HOME | ZINESFERA| BLOG ZINE| EDITORIAL| ESPORTES| ENTREVISTAS| ITAÚNA| J.A. FONSECA| PEPE MUSIC| UFOVIA| AEROVIA| ASTROVIA

 

 

 Ciência

Polêmica:

Cientista japonesa chora ao defender existência das células STAP*

Obokata, suposta criadora das promissoras células pluripotentes denominadas STAP,

foi acusada no início do mês de irregularidades e ameaçada com punições.

 

Foi a primeira vez que a cientista se expressava diretamente

ante os meios de comunicação desde que explodiu a polêmica.

Leia também:

Leia outros destaques de Via Fanzine

 

A jovem cientista japonesa Haruko Obokata chorou ao defender nesta quarta-feira a existência das células STAP, em sua primeira aparição ante as câmeras desde que foi acusada de irregularidades em sua pesquisa.

 

A jovem cientista japonesa Haruko Obokata chorou ao defender nesta quarta-feira a existência das células STAP, em sua primeira aparição ante as câmeras desde que foi acusada de irregularidades em sua pesquisa sobre esta descoberta potencialmente revolucionária.

 

"Talvez tenha ultrapassado minha competência ao assinar um artigo na revista Nature", admitiu a cientista, que dirige uma unidade de pesquisas no instituto público japonês Riken.

 

No entanto, apesar de reconhecer os erros na forma em que seus trabalhos foram apresentados na publicação britânica no final de janeiro, Obokata rejeitou as acusações de falsificação e imitação.

 

"O fenômeno das células STAP é uma realidade que eu verifiquei em mais de 200 oportunidades", assegurou.

 

"Fiz essas pesquisas para que algum dia as STAP sejam úteis para alguém. Eu fiz experiências todos os dias", insistiu.

 

Foi a primeira vez que a cientista se expressava diretamente ante os meios de comunicação desde que explodiu a polêmica.

 

Obokata, suposta criadora das promissoras células pluripotentes denominadas STAP, foi acusada no início do mês de irregularidades e ameaçada com punições.

 

"Ao misturar imagens procedentes de experiências diferentes e utilizar dados anteriores, a professora Obokata atuou de uma forma que não pode ser permitida", afirmou o comitê de investigação de seu trabalho depois de detalhar os problemas detectados nos resultados da pesquisa desta mulher de 30 anos em um ambiente científico dominado por homens maduros.

 

"Isto não pode ser explicado apenas por sua imaturidade", acrescentou. "A atuação de Obokata e a forma desleixada como geriu seus dados nos levam a crer que carece não apenas de ética, mas também de humildade e integridade", ressaltou.

 

Os trabalhos apresentados recentemente por Obokata na revista britânica Nature eram considerados muito promissores para a medicina regenerativa.

 

"Mas, levando em consideração a pobreza das notas de seu laboratório, é absolutamente evidente que vai ser muito difícil para outra pessoa seguir e entender seus experimentos, o que representa um sério obstáculo para uma troca saudável de informações", destacou o comitê.

 

Em janeiro ela publicou, em duas partes, na revista científica britânica Nature uma tese que apresenta um método de criação de células pluripotentes a partir de células maduras.

 

O procedimento, que à primeira vista parecia potencialmente revolucionário, consistia em estimular as propriedades de defesa de células submetidas a um estresse particular para fazer com que retornassem a um estágio anterior, quase embrionário, sem passar por manipulações genéticas.

 

Mas pouco depois um dos coautores pediu a retirada dos resultados dos trabalhos, alegando que parte dos dados publicados era falsa, o que desencadeou um escândalo no Japão.

 

Em consequência, foi criado um comitê de investigação para analisar as falhas apontadas (imagens manipuladas, retiradas de outros pontos, etc) que apontou duas ações fraudulentas.

 

"Se forem confirmadas as irregularidades destacadas pelo comitê investigador depois de eventuais procedimentos de apelação, eu recomendarei que a publicação seja retirada. Então serão adotadas sanções firmes, mas justas, em conformidade com as recomendações de uma comissão disciplinar", advertiu nesta terça-feira o presidente do Riken, o prêmio Nobel Ryoji Noyori.

 

As conclusões do comitê de investigação não significam, no entanto, que as células STAP sejam uma pura invenção e que nunca existiram.

 

"Determinar se as células existem ou não exige estudos adicionais que vão além das competências do comitê de investigação, que tinha como missão apenas determinar se aconteceram ou não irregularidades na tese que apresenta os resultados dos trabalhos", insistiu um dos membros do comitê, o professor Shunsuke Ishii.

 

A responsável pelas irregularidades é a pesquisadora Obokata, mas os outros participantes deveriam ter exercido de maneira melhor as funções de controle, disse.

 

A jovem, elogiada pelos meios de comunicação quando apresentou seus trabalhos, atualmente está desaparecida.

 

Se, como Obokata afirma, este estudo permite despertar o caráter pluripotente de células através de um processo relativamente simples que estimularia as propriedades de defesa de células submetidas a um estresse particular, seria uma verdadeira revolução científica para a medicina regenerativa.

 

* Informações de Karyn Poupee | AFP.

   10/04/2014

 

- Foto: Jiji Press/AFP.

 

*  *   *

 

Prêmio Nobel:

Karplus, Levitt e Warshel levam Nobel de Química*

Seu trabalho premiado ajudou a desenvolver modelos informáticos que espelham a vida real,

"que se tornaram cruciais para a maioria dos avanços feitos na química hoje".

A contribuição dos três foi combinar a física clássica com a física quântica em seu modelo.

Leia também:

Karplus, Levitt e Warshel levam Nobel de Química

Nobel da Física para um belga e um britânico

Dois norte-americanos e um alemão levam Nobel de Medicina

Maioria dos trabalhadores resgatados em trabalho escravo é do Maranhão

O trabalho escravo no Brasil - Artigo de Daniella Casagrande

Violações se proliferam em obra de Eike Batista

Nestlé é denunciada por extração de água

Leia outros destaques de Via Fanzine

 

Três químicos moleculares ganharam o Prêmio Nobel nesta quarta-feira por elaborarem simulações de computador que são utilizadas para entender e prever os processos químicos, declarou o júri.

 

Martin Karplus, um cidadão austro-americano, Michael Levitt, britânico-americano, e Arieh Warshel, israelense-americano, foram homenageados "pelo desenvolvimento de modelos multiescala para os sistemas químicos complexos", informou o júri.

 

Seu trabalho premiado ajudou a desenvolver modelos informáticos que espelham a vida real, "que se tornaram cruciais para a maioria dos avanços feitos na química hoje".

 

Como resultado, potentes programas de computador podem ser utilizados para prever processos químicos complexos, fornecendo a engenheiros farmacêuticos e a químicos industriais um caminho mais rápido para resolver problemas.

 

Estes processos podem ocorrer em uma fração de um milésimo de segundo, derrotando algoritmos convencionais que tentam mapeá-los passo a passo.

 

A contribuição dos três foi combinar a física clássica com a física quântica em seu modelo.

 

Isto aumenta enormemente o número de permutações de cálculo, embora também exija um computador muito potente para analisar os dados.

 

"Antes os químicos criavam modelos de moléculas recorrendo a bolas de plástico e bastões. Hoje, a simulação é feita por computador", explica a Real Academia de Ciências em seu comunicado.

 

"Nos anos 1970, Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel assentaram as bases dos potentes programas utilizados para compreender e prever os processos", ressalta.

"A força dos métodos que Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel desenvolveram é que eles são universais".

 

"Os modelos informáticos que reproduzem a vida real se tornaram cruciais para a maioria dos avanços na química atual", acrescenta, explicando que "hoje o computador é uma ferramenta tão importante para os químicos quanto a proveta".

 

"As simulações são tão reais que preveem o resultado das experiências tradicionais", indica.

 

"A força dos métodos que Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel desenvolveram é que eles são universais", ressalta a Academia.

 

"Eles podem ser utilizados para estudar todos os tipos de química; das moléculas da vida aos processos químicos industriais. Os cientistas podem otimizar células solares, catalisadores em veículos automotores ou mesmo drogas, para citar apenas alguns exemplos".

 

Karplus, de 83 anos, Levitt, de 66, e Warshel, de 72, trabalham em universidades americanas.

 

Os três premiados receberão o prêmio no dia 10 de dezembro em Estocolmo e dividirão as 8 milhões de coroas concedidas (916.000 euros).

 

* Informações da AFP.

   09/10/2013

 

Leia também:

Karplus, Levitt e Warshel levam Nobel de Química

Nobel da Física para um belga e um britânico

Dois norte-americanos e um alemão levam Nobel de Medicina

Maioria dos trabalhadores resgatados em trabalho escravo é do Maranhão

O trabalho escravo no Brasil - Artigo de Daniella Casagrande

Violações se proliferam em obra de Eike Batista

Nestlé é denunciada por extração de água

Leia outros destaques de Via Fanzine

Página inicial  HOME

 

 

 

 

 

 HOME | ZINESFERA| BLOG ZINE| EDITORIAL| ESPORTES| ENTREVISTAS| ITAÚNA| J.A. FONSECA| PEPE MUSIC| UFOVIA| AEROVIA| ASTROVIA

© Copyright 2004-2013, Pepe Arte Viva Ltda.

 

Motigo Webstats - Free web site statistics Personal homepage website counter