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defesa
Ministério da Defesa: 'Das ist Jobim' Certo ou errado deu o ar para os militares respirarem.
Por Nelson During*
Nelson Jobim
Com uma crise no transporte aéreo provocada pela morte de 400 pessoas, em dois acidentes, e uma sublevação militar dos controladores de vôo, assumiu a pasta da Defesa o jurista Nelson Azevedo Jobim.
Marcou presença ao assumir, no dia 26 de julho de 2007, com uma frase polêmica do primeiro-ministro inglês Disraeli. “Never complain, never explain, never apologise”. Nunca se queixe, nunca se explique, nunca se desculpe. Complementou: “Aja ou saia. Faça ou vá embora”.
E não perdeu tempo, tratou de ocupar o espaço, no qual os militares encontram-se perdidos, há várias décadas. Objetivo número um era afastar a crise aérea para longe do Palácio do Planalto. O número de mortos é uma armadilha da história, pois no documento oficial do governo Lula, publicado em 2007, “Direito à Memória e à Verdade”, são citados cerca de 400 nomes entre mortos e desaparecidos.
O neófito Jobim ocupou os espaços e incorporou os conhecimentos específicos da área militar. Comentários jocosos pela iniciativa de vestir uniformes militares e no princípio, pela falta de costume, os militares o promoveram quatro estrelas.
Batalhou para que o Ministro Mangabeira Unger chegasse a um porto com a Estratégia Nacional de Defesa (END). E com base nela, desde 2008, conseguiu dar um rumo, aos perdidos no espaço.
Certo ou errado deu o ar para os militares respirarem. Mesmo as questões polêmicas como a ingerência no processo de avaliação do Programa F-X2 pode ser considerada como dentro dos novos parâmetros estabelecidos pela END. Hoje os militares propagam discretamente o “Jobimismo”, ou permanência do ministro no comando da área de defesa.
Seus ataques contra a possível ingerência no Atlântico Sul, e a criação da Doutrina “Mare Brasilis” o tornam um novo guru da esquerda e da direita. E atônitos a analistas estrangeiros como ocorreu na VII Conferência Forte de Copacabana (03/11). A impetuosidade e eloquência quase acabaram com a visita e o acordo de defesa, que seria assinado dias depois em Berlin.
Enfim Jobim é uma figura própria e enigmática que pode ser dito como: “Das ist Jobim”.
* Nelson During é editor-chefe do portal Defesanet.
- Tópicos relacionados Jobim reafirma vantagem de caças franceses para a FAB Várias informações sobre o Projeto F-X2 - Brasil compra de caças F-X2: Lula e sucessor anunciarão decisão
* * * Relatório da Abin Abin localiza boias suspeitas próximas ao CLA Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) investiga a possibilidade de espionagem e até mesmo risco de sabotagem no programa brasileiro e ucraniano de lançamento de foguetes.
Da Redação*
Boias encontradas estavam com equipamento de telemetria, o que significa dizer que processavam o envio e recepção de dados, possivelmente, através de satélites.
Boias telemétricas
O jornal Folha de S.Paulo informa que teve acesso a um relatório reservado sobre equipamentos de telemetria (que podem captar, enviar e processar dados à distância) instalados em boias apreendidas em praias que cercam o CLA (Centro de Lançamentos de Alcântara), no dia 11 de outubro do ano passado.
O jornal paulistano informa ainda que esta foi a terceira vez que a agência encontra o mesmo tipo de aparelho nos arredores de Alcântara. Segundo as informações, a hipótese de que o equipamento pode ser utilizado para interferir nas comunicações entre os foguetes e a base de Alcântara não foi descartada. Os técnicos do instituto também ressaltaram o fato de Alcântara estar muito distante das rotas de pesca em alto-mar. Eles trabalham agora numa perícia mais aprofundada.
A Folha reproduziu trechos do relatório da Abin, entre eles, os seguintes, “A agência tem monitorado o aparecimento de boias em intervalos de dois em dois anos, nas praias do CLA. Elas são acionadas por controle remoto via satélite e têm capacidade de enviar, transmitir e medir frequência, além de possuírem espaço suficiente para abrigarem corpos estranhos; estão equipadas com bateria de longa duração e painel solar”.
O relatório segue afirmando que, “Há de se estranhar a presença dessas boias no local porque a região não tem indústria pesqueira, não está na rota de barcos que utilizem essas boias, elas não se deslocam para muito distante de onde são colocadas e, no entanto, só são encontradas nas praias próxima ao CLA, apesar dos quilômetros de praias existentes no Maranhão”, diz o documento.
Um histórico negro
Vale lembrar que o CLA já sofreu um grave acidente onde morreram 21 funcionários do programa espacial brasileiro. O CLA é um dos principais braços da Agência Espacial Brasileira (AEB) que teve emperrado o seu mais ousado programa, que é o de lançamento de satélites. O acidente em Alcântara foi visto por diversos brasileiros e pesquisadores da área aeroespacial, como um ato de sabotagem para que o programa brasileiro de Veículos Lançadores de Satélites (VLS) não decolasse – como não decolou.
Ainda segundo a Folha, a Abin ainda não conseguiu esclarecer se os aparelhos instalados nas boias estavam em operação durante lançamentos feitos da base de Alcântara. No dia 19 de julho de 2007, por exemplo, período intermediário entre duas apreensões (2006 e 2008) dos equipamentos, o CLA lançou o foguete VSB-30. O teste foi parcialmente bem-sucedido.
O foguete percorreu o trajeto estipulado e o chamado módulo útil pousou no mar, mas o equipamento não foi encontrado após o lançamento, como previsto. Na época, o CLA informou que, “durante a queda, houve oscilações no sinal de telemetria, o que dificultou o resgate do módulo após o lançamento”.
Boias espanholas e japonesas
As boias encontradas em outubro são de dois fabricantes diferentes, um espanhol e outro japonês. O modo de transmissão de dados do primeiro é via satélite. O do segundo, por ondas VHF e/ou UHF. Agentes da Abin envolvidos na investigação ressaltam que, em casos de espionagem, é comum a adaptação de aparelhos normalmente empregados em outras finalidades para camuflar a ação clandestina.
Essas boias são utilizadas para pesca em alto-mar, na localização de cardumes, mas têm capacidade de interferir nos sinais de navegação dos foguetes se para isso forem programadas, de acordo com a Abin. O equipamento foi submetido à análise do Instituto de Pesquisas da Marinha, no Rio.
Abin monitora o CLA com especial atenção
O CLA é um dos locais em que a Abin promove um trabalho preventivo de proteção do conhecimento nacional. A agência tem adotado medidas, em conjunto com dirigentes de centros de pesquisa, empresas estatais e até mesmo em companhias privadas, para tentar impedir que tecnologias desenvolvidas no país sejam alvo de espionagem ou sabotagem.
Além das boias de pesca, a Abin levanta suspeitas também sobre a presença de muitos estrangeiros na região do CLA, uma área pobre, com pouca atividade e infraestrutura turística. Em 2006, o Grupo de Trabalho da Amazônia, coordenado pela Abin, produziu um relatório que abordou o tema.
O documento informa que, segundo fontes da polícia estadual do Maranhão, havia 116 estrangeiros no dia 15 de maio daquele ano em Alcântara, quando membros do GTA visitaram a base de lançamentos. “Não foi possível saber quais as atividades que desenvolviam, tendo em vista que não haveria atividade no Centro de Lançamentos. Os altos índices de exclusão social presentes na cidade de Alcântara deixam a comunidade que ali reside exposta e fragilizada a tentativas de aliciamento e recrutamento por parte de ONG e agentes a serviço de países que muito teriam a perder com os sucessos dos lançamentos da Base de Alcântara”, diz o documento.
Segundo as informações, até hoje, nenhuma empresa no Brasil ou no exterior reclamou os equipamentos encontrados pela Abin. “Caso isso ocorresse [interferência na telemetria dos foguetes], não seriam prejudicados apenas os eventuais lançamentos a partir de Alcântara, mas também se colocaria em risco a execução de operações de rastreio de veículos espaciais estrangeiros – serviço prestado pelos centros de lançamento de Alcântara/MA e Barreira do Inferno/RN”, cita o relatório da Abin, referindo-se à análise do Centro de Pesquisas da Marinha.
Suspeitas de sabotagens são antigas
Em sua entrevista exclusiva concedida ao jornal Via Fanzine em 2007, o administrador de empresas e membro da Liga da Defesa Nacional, o paranaense Ronaldo Schlichting, falou de sua denúncia aberta sobre sistemática sabotagem contra o programa espacial brasileiro para os VLS e o próprio CLA, o que causou .
Falando conosco, Ronaldo Schilichting afirmou que chegou à conclusão de sabotagem contra o CLA naquele fatídico acidente, “Simplesmente analisando as contradições do Brigadeiro Tiago da Silva Ribeiro comandante dos três lançamentos e a leitura dos pífios relatórios elaborados pelas três comissões que tentaram, mas não conseguiram, até hoje, determinar as causas dos fracassos relativos aos vôos 01, 02, 03”.
As autoridades da Defesa e da Segurança devem continuar atentas com relação ao CLA, já que, sabe-se bem, muitos são os interesses contrários ao fato de o Brasil criar sua autonomia para o rentável negócio de lançamento de satélites.
* Com informações da Folha de S.Paulo e Ronaldo Schlichting. - Foto: Abin - Link relacionado - entrevista exclusiva com Ronaldo Schlichting: http://www.viafanzine.jor.br/entrevistas8.htm
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Eurocopter no Brasil: Helibrás seleciona 12 fornecedores para o helicóptero EC-725 O presidente da Helibrás disse que as caixas de transmissão, painel de bordo e a parte estrutural do helicóptero também serão fabricados no Brasil. Por Virgínia Silveira Para o Valor Econômico
O desenvolvimento do helicóptero EC-725, recém adquirido pelas Forças Armadas brasileiras, envolverá a participação inicial de 12 empresas brasileiras, que serão as fornecedoras principais do projeto. Segundo o diretor-presidente da Helibrás, Jean Noël Hardy, dois terços dessas empresas estão instaladas no pólo aeroespacial de São José dos Campos (SP).
As empresas brasileiras capacitadas neste programa, de acordo com o executivo da Helibrás, também poderão exportar seus produtos para outros helicópteros fabricados pela Eurocopter, tornando-se uma fonte de suprimento da linha de montagem do grupo em âmbito mundial. Entre as empresas já confirmadas como fornecedoras estão a Turbomeca (motores), Aeroeletrônica (aviônicos) e a Mectron Engenharia (manutenção de radares).
O presidente da Helibrás disse que as caixas de transmissão, painel de bordo e a parte estrutural do helicóptero também serão fabricados no Brasil. "O contrato de compra dos helicópteros pelo governo brasileiro não é pura aquisição, mas envolve compromissos de nacionalização e posiciona o Brasil como player mundial na área de manutenção, revisão, produção de componentes e modernização", ressaltou.
A Helibrás, segundo Hardy, ficará ainda responsável por todo o processo de treinamento de pessoal, ferramentas, atualização de documentos e banco de provas. A Marinha, a aeronáutica e o Exército brasileiro receberão cada um, 16 unidades do helicóptero.
No evento de assinatura do contrato com a multinacional europeia Eurocopter, em dezembro de 2008, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que esse acordo poderá "transformar o Brasil na base de um grande mercado internacional para a construção de helicópteros".
A possibilidade de fornecer componentes para os helicópteros EC-725 também deverá reduzir o impacto negativo que as demissões em massa na Embraer, em fevereiro deste ano, causou nas empresas do setor aeroespacial brasileiro. A redução das encomendas feitas pela Embraer provocou uma queda de 40% na produção do setor, que também foi obrigado a demitir 30% da sua mão de obra, estimada em 5 mil funcionários. O setor aeronáutico brasileiro engloba 69 empresas, das quais 40 estão sediadas em São José dos Campos.
Com o projeto do helicóptero para as Forças Armadas, a Helibrás terá que duplicar o número de funcionários em sua fábrica de Itajubá (MG). Atualmente, a empresa conta com 307 empregados. O contrato de compra de 50 helicópteros da francesa Eurocopter, que detém 70% de participação societária na Helibrás, prevê ainda a instalação de uma linha de montagem final e a realização dos ensaios em solo e em voo dos helicópteros no Brasil.
Os helicópteros, segundo o executivo, serão produzidos gradativamente no Brasil até atingirem um índice de 50% de conteúdo nacional, num prazo de seis anos. A manutenção e o reparo dos componentes mais críticos, como motores, trem de pouso, aviônicos e caixas de transmissão também serão feitos no Brasil.
O investimento da empresa no desenvolvimento e industrialização dos helicópteros EC-725 no Brasil estão estimados de US$ 350 milhões a US$ 400 milhões. O contrato de produção dos helicópteros, avaliado em 1,89 bilhão de euros, o correspondente a R$ 5,9 bilhões, foi assinado pelo governo brasileiro em dezembro do ano passado. As primeiras entregas estão previstas para 2010.
O modelo EC-725 é a versão mais recente da família Cougar. Até o fim de 2008, segundo a Helibrás, 60 unidades dos modelos EC-725 (versão militar) e EC-225 (versão civil) estavam em operação no mundo. Bimotor médio, da categoria de 11 toneladas, o EC-725 está equipado com rotor de cinco pás e possui uma autonomia de cinco horas e meia de voo. Foi concebido para desempenhar múltiplas missões, tais como SAR (sigla em inglês para busca e salvamento), de combate, transporte tático de longa distância, transporte aeromédico, apoio logístico e missões navais.
Durante a LAAD (feira da área de defesa), a Helibrás anunciou o desenvolvimento conjunto com a Eurocopter, de um simulador de voo do EC-725, que será instalado em alguma base militar no Estado do Rio. A empresa ainda não definiu o local exato onde ficará baseado o novo simulador. O valor do simulador, segundo a Helibrás, está incluído no investimento de 150 a 200 milhões de euros que será aplicado no projeto do helicóptero.
Única fabricante brasileira de helicópteros, a Helibrás faturou US$ 112,1 milhões em 2008, o que representou um crescimento de 22% em relação ao ano anterior. No período de janeiro a dezembro de 2008, a empresa entregou um total de 26 helicópteros e negociou outros 28 novos, fechando sua carteira de pedidos em US$ 208,4 milhões.
- Foto: Divulgação. - Colaborou: Vitório Peret (RJ).
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Segurança: Fronteiras mais vigiadas PF vai ampliar vigilância sobre fronteira brasileira*
Em busca de liderança nas iniciativas de segurança na América do Sul, a Polícia Federal (PF) montou um plano para reforçar sua presença nos 16,8 mil quilômetros de divisas do País e ampliar a cooperação policial com os governos vizinhos.
O objetivo, segundo o delegado Roberto Troncon Filho, coordenador de Combate ao Crime Organizado, é intensificar o cerco aos crimes ambientais, conter a escalada do tráfico de drogas e de armas e suprir a ausência do Estado ao longo da extensa fronteira seca.
Os dois primeiros acordos entram em fase operacional este ano com os governos do Paraguai e da Bolívia, enquanto vários outros estão em fase de finalização.
Com o Paraguai, um acordo promoverá políticas de erradicação da maconha. O país é hoje o maior fornecedor dessa droga ao País, ocupando o espaço deixado com a erradicação sistemática de plantações nas principais regiões produtoras do Brasil, como Pernambuco e Bahia.
"Vamos compartilhar toda nossa experiência, inteligência e know how operacional com os colegas paraguaios", disse Troncon.
*Informações do jornal O Estado de S. Paulo.
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Pirassununga-SP: Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) é sucesso Projeto do VANT envolve FAB, EB, Marinha, Finep e uma empresa privada. Tecnologias sensíveis serão utilizadas na produção de veículos aéreos não tripulados.
Por J. Ildefonso P. de Souza* De Taubaté/SP Para Via Fanzine
Um dos testes do VANT em Pirassununga. No detalhe, a parte superior do veículo.
Integrantes do Projeto Veiculo Aéreo Não Tripulado (VANT) completaram com sucesso mais uma missão, sob a coordenação do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). Trata-se da terceira campanha de ensaios em vôo do projeto (Operação Acauã 3), realizada de 07 a 17 de outubro de 2008, na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, interior de São Paulo.
O objetivo principal da Operação Acauã 3 foi o ajuste de parâmetros das malhas de controle do Piloto Automático. A aeronave utilizada foi o segundo protótipo do VANT Acauã, desenvolvido pelo CTA. Foram realizados 12 vôos, com acompanhamento de um helicóptero CH-55 Esquilo do Grupo Especial de Ensaios em Vôo (GEEV), do CTA, exercendo a função de aeronave "paquera".
Devido às extensas simulações computacionais realizadas, foi possível reduzir significativamente o número de vôos desta campanha em relação ao originalmente previsto.
Projeto VANT
O VANT está sendo desenvolvido, em conjunto, pelo Centro Técnico Aeroespacial (CTA), Centro Tecnológico do Exército (CTEx), Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) e empresa Avibras, conforme convênio firmado com a FINEP.
O objetivo do projeto é o domínio de tecnologias sensíveis utilizadas em veículos aéreos não tripulados, através do desenvolvimento do Sistema de Navegação e Controle (SNC). A ênfase será no emprego em missões de reconhecimento tanto militares como civis.
A participação da Avibras, empresa do setor de defesa com comprovada capacitação tecnológica, facilitará uma futura fase de industrialização do sistema desenvolvido no projeto.
- Com imagens e informações do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).
* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física. Pesquisador em assuntos espaciais e consultor para Via Fanzine. - Visite seu blog: http://entrononentro.haaan.com/ - Visite sua página em VF: www.viafanzine.jor.br/ilde
- Produção: Pepe Chaves. © Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.
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Decreto cria o Sistema Nacional de Mobilização: Governo brasileiro emite alerta ao continente* Decreto que pode conflitar com as chamadas cláusulas pétreas da Constituição de 1988 foi assinado por um dos relatores da mesma, o então Deputado Federal Nelson Jobim, agora na condição de Ministro da Defesa.
Exclusivo
Discretamente e sem alardes o governo Luiz Inácio publicou no dia 02 de Outubro o Decreto Nº 6.592. Ele regulamenta o disposto na Lei nº 11.631, de 27 de dezembro de 2007, que dispõe sobre a Mobilização Nacional e cria o Sistema Nacional de Mobilização - SINAMOB.
O texto anterior publicado no fim de 2007 pode ter passado como mais um decreto burocrático, mesmo assim atraiu a atenção da imprensa internacional na época. Porém o Decreto nº 6.592 ao regulamentar o anterior apresenta um excepcional artigo, que pela primeira vez na história republicana e em especial pós-segunda Guerra Mundial, mostra uma nova postura que pode mudar a Política Externa Brasileira e afasta sua imagem de país pacifista, o que terá reflexos no futuro do país e na forma como vem tratando seus interesses.
O capítulo I, Artigo 3 ao qualificar os parâmetros de agressão estrangeira para acionar o SINAMOB explicita:
“São parâmetros para a qualificação da expressão agressão estrangeira, dentre outros, ameaças ou atos lesivos à soberania nacional, à integridade territorial, ao povo brasileiro ou às instituições nacionais, ainda que não signifiquem invasão ao território nacional.”
Usando um termo muito em voga no atual governo, “nunca neste país” um documento foi tão explícito e claro sobre quais limites o Brasil poderá avançar na defesa dos seus interesses e incluindo um termo amplo e quase irrestrito “o povo brasileiro”.
A constituição de 1988 detalha no Título I - Dos Princípios Fundamentais em seu Artigo
4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana.
O decreto que pode conflitar com as chamadas cláusulas pétreas da Constituição de 1988 foi assinado por um dos relatores da mesma, o então Deputado Federal Nelson Jobim, agora na condição de Ministro da Defesa.
O recado passado aos vizinhos é claro e incisivo. Uma agressão ou perseguição aos cidadãos brasileiros residentes no Paraguai – brasiguaios – assim como na região do Pando, na Bolívia e, uma nova ameaça de corte no fornecimento de gás e a tomada de instalações e empresas brasileiras legalmente constituídas e operando em outros países, caracterizarão a partir de agora agressões externas, e uma resposta militar por parte do Brasil passa a ter amparo legal.
A publicação do Decreto no dia 02 de Outubro às vésperas das eleições municipais e com as atenções também voltadas para os possíveis reflexos da crise econômica no Brasil, distraíram a atenção ao documento.
O Decreto também detalha a extensão das ações que serão feitas e que tanto os recursos públicos e privados serão requisitados de forma acelerada e compulsória:
Art. 27. A execução da Mobilização Nacional consiste na implementação de forma acelerada e compulsória do Plano Nacional de Mobilização. Art. 28. A execução da Mobilização Nacional tem por objetivo o emprego de recursos existentes nas estruturas pública e privada, necessários ao esforço de Defesa Nacional.
E também menciona como base da Mobilização Nacional (Logística Nacional) as descrições que seriam descritas na Estratégia Nacional de Defesa - END. A END deveria ter sido anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 7 de Setembro.
Art 2º § Para fins de Mobilização Nacional, entende-se como Logística Nacional o conjunto de atividades relativas à previsão e provisão dos recursos e meios necessários à realização das ações decorrentes da Estratégia Nacional de Defesa.
A partir de agora podemos afirmar que a surda guerra travada pelo Regime Bolivariano de cerco ao Brasil tem uma resposta legal e permite ao Brasil intervenção militar naqueles assuntos
* Informações fornecidas por Defesa@Net
Mais informações em Defesa@Net:
- Decreto Nº 6.592. Regulamenta o disposto na Lei nº 11.631, de 27 de dezembro de 2007 http://www.defesanet.com.br/docs1/Dec_6592_02OUT08.pdf
- Lei nº 11.631, de 27 de dezembro de 2007 - Dispõe sobre a Mobilização Nacional e cria o Sistema Nacional de Mobilização - SINAMOB. http://www.defesanet.com.br/docs1/SINAMOB_Lei_11631.pdf
- Operação Fronteira Sul 2008 Presença e Dissuasão - Entrevista com o Comandante Militar do Sul - Gen Ex José Elito Carvalho Siqueira http://www.defesanet.com.br/eb1/gen_elito.htm
Importante: Leitura da Matéria do ABC Color de 27 Agosto 2007 e a íntegra o Plan Operaticvo 2007
El plan de infiltración de Chávez se desarrolla y consolida en Paraguay http://www.defesanet.com.br/al1/py_abc_03out08.htm
Revelan plan venezolano de infiltración en el Paraguay http://www.defesanet.com.br/al1/py_abc_27ago07.htm
Paln Operativo 2007 - 4 MB pdf http://www.defesanet.com.br/docs1/Plan_Operativo_2007.pdf
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Exército Brasileiro: Assinatura de contrato entre o exército brasileiro e a Fiat/Iveco* Blindados - AFV serão produzidos na fábrica da Iveco em Sete Lagoas-MG.
Mock-up da VBTP-MR
apresentada na LAAD 2007
Com a finalidade de renovar sua atual família de blindados de rodas o Exército Brasileiro (EB) e a Iveco, montadora de caminhões do grupo Fiat, assinaram, nesta data, um contrato para a produção da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – média de rodas (VBTP – MR). A nova família de blindados é composta de diversas versões como: viatura de transporte de pessoal; viatura oficina; viatura de reconhecimento e outros.
O evento aconteceu no Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) no Quartel General do Exército em Brasília/DF e contou com a presença do Exmo. Sr. General-de-Exército Darke Nunes de Figueiredo, Chefe do DCT e do Exmo. Sr. General-de-Divisão Renato Joaquim Ferrarezi, Vice-Chefe do DCT, representando o EB e por parte da empresa o Senhor Alberto Mayer representante outorgado da Fiat Automóveis – Divisão Iveco Fiat Brasil.
O VBTP-MR, em seu modelo básico, é um carro de combate blindado de 25 toneladas, anfíbio, aerotransportável, com tração nas seis rodas e capacidade de conduzir 10 soldados e um motorista.
O projeto do VBTP-MR será desenvolvido em parceria com os engenheiros militares do Exército e a montadora, visando o desenvolvimento e a absorção de tecnologia pela Força. O protótipo será construído na fábrica da Iveco em Sete Lagoas (MG). Ao lado das especificações de ordem militar, o novo veículo deve ser projetado tendo em vista a facilidade de manutenção e disponibilidade de peças de reposição no mercado nacional, com índice de nacionalização superior a 60%.
* Informações e fotografia fornecidas à imprensa pelo EB. - Fonte: Defesa@Net (http://www.defesanet.com.br).
- Links relacionados: Nota da IVECO Brasil - 14 Agosto 2007 http://www.defesanet.com.br/afv1/vbtp-mr_2.htm
Programa VBTP-MR Exército Dá Partida ao Programa VBTP-MR -Nelson Düring Editor Defesa@Net - 08 Agosto 2007. http://www.defesanet.com.br/afv1/vbtp-mr.htm
Comando do Exército - Departamento de Ciência e Tecnologia RESULTADO DE PROCESSO DE SELEÇÃO - 10 Agosto 2007 http://www.defesanet.com.br/afv1/vbtp-mr_1.htm
O Programa VBTP-MR http://www.defesanet.com.br/laad07/3_eb_vbtp-mr.htm
Aviso de Seleção - Comando do Exército - Depto. de Ciência e Tecnologia-Diário Oficial da União 04 Abril 2007 |
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