Relatório
da FAB:
FAB
teria preferência por caça sueco
Em
nota, comando da FAB afirma apenas que relatório está pronto, mas ainda
não foi entregue.
Por
Pepe Chaves*
Para
Via Fanzine
Alguns veículos da imprensa brasileira informaram na terça-feira
(05/01), que o Comando da Aeronáutica manifestou em seu relatório
oficial a preferência pela compra do caça sueco Gripen, da Saab. No
entanto, a informação que teria vazado, não foi confirmada pelo Comando
da Aeronáutica.
O bilionário projeto F-X2 da Força Aérea Brasileira (FAB) prevê a compra
de pelo menos 36 aeronaves caças para a Defesa do Brasil. Na reta final
do longo processo de negociação, três empresas disputam a compra: a
francesa Dassault, fabricante do Rafale, a Saab fabricante do Gripen e
a Boeing, fabricante do Super Hornet.
O presidente Lula já manifestou sua preferência pelo Rafale, quando da
visita do presidente Sarkozy ao Brasil, vez que o processo da compra
ainda está correndo dentro dos trâmites legalmente estabelecidos.
Sobre as informações divulgadas acerca da preferência do comando
aeronáutico pelo caça sueco, a FAB se limitou a emitir uma nota de
esclarecimento.
A respeito de matérias publicadas pela imprensa, se limitou a informar
que o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER), por meio
da Comissão Gerencial do Projeto F-X2 (GPF-X2), encerrou o relatório
final de análise técnica das aeronaves concorrentes. No entanto, afirma
ainda não o encaminhou ao Ministério da Defesa.
O Comando da Aeronáutica também ressaltou que o relatório de análise
técnica permanece “pautado na valorização dos aspectos comerciais,
técnicos, operacionais, logísticos, industriais, compensação comercial (Offset)
e transferência de tecnologia”.
O caça Gripen tem a metade do custo do francês Rafale. Seu custo
reduzido se deve a tecnologia diferenciada e ao fato de ter somente uma
turbina, em vez das duas do francês.
Conforme a proposta da Saab, seria fornecido o dobro de aeronaves (em
vez de 36, seriam 72), além a transferência de tecnologia, inclusive,
instalando no Brasil, parte da produção das aeronaves a serem
adquiridas. A decisão final sobre a compra caberá ao presidente Lula.
* Com informações das
agências nacionais e da FAB (CECOMSAER).
- Leia também o artigo exclusivo:
Rafale brouhaha: depois do vendaval.
* * *
Brasília:
Jobim entrega relatório a Lula*
Governo deverá decidir sobre a compra dos
caças.
Nelson Jobim
O ministro da Defesa, Nelson Jobim se reuniu com o
presidente Lula na terça (24/11) para apresentar o relatório técnico
elaborado pela Força Aérea Brasileira sobre os três caças supersônicos
que disputam a concorrência da Aeronáutica. A preferência de Jobim e de
Lula pelo francês Rafale, da Dassault, é escancarada. Mas o relatório,
apesar de não ser conclusivo, não ajuda os franceses.
Um novo dado vai ajudar os suecos da Saab, que produz o
Gripen. De acordo com o relatório, o custo por hora voada do Gripen é de
4 000 dólares, contra 14 000 do Rafale. Já o custo do F-18, da americana
Boeing, fica em torno de 10 000 dólares.
Os pilotos da FAB já declararam a preferência pelo F-18. O
caça é o que teve maior sucesso em conflitos recentes, mas tem contra si
as restrições do governo americano em transferir tecnologia. Já o
comando da Aeronáutica e a Embraer, que será a parceira nacional de
qualquer um dos envolvidos, preferem o sueco Gripen. Além do preço menor
por hora voada, o Gripen custa metade do preço do francês e oferece
maior acesso a novas tecnologias.
Mesmo assim, pessoas próximas ao governo dizem que é
difícil a Dassault perder a parada. Interesses políticos, como o apoio
da França pela entrada do Brasil no conselho de segurança da ONU, devem
falar mais alto.
*
Informações de Marcelo Onaga para o blog Primeiro Lugar (Portal Exame).
-
Colaborou: Vitório Peret (RJ).
* * *
Brasília:
Rafale tem tecnologia dos EUA, admite
ministro francês*
A informação foi
divulgada pelo ministro de Defesa da França, Hervé Morin.
Hervé Morin
Os aviões de combate Rafale, que o Brasil poderá comprar da
França, têm equipamentos com tecnologia dos Estados Unidos, o que
poderia ser um entrave para o governo brasileiro vender os aviões a
outros países no futuro.
A informação foi divulgada pelo ministro de Defesa da
França, Hervé Morin, que se encontrou na terça-feira, 03/11, com o
ministro da Defesa, Nelson Jobim. A Embraer foi impedida de exportar
seus aviões Supertucanos à Venezuela, porque as aeronaves tinham
equipamentos norte-americanos.
No entanto, Morin disse que isso não seria um problema para
uma futura comercialização das aeronaves pelo Brasil. “Existem em todos
os programas, componentes muito pequenos, que chamamos de tijolos. Em um
mundo globalizado, sempre vai ter, dentro dessa complexidade tecnológica
toda, um pequeno detalhe que pode vir sim do país mencionado”, disse o
ministro francês.
Segundo ele, a parceria entre os dois países é mais
profunda: “Quando falamos de transferência tecnológica e parceria
industrial, é outro assunto. Nessa parceria que estamos querendo começar
com o Brasil, a indústria brasileira vai obter a capacidade para
desenvolver seus próprios programas. Com isso, a gente vai proporcionar
à indústria brasileira um salto tecnológico muito grande”.
O ministro francês destacou que a venda dos 36 aviões
Rafale, produzidos pela Dassault, não são uma ação isolada. “Essa
parceria estratégica que estamos mantendo com o Brasil interessa a todos
os países da América Latina. Essa parceria, em primeiro lugar, é
política, expressando o desejo da França e do Brasil de trazer respostas
conjuntas aos grandes problemas mundiais”, afirmou.
* Informações da Agência Brasil.
- Foto: Le Fígaro
(França).
* * *
Projeto F-X2:
Vendaval em
Brasília: Lula bate o martelo para o Rafale
Com a presença de
Sarkozy, Governo do Brasil confirma compra de caças e tratado de
segurança
bilionário com a
França, incluindo projetos de submarino nuclear e compra de
helicópteros.
Por
Pepe Chaves
Para
Via Fanzine
O
Rafale ('Vendaval', em francês) será o caça das Forças Armadas do Brasil.
Parece ter chegado ao fim um negócio de US$ 4 bilhões que
se estendeu por vários meses e para o Brasil, é tido como de certa
urgência. A compra de 36 aviões caças pela FAB, através do projeto F-X2
parece mesmo ter se concluído no 7 de setembro de 2009, quando da visita
de Sarkozy à Brasília.
Três concorrentes disputavam a compra: o francês Rafale (Dassault),
que custa em torno de R$ 263 milhões; o sueco Gripen (SAB), que custa
cerca de R$ 132 milhões, e americano F-18 Super Hornet (Boeing) de R$
188 milhões.
Desde quando o projeto foi aberto, o governo brasileiro
deixou claro que consideraria a transferência de tecnologia, pois é
público que o país pretende, em mediano espaço de tempo, produzir os
seus próprios aviões caças.
Neste quesito, a França se mostrou o país mais propício a
firmar parcerias com o Brasil - que incluem também outros aparatos de
segurança (como submarino nuclear) -, além da compra dos aviões caças.
Anúncio de parceria bilionária
E, no feriado de 7 de setembro, quando se encontraram os
presidentes Lula e Sarkozy durante a comemoração da Independência, em
Brasília, França e Brasil divulgaram um comunicado conjunto, tornando
público um acordo entre os dois países. O comunicado afirmava que,
"Levando em conta a amplitude das transferências de tecnologia propostas
e das garantias oferecidas pela parte francesa, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva anunciou a decisão da parte brasileira de entrar em
negociações com o GIE-Rafale para a aquisição de 36 aviões de combate".
O valor da negociação não foi divulgado.
O comunicado também informa que o presidente francês
Nicolas Sarkozy comunicou a Lula sobre a “intenção da França de adquirir
uma dezena de unidades da futura aeronave de transporte militar KC-390 e
manifestou a disposição dos industriais franceses de contribuir para o
desenvolvimento do programa dessa aeronave”. O KC-390 é um avião
desenvolvido pela Embraer, mas que ainda não entrou para linha de
produção. Neste caso, a França se compromete no desenvolvimento da
aeronave. Segundo o acordo, a França também se compromete a transferir
tecnologia e capacidade de produção para o Brasil.
Sarkozy e Lula assinarão ainda um acordo
militar que prevê a compra de submarinos e helicópteros num total de 8,5
bilhões de euros, valor que deverá ser superior à compra dos caças. Este
acordo inclui 50 helicópteros franceses EC-725 para as Forças Armadas,
com provisão e fornecimento entre 2010 e 2016, através de um consórcio
formado pela brasileira Helibras e pela europeia Eurocopter, filial do
grupo europeu EADS.
Concluída a negociação da compra das 36 aeronaves, o Brasil
se torna o primeiro país adquirir caças da França. O mega negócio se
constitui também, na maior comercialização aeronáutica já firmada pela
França.
O Rafale
Rafale, que significa “Vendaval”, chegou a ser considerado
um fracasso comercial e foi chamado de “desastre industrial”, por
críticos franceses nos anos 80, por causa da forte recusa no mercado
externo, que preferia aeronaves americanas. O Dassault Rafale tem raio
de ação de 1.850 km, velocidade de 2.125 km/h e peso máximo de 21.500kg.
Vale dizer, também, que a princípio, a França ofereceu ao
Brasil o caça Mirage 2000, recusado pelos brasileiros, por entenderem
que se tratava de um modelo ultrapassado e fora dos moldes desejados.
Havia uma negociação em andamento entre França e Emirados
Árabes Unidos, para o fornecimento de 60 Caças Rafale, mas parece que a
expectativa se esfriou, após o Salão de Le Bourget (NT Feira
Aeronáutica) em meados de junho passado.
Outras negociações
Por sua vez, o Brasil já havia vendido aviões para a
França. A Marinha Francesa comprou 51 unidade do Embraer -EMB-121q-Xingu
e mantém ainda, 43 unidades dele em operação. Este modelo iniciou a era
dos aviões pressurizados brasileiros e vendeu 107 unidades.
Alberto Francisco do Carmo, ex-colaborador de avião do
jornal Estado de Minas, comentou conosco, “A Embraer passou, portanto,
um aperto, com essa aventura, com saída honrosa, ‘made in France’, e
também dos belgas que compraram alguns via SABENA, para treinamento de
pilotos. Hoje a coisa vai bem melhor com a Embraer vendendo milhares de
aviões das séries ERJ 145, 170/90, os novos executivos Phenom etc.”.
Autor de um artigo exclusivo para Via Fanzine sobre a
compra de caças pela FAB, Do Carmo finaliza afirmando, “Afinal, uma mão
lava a outra e amigo é para essas coisas. E como dizia minha bisavó lusa
e trasmontana, ‘a Ordem é rica, os frades são poucos...’, dito que
insinua gastos altos e/ou supérfluos. Mas quem sabe, não teve outro
jeito: ‘quem não tem F-22 Raptor ou F-35 Lightning II e ainda não confia
muito nos russos, o negócio é caçar com Rafale mesmo”.
* Pepe Chaves é editor do diário
digital
Via Fanzine.
- Colaboraram:
Vitório Peret (RJ) e Alberto F. do Carmo (DF).
- Fotos:
Divulgação/Arquivo Via Fanzine.
-
Leia mais sobre o Projeto F-X2 (compra de caças):
Rafale brouhaha: depois do vendaval.
Boeing oferece investimentos no país
Projeto F-X2
recebe últimas ofertas
Os finalistas e as pistas –
artigo de Alberto F. do Carmo
Assista vídeo demonstrativo do Rafale
- Mais Aviação e
Aeronáutica:
www.viafanzine.jor.br/aerovia.htm
- Produção:
Pepe Chaves.
* * *
Brasília:
F-X2: Lula expressa preferência por avião francês*
Três empresas
internacionais disputam a compra no Projeto F-X2 da FAB.
Caça Rafale, da
empresa Dassault
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou, em
entrevista à AFP, a preferência de seu governo pelo avião francês Rafale
para renovar a frota de caças do Brasil em função da disposição da
França de compartilhar tecnologia.
O Rafale, da empresa francesa Dassault, compete com o avião
Gripen, da sueca Saab, e o F/A18 Super Hornet, da americana Boeing, por
um contrato de aquisição de 36 aparelhos no valor de 4 bilhões de
dólares.
"Um país do tamanho do Brasil não pode comprar um produto
de outro país se esse país não passar a tecnologia", afirmou Lula. "Eu,
sinceramente, até por decoro presidencial, não posso dizer qual é o meu
favorito", ressaltou. Mas acrescentou: "Nós sabemos que os franceses são
o único país importante que está disposto a discutir conosco a
transferência de tecnologia". "A França se mostrou como o país mais
flexível na questão da transferência de tecnologia, e obviamente essa é
uma vantagem comparativa excepcional", assinalou.
Lula disse ainda que deve conversar nesta quinta com o
presidente francês Nicolas Sarkozy depois de uma reunião com o ministro
da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante da Força Aérea, Juniti Saito.
Sarkozy chegará no domingo a Brasília para uma visita de 24
horas, na qual será convidado de honra nas comemorações de Sete de
Setembro. Em dezembro passado, durante uma visita oficial ao Brasil do
presidente francês, os dois países assinaram um protocolo de acordo
dentro de uma associação estratégia de defesa.
O protocolo estipulava a compra de 50 helicópteros de
transporte franceses e a construção de quatro submarinos convencionais
de ataque Scorpene com cooperação francesa, assim como outro de
propulsão nuclear, cujo motor será construído pelo Brasil. Os
helicópteros também serão construídos no Brasil.
Estes acordos serão formalizados durante a visita de
Sarkozy a Brasília na próxima segunda.
*
Informações e imagem da AFP.
- Leia também:
Projeto F-X2
recebe últimas ofertas
Offset será decisivo no F-X2
* * *
Em fase de negociação:
Boeing oferece
vantagens em investimentos
Compra de aviões
caças pelo Governo do Brasil gera acirrada disputa entre
fornecedores em
potencial. Três empresas aeronáuticas disputam a compra.
Da Redação
Via Fanzine
Através do projeto F-X2 o Governo do Brasil pretende
adquirir 36 aviões caças de última geração para a Força Aérea Brasileira
(FAB). Três empresas foram selecionadas, após um longo processo e
disputam à compra: Boeing (F-18 E/F SUPER HORNET), Dassault (Rafale) e
SAAB (GRIPEN NG).
A Comissão Gerencial do Projeto F-X2 (CGPF-X2), instituída
em 15 de maio de 2008, deixou claro que estará considerando nas
propostas, a transferência de tecnologia e não esconde a possibilidade
de o Brasil futuramente vir a produzir os seus próprios caças.
O negócio que gira em torno de US$ 10 bilhões faz com que
os concorrentes se desdobrem, procurando oferecer mais vantagens ao
comprador. Desta forma, a Boeing, se oferece para investir no Brasil a
mesma soma em dólares que for paga pela aquisição dos caças avançados
pretendidos pela FAB.
As afirmações são de Jim Albaugh, o Vendedor Chefe de
Aviões Militares e Sistemas Bélicos da Boeing. Para ele, o seu avião é o
melhor por ser o único, entre os competidores, que está em combate há
mais de 15 anos.
O Boeing 'F-18 Super Hornet' de segunda geração é utilizado
pela Marinha americana e já foi exibido por várias vezes a pilotos
brasileiros. Ele disputa o negócio com o francês 'Rafale', da Dassalt
(oferecido com um amplo pacote de tecnologias que incluiriam até
submarinos) e a companhia sueca SAAB, com o seu 'Grippen', modelo
elogiado pela flexibilidade e baixos custos.
Segundo Jim Albaugh, "Washington apóia uma oferta de
transferência de tecnologia que incluiria a propriedade intelectual,
além de sistemas avançados de armamentos, uma proposta nunca feita
antes".
Conforme informações da Rede Globo, são severas as
restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos aos compradores de
armas americanas que desejam reexportar bens e tecnologias adquiridas.
"No caso do Brasil", diz o Vendedor da Boeing, "a disposição do governo
de Obama em facilitar as coisas 'não tem precedentes'", disse.
Há 35 anos vendendo aviões militares, Jim Albaugh tem clara
visão de quanto política influencia esse tipo de negócio. "Entendo que
existam preocupações em relação aos Estados Unidos por conta do passado,
mas espero que o governo brasileiro perceba como pode se beneficiar de
ter uma boa relação com os Estados Unidos", afirmou.
O Jornal da Globo informou ter apurado que o presidente
Barack Obama já ligou uma vez para o Presidente Lula para falar do
interesse americano em vender aviões militares e tecnologia para o
Brasil e deve telefonar brevemente mais uma vez, para tratar do mesmo
assunto.
Segundo informações da
FAB, a Comissão Gerencial do Projeto F-X2 deve se pronunciar em
setembro sobre a compra dos aviões.
* Com informações da Rede Globo (SP).
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