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Yuri Leveratto
Novo livro: Explorações na América do Sul 2006-2011 Na América do Sul existem grandes áreas da floresta amazônica, ainda não exploradas.
Por Yuri Leveratto* Trinidad, Amazônia Boliviana Para Via Fanzine 10/01/2013
Em seu novo livro, o pesquisador italiano Yuri Leveratto aborda regiões ainda não exploradas da Amazônia. Leia também: Explorações na América do Sul 2006-2011 - Yuri Leveratto O mistério dos petroglifos peruanos de Pusharo - Yuri Leveratto Centenário da redescoberta da Cidade Perdida da Bahia - O. Dyakonov Teria o Egito herdado a cultura dos atlantes? - Eduardo Miquel Cidades e povos perdidos no Brasil - J.A. Fonseca Cidades e segredos ainda pouco explorado em Minas Gerais - J.A. Fonseca Vida e descobertas de Gabriele D’Annunzio Baraldi - Oleg Dyakonov Gomar e o Relatório de Natividade - exclusivo VF Assista vídeo feito por Leveratto em Punsharo
Durante a minha infância sonhei com a América do Sul, enquanto pesquisava um atlas antigo que me tinha sido dado pelo meu tio Fausto. Olhando para alguns mapas da Amazônia, a minha imaginação voava e eu pensei em explorar esses vastos rios, à procura de vestígios de civilizações antigas.
Eu conheci a América do Sul em 1989, em uma viagem com um amigo italiano. A primeira cidade que visitei foi o Rio de Janeiro, com alegria, com música e praias intermináveis.
Depois nós estávamos em Salvador, onde eu estava interessado no famoso bairro histórico, Pelourinho.
Mas eu sentia que estava faltando alguma coisa importante para ver, tocar, cheirar. Era o Rio Amazonas, o maior rio do mundo, que eu sonhava há anos, desde que eu era criança.
Então nós fomos para Manaus, e empreendi uma exploração de um afluente do rio Amazonas. Desde então, o grande rio entrou no meu coração e eu nunca esqueci.
Muitos anos passaram desde então, e depois de trabalhar em navios de cruzeiro decidi viver na América do Sul, no entanto, eu me fixei na Colômbia, Cartagena de Índias, onde morei por vários anos.
Deste país sul-americano, cheio de contrastes, mas charmoso e sempre imprevisível, já expandi meus horizontes.
Durante uma longa caminhada na Sierra Nevada de Santa Marta, a mais alta montanha na Colômbia, conheci os nativos Kogui e percebi que ainda há um mundo paralelo na América do Sul, onde os nativos têm uma visão "diferente" da vida, em oposição ao individualismo típico de nós, ocidentais. Eu continuei a explorar além da aldeia Kogi para a Cidade Perdida, Teyuna, um interessante sítio arqueológico localizado no mesmo vale.
Desde então, tenho notado que a América do Sul é um tesouro inesgotável de povos, bem como vestígios arqueológicos escondidos se não totalmente desconhecidos, à espera de serem descobertos.
Minha paixão pela antropologia e arqueologia me levou a realizar explorações na Colômbia e também no Peru, Bolívia e Brasil.
Hoje nós pensamos que o mundo está totalmente mapeado e conhecido. Nada poderia estar mais longe da verdade.
Na América do Sul existem grandes áreas da floresta amazônica, ainda não exploradas.
Algumas pessoas questionaram a minha afirmação, observando que há agora um mapeamento por satélite e aéreo. Aqueles que dizem isso não conhecem a geografia do continente em questão.
Pelo menos dois milhões de quilômetros quadrados de floresta tropical, perto da fronteira entre Brasil e Colômbia, Peru e Bolívia, estão quase sempre cobertos por uma espessa camada de nevoeiro, por isso as fotos de satélite ou antena (muito menos do Google Earth), tornam-se inúteis.
Depois, há o mato, que é uma barreira quase impenetrável para quem quiser tentar explorar alguns dos vales do Amazonas, e há também a dificuldade de acesso representada pelos nativos, zelosos de suas tradições.
Eles muitas vezes não permitem que estrangeiros entrem no seu território, como aconteceu, por exemplo, em Quitaparaya, além Pongo Mainique, no Rio Urubamba (Peru).
Neste meu livro, eu descrevo 18 expedições em quatro diferentes países sul-americanos: Colômbia, Peru, Bolívia e Brasil.
A maioria destas explorações teve como objetivo a pesquisa arqueológica: a identificação de algumas ruínas antigas conhecidas, muitas vezes localizadas em locais de difícil acesso, a interpretação dos petroglifos e pinturas rupestres em áreas remotas, e descobertas arqueológicas totalmente desconhecidas.
Algumas destas pesquisas têm tido objetivos naturais (Alto Rio Madidi) e contato com os povos indígenas (Sierra Nevada de Santa Marta, Petroglifos de Pusharo).
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* Yuri Leveratto é italiano e atualmente reside na Colômbia. É pesquisador arqueológico e de antigas culturas. Seu portal oficial é http://www.yurileveratto.com/po/.
- Imagem: Arquivo Y. Leveratto©.
- Tradução: Alvaro Bautista (Bogotá, Colômbia).
- Revisão e adaptação: Pepe Chaves (Belo Horizonte, Brasil).
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- Produção: Pepe Chaves. © Copyright 2004-2013, Pepe Arte Viva Ltda.
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