O Menino dos Horizontes
livro de Pepe Chaves
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Pepe
Arte Viva, 1997, Itaúna-MG. |
Comentário do autor:
Sem se
preocupar com a poesia em si, este trabalho é calcado na simplicidade e na
singularidade da lingüística poética; poderia definir assim...
O menino
dos horizontes representa a tarde eterna; em algum lugar do globo,
neste instante, há um pôr-do-sol! E é lá que ele está; no seu lugar!
Num local supremo e eterno, num estado de espírito; ou melhor: “vestido de
espírito do pôr-do-sol”.
Este
espírito crepuscular, que tem em si a pureza de uma criança,
desconhece os limites do seu mundo de guardião dourado. Tudo que conhece é
a luz do sol, o vento, a fauna e a flora. Vive num planalto, onde pode
avistar as terras mais longínquas. Aos pés do planalto está o belo vale,
onde às vezes ele passeia para ouvir o cantar dos pássaros e sentir a doce
brisa das plantas. Os homens da terra e suas invenções estão distantes de
sua compreensão; de seu inocente mundo solar.
O enredo
soará ao longo da leitura como um temor calado no peito de muitos homens -
daqueles que esperam por um bom futuro! O poder da Física, da
Química e dos armamentos atuais, aliados à maldade e à ganância humana
pode destruir este planeta! É claro que, se quiser, o homem pode banir
para sempre as tardes douradas da face da terra!
E assim esta
história se faz, entre os tons dourado-azul-lilases do pôr-do-sol;
mas também entre o negro e o cinza provindos do perigo nuclear. Assim
poderia esta história que você vai ler ser tachada de um temor; ou um
presságio; um delírio; ou o futuro?
Ou
quem sabe, apenas um sonho de criança...
P R E F Á C I O:
Com as
tintas do
pôr-do-sol
Reafirmo o
que disse o autor deste livro: "sem se preocupar com a poesia em si,
este trabalho é calcado na simplicidade e na singularidade da lingüística
poética". Mas... vou além. O Menino dos Horizontes é toda
uma narrativa de beleza e sensibilidade, onde as personagens, como que
saídas de um mundo mágico, encantam o leitor, não só pelo enredo, e sim
pela profundidade do tema que aborda: a preservação da natureza. Dele não
sei dizer exatamente o que mais me fascinou: se as gêmeas Fauna e Flora, o
malabarismo do Vento, ou o Menino, cujo coração e imagem têm o
encantamento de um pôr-do-sol.
Livro para ser lido por pessoas de todas as idades, sua mensagem forte e
tenra, verdadeira e renovadora, conduz o leitor a trilhar caminhos de
infinita ternura. Ao mesmo tempo que adverte sobre as graves conseqüências
da mutilação da natureza em nossos dias.
José Geraldo Chaves, conhecido como Pepe, editor do jornal Via Fanzine,
iniciou-se muito bem na literatura. É desses valores novos, cujo talento
já se mostra em seu primeiro livro.
Maria Lúcia Mendes
Da Academia
Municipalista de Letras de Minas Gerais.
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