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Noticiário
Itaúna: Jornal: após denúncia de VF, MP abre inquérito Suposta compra do jornal ItaunAcontece por Íris Léia está sendo investigada por delegado de polícia em Itaúna.
Por Pepe Chaves* BH-23/01/2013
O jornal ItaúnAcontece de "propriedade misteriosa", veiculava fotos de Íris Léia e faturava com anúncios do açougue Bonutt da Prefeitura de Itaúna. Prefeitura também contratou publicidades em licitação de um outro jornal. Leia também: A suposta compra de um jornal por Íris Léia Jornal omite responsável em expediente Sérgio Cunha nega venda de jornal à Íris Íris nega compra de empresa jornalística ItaúnAcontece: MP vai investigar jornal Íris Léia é transferida da SUAPI para APAC Íris Léia e Afonso são denunciados pelo MP
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu inquérito policial, através da Delegacia de Polícia Civil em Itaúna-MG para investigar suposta compra de jornal pela ex-chefe de Gabinete da Prefeitura, após denúncia publicada por Via Fanzine, ainda no ano de 2011.
De acordo com as denúncias recebidas por nós e publicadas no mês de agosto de 2011, a chefe de Gabinete teria comprado a empresa jornal ItaúnaAcontece pela cifra de R$ 20 mil e estaria usando esse veículo para difundir sua imagem e ações, já visando sua candidatura em 2012. Ela também estaria faturando publicidades oficiais do Executivo local, visando levantar recursos para sua campanha política. Falando com Via Fanzine, Íris Léia negou que tenha feito a compra do referido jornal.
O mais grave é que esse mesmo jornal (comprado ou não por Íris) que estava desativado, naquela ocasião, voltou a funcionar da noite para o dia e está recebendo publicidades oficiais da Prefeitura de Itaúna toda semana, no valor de R$ 1.680,000 por meia página, chegando a faturar do Executivo local, portanto, valor acima de R$ 6,5 mil por mês, somente com estes anúncios.
Caso a empresa jornalística seja mesmo de propriedade de Íris Léia, esta não poderia ter faturado espaços publicitários para a Prefeitura de Itaúna, uma vez que Íris estava lotada como servidora comissionada daquela Casa. A legislação proíbe que servidores negociem com o poder público.
O jornal veiculou por várias edições em sua última página, um anúncio da Prefeitura de Itaúna de meia página ao lado de um do açougue Bonnut, que seria de propriedade do ex-prefeito Eugênio Pinto e de Íris Léia. Na época, o MP, através da promotora Sílvia de Lima Soares, queria saber se o valor cobrado (R$ 1.680,000) pelo jornal da prefeitura era o mesmo cobrado do açougue Bonnut pelo anúncio de mesmo tamanho. Não obtivemos mais informações a respeito, pois a promotora foi transferida da Comarca alguns dias depois.
Na ocasião que veiculamos esta notícia falamos com o jornalista Sérgio Cunha, que era o proprietário e fundador do órgão e nos confirmou a venda do jornal ItaúnaAcontece, mas negou terminantemente a informar quem seria o novo proprietário (ou proprietária) do referido jornal. No entanto, ele nos informou publicamente que não seria Íris Léia a proprietária.
Também soubemos por fontes fidedignas que não desejam se identificar que, após publicarmos a denúncia - acatada pelo MP na época - sobre a suposta negociação, o vendedor do jornal teria cobrado um “ágio” a mais, no valor de R$ 50 mil, pagos pelo comprador(a) para que ele não revelasse, sob nenhuma hipótese, quem seria o proprietário(a) daquele veículo de comunicação que, ainda assim, seguiu sob o seu comando e faturando publicidades para a Prefeitura de Itaúna.
É bom lembrar que, mesmo após afirmar ter vendido o jornal a um terceiro, Sérgio Cunha permaneceu abertamente no comando veículo, inclusive, publicando charge depreciativa ao editor de VF, após este ter revelado sobre a sua suposta negociação com Íris Léia.
Mas, curiosamente, após dois anos desativado e, ao que tudo indica, ressuscitado somente para faturar publicidades oficiais durante um curto período, o jornal ItaúnaAcontece deixou de circular pouco antes das eleições passadas. Tão logo a Prefeitura de Itaúna deixou de veicular suas publicidades oficiais por conta da legislação no período político, esse jornal não mais foi editado e assim permanece desde então. Recentemente, notamos que o site do jornal que também parece ter sido abandonado, permanece online, porém com o conteúdo bastante desatualizado.
Conforme fomos informados por uma fonte na Delegacia de Polícia de Itaúna, solicitado pelo MP, o delegado Dirceu Ribeiro da Costa, da Comarca de Itaúna, está colhendo oitivas e montando o inquérito para investigação dessa suposta negociação do referido jornal.
No momento em que fechamos esta nota, Íris Léia se encontra à disposição da Justiça, detida na APAC Feminina em Itaúna. Ela está sendo investigada pela Operação Narcisa, uma frente do MP e Polícia Civil, contra crimes de corrupção na Prefeitura de Itaúna. Íris já prestou e, possivelmente, deverá prestar outros depoimentos ao promotor público Fábio Galindo Silvestre.
O dono(a) do ItaúnAcontece (seja quem for) travou uma dura batalha contra a publicitária Luciene Alves (acima) que, ao ter seus serviços sem licitação dispensados pela Prefeitura, lançou em seu jornal uma campanha de ataques morais e pessoais contra Íris e Eugênio.
Publicidades sem licitação: tão sério quanto
Outra denuncia publicada com exclusividade por Via Fanzine que pode ganhar corpo investigativo envolve a prestação de serviços publicitários pela agência “Original” P&P, de propriedade da publicitária Luciene Alves (Jornal Spasso), também secretária do reitor da Universidade de Itaúna, Faiçal Chequer e contratada pela campanha que elegeu o atual prefeito de Itaúna Osmando Pereira da Silva (PSDB).
Esta agência de Alves teria prestado serviços particulares (sem licitação) para a gestão de Eugênio Pinto, sem que fosse submetida a uma licitação. Teriam sido produzidos serviços gráficos diversos, inclusive, criação de arte final anunciando a "nova praça" dois anos antes de sua conclusão. Ocorre que a legislação não permite a contratação de serviços publicitários sem licitação pelo poder público, como foi firmado entre Luciene Alves e a Administração e Eugênio Pinto. Os valores de tais serviços jamais foram divulgados e, justamente, por não terem passado por uma licitação pública, podem ter estado acima dos valores de mercado.
Em 2010, logo após Via Fanzine publicar a denúncia que a dita empresa estava prestando serviços publicitários sem passar por licitação, a Prefeitura de Itaúna dispensou os serviços da referida agência de publicidade. Mas, em compensação, ao ser dispensada, a publicitária Luciene Alves passou a agir de maneira furiosa contra o ex-prefeito Eugênio Pinto e sua chefe de Gabinete Íris Léia, dedicando a eles espaços de destaque em seu jornal para denúncias até de cunho pessoal e sexual.
Se antes o jornal Spasso reservava os melhores espaços para mostrar Eugênio e Íris contentes e sorridentes ou em viagens pelo mundo, após ter seus serviços cancelados, passou a denunciar até mesmo coisas do período em eu permaneceu calado enquanto faturava com um contrato irregular. Imagens de Pinto e Léia com o semblante fechado e até mesmo, montagem fotográfica mostrando a "ex-primeira dama" presa foram veiculadas pelo jornal Spasso, após sua dona dona deixar de servir o casal do Executivo.
No entanto, anteriormente, a proximidade da publicitária Luciene Alves com o casal Pinto era mostrada com ênfase até mesmo em colunas sociais do Spasso, como uma viagem compartilhada pelos casais no Carnaval de 2009, no litoral brasileiro. O jornal Spasso também agraciou por três anos seguidos (durante o período que mantinha contrato irregular com a PMI) com a sua maior "honraria", o chamado "Troféu Evidência", ao prefeito afastado e a chefe de Gabinete.
Mas, ao perder o serviço que prestava ao casal Pinto, a publicitária Luciene Alves se tornou a sua principal inimiga e fez questão de deixar isso claro: desde o rompimento passou a dedicar uma manchete desfavorável a Eugênio ou Íris, ininterruptamente, até as edições mais recentes de seu jornal. Da noite para o dia, o seu jornalismo passou a ser “moralista” com a Administração Municipal, bem diferente das épocas em que prestava serviço a esta e, além de elogiá-la, omitia aos seus leitores, até mesmo, as estrondosas investigações realizadas pela Polícia Federal na Administração do ex-prefeito Eugenio Pinto.
Assim como a suposta compra irregular de veículo de comunicação por agente público, também a prestação de serviços publicitários sem licitação por agentes públicos, igualmente, contraria a legislação e, por isso, acreditamos que esta ação que muitos acreditavam que ia passar batida, também deverá ser investigada sob o mesmo teor.
Em breve traremos mais informações sobre estas questões. Outros links com conteúdo relacionado aos assuntos tratados nesse artigo podem ser acessados abaixo.
- Fotos: Reprodução ItaúnAcontece/Arquivo VF.
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