Sondas espaciais
A vida em busca de vida: Será que estamos sendo sondados? Nossa galáxia pode estar repleta de sondas espalhadas por inteligências extraterrestres, dizem autores de artigo científico.*
Os dois cientistas acreditam que sondas inteligentes e de uma tecnologia altamente avançada, poderiam mostrar de perto detalhes de outros mundos solares e, inclusive, também de seus possíveis habitantes. Leia também: Empresa planeja viagem só de ida para Marte Sondas Voyager podem ter deixado o Sistema Solar Sondas Voyager seguem na periferia solar Sondas Voyager deixarão a heliosfera A vida em busca de vida: será que estamos sendo sondados? Voyager: sonda está prestes a deixar o Sistema Solar Nasa comemora sucesso da sonda Messenger Voos comerciais ganham corpo na agenda da NASA Imagem histórica: Bolden, Musk e o Dragão NASA e SpaceX comemoram feito histórico
Dois astrofísicos publicaram recentemente na revista "International Journal of Astrobiology" um artigo bastante provocante, segundo o qual, a nossa galáxia poderia estar repleta de sondas espalhadas por inteligências extraterrestres.
Claro, tudo isso ainda pertence aos reinos da ficção científica, mas Arwen Nicholson e Duncan Forgani, professores de Astronomia na Universidade de Edimburgo, utilizando de simulações por computador mostraram que se os representantes de civilizações extraterrestres foram capazes de fazer viagens intergaláticas, eles poderiam, em um período relativamente curto de tempo, explorar toda a nossa galáxia. E, para tanto, é provável o uso de sondas espaciais que possam emitir e receber sinais e até mesmo, que possam se reproduzirem a partir de si mesmas.
Um dispositivo alienígena
A idéia de construir sondas espaciais "inteligentes", que possam autonomamente realizar trabalhos de pesquisa foi lançada na Terra ainda nos anos 60 do século passado. Destarte, o astrônomo norte-americano Ronald Bracewell sugeriu que a humanidade procurasse por essas sondas, não bastando apenas a busca por sinais de rádio artificiais, como é sugerido pelo conhecido programa SETI.
Desta maneira, esses aparatos navegadores "inteligentes" abririam novos horizontes: poder-se-iam atingir uma outra estrela; realizar varreduras em seus planetas buscando por sinais de vida e, se possível, fazer cópias de si mesmos, para, em seguida, dispersá-las em diferentes sistemas solares.
Os autores acreditam que a cobertura geométrica realizada por tais sondas possa crescer a um ritmo alarmante. "Se tomarmos a opção de que uma civilização alienígena pudesse alcançar tal tecnologia que lhe permitiria construir uma sonda auto-reprodutora, este aparato poderia ser capaz de explorar toda a Via Láctea em cerca de apenas 10 milhões anos", escreveu Duncan Forgan para a publicação "Huffington Post".
Claro que, por um lado, 10 milhões de anos é muita coisa, mas ainda assim, pode ser considerado um período relativamente curto na vida do universo, cuja idade é estimada em cerca de 13,8 bilhões de anos.
Segundo os autores, tais sondas não necessitariam de enormes reservas de combustível para se locomoverem no espaço. Para isso, seriam usadas as manobras de aceleração gravitacional, como, por exemplo, foi realizado com as sondas espaciais "Voyager 1" e "Voyager 2" (NASA). Utilizando o chamado "estilingue gravitacional" as sondas aproveitaram a gravidade dos planetas que percorreram dentro do sistema solar para se lançarem para fora dele. No entanto, utilizando a gravidade de estrelas maiores em tais manobras, é provável que esse aproveitamento aumentaria substancialmente.
No artigo, os autores também consideram outras possibilidades para os voos das sondas, mas o efeito de "estilingue gravitacional" seria a mais adequada.
Portanto, se a humanidade um dia encontrar sinais de uma civilização alienígena, esta poderá ser bem mais avançada do que o nosso "homem branco" e, possivelmente, complexa e robótica. Talvez, tais robôs já tenham visitado e sondado o nosso sistema solar, e é possível que ainda estejam nos assistindo...
* Informações de Kosmos-Xnet.ru (Rússia).
- Tradução: Pepe Chaves. 02/07/2013
- Colaborou: Natália Dyakonova (Rússia).
- Imagem: NASA/Hubble.
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