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 FAB - Projeto F-X2

F-X2:

Saab veicula propaganda de caça na TV*

Disputa por negócio milionário fica mais acirrada.

 

O caça Gripen da Saab.

 

A companhia sueca Saab, que disputa a licitação por um contrato bilionário para o fornecimento de 36 caças à Força Aérea do Brasil, veiculou na noite desta quarta-feira (24/03) um comercial no intervalo do Jornal Nacional, na TV Globo.

 

O anúncio dizia que "o Brasil vai produzir caças nacionais e exportá-los para todo o mundo", e mostrava o logotipo da empresa.

 

A estratégia de propaganda coincide com a vinda de uma delegação sueca, que chegou nesta terça-feira (23/03) ao Brasil, encabeçada pelo rei Carl XVI Gustaf e a rainha Silvia, e na qual também está o ministro da Defesa Sten Tolgfors, além de vários empresários. Um deles é justamente Aake Svensson, presidente executivo da Saab. Svensson disse nesta quarta-feira que é muito difícil prever o resultado da licitação. "Sempre é uma decisão política", afirmou.

 

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa afirmou que essa é uma "questão empresarial" que não tem nada a ver com a pasta, e que as outras empresas concorrentes também "estão em campanha" e publicaram anúncios em revista.

 

O avião Gripen da Saab disputa a licitação dos caças com o F18 da americana Boeing e o Rafale da francesa Dassault, favorito do governo brasileiro. Na semana passada o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que os caças da francesa Dassault têm vantagem sobre os outros dois do ponto de vista de transferência de tecnologia.

 

Segundo a assessoria do Ministério, Jobim está avaliando informações adicionais que foram solicitadas à Saab e deve entregar um relatório ao presidente Lula no mês de abril indicando sua sugestão.

 

* Por Redação Yahoo! Brasil, com agência EFE.

- Foto: Nigel Black.

 

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Projeto F-X2:

Governo confirma compra de Rafale, diz jornal

Folha de S.Paulo informa que Dassault reduziu valor do pacote de 36 caças e governo bateu o martelo.

Ainda assim, o valor do Rafale é substancialmente superior ao de seus concorrentes.

 

Da Redação*

AEROvia

 

 Conforme previsto, o Rafale ('Vendaval', em francês) será o caça das Forças Armadas do Brasil.

 

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Defesa Nelson Jobim, efetivaram a negociação para o fornecimento de 36 aeronaves caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) com a empresa francesa Dassault.

 

O jornal paulista informou na quinta-feira (04/02) que a Dassault concedeu uma redução nos valores das aeronaves, passando de US$ 8,2 bilhões (R$ 15,1 bilhões) para US$ 6,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões) o pacote de 35 caças.

 

Conforme a Folha de S.Paulo, “Mesmo com a redução, os aviões franceses têm preço muito superior: a proposta sueca foi de US$ 4,5 bilhões, e a dos EUA de US$ 5,7 bilhões. Somando o custo estimado de manutenção em 30 anos, ao fim do período de vida útil o gasto com os caças será de R$ 18,8 bilhões”.

 

O Rafale era a opção mais cara entre os cotados pela licitação (Projeto F-X2) e ficou em último no relatório técnico da FAB, que apontou em primeiro o caça sueco Gripen e em segundo o americano F-18, da Boeing.

 

Ainda de acordo com a Folha, o corte de US$ 2 bilhões na oferta francesa foi concluído no sábado, quando Jobim foi a Paris. O jornal também informou que a opção pela França foi definida há mais de um ano, já que o Planalto vê a decisão como política e o país como parceiro estratégico.

 

Em seu site, a FAB expediu uma Nota Oficial para esclarecimentos sobre o F-X2: “A respeito da divulgação pela imprensa do suposto vencedor do processo de seleção dos novos caças multiemprego para a Força Aérea Brasileira (FAB), este Centro informa que o Comando da Aeronáutica não recebeu qualquer comunicação oficial sobre o assunto”, diz a nota.

 

A nota datada de 04/02 é assinada pelo coronel-aviador Jorge Antônio Araújo Amaral, chefe interino do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER).

 

Poucos minutos depois, o ministro Jobim negou a compra e tornou público que a compra dos caças francesas não fora efetiva. “A respeito da divulgação pela imprensa do suposto vencedor do processo de seleção dos novos caças multiemprego para a Força Aérea Brasileira (FAB), este Centro informa que o Comando da Aeronáutica não recebeu qualquer comunicação oficial sobre o assunto”, afirmou o ministro.

 

* Com informações a Folha de S.Paulo e FAB.

- Foto:  Divulgação/Arquivo Via Fanzine.

- Colaborou: Luis Gago (BA).

 

- Leia mais sobre o Projeto F-X2 (compra de caças):

 Rafale brouhaha: depois do vendaval.

Boeing oferece investimentos no país

Projeto F-X2 recebe últimas ofertas

Os finalistas e as pistas – artigo de Alberto F. do Carmo

Assista vídeo demonstrativo do Rafale

 

- Mais Aviação e Aeronáutica:

www.viafanzine.jor.br/aerovia.htm

 

- Produção: Pepe Chaves.  

 

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Brasília:

Relatório da FAB agrada Lula

FAB entrega parecer sobre caças que agrada ao Planalto.*

 

O relatório final do Comando da Aeronáutica sobre o projeto FX-2, que envolve a compra de 36 caças e um negócio estimado em R$ 10 bilhões, agradou ao Palácio do Planalto. O documento indica que as aeronaves Rafale, da companhia francesa Dassault, e os F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, contam com características técnicas e militares superiores aos Gripen NG, da sueca Saab. O Ministério da Defesa confirmou a entrega do parecer, que tem 390 páginas. Um colaborador direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também teve acesso ao documento.

 

O conteúdo do novo relatório - modificado por pressão do governo, que permite apontar o francês Rafale como o melhor - contrasta com a versão anterior [veja abaixo], na qual a Aeronáutica hierarquizou os três concorrentes e apontou o Gripen NG no topo da lista. Ao caça Rafale, que é o preferido de Lula e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, a Aeronáutica reservara o terceiro e último lugar, em função especialmente de seu custo mais elevado.

 

A publicação dessa versão pelo jornal "Folha de S.Paulo" no início da semana irritou a Presidência, que avaliou o ato como uma pressão adicional da Força Aérea para fazer valer seus critérios na decisão final e o qualificou como nocivo à "segurança nacional". "Não acho bom que um relatório da Defesa transcenda ao público. Isso afeta a segurança nacional. Pode não trazer problemas hoje, mas eles podem ser mais visíveis no futuro", afirmou o colaborador de Lula, que teve acesso à versão final.

 

O novo documento não traz uma hierarquia dos concorrentes, como o anterior. Mas expõe as vantagens dos caças Rafale e F-18 Super Hornet, como os fatos de serem projetos já construídos, testados e birreatores, enquanto os Gripen NG são monorreatores.

 

* Informações do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Relatório da FAB:

FAB teria preferência por caça sueco

Em nota, comando da FAB afirma apenas que relatório está pronto, mas ainda não foi entregue.

 

Por Pepe Chaves*

Para Via Fanzine

 

Alguns veículos da imprensa brasileira informaram na terça-feira (05/01), que o Comando da Aeronáutica manifestou em seu relatório oficial a preferência pela compra do caça sueco Gripen, da Saab. No entanto, a informação que teria vazado, não foi confirmada pelo Comando da Aeronáutica.

 

O bilionário projeto F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB) prevê a compra de pelo menos 36 aeronaves caças para a Defesa do Brasil. Na reta final do longo processo de negociação, três empresas disputam a compra: a francesa Dassault, fabricante do Rafale, a Saab fabricante do Gripen e a Boeing, fabricante do Super Hornet.

 

O presidente Lula já manifestou sua preferência pelo Rafale, quando da visita do presidente Sarkozy ao Brasil, vez que o processo da compra ainda está correndo dentro dos trâmites legalmente estabelecidos.

 

Sobre as informações divulgadas acerca da preferência do comando aeronáutico pelo caça sueco, a FAB se limitou a emitir uma nota de esclarecimento.

 

A respeito de matérias publicadas pela imprensa, se limitou a informar que o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), por meio da Comissão Gerencial do Projeto F-X2 (GPF-X2), encerrou o relatório final de análise técnica das aeronaves concorrentes. No entanto, afirma ainda não o encaminhou ao Ministério da Defesa.

 

O Comando da Aeronáutica também ressaltou que o relatório de análise técnica permanece “pautado na valorização dos aspectos comerciais, técnicos, operacionais, logísticos, industriais, compensação comercial (Offset) e transferência de tecnologia”.

 

O caça Gripen tem a metade do custo do francês Rafale. Seu custo reduzido se deve a tecnologia diferenciada e ao fato de ter somente uma turbina, em vez das duas do francês.

 

Conforme a proposta da Saab, seria fornecido o dobro de aeronaves (em vez de 36, seriam 72), além a transferência de tecnologia, inclusive, instalando no Brasil, parte da produção das aeronaves a serem adquiridas. A decisão final sobre a compra caberá ao presidente Lula.

 

* Com informações das agências nacionais e da FAB (CECOMSAER).

 

- Leia também o artigo exclusivo: Rafale brouhaha: depois do vendaval.

 

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Brasília:

Jobim entrega relatório a Lula*

Governo deverá decidir sobre a compra dos caças.

 

Nelson Jobim

 

O ministro da Defesa, Nelson Jobim se reuniu com o presidente Lula na terça (24/11) para apresentar o relatório técnico elaborado pela Força Aérea Brasileira sobre os três caças supersônicos que disputam a concorrência da Aeronáutica. A preferência de Jobim e de Lula pelo francês Rafale, da Dassault, é escancarada. Mas o relatório, apesar de não ser conclusivo, não ajuda os franceses.

 

Um novo dado vai ajudar os suecos da Saab, que produz o Gripen. De acordo com o relatório, o custo por hora voada do Gripen é de 4 000 dólares, contra 14 000 do Rafale. Já o custo do F-18, da americana Boeing, fica em torno de 10 000 dólares.

 

Os pilotos da FAB já declararam a preferência pelo F-18. O caça é o que teve maior sucesso em conflitos recentes, mas tem contra si as restrições do governo americano em transferir tecnologia. Já o comando da Aeronáutica e a Embraer, que será a parceira nacional de qualquer um dos envolvidos, preferem o sueco Gripen. Além do preço menor por hora voada, o Gripen custa metade do preço do francês e oferece maior acesso a novas tecnologias.

 

Mesmo assim, pessoas próximas ao governo dizem que é difícil a Dassault perder a parada. Interesses políticos, como o apoio da França pela entrada do Brasil no conselho de segurança da ONU, devem falar mais alto.

 

* Informações de Marcelo Onaga para o blog Primeiro Lugar (Portal Exame).

 

- Colaborou: Vitório Peret (RJ).

 

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Brasília:

Rafale tem tecnologia dos EUA, admite ministro francês*

A informação foi divulgada pelo ministro de Defesa da França, Hervé Morin.

 

Hervé Morin

 

Os aviões de combate Rafale, que o Brasil poderá comprar da França, têm equipamentos com tecnologia dos Estados Unidos, o que poderia ser um entrave para o governo brasileiro vender os aviões a outros países no futuro.

 

A informação foi divulgada pelo ministro de Defesa da França, Hervé Morin, que se encontrou na terça-feira, 03/11, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. A Embraer foi impedida de exportar seus aviões Supertucanos à Venezuela, porque as aeronaves tinham equipamentos norte-americanos.

 

No entanto, Morin disse que isso não seria um problema para uma futura comercialização das aeronaves pelo Brasil. “Existem em todos os programas, componentes muito pequenos, que chamamos de tijolos. Em um mundo globalizado, sempre vai ter, dentro dessa complexidade tecnológica toda, um pequeno detalhe que pode vir sim do país mencionado”, disse o ministro francês.

 

Segundo ele, a parceria entre os dois países é mais profunda: “Quando falamos de transferência tecnológica e parceria industrial, é outro assunto. Nessa parceria que estamos querendo começar com o Brasil, a indústria brasileira vai obter a capacidade para desenvolver seus próprios programas. Com isso, a gente vai proporcionar à indústria brasileira um salto tecnológico muito grande”.

 

O ministro francês destacou que a venda dos 36 aviões Rafale, produzidos pela Dassault, não são uma ação isolada. “Essa parceria estratégica que estamos mantendo com o Brasil interessa a todos os países da América Latina. Essa parceria, em primeiro lugar, é política, expressando o desejo da França e do Brasil de trazer respostas conjuntas aos grandes problemas mundiais”, afirmou.

 

* Informações da Agência Brasil.

- Foto: Le Fígaro (França).

 

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Projeto F-X2:

Vendaval em Brasília: Lula bate o martelo para o Rafale

Com a presença de Sarkozy, Governo do Brasil confirma compra de caças e tratado de segurança

bilionário com a França, incluindo projetos de submarino nuclear e compra de helicópteros.

 

Por Pepe Chaves

Para Via Fanzine

 

 O Rafale ('Vendaval', em francês) será o caça das Forças Armadas do Brasil.

 

Parece ter chegado ao fim um negócio de US$ 4 bilhões que se estendeu por vários meses e para o Brasil, é tido como de certa urgência. A compra de 36 aviões caças pela FAB, através do projeto F-X2 parece mesmo ter se concluído no 7 de setembro de 2009, quando da visita de Sarkozy à Brasília.

 

Três concorrentes disputavam a compra: o francês Rafale (Dassault), que custa em torno de R$ 263 milhões; o sueco Gripen (SAB), que custa cerca de R$ 132 milhões, e americano F-18 Super Hornet (Boeing) de R$ 188 milhões.

 

Desde quando o projeto foi aberto, o governo brasileiro deixou claro que consideraria a transferência de tecnologia, pois é público que o país pretende, em mediano espaço de tempo, produzir os seus próprios aviões caças.

 

Neste quesito, a França se mostrou o país mais propício a firmar parcerias com o Brasil - que incluem também outros aparatos de segurança (como submarino nuclear) -, além da compra dos aviões caças.

 

Anúncio de parceria bilionária

 

E, no feriado de 7 de setembro, quando se encontraram os presidentes Lula e Sarkozy durante a comemoração da Independência, em Brasília, França e Brasil divulgaram um comunicado conjunto, tornando público um acordo entre os dois países. O comunicado afirmava que, "Levando em conta a amplitude das transferências de tecnologia propostas e das garantias oferecidas pela parte francesa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a decisão da parte brasileira de entrar em negociações com o GIE-Rafale para a aquisição de 36 aviões de combate". O valor da negociação não foi divulgado.

 

O comunicado também informa que o presidente francês Nicolas Sarkozy comunicou a Lula sobre a “intenção da França de adquirir uma dezena de unidades da futura aeronave de transporte militar KC-390 e manifestou a disposição dos industriais franceses de contribuir para o desenvolvimento do programa dessa aeronave”. O KC-390 é um avião desenvolvido pela Embraer, mas que ainda não entrou para linha de produção. Neste caso, a França se compromete no desenvolvimento da aeronave. Segundo o acordo, a França também se compromete a transferir tecnologia e capacidade de produção para o Brasil.

 

Sarkozy e Lula assinarão ainda um acordo militar que prevê a compra de submarinos e helicópteros num total de 8,5 bilhões de euros, valor que deverá ser superior à compra dos caças. Este acordo inclui 50 helicópteros franceses EC-725 para as Forças Armadas, com provisão e fornecimento entre 2010 e 2016, através de um consórcio formado pela brasileira Helibras e pela europeia Eurocopter, filial do grupo europeu EADS.

 

Concluída a negociação da compra das 36 aeronaves, o Brasil se torna o primeiro país adquirir caças da França. O mega negócio se constitui também, na maior comercialização aeronáutica já firmada pela França.

 

O Rafale

 

Rafale, que significa “Vendaval”, chegou a ser considerado um fracasso comercial e foi chamado de “desastre industrial”, por críticos franceses nos anos 80, por causa da forte recusa no mercado externo, que preferia aeronaves americanas. O Dassault Rafale tem raio de ação de 1.850 km, velocidade de 2.125 km/h e peso máximo de 21.500kg.

 

Vale dizer, também, que a princípio, a França ofereceu ao Brasil o caça Mirage 2000, recusado pelos brasileiros, por entenderem que se tratava de um modelo ultrapassado e fora dos moldes desejados.

 

Havia uma negociação em andamento entre França e Emirados Árabes Unidos, para o fornecimento de 60 Caças Rafale, mas parece que a expectativa se esfriou, após o Salão de Le Bourget (NT Feira Aeronáutica) em meados de junho passado.

 

Outras negociações

 

Por sua vez, o Brasil já havia vendido aviões para a França. A Marinha Francesa comprou 51 unidade do Embraer -EMB-121q-Xingu e mantém ainda, 43 unidades dele em operação. Este modelo iniciou a era dos aviões pressurizados brasileiros e vendeu 107 unidades.

 

Alberto Francisco do Carmo, ex-colaborador de avião do jornal Estado de Minas, comentou conosco, “A Embraer passou, portanto, um aperto, com essa aventura, com saída honrosa, ‘made in France’, e também dos belgas que compraram alguns via SABENA, para treinamento de pilotos. Hoje a coisa vai bem melhor com a Embraer vendendo milhares de aviões das séries ERJ 145, 170/90, os novos executivos Phenom etc.”.

 

Autor de um artigo exclusivo para Via Fanzine sobre a compra de caças pela FAB, Do Carmo finaliza afirmando, “Afinal, uma mão lava a outra e amigo é para essas coisas. E como dizia minha bisavó lusa e trasmontana, ‘a Ordem é rica, os frades são poucos...’, dito que insinua gastos altos e/ou supérfluos. Mas quem sabe, não teve outro jeito: ‘quem não tem F-22 Raptor ou F-35 Lightning II e ainda não confia muito nos russos, o negócio é caçar com Rafale mesmo”.

 

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine.

 

- Colaboraram: Vitório Peret (RJ) e Alberto F. do Carmo (DF).

 

- Fotos:  Divulgação/Arquivo Via Fanzine.

 

- Leia mais sobre o Projeto F-X2 (compra de caças):

 Rafale brouhaha: depois do vendaval.

Boeing oferece investimentos no país

Projeto F-X2 recebe últimas ofertas

Os finalistas e as pistas – artigo de Alberto F. do Carmo

Assista vídeo demonstrativo do Rafale

 

- Mais Aviação e Aeronáutica:

www.viafanzine.jor.br/aerovia.htm

 

- Produção: Pepe Chaves.  

 

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Brasília:

F-X2: Lula expressa preferência por avião francês*

Três empresas internacionais disputam a compra no Projeto F-X2 da FAB.

 

 Caça Rafale, da empresa Dassault

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou, em entrevista à AFP, a preferência de seu governo pelo avião francês Rafale para renovar a frota de caças do Brasil em função da disposição da França de compartilhar tecnologia.

 

O Rafale, da empresa francesa Dassault, compete com o avião Gripen, da sueca Saab, e o F/A18 Super Hornet, da americana Boeing, por um contrato de aquisição de 36 aparelhos no valor de 4 bilhões de dólares.

 

"Um país do tamanho do Brasil não pode comprar um produto de outro país se esse país não passar a tecnologia", afirmou Lula. "Eu, sinceramente, até por decoro presidencial, não posso dizer qual é o meu favorito", ressaltou. Mas acrescentou: "Nós sabemos que os franceses são o único país importante que está disposto a discutir conosco a transferência de tecnologia". "A França se mostrou como o país mais flexível na questão da transferência de tecnologia, e obviamente essa é uma vantagem comparativa excepcional", assinalou.

 

Lula disse ainda que deve conversar nesta quinta com o presidente francês Nicolas Sarkozy depois de uma reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante da Força Aérea, Juniti Saito.

 

Sarkozy chegará no domingo a Brasília para uma visita de 24 horas, na qual será convidado de honra nas comemorações de Sete de Setembro. Em dezembro passado, durante uma visita oficial ao Brasil do presidente francês, os dois países assinaram um protocolo de acordo dentro de uma associação estratégia de defesa.

 

O protocolo estipulava a compra de 50 helicópteros de transporte franceses e a construção de quatro submarinos convencionais de ataque Scorpene com cooperação francesa, assim como outro de propulsão nuclear, cujo motor será construído pelo Brasil. Os helicópteros também serão construídos no Brasil.

 

Estes acordos serão formalizados durante a visita de Sarkozy a Brasília na próxima segunda.

 

* Informações e imagem da AFP.

 

- Leia também:

Projeto F-X2 recebe últimas ofertas

Offset será decisivo no F-X2

 

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Em fase de negociação:

Boeing oferece vantagens em investimentos

Compra de aviões caças pelo Governo do Brasil gera acirrada disputa entre

fornecedores em potencial. Três empresas aeronáuticas disputam a compra.

Da Redação

Via Fanzine

 

Através do projeto F-X2 o Governo do Brasil pretende adquirir 36 aviões caças de última geração para a Força Aérea Brasileira (FAB). Três empresas foram selecionadas, após um longo processo e disputam à compra: Boeing (F-18 E/F SUPER HORNET), Dassault (Rafale) e SAAB (GRIPEN NG).

 

A Comissão Gerencial do Projeto F-X2 (CGPF-X2), instituída em 15 de maio de 2008, deixou claro que estará considerando nas propostas, a transferência de tecnologia e não esconde a possibilidade de o Brasil futuramente vir a produzir os seus próprios caças.

 

O negócio que gira em torno de US$ 10 bilhões faz com que os concorrentes se desdobrem, procurando oferecer mais vantagens ao comprador. Desta forma, a Boeing, se oferece para investir no Brasil a mesma soma em dólares que for paga pela aquisição dos caças avançados pretendidos pela FAB.

 

As afirmações são de Jim Albaugh, o Vendedor Chefe de Aviões Militares e Sistemas Bélicos da Boeing. Para ele, o seu avião é o melhor por ser o único, entre os competidores, que está em combate há mais de 15 anos.

 

O Boeing 'F-18 Super Hornet' de segunda geração é utilizado pela Marinha americana e já foi exibido por várias vezes a pilotos brasileiros. Ele disputa o negócio com o francês 'Rafale', da Dassalt (oferecido com um amplo pacote de tecnologias que incluiriam até submarinos) e a companhia sueca SAAB, com o seu 'Grippen', modelo elogiado pela flexibilidade e baixos custos.

 

Segundo Jim Albaugh, "Washington apóia uma oferta de transferência de tecnologia que incluiria a propriedade intelectual, além de sistemas avançados de armamentos, uma proposta nunca feita antes".

 

Conforme informações da Rede Globo, são severas as restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos aos compradores de armas americanas que desejam reexportar bens e tecnologias adquiridas. "No caso do Brasil", diz o Vendedor da Boeing, "a disposição do governo de Obama em facilitar as coisas 'não tem precedentes'", disse.

 

Há 35 anos vendendo aviões militares, Jim Albaugh tem clara visão de quanto política influencia esse tipo de negócio. "Entendo que existam preocupações em relação aos Estados Unidos por conta do passado, mas espero que o governo brasileiro perceba como pode se beneficiar de ter uma boa relação com os Estados Unidos", afirmou.

 

O Jornal da Globo informou ter apurado que o presidente Barack Obama já ligou uma vez para o Presidente Lula para falar do interesse americano em vender aviões militares e tecnologia para o Brasil e deve telefonar brevemente mais uma vez, para tratar do mesmo assunto.

 

Segundo informações da FAB, a Comissão Gerencial do Projeto F-X2 deve se pronunciar em setembro sobre a compra dos aviões.

 

* Com informações da Rede Globo (SP).

 

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