o portal dos itaunenses de todo o mundo...
Noticiário
Prisão repercute:
Jornal ‘mostra’ Íris Léia presa Foto adulterada mostra ex-chefe de gabinete por detrás das grades. Forte ataque à imagem pode ser justificado por ocorrências recentes.
Por Pepe Chaves Para Via Fanzine BH-17/12/2012
Jornal publica fotomontagem acima da ex-servidora presa: motivos de tal maldade são de ordem particular. Leia também: Afonso Nascimento deixa a detenção MP presta informações sobre prisão de Íris Léia Jornal ‘mostra’ Íris Léia presa Íris Léia foi presa em seu apartamento Íris Leia e Afonso Nascimento são denunciados pelo MP Íris Léia não vai assumir vaga na Câmara, decide TSE Direitos cassados: Eugênio e Íris ‘pegam balão’ até 2021 1ª Instância: Eugênio e Íris estão inelegíveis até 2021 TJMG: Ex-prefeito alça voo, mas tem indeferimento judicial Pinto afirma que o seu afastamento não é definitivo Justiça nega pedido de soltura a Afonso Nascimento Promotoria nega mandados em aberto Secretário municipal de Eugênio Pinto é preso Pinto afirma que o seu afastamento não é definitivo Prefeito Eugênio Pinto é afastado por improbidade Photoshop a serviço da desinformação
A notícia da detenção da ex-namorada e ex-chefe de Gabinete do prefeito afastado de Itaúna causou repercussão na cidade, região e até na capital mineira, nesta segunda-feira, 17/12. A detenção da ex-servidora foi comemorada por alguns, sobretudo, inimigos pessoais e políticos. Íris Rodrigues foi detida na sua residência ao amanhecer da segunda e passou toda a manhã prestando depoimento na Delegacia da Mulher em Itaúna.
Por volta de meio-dia, ela foi levada para um presídio na cidade de Pará Minas, onde permanecerá à disposição da Justiça. Tão logo saiu a notícia diversos links passaram a circular pela internet, por e-mails ou em redes sociais. Um destes links chamou a atenção, pois aparecia Íris Léia encarcerada, segurando as grades da prisão.
A imagem em preto e branco (acima) foi veiculada pelo jornal Spasso, de Itaúna, que move uma campanha sórdida contra Íris Léia e o ex-prefeito Eugênio Pinto. A fotografia foi adulterada com fotomontagem e mostra a mulher por detrás das grades de uma cela, com um fundo sujo e olhar entristecido.
A imagem, que engana a muitos, mas montada grosseiramente (e que pode ser, inclusive, objeto de um possível processo por ataque à honra e à imagem) transpõe a ética profissional, o bom senso, a compaixão; deixa o campo do jornalismo imparcial e mostra como determinada pessoa demonstra ter em seu coração uma maldade capaz de consumir a si própria. Sobretudo, quando alguém contraria os seus interesses - e sobre tais interesses, saberemos a seguir.
Se o fato de apenas exibir uma imagem real de uma pessoa presa, sem autorização desta já é grave e passível de processo, imagine-se, adulterar uma imagem e colocar uma pessoa encarcerada "digitalmente", fazendo com que todos creiam que aquilo seja um fato real? Vale lembrar que na ufologia brasileira, temos o caso de um conhecido editor de revista que já foi condenado, em última instância, a pagar a pena máxima nos tribunais de pequena causa por indenização a um desafeto, por este ter sido exibido em foto na revista, sem a sua autorização. Na imagem original a vítima da exposição indevida aparece por detrás das barras de ferro, dentro da cela de uma prisão.
Mas, a julgar por alguns outros fatos que envolvem referido jornal que publica montagem fotográfica para se passar por fato, o seu ódio impiedoso contra Pinto e Léia tem explicações claras, até testemunhadas por nós. Inclusive, o próprio Ministério Público deveria se atentar, agora, a buscar saber com mais propriedade, sobre o íntimo relacionamento desse jornal, em outrora, com a administração suspeita. Com efeito, fatos do período quando eram prestados pelo periódico, serviços de publicidade sem licitação, enquanto este omitia a presença da PF na cidade e outras denúncias formais contra Pinto e Léia e preferia anunciar a reforma da praça da matriz em outdoors pagos com dinheiro público e confeccionados por sua agência.
Histórico premiado
O jornal Spasso, dirigido por Luciene Alves, faz pouco tempo, era bem próximo do governo Eugênio Pinto. Em suas páginas eram publicadas somente fotos do feliz casal Pinto e Léia, sempre sorridente e reiteradamente exaltado como "poderoso" pelo Spasso. Enquanto isso, Via Fanzine e outros poucos denunciavam a presença da Polícia Federal em Itaúna, investigando a Administração por conta de um projeto milionário para transposição das linhas férreas. Também denunciamos dezenas de fatos que se tornaram quase 40 processos contra a Administração de Pinto, sem que o Spasso, sequer, se referisse a um ponto negativo do governo que o sustentava de maneira suspeita.
Nessa época, o jornal Spasso não publicou uma letra sequer sobre a presença da PF em Itaúna, pois prestava serviços publicitários sem licitação à prefeitura local, cujos valores e detalhes nunca foram revelados.
Eugênio Pinto e Íris Léia, são execrados pelos jornal Spasso nos últimos tempos, mas foram premiados, recentemente, com o “Troféu Evidência”, oferecido por este jornal. Durante três anos seguidos Luciene Alves homenageou Eugênio Pinto e Íris Léia com a entrega do troféu, com direito a TV Cidade, notas em seu site e jornal impresso e até “Alô” no “Alterosa Esportes”... Os "prêmios", elogios e fotos sorridentes oferecidas por ela ao casal, só cessaram depois que o contato de sua empresa foi cancelado com a Administração municipal, algo que parece ter sido “imperdoável”, como veremos.
Mas, antes disso, naquela época de “contrato secreto em popa”, o próprio jornal Spasso registrou em coluna social a viagem conjunta que o casal Pinto & Léia fez com o casal que dirige o jornal Spasso. Numa mostra de como torrar dinheiro socialmente, os dois casais passaram juntos o carnaval de 2009 no litoral, onde viveram dias inesquecíveis. As fotos dos dois casais felizes e realizados naqueles momentos, devem constar ainda nos arquivos desse jornal impresso (se não tiver sido adulteradas também...), mas foram retiradas de sua versão digital, quando o jornal mudou o seu comportamento.
VF denunciou e agência foi contratada
Tão logo soubemos que publicidades oficiais da PMI estavam sendo prestadas por longo tempo, sem contrato, Via Fanzine, mais uma vez como voz única, publicou duas notas alertando e questionando tal ilegalidade. E, poucos dias depois da nossa denúncia sobre publicidade sem licitação, também enviada por e-mail à Promotora de Justiça à época, a agência de Luciene Alves do Spasso foi dispensada pela Prefeitura; foi aberta uma licitação e a vencedora foi a Fazenda, Comunicação e Marketing, de Belo Horizonte.
A partir da dispensa de seus serviços e de sua derrota na licitação aberta pela Prefeitura, a publicitária Luciene Alves e o jornal Spasso passaram a mover uma campanha extremamente radical e difamatória contra Eugênio e Íris. A amizade, os dias juntos que vivenciaram, os contratos fora da lei, tudo foi literalmente para o espaço! O que se viu, foi o Spasso voltar ao tempo para fazer denúncias as quais permaneceu calado enquanto “mamava” publicidades sem licitação. Em todas as suas edições, desde o dia que rompeu com Íris e Eugênio, o Spasso trouxe uma notícia desfavorável ao casal – contraponto drasticamente com o seu comportamento em tempos que permanecera como aliado do casal e se passando por órgão de comunicação omisso. O Spasso só mostrou serviço depois que perdeu a boquinha "informal" na PMI e, como vemos, ainda costuma exagerar em suas denúncias, tão parciais quanto os descarados interesses desse jornal publicitário.
O Spasso jamais publicou uma linha sobre a presença da PF em Itaúna, simplesmente omitiu ao público tal fato naquela época, porque estava aliado à administração investigada. Mas agora, quando o ódio e a vingança imperam, esse referido veículo correu atrás da PF em Divinópolis para buscar informações “exclusivas” contra o ex-prefeito. De um jornal que faz isso com seu pretenso público pode-se esperar qualquer coisa, até mesmo obter informações exclusivas de um órgão que deveria agir com transparência e critérios imparciais para distribuir as suas informações oficiais - o que não foi o caso da PF/Divinópolis, que privilegiou um pequeno veículo e alcance local, que demonstra não ter a menor credibilidade jornalística.
Mas tão logo rompeu o seu contrato com a PMI, a retaliação do Spasso foi tão profunda, que surgiu até blog anônimo exclusivo para denunciar Íris e Eugênio, inclusive, usando também de montagens fotográficas. Ora, porque este jornal não se limitou a informar – como qualquer outro deveria agir – mas omitiu e depois até exagerou por conta de suas exclusivas pretensões particulares?
Ao romper com o casal do poder, o jornal se especializou a falar mal de ambos, inclusive, dando ênfase até mesmo em assuntos pequenos da vida particular dos então servidores públicos. Em seguida, a dona do Spasso também brigou e trocou fortes insultos (registrados pela imprensa local) com um diretor da agência publicitária Fazenda, sua concorrente na licitação em que foi derrotada na prefeitura.
Por essa e outras que não sabemos (mas imaginamos), torna-se inadmissível que o Ministério Público não esclareça também essa questão junto à Íris Léia: qual era o relacionamento desde jornal Spasso e sua diretora com esta suspeita administração pública? O que previa o contrato firmado pela Prefeitura com Luciene Alves? Quanto a Administração pública gastou em publicidades e “criação de artes” com o jornal Spasso e sua agência? Os serviços prestados estavam com valores de acordo com o mercado? Por que um contrato de publicidade foi firmado sem licitação, quando a prefeitura e a própria agência sabem muito bem que este é um ato ilegal?
É preciso que as pessoas cobrem do MP, uma investigação sobre o jornal Spasso e sua dona, checando os documentos fiscais emitidos e os valores da negociação estabelecida por cerca de dois anos ou mais - observe-se que, nenhuma informação sobre tais serviços foram tornadas públicas em qualquer tempo e tal fato só veio à tona depois de publicarmos a nossa denúncia.
Serviços prestados e a prestar
Além de prestar serviços e até premiar a administração afastada de Itaúna com seus "honrosos" troféus, a impiedosa publicitária Luciene Alves é conhecida também, por longos anos, como assessora do reitor Faiçal David Freire Chequer, da Universidade de Itaúna, instituição claramente usada por ela para obter mais clientes.
É bom que o MP mantenha o foco, pois a referida publicitária trabalhou também na campanha do prefeito eleito Osmando Pereira da Silva (PSDB) e, segundo informações que obtivemos de fontes seguras, ela deverá estar ligada, também, ao governo municipal que toma posse em janeiro de 2013, mas ainda não sabemos se com ou sem licitação...
Esta não é a primeira vez que o Spasso veicula montagens fotográficas para denegrir a imagem de pessoas, outras do mesmo casal afastado também foram veiculadas em edições anteriores do folhetim e em blog "anônimo", contudo, nenhuma havia chegado ao disparate dessa mais recente que destacamos aqui.
* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine e da Rede VF.
- Foto: Reprodução do jornal Spasso.
Leia também: Afonso Nascimento deixa a detenção MP presta informações sobre prisão de Íris Léia Jornal ‘mostra’ Íris Léia presa Íris Léia foi presa em seu apartamento Íris Leia e Afonso Nascimento são denunciados pelo MP Íris Léia não vai assumir vaga na Câmara, decide TSE Direitos cassados: Eugênio e Íris ‘pegam balão’ até 2021 1ª Instância: Eugênio e Íris estão inelegíveis até 2021 TJMG: Ex-prefeito alça voo, mas tem indeferimento judicial Pinto afirma que o seu afastamento não é definitivo Justiça nega pedido de soltura a Afonso Nascimento Promotoria nega mandados em aberto Secretário municipal de Eugênio Pinto é preso Pinto afirma que o seu afastamento não é definitivo Prefeito Eugênio Pinto é afastado por improbidade
* * *
Denúncias: Policiais são detidos e delegado é acusado Fraudes e tráfico colocam dois policiais civis na cadeia Senha de delegado foi usada para cancelar multas de trânsito.*
Subcorregedor da Polícia Civil, Elder Dangelo, disse que as provas são robustas.
Investigação
Uma investigação do Ministério Público de Itaúna, na região Central do Estado, revelou o envolvimento de pelo menos nove policiais civis da cidade em esquemas de tráfico de drogas e fraudes na liberação de documentos de veículos. Dois dos investigados foram presos e transferidos para Belo Horizonte.
Entre os outros sete suspeitos está um delegado de trânsito que, conforme a investigação do Ministério Público Estadual (MPE), integrava uma rede de corrupção que teria liberado, desde 2008, 3.000 documentos de veículos com algum tipo de restrição no Departamento Estadual de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG). Nesse esquema, a suspeita é que multas de motoristas foram retiradas do sistema e documentos foram falsificados para liberar licenciamentos e autorizar transferências de veículos sem vistoria.
"Os crimes foram praticados no sistema com a senha do delegado", disse o titular da Delegacia da Regional de Divinópolis, Fernando Vilaça. O delegado conta que em um único endereço estavam cadastrados mil veículos.
A investigação mostrou que os policiais presos agiam de forma independente e não havia relação entre os crimes de corrupção e o de tráfico.
Os detidos, de acordo com a Corregedoria de Polícia, são novos na profissão e têm menos de cinco anos de função pública. Nenhum deles teve a identidade revelada. Itaúna tem atualmente 28 policiais civis. Desses, nove são alvo de denúncias.
A ação da Promotoria de Justiça revelou que no crime de tráfico houve envolvimento do policial em assassinatos para queima de arquivo, tortura e na facilitação de fugas de traficantes. Um dos assassinatos, segundo o subcorregedor, foi motivado pela disputa de controle de uma boca de fumo na cidade. As denúncias são graves e mostram que o policial participava ativamente do comando do tráfico. "O assassinato teria sido motivado pela disputa de bocas de fumo. Esse policial é suspeito ainda de facilitar a fuga de um traficante. Ele levou o preso para uma consulta médica às 2h da madrugada e o detento, ‘coincidentemente’ fugiu", disse.
Os outros sete investigados pelo crime continuam trabalhando normalmente, mas a corregedoria não descarta a possibilidade de novas prisões. "As provas são robustas. O inquérito deve ser concluído na próxima semana", disse o subcorregedor da Polícia Civil, Elder Dangelo.
O promotor Fábio Galindo Silvestre, que há um ano cuida da investigação, preferiu não dar detalhes da investigação. Em nota, a assessoria de imprensa do órgão, alegou motivos de segurança.
Suspeito confessa e entrega delegado
Os dois policiais prestaram depoimento anteontem na Delegacia Regional de Divinópolis. Segundo o subcorregedor da Polícia Civil, Elder Dangelo, que acompanhou os depoimentos, o suspeito de envolvimento no tráfico negou a prática do crime.
O outro policial, suspeito de praticar crimes na Delegacia de Trânsito de Itaúna, confessou e ainda incriminou um delegado. "Ele (suspeito) disse que fez tudo com o aval e com as orientações do delegado", disse Dangelo, sem revelar o nome do policial citado. O delegado está afastado desde o último dia 8. "Ele não foi preso por falta de provas, mas foi transferido para atividades administrativas".
O diretor do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG), Edilson Bispo, informou que parentes do primeiro policial procuraram a instituição. "Como ele é sindicalizado, temos por obrigação fornecer um advogado, mas o sindicato não aprova este tipo de conduta". (TT)
Motoristas beneficiados por golpe terão que se explicar
O titular da Delegacia Regional de Divinópolis, na região Centro-Oeste, Fernando Vilaça, informou que foram identificados os nomes dos motoristas que solicitaram as irregularidades ao policial suspeito de vender o cancelamento de multas, dentre outras irregularidades. De acordo com Vilaça, todas essas pessoas terão de prestar depoimento.
"Eles podem responder por corrupção ativa, formação de quadrilha, falsidade ideológica e de documentos, assim como o policial. Ainda não sabemos quanto era cobrado pelas fraudes", disse Vilaça.
Na Delegacia de Trânsito de Itaúna foram apreendidos vários documentos. "Vamos comparar os documentos originais com as informações que foram informadas no sistema pelo suspeito para comprovar as irregularidades". (TT)
Minientrevista com Elder Dangelo Subcorregedor da Polícia Civil
O que mais chama a atenção do senhor nos dois casos? Os dois policiais praticaram muitos crimes, ao que tudo indica. Um dele praticava crimes associados ao tráfico de drogas como homicídio e tortura. No outro caso impressiona o número de irregularidades. Já identificamos mais de 3.000 veículos que tiveram dados alterados para favorecer alguém.
Os policiais serão afastados? Não. O policial de Itaúna teve a prisão preventiva (30 dias) decretada e o outro, que é lotado em Itatiaiuçu, mas foi transferido para Itaúna, a prisão é preventiva (cinco dias). Os dois estão na Casa do Policial e depois, se a prisão não for prorrogada, voltarão ao trabalho. O Estado não pode parar de pagar o salário dos servidores, por isso eles continuarão atuando. Eles serão remanejados para funções administrativas.
A que tipo de punição esses policiais estão sujeitos? No mínimo, terão uma punição administrativa como transferência de cidade. Eles poderão ser julgados e condenados pela Justiça comum e serão demitidos.
Como a corregedoria vê o envolvimento de policiais em crimes graves? Se a pessoa opta por ser policial não pode ter esse tipo de postura. Se a opção desses dois é a de serem criminosos, eles terão que largar a polícia.
O senhor acredita no envolvimento de outros policiais? De mais seis, além do delegado.
* Informações de Tâmara Teixeira/O Tempo (BH). 30/09/2011
- Foto: Daniel de Cerqueira
|
MAIS ITAÚNA