Cidade do Vaticano:
Papa Francisco deixa Roma em direção ao
Rio*
O avião que traz o
papa Francisco de Roma para o Rio de Janeiro - onde
presidirá a 28ª
Jornada Mundial da Juventude (JMJ) - acabou de decolar.
Papa ao lado de
Enrico Letta
O avião - um Airbus A330, da companhia italiana Alitalia -
decolou do aeroporto de Fiumicino às 8h55 (horário local, 3h55 de
Brasília) e deve aterrissar no aeroporto Antônio Carlos Jobim no Rio de
Janeiro às 16h local, após percorrer os 9.200 quilômetros que separam
ambas as cidades.
O pontífice, que levava pessoalmente uma bolsa preta de
viagem, voará acompanhado do secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio
Bertone; do Substituto ("número três" do Vaticano) da Secretaria de
Estado, o arcebispo Giovanni Angelo Becciu; e de membros desse
departamento.
Também acompanham Francisco os cardeais Marc Oullet,
canadense, presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina; e
João Braz de Aviz, brasileiro, prefeito regional da Congregação para os
Institutos de Vida Consagrada.
Uma vez no Brasil se unirão ao séquito papal o arcebispo do
Rio de Janeiro, Orani João Tempesta; o cardeal presidente da Conferência
Nacional de Bispos do Brasil, Raymundo Damasceno Assis; o cardeal
Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os Laicos, do
qual dependem as JMJs; e o núncio, Giovanni D'Aniello.
Também o acompanham o mestre de cerimônias pontifícias,
Guido Marini; seu médico pessoal, Patrizio Polisca; o organizador das
viagens papais, Alberto Gasbarri; membros da segurança do Vaticano e
mais de meia centena de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas.
O pontífice recebeu despedidas no aeroporto do presidente
do Governo italiano, Enrico Letta; e do bispo do Porto-Santa Rufina, do
qual depende Fiumicino, Gino Reali.
Esta é a primeira vez que Francisco visita o Brasil e a
primeira JMJ que preside, "herdada" de Bento XVI, que tinha previsto
participar, mas que renunciou ao Pontificado em 28 de fevereiro passado.
Francisco voltará a Roma na manhã do dia 29 de julho
próximo.
*
Informações de EFE.
22/05/2012
-
Foto: Reuters.
* * *
Cairo:
Comandante do Exército suspende
Constituição do país*
General
Abdel Fattah al-Sisi declarou efetivamente a remoção
do presidente eleito, o islamista Mohamed
Mursi.
População do Egito comemora a saída do
presidente muçulmano Mohamed Mursi.
O chefe das Forças Armadas do Egito fez uma declaração
nesta quarta-feira suspendendo a Constituição do país e nomeando o chefe
do tribunal constitucional como chefe de Estado interino.
Em pronunciamento transmitido pela TV, ao lado de líderes
militares, autoridades religiosas e figuras políticas, o general Abdel
Fattah al-Sisi declarou efetivamente a remoção do presidente eleito, o
islamista Mohamed Mursi.
Sisi pediu eleições parlamentares e presidenciais, um
painel para revisar a Constituição e um comitê de reconciliação nacional
que incluiria movimentos jovens. Ele disse que o caminho a ser seguido
foi acordado com um amplo grupo político.
A retirada de Mursi do poder levou milhares de pessoas a
comemorar no Egito.
Mais de 90 mulheres foram abusadas sexualmente
Pelo menos 91 mulheres foram assediadas sexualmente e até
estupradas na praça Tahrir, no centro do Cairo e cenário de protestos
contra o presidente egípcio, Mohammed Mursi, denunciou nesta
quarta-feira o grupo Human Rights Watch (HRW).
Os abusos têm acontecido desde o início das manifestações,
no domingo, em um clima de impunidade, apesar da ação dos voluntários
que estão na praça e que tentam evitá-los, apontou a organização em
comunicado. O HRW pediu às autoridades e líderes políticos a condenação
do nível "espantoso" que a violência sexual contra as mulheres chegou em
Tahrir.
"Esses crimes estão impedindo as mulheres de participar
plenamente da vida pública do Egito no momento crítico que o país
atravessa", afirmou o subdiretor da Human Rights Watch para o Oriente
Médio, Joe Stork, que criticou o fracasso do governo e as forças
políticas em enfrentar esse problema.
A iniciativa egípcia chamada Operação Anti-Assédio Sexual
colocou à disposição das vítimas uma linha de telefone e confirmou que
no domingo passado foi o dia que mais recebeu denúncias, com 46
agressões.
Em alguns casos, as mulheres foram atacadas com facas,
correntes metálicas, paus e até cadeiras. Outras vezes, sofreram o
assédio sexual durante 45 minutos antes de conseguir fugir.
O fenômeno da violência sexual é uma praga no Egito há
anos. Segundo relatório de 2010 do Centro Nacional para os Direitos das
Mulheres, 83% das mulheres egípcias foram vítimas de assédio sexual e só
12% delas denunciaram a agressão à polícia.
* Informações de Reuters e EFE.
* * *
Boston:
Obama:
ataques em Boston
foram atos de terror covarde*
Segunda vítima das explosões de Boston é identificada.
Krystle M. Campbell, 29 anos, da cidade de Medford, em
Massachusetts,
foi identificada como uma das vítimas do atentado.
O presidente americano, Barack Obama, afirmou
nesta terça-feira que os ataques a bomba em Boston foi um ato covarde de
terror, mas disse que ainda não está claro se um grupo doméstico ou
internacional está por trás dos mesmos.
"Foi um ato hediondo e covarde," disse Obama na
Casa Branca. "Bombas foram usadas para atingir civis inocentes, isto é
um ato de terror."
Obama afirmou que ainda não se sabe os motivos
e a identidade dos responsáveis pelos ataques praticados perto da linha
de chegada da Maratona de Boston na segunda, que mataram três pessoas e
feriram mais de 170.
"O que não sabemos ainda é quem executou este
ataque ou por quê, se foi planejado e executado por uma organização
terrorista, estrangeira ou doméstica, ou se foi um ato de um indivíduo
maléfico," disse.
O presidente afirmou novamente que quem quer
que tenha cometido os ataques será levado à justiça, e ressaltou que os
Estados Unidos não serão intimidados pelo terrorismo.
"Nós também sabemos disso -- o povo americano
se recusa a ser aterrorizado," disse.
Em uma linguagem direta e franca, Obama afirmou
que manterá os americanos informados sobre o desenvolvimento da
investigação e pediu que todos se mantenham vigilantes.
"O que eu apresentei a vocês é o que nós
sabemos. Nós sabemos que bombas foram detonadas. Nós sabemos que,
obviamente, elas causaram um dano severo. Não sabemos quem as fez",
indicou.
"Não temos uma ideia da motivação ainda. Então
todo o resto neste momento é especulação", concluiu Obama.
Segunda vítima das explosões de Boston é identificada**
A segunda vítima das explosões da Maratona de
Boston foi identificada nesta terça-feira (16). Krystle M. Campbell, 29
anos, da cidade de Medford, em Massachusetts. O pai de Krystle conversou
com o Yahoo! News e está em choque com a morte da sua filha.
"Minha filha era uma garota amável. Ela ajudava
a todos e eu estou em choque com isto. A nossa família está devastada.
Ela estava sempre disposta a apoiar qualquer um de nós", afirmou.
Campbell estava na linha de chegada com uma
amiga para dar apoio ao namorado, que estava correndo a Maratona.
William Campbell não sabe se o namorado da sua filha completou a prova
antes das explosões.
A outra vítima identificada das explosões é o
menino Martin Richard, de 8 anos, que estava correndo da primeira
explosão, quando foi atingido pela segunda.
* Informações da AFP.
** Redação Yahoo! Brasil | Yahoo! Notícias.
16/04/2013
- Foto: Divulgação.
* * *
Coreia do Norte:
Satélite mostra movimento em reator
nuclear norte-coreano*
Reator nuclear desativado em 2007 na
sequência de acordos internacionais já está a ser novamente
utilizado pela Coreia do Norte. Tensões
entre vizinhos coreanos e entre os EUA continuam a escalar.
Reator
nuclear de Yongbyon foi reativado.
A Coreia do Norte já deu início às obras no seu reator
nuclear de Yongbyon, após ter anunciado, esta semana, que iria reiniciar
a sua atividade, mostram imagens de satélite difundidas hoje pelo
Instituto Estados Unidos-Coreia no seu portal eletrônico.
O 'think tank', da Universidade Johns Hopkins, de
Washington, indica na sua página na Internet que as obras de restauração
podem ter como objetivo o reinício da atividade no reator, desativado em
2007, na sequência de um acordo firmado no âmbito das conversações a
seis com vista à desnuclearização de Pyongyang.
Além disso, o instituto observa que as obras começaram
entre meados e fevereiro e finais de março e que o complexo de Yongbyon
poderá estar operacional "dentro de semanas, em vez de meses", como se
pensava inicialmente.
No âmbito da campanha de ameaças que o regime norte-coreano
tem lançado ao longo do último mês, Pyongyang anunciou, na terça-feira,
que irá reativar todas as instalações nucleares, incluindo o reator
atômico em Yongbyon, localizado no noroeste do país.
As imagens de satélite, recolhidas pela empresa
DigitalGlobe a 27 de março, mostram, segundo o instituto, "escavações"
que podem estar relacionadas com a substituição de componentes do
"circuito de refrigeração secundário".
O instituto explica que "um passo chave nesse processo [de
reativação] passaria precisamente pela restauração desse circuito de
refrigeração secundário desativado", pelo que o complexo de Yongbyon
poderá estar em funcionamento dentro de semanas.
Após as sanções impostas pela ONU à Coreia do Norte na
sequência do ensaio nuclear realizado em fevereiro, o regime de Kim
Jong-un endureceu a sua tradicional retórica belicista e tem lançado uma
série de graves ameaças contra Washington e Seul.
Hoje mesmo, o Exército norte-coreano assegurou estar
preparado para atacar "com meios nucleares" tanto os Estados Unidos como
a Coreia do Sul.
Pyongyang ameaça retirar os 53 mil trabalhadores
norte-coreanos do complexo de Kaesong
A Coreia do Norte ameaçou hoje retirar os seus 53 mil
trabalhadores e encerrar o complexo industrial de Kaesong, um dia depois
de ter iniciado um bloqueio
aos funcionários sul-coreanos.
Um porta-voz do comitê estatal norte-coreano para a
Reunificação Pacífica da Coreia afirmou estar a reagir às declarações
proferidas, esta quarta-feira, pelo ministro da Defesa sul-coreano que
informou possuir um plano de contingência "militar" delineado para
garantir a segurança dos sul-coreanos que trabalham no complexo.
"Se as 'marionetes' sul-coreanas e meios de comunicação
conservadores continuarem a denegrir-nos, iremos ordenar a todos os
nossos trabalhadores que abandonem Kaesong", advertiu o porta-voz,
citado pela agência oficial norte-coreana KCNA.
"O encerramento total do complexo poder-se-á tornar
realidade", frisou.
Os cerca de 53.000 norte-coreanos trabalham para as mais de
120 fábricas sul-coreanas do parque, o qual serve como uma fonte crucial
de divisas para o Estado empobrecido da Coreia do Norte e reduz a
dependência de Pyongyang em relação à China.
Kaesong foi escolhido para combinar a tecnologia e
experiência da Coreia do Sul com a gestão a baixo custo da Coreia do
Norte e é uma zona teoricamente desmilitarizada, mas fortemente armada e
vigiada.
O complexo tem um volume de negócios equivalente a cerca de
1,5 mil milhões de euros, e tem funcionado sempre, apesar das repetidas
crises entre os dois países.
Na quarta-feira, Pyongyang informou Seul da sua decisão de
suspender o movimento diário de sul-coreanos para o complexo industrial,
sem especificar, no entanto, quanto tempo irá durar o bloqueio.
*
Informações de Lusa/Expresso (Portugal).
04/04/2013
* * *
Londres:
Príncipe britânico diz que matou afegãos
Príncipe Harry diz que matou insurgentes
afegãos durante serviço militar.*
Harry, durante ação no Afeganistão.
O príncipe britânico Harry disse, nesta segunda-feira (21),
que matou alguns insurgentes afegãos durante uma missão contra o Talibã,
quando cumpria seu segundo período de serviço militar no Afeganistão,
onde trabalhou como piloto atirador de helicópteros Apache, disparando
mísseis e foguetes.
O neto de 28 anos da rainha Elizabeth, o terceiro na linha
de sucessão ao trono britânico, passou 20 semanas a serviço das forças
da OTAN no Afeganistão, na base militar de Camp Bastion, na província
sulista de Helmand, segundo o Ministro da Defesa britânico.
Antes de deixar o Afeganistão, perguntado se havia matado
insurgentes durante sua turnê, ele respondeu: "Sim, muitas pessoas
fizeram isso... Nós atiramos quando é necessário. Tirar uma vida para
salvar uma vida. Mas, essencialmente, nós somos mais um impedimento do
que qualquer outra coisa. Se há pessoas tentando fazer coisas ruins com
os nossos soldados, então nós os tiramos do jogo", disse Harry em
entrevista à imprensa internacional.
O Talibã havia dito que faria de tudo para sequestrar ou
matar o capitão Wales, como Harry é conhecido nas forças armadas. Um
chefe militar afegão insurgente rotulou o príncipe como um "chacal
bêbado" ávido por matar inocentes afegãos.
Sua base foi atacada no seu aniversário, em setembro, mas
não foi esclarecido se o membro da realeza era o alvo do atentado, no
qual dois fuzileiros americanos morreram, em resposta a um filme que foi
visto como um insulto ao profeta Maomé.
O príncipe foi enviado ao Afeganistão há quatro meses, logo
depois que foram publicadas na imprensa fotos nas quais aparecia nu, com
uma mulher também nua, em um quarto de hotel em Las Vegas, nos Estados
Unidos.
"Eu decepcionei a mim mesmo, eu decepcionei minha família",
comentou o príncipe sobre o incidente em Las Vegas. "Mas esse
provavelmente foi um exemplo clássico de como eu fui demais um soldado,
e não suficientemente um príncipe."
A segunda turnê de Harry no Afeganistão foi mais tranquila
do que a primeira, em 2007 e 2008, que precisou ser abortada após 10
semanas, quando uma revista e alguns sites publicaram detalhes sobre o
paradeiro do príncipe. Após o incidente, a mídia britânica entrou em um
acordo para não divulgar mais esse tipo de informação, por questão de
segurança.
*
Informações de Agência O Globo.
21/01/2013
* * *
ONU:
Palestina é reconhecida como Estado não
membro
Com 138 votos, ONU reconhece Palestina
como Estado não membro*
Em
discurso, Abbas pede uma ‘certidão de nascimento para a Palestina’.
Com 138 votos a favor, nove contrários e 41 abstenções, a
Assembleia Geral da ONU reconheceu nesta quinta-feira territórios
palestinos como um Estado não membro da ONU. Muito aplaudido em seu
discurso de abertura da sessão, o presidente Mahmoud Abbas pediu uma
“certidão de nascimento” para a Palestina e afirmou que essa é a última
chance para salvar uma solução para os dois Estados. O presidente
israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o discurso de Abbas de
“hostil e venenoso”. Após a votação, a embaixadora americana, Susan
Rice, disse que os EUA apelam para que ambas as partes retomem as
negociações diretas. Em Ramallah, milhares de palestinos foram às ruas
comemorar a decisão antes mesmo do anúncio.
- Gaza nos lembrou que existe uma ocupação que precisa
acabar e um povo que tem que ser libertado. Durante nossa longa luta,
nosso povo sempre quis cumprir a lei internacional. Estamos aqui para
acabar com a ocupação e com a agressão. Chegou a hora do mundo dizer não
à ocupação da Palestina - afirmou. - Há 65 anos, neste mesmo dia, a
Assembleia Geral da ONU adotou a resolução 181, que partiu a Palestina.
Agora a Assembleia enfrenta um dever moral que não pode ser adiado.
Devem dar uma certidão de nascimento a Palestina.
O embaixador de Israel na ONU, Ron Prosor, por outro lado,
criticou a medida e afirmou que a resolução não garantia a segurança de
Israel nem a conclusão do conflito. Prosor defendeu que a Palestina quer
mudar a História e que metade do território palestino é controlado pelo
Hamas. Além de Israel, Canadá, Estados Unidos, República Tcheca, Ilhas
Marshall, Micronésia, Nauru, Palau e Panamá foram contra a aprovação do
novo status.
- Israel quer a paz e os palestinos estão evitando a paz.
Abbas pediu ao mundo que reconheçam um Estado Palestino, mas rejeita
reconhecer um Estado Judeu. Presidente Abbas, você nem pode visitar a
metade de seu país porque ele está controlado pelo Hamas, uma
organização terrorista.
Depois que o painel eletrônico apresentou o resultado,
Abbas foi abraçado e festejado pela delegação palestina e por outros
diplomatas, deixando o plenário, que lotou duas horas antes da votação,
cercado por uma pequena multidão. Primeiro a discursar após a votação, o
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reconheceu o direito dos
palestinos a um Estado soberano e o dos israelenses a viver em paz, e
exortou as duas partes a retomarem imediatamente o diálogo.
- Não há substituto para negociações diretas - disse Ban.
A embaixadora americana, Susan Rice, disse que os EUA
apelam para que ambas as partes retomem as negociações diretas:
- Os Estados Unidos apelam para a retomada das negociações
diretas, sem condições prévias, sobre todas as questões que os dividem e
nós prometemos que estaremos lá para apoiar as partes vigorosamente em
tais esforços - afirmou.
Em nota, o premier Benjamin Netanyahu classificou a fala de
Abbas como “cheia de mentiras”. “Foi um discurso cheio de gotas de
veneno e propaganda falsa contra Israel. Esse não é o jeito de alguém
que diz querer a paz”.
Na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, porém, a ordem era
comemorar. E o coro popular foi uníssono: vitória. Milhares festejaram
com bandeiras e música em Ramallah, Jenin, Nablus e Hebron. Na Cidade de
Gaza, capital do enclave costeiro controlado pelo Hamas, todos os
partidos políticos se uniram para exaltar o feito de Abbas. Lideranças
do partido dele, o secular Fatah, garantiram que, em breve, o presidente
fará uma visita à região para selar o diálogo de união após cinco anos
de ruptura.
O grupo islâmico, porém, não confirmou a visita, embora
tenha dado respaldo público à iniciativa de Abbas.
França liderou
movimento a favor
A França liderou nos últimos dias um movimento que deu a
Abbas a tão desejada “maioria moral”, com uma quantidade expressiva de
votos da Europa. Esses votos eram essenciais não apenas pelo peso
político, mas pela garantia de financiamento de países europeus caso
Israel e EUA cumpram as ameaças de cortar remessas de dinheiro para os
territórios palestinos, onde cerca de 80% das pessoas dependem de ajuda
externa.
A posição da França, anunciada em Paris na terça-feira,
após um período de hesitação no qual o governo de François Hollande
pressionou por um adiamento da votação, acabou tendo o poder de recrutar
o apoio de outros países, como a Itália, e de influenciar a Alemanha a
mudar seu voto negativo para a abstenção, na tentativa de evitar uma
fratura europeia. O único país europeu a votar contra foi a República
Tcheca.
A vitória ampla (eram necessários 97 dos 193 votos)
reforçou a autoridade de Abbas, e seus contornos finais foram definidos
justamente pelo temor de que o Hamas e as lideranças radicais saíssem
fortalecidos politicamente após o cessar-fogo da semana passada.
Senadores dos EUA
ameaçam corte de verba
A poucas horas da votação, um grupo bipartidário de
senadores americanos alertou os palestinos de que eles poderiam perder
ajuda financeira e enfrentar o desligamento de seu escritório de
Washington, caso utilizem o novo status contra Israel. Os republicanos
Lindsey Graham e John Barrasso, e os democratas Chuck Schumer e Bob
Menendez afirmaram nesta quinta-feira que irão pressionar a criação de
uma emenda ao projeto de lei de defesa sobre os palestinos.
A medida poderia ser tomada se os palestinos apresentassem
acusações contra Israel no Tribunal Penal Internacional. O escritório da
Organização para Libertação da Palestina, em Washington, também seria
fechado.
Os palestinos podem estar mais perto do que nunca de um
reconhecimento como Estado, mas a realidade é muito mais complexa. A
proliferação de assentamentos judaicos na Cisjordânia é tamanha que é
preciso um exercício de imaginação descomunal para vislumbrar um Estado
palestino com certa continuidade física. Além disso, o racha entre os
palestinos em Gaza e na Cisjordânia também é grande obstáculo para as
aspirações de Abbas.
*
Informações de O Globo, com agências.
30/11/2012
- Imagem: Richard Drew/AP.
* * *
Negociação:
Israel e Hamas anunciam cessar-fogo
Após reunião entre Clinton e chanceler
egípcio, Israel e Hamas anunciam cessar-fogo.*
A secretária de
estado Hillary Clinton e o chanceler do Egito, Mohammed
Kamel Amr anunciam
cessar-fogo entre Israel e Hamas.
O encontro entre Hillary Clinton e o chanceler do Egito,
Mohammed Kamel Amr, resultou no anúncio de um cessar-fogo entre Israel e
o Hamas. A trégua entrará em vigor a partir das 21h locais (17h no
horário de Brasília). O Egito foi o principal negociador e a
expectativa era que o cessar-fogo fosse anunciado na noite de
terça-feira (20), mas com a chegada de Clinton na região o acordo foi
assinado na tarde (noite em Israel) desta quarta.
"Os Estados Unidos saúdam o acordo para um cessar-fogo em
Gaza. Os ataques com foguetes devem parar, e a calma retornar", disse
Hillary Clinton.
A emissora Al Jazeera, do Catar, confirmou com fontes
palestinas na Faixa de Gaza que uma trégua foi firmada. Um funcionário
palestino no Cairo disse à Associated Press que o Egito será o fiador da
trégua.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse
ao presidente norte-americano, Barack Obama, que está pronto para dar
uma chance ao cessar-fogo.
Detalhes do acordo ainda não foram divulgados. O anúncio
ocorre no oitavo dia de bombardeios israelenses em Gaza.
*
Informações do jornal O Tempo, com agências.
21/11/2012
- Foto: AP.
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O cessar-fogo entre israelenses e palestinos na Faixa de
Gaza começará à próxima meia-noite local (20h de Brasília), dessa
terça-feira, 20/11, informou à Agência Efe uma fonte do movimento
palestino Hamas no Cairo.
A fonte, que pediu anonimato, fez estas declarações após
uma reunião em um hotel da capital egípcia entre representantes do
Hamas, da Jihad Islâmica e dos serviços secretos do Egito.
A Jihad Islâmica informou em seu site que os líderes deste
grupo e do Hamas, assim como os mediadores egípcios, darão uma
entrevista coletiva hoje à noite para declarar um acordo de cessar-fogo
com Israel.
Este anúncio ocorreu horas depois de o presidente egípcio,
Mohammed Mursi, garantir que "a farsa da agressão israelense contra Gaza
terminará hoje".
Em entrevista coletiva, Mursi também disse que os esforços
do Egito para conseguir um cessar-fogo entre palestinos e israelenses
"darão resultados positivos nas próximas horas".
Sobre a possível trégua, o líder do Hamas, Khaled Meshaal,
declarou na segunda-feira em entrevista coletiva no Cairo que foi Israel
que pediu um cessar das hostilidades, e não seu grupo.
Os esforços mediadores e a pressão da comunidade
internacional aumentaram enquanto continuava a escalada da violência em
Gaza.
Uma delegação ministerial da Liga Árabe viajou hoje à
faixa, e o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, se reuniu
com as autoridades egípcias e israelenses em sua viagem pela região.
No Cairo, Ban pediu hoje a israelenses e palestinos que
cessem a violência de maneira imediata e protejam a população civil de
acordo com as leis internacionais.
A ofensiva israelense "Pilar Defensivo" entrou hoje em seu
sétimo dia com novos bombardeios em Gaza, onde desde a quarta-feira
passada morreram pelo menos 127 palestinos e 900 ficaram feridos .
*
Informações da EFE.
20/11/2012
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