

   07/12/2015

 

- Tradução: Pepe Chaves, para Via Fanzine.

 

- Foto: UCL.AC.UK.

 

Extra:

Visite o portal Stonehenge Hidden Landscape Project

 

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