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 musical

 

 

 

Yes:

Uma rara música de Quinteto

Depois de um bom período convivendo com a música do Yes,

naturalmente fui impulsionado a escrever mais e mais.

 

Por Décio Estigarribia

Autor 

 

 

O presente trabalho teve início na noite de 18 de abril de 1992. Minha intenção inicial era bem simples; cogitava apenas em escrever um breve artigo sobre a importante música produzida pelo Yes e nada, além disso. Com o decorrer do tempo e a audição quase que diária da obra completa deste conjunto, confesso que fui pego por um sentimento de nostalgia, não só do Yes, como também da poética atmosfera dos anos 70.

 

Meus pensamentos ficaram repletos de recordações de bandas como Moody Blues, Jethro Tull, Genesis, Soft Machine, Gentle Giant, King Crimson, Emerson, Lake & Palmer, Van Der Graaf Generator, Pink Floyd, The Who, Maravishnu Orchestra, Weather Report, Return to Forever e muitos outros que criaram música de verdade para aqueles que tiveram a felicidade de vivenciar esses anos de luz do rock.

 

Depois de um bom período convivendo com a música do Yes, naturalmente fui impulsionado a escrever mais e mais; cada vez mais ia escrevendo sobre essa música e sobre esses músicos que fizeram a história desta banda. Somente no início de dezembro de 1992 foi que uma forte vontade invadiu minha alma e tomei a decisão de escrever um livro sobre o Yes.

 

O livro é dividido em três capítulos. O primeiro é dedicado aos  discos que o mundo conhece com o logotipo Yes e os discos solos, sendo que trabalhos como Yesshow, Yessongs, Classic Yes e Yesterdays não são comentados, pois as obras que fazem parte destes discos são gravações já conhecidas. A única exceção feita foi para duas peças da coletânea Yesterdays; são elas: "America" e "Dear father", por serem canções desvinculadas dos quatorze títulos lançados pelo grupo mais os discos solos (1975-1976).

 

O segundo capítulo trata de comentar a participação dos  músicos que deram sua colaboração para manter o Yes existindo por um período de mais de duas décadas e meia.

 

O terceiro capítulo é dirigido à discografia do Yes.

 

Para aqueles que estão interessados em uma literatura biográfica sobre os músicos do Yes, infelizmente este não é o livro indicado; ainda assim, existem várias passagens que dão um pequeno panorama do histórico destes músicos.

 

Yes, uma rara música de quinteto nada trata, em absoluto, quanto a possíveis análises das letras das canções. Todos os textos aqui escritos tratam, sob uma ótica objetiva, da obra musical produzida pelo grupo durante toda sua carreira. A temática fundamental é o fenômeno musical e nada mais. Deixo em pauta que os textos deste livro estão literalmente ligados a minha capacidade de análise sobre o trabalho do quinteto. Tentei ser o mais simples e sintético possível para que o leitor absorva mais claramente a trajetória do pensamento musical do Yes.

 

Creio que este breve estudo tenha alcançado seu objetivo; esclarecer, de maneira simples, e fazer uma releitura da fantástica produção do grupo. Portanto, sinto-me satisfeito.

 

- Aquisição e contato com o autor: yeslivro@gmail.com

- Leia também: Breve apresentação.

- Imagem: divulgação.

 

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EUA:

Canção de Michael não é inédita, diz família

Família Jackson vem a público esclarecer sobre divulgação errônea acerca da canção ‘This is it’.

Da Redação*

Via Fanzine

 

À sombra do rei do pop.

 

A canção “This is it”, lançada no site oficial de Michael Jackson não é inédita nem de autoria somente de Michael, conforme fora anunciado anteriormente. A família Jackson pediu desculpas por ter anunciando a canção como inédita e reconheceu que ela já fora gravada e não é somente de autoria de Michael.

 

Fãs descobriram que uma canção praticamente igual já havia sido gravada há 18 anos. A canção foi composta em parceria com renomado músico Paul Anka e está sendo usada para alavancar o lançamento de CDs, filme e outros materiais de Michael Jackson que serão lançados no fim de 2009.

 

Paul Anka teria afirmado que não foi consultado sobre o lançamento da canção de sua co-autoria. Para evitar um processo por parte de Paul Anka, a família Jackson não teve outra alternativa, senão vir a público se desculpar pela informação errônea. Paul Anka deverá receber os devidos direitos autorais.

 

'É isso aí'

 

A canção do "rei do pop", Michael Jackson, "This Is It" pode ser ouvida no site oficial do cantor morto no último dia 25 de junho.

 

"This Is It" não só é o título deste single póstumo de Michael Jackson, mas também de um filme que a Sony Pictures estreará nas salas de cinema em 28 de outubro e do duplo CD que será lançado um dia antes. "This Is It", é o duplo CD com a música que inspirou o filme sobre Michael Jackson de mesmo título.

 

O CD1 contém as canções originais de Michael Jackson, muitos de seus grandes sucessos, reunidos e ordenados na mesma sequência na qual aparecem no filme, segundo informa o site oficial do artista. O disco acaba com duas versões da música que era tida como inédita. Esta canção está na sequência final do filme e inclui coros cantados pelos irmãos de Michael.

 

O CD2 traz versões nunca publicadas de alguns dos clássicos do artista. Também inclui um poema inédito de Michael Jackson intitulado "Planet Earth".

 

Além disso, vem acompanhado de um livreto especial de 36 páginas com fotos exclusivas de Michael Jackson durante seus últimos ensaios.

 

O filme, previsto para permanecer nas salas de cinema por duas semanas, oferece aos fãs de Michael Jackson imagens únicas do artista durante os testes, no processo de criação, desenvolvimento e aperfeiçoamento dos shows que deviam começar em julho de 2009 no O2 Arena de Londres, com todas as entradas vendidas.

 

Por assim dizer uma crônica de abril a junho, o filme foi realizado e produzido com o apoio de Michael Jackson e montado a partir de mais de cem horas de material rodado, com o cantor ensaiando várias canções para o espetáculo e tomadas únicas.

 

De uma maneira "crua e sincera", "This Is It" retrata o grande artista durante a intensidade de seu trabalho, refletindo seu afã perfeccionista para conseguir o melhor espetáculo, segundo a informação divulgada em www.michaeljackson.com.

 

* Com informações da EFE e agências internacionais.

- Imagem: www.michaeljackson.com.

 

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Reino Unido:

Blur se reúne e voltará a se apresentar

Uma as maiores bandas contemporâneas volta à ativa e cria novas expectativas para os seus fãs.

 

Por Pepe Chaves*

de Contagem-MG

para Via Fanzine

 

Alex James, Graham Coxon, Damon Albarn e Dave Rowntree: o Blur está de volta.

 

Depois de seis anos afastados os integrantes da banda britânica Blur se juntam novamente. Damon Albarn, Alex James, Graham Coxon, e Dave Rowntree se encontram em um minúsculo quarto de ensaios, privados de ar fresco e janelas. Revendo sua própria história, decidiram revisitar cinco dos seus sete álbuns.

 

Em junho de 2009, a banda falou com John Harris, do jornal The Guardian. No momento da entrevista, eles ensaiavam “13”, lançada em 1999, numa produção de William Orbit que entrou para o top da parada britânica.

 

Albarn é um espírito inquieto e responsável por - entre outras coisas – pelo projeto da banda virtual Gorillaz, e a aclamada produção anglo-chinesa Journey To The West. Um novo álbum dos Gorillaz será lançado em breve na Síria, mostrando um balé com música tocada por artistas cubanos.

 

A banda ressurge agora cheia de mudanças e novas propostas. Para ilustrar o quanto as suas vidas mudaram desde que toda esta música foi feita, basta considerar que Coxon, Rowntree e James eram todos fumantes inveterados e agora desistiram do vício. Rowntree Coxon deixou o álcool, enquanto Albarn é controlado, pois é capaz de beber e de fumar, sempre que deseja e, em seguida, parar. A banda viveu problemas de alguns membros com heroína e outras drogas.l

 

O Blur já se viu metido em polêmicas, discussões e disputadas com o Oasis, banda também britânica, de grande sucesso, liderada pelos irmãos Gallagher.

 

Eles esperam agora, com esta nova união, superar os problemas pessoais de cada um e colocar novamente o Blur entre os maiores nomes da música britânica no mundo.

 

* Com informações do The Guardian (Reino Unido).

-  Foto: Kevin Davies

- Produção: Pepe Chaves.

   © Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.

 

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Quatro décadas progressivas:

Yes completa 40 anos e fala de Aliens

Grupo musical inglês completou quatro décadas de atividades com uma formação inusitada.

 

Por Pepe Chaves*

de Contagem-MG

para Via Fanzine

 

Alan White, Chris Squire, Benoit David, Oliver Wakeman e Steve Howe: Yes.

 

Lenda viva

 

O grupo de rock progressivo inglês Yes completou 40 anos de fundação no mês de novembro passado e promoveu uma turnê comemorativa em 2008, intitulada Columbus, OH. A tour infelizmente não pôde contar com a participação de Jon Anderson, seu vocalista oficial. Apesar da ausência, ele continua como membro oficial, de acordo com o site do grupo.

 

Segundo informações do www.yesworld.com, Anderson permanece afastado das mais recentes apresentações por motivos de saúde (que não foram divulgados). Para o seu lugar foi recrutado um excelente vocalista de uma banda cover do Yes. Descoberto por Chris Squire, Benoit David, possui um timbre vocal bastante semelhante ao de Jon, o que permite apresentar as canções dentro do mais alto nível de fidelidade. Segundo informa o site do Yes, David deverá substituir o vocalista titular até que ele se recupere e volte a se apresentar com o grupo.

 

Nenhum dos dois grandes tecladistas da história do grupo estão presentes nessa passagem comemorativa. Tony Kaye e Rick Wakeman são também ausências sentidas nos 40 anos do Yes. No entanto, o grupo traz em sua atual formação, uma curiosa atração para pilotar seus teclados, Oliver Wakeman, o filho mais velho do legendário Rick Wakeman. O jovem segue os caminhos musicais do virtuoso pai e se integra aos velhos companheiros dele: Chris Squire (baixo e vocais), Steve Howe (Guitarras), Alan White (Bateria) e o também estreante Benoit David (vocais). Este é o Yes 'on the road', quatro décadas depois de sua fundação.

 

Em uma série de apresentações da tour Columbus, OH na América do Norte no mês de novembro de 2008, o grupo relembrou seus antigos clássicos, incluindo canções do álbum “Dramma”, o único de estúdio que não conta com a participação de Jon Anderson nos vocais, cujas canções não são inclusas no repertório do grupo quando ele está presente.

 

Jon Anderson: grande ausência na passagem dos 40 anos de fundação

 

Aliens na passagem dos 40 anos

 

O Yes é um grupo musical que sempre levantou nas letras de suas canções, questões do foro humano ou filosóficas em geral. Também ligadas ao íntimo pessoal, o vegetarianismo, a vida coletiva na Terra, à proteção aos animais e ao meio ambiente e, declaradamente, postulou uma posição contrária às guerras nos mais amplos aspectos. Em alguns trabalhos, o grupo se enveredou para o campo do existencialismo e da religiosidade (entenda-se “ligação com Deus”, independente de religiões institucionalizadas), sobretudo, pelas inclinações naturais de Jon Anderson em abordar estas temáticas, em especial, no álbum Tales From Topographic Oceans (Atlantic Records), onde se registrou a bela e longa The Revealing Science Of God (Revelando a ciência de Deus) .

 

Mas o Yes sempre abordou a temática cósmica ou universal. O grupo sempre manteve um ar sideral em suas canções, pois alguns de seus membros são interessados em astronomia e até mesmo em ufologia. E tais influências transpareceram claramente ao longo destes 40 anos de atividades do grupo. Nesta nova turnê, uma música tem se destacado entre as novidades apresentadas ao vivo, e ainda não registradas em estúdio. Se trata da canção Aliens, música de Chris Squire e Jon Anderson, a qual o baixista interpreta impecavelmente.

 

O Yes explicitou o tema da vida extraterrestre também em outras canções do passado, como Starship Trooper (Tropa de naves estelares) e Arriving UFO (UFO chegando). Em Aliens, é levantada uma questão defendida por diversos estudiosos e pesquisadores da ufologia em todo o mundo: a de que os alienígenas ou chamados também "extraterrestres", seriam a própria espécie humana voltando de um futuro longínquo ao passado terrestre. “Aliens são somente nós, somos nós vindos futuro”, diz o refrão da canção [letra traduzida abaixo].

 

Com certeza, o Yes dos 40 anos, não é exatamente o grupo que os fãs gostariam de ver comemorando esta data festiva e marcante para uma das maiores expressões musicais do século 20. No entanto, este é o grupo que o destino colocou na estrada, na passagem de sua quarta década de atividades. Quantos bons e referenciados músicos já passaram pelo Yes e deram suas colaborações, em tão distintas épocas, para que esta positiva energia pudesse continuar percorrendo o sangue bom que corre nas veias da música composta com inteligência.

 

Aliens

(Jon Anderson/Chris Squire)

Interpretação: Yes

Tradução: Pepe Chaves

 

Aliens são somente nós,

Somos nós vindos do futuro

Somos da turma de 9007

Há séculos distantes de casa

Após designadas descobertas

Hoje estamos de volta no tempo

 

Aliens são somente nós

Somos nós vindos do futuro

 

Nossas máquinas do tempo

Voam para frente e para trás

Esse é o caminho

Que nossa história ensinou

E como se acumularam

Os nossos conhecimentos

Procurando a verdade

Nos fechamos

 

Aliens são somente nós

Somos nós vindos do futuro

 

O dia virá

Nós temos os passaportes para o sol

Voemos por todo o Universo

Sabendo onde estamos indo

e onde tudo começou

 

Aliens são somente nós

Somos nós vindos do futuro

 

Viajando pela estrada do tempo e do espaço

Com o cuidado de não causar más impressões

Certos de que estamos em nossa freqüência

Esta é a questão do fato ou ficção cientifica

 

O dia virá

Nós temos o passaporte para o sol

Voemos por todo o Universo

Sabendo onde estamos indo

E onde tudo começou

 

Saberemos de onde viemos

E o que vamos nos tornar

 

Aliens são somente nós,

Somos nós vindos do futuro.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine em Minas Gerais.

 

- Imagens: Yes (www.yesworld.com).

 

+ Yes em VF - a história do grupo:

www.viafanzine.jor.br/monstros.htm

 

- Entrevista exclusiva com Roger Dean, ilustrador do Yes:

www.viafanzine.jor.br/entrevistas5

 

- “Aliens” ao vivo, da Turnê 2008:

http://br.youtube.com/watch?v=3BzRgiA6EaQ&feature=related

 

- Yes no YouTube:

- 'Onward', com Benoit David no vocal (live 2008)

- 'Wonderous Stories' com Jon Anderson nos vocais (live 1998)

- The Revealing science of god - com Jon Anderson (live - 1996)

- Dica do autor: pesquise"Yes" e "Jon Anderson" no YouTube, há diversas raridades disponíveis.

 

- Livro: "YES- Uma Rara Música de Quinteto"
Pedidos pelo e-mail:
mde3302@gmail.com 
ou pelo fone : (21)8747-9760.

 

- Visite o site oficial do Yes:

www.yesworld.com

 

- Produção: Pepe Chaves.

   © Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.

 

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Queen no Brasil:

A Rainha pede esmola

O novo Queen mais parece um grupo de baile, com dois integrantes da banda original.

 

Por Pepe Chaves*

de Contagem-MG

para Via Fanzine

 

Roger Taylor, Paul Rodgers e Brian May

 

A primeira passagem do grupo Queen pelo Brasil foi em 1981, com apenas um show em São Paulo encantou a todos e rendeu vários fãs no país. Já a segunda apresentação ocorreu em 1985, quando a “Rainha” participou do Rock in Rio I, mega-festival de música no Rio de Janeiro. Pude assistir aos três últimos dias, mas não pude ver o show do Queen, que ocorreu antes. A segunda apresentação reuniu cerca de 300 mil pessoas, com o finado vocalista Freddie Mercury levando a multidão ao delírio.

 

Mas, a morte de Freddie Mercury em 1991, parecia enterrar de vez a Rainha em túmulo inviolável. Mas, agora, o Queen se juntou novamente, fazendo uma série de apresentações pelo mundo. Chegou a vez do Brasil e o que vemos é um grupo irreconhecível. Somente dois dos quatro integrantes originais permanecem no atual Queen, o baterista Roger Taylor e o guitarrista Brian May. O baixista John Deacon resolveu não participar da gravação do novo disco The Cosmos Rocks (2008) e de sua turnê.

 

Para substituir Freddie Mercury, a maior estrela do grupo, foi convocado o ex-vocalista da Bad Campany, Paul Rodgers. Ele ficou amigo dos membros da banda e, segundo declaram, sua inclusão no Queen se de forma natural e espontânea. Para Brian May, "Não houve um plano, simplesmente aconteceu. A gente se encontrou em um momento propício para realizar um trabalho juntos".

 

'Parece mais, uma operação caça-níquel, remontando a sonoridade de um grupo cover tocando Queen,

com a participação especial de dois de seus integrantes originais'

 

Os shows da turnê de The Cosmos Rocks, 2008, apresenta músicas do novo álbum, mas também os grandes clássicos que colocaram o Queen como um grupo musical único e dos mais autênticos da história da música pop. Eles se apresentam em São Paulo, nesta quarta e quinta (26 e 27/11), às 22h, no Via Funchal, e sábado (29/11), na HSBC Arena, no Rio de Janeiro. Juntos nessa nova formação, eles já realizaram duas turnês e a atual já passou por 14 países. Com certeza, o nome da "Rainha Zumbi" ainda faz faturar e abarrotar os seus shows.

 

No entanto, de um ponto e vista mais crítico, não há como negar que haja uma espécie de oportunismo por parte de alguns integrantes. Ressuscitar o Queen é uma tarefa de muita responsabilidade e todos sabem, esta formação, jamais será como a autêntica. Parece mais, uma operação caça-níquel, remontando a sonoridade de um grupo cover tocando Queen, com a participação especial de dois de seus integrantes.

 

Na entrevista coletiva concedida no Brasil, Paul Rodgers respondeu à pergunta sobre o por que de eles não se apresentaram com outro nome que não fosse Queen. Ironicamente, Rodgers respondeu que, "Queríamos colocar Beatles, mas acho que não permitiriam". Sobre isso, Roger Taylor disse que seria uma estupidez colocar outro nome. Já Brian May afirmou que não faria sentido fingir, pois há um passado que deve ser respeitado. E esperamos que seja mesmo.

 

- Fotos: Arquivo VF.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine em Minas Gerais.

 

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Inglaterra:

Morre Richard Wright, do Pink Floyd

Co-fundador e tecladista do Pink Floyd foi um dos

grandes ícones da música pop no século passado.

Por Pepe Chaves*

de Contagem-MG

para Via Fanzine

Richard Wright

  

O tecladista inglês Richard Wright, membro do Pink Floyd morreu na segunda-feira (15/09), aos 65 anos, de câncer. No final dos anos 60 ele fundou o grupo Pink Floyd, juntamente com o guitarrista Sid Barrett (falecido), o baixista Roger Waters e o baterista Nick Mason.

 

Richard Wright, como músico e compositor, participou da maioria dos álbuns lançados pelo Pink Floyd, sobretudo, a trilha sonora do filme "The Valley" (Obscured by clouds), onde executa vocais em diversas músicas. Mas wright não esteve presente na trilha sonora de um dos maiores clássicos do grupo, a ópera-rock “The Wall” (1978). No entanto, Wright, seguiu tocando com o conjunto como músico contratado durante os shows de promoção do "The Wall" em 1980 e 1981.

 

Após um desentendimento com os demais membros, Roger Waters abandona o Pink Floyd em 1985. O grupo retornaria sem ele e com os demais membros originais, em meados alguns anos depois, o que gerou uma celeuma judicial, já que Waters tentou impedir que eles se apresentassem com o nome de Pink Floyd - e não conseguiu.

 

Álbum 'Wet Dream' (CBS, 1978)

 

Wright lançou dois álbuns solos, "Wet dream" (1978) e "Broken China" (1996) e fez participação especial em trabalhos de outros músicos, dentre eles, David Gilmour, guitarrista do Pink Floyd. Logo após a morte de Rick (comoera chamado pelos amigos), David Gilmour declarou que foram cancelados os planos para uma nova apresentação do Pink Floyd. Segundo Gilmour, o Pink Floy não deverá se reunir nunca mais.

 

Com a morte de Richard Wright, a música pop não perde somente um grande tecladista, mas sim, um dos mais expressivos compositores do século passado que, como vocalista, possuía um timbre de voz único, que agora já se torna bastante saudosa.

 

Pequeno tributo à memória de Richard Wright

 

Vídeos indicados de Richard Right:

 

Wet Dream:

Hollyday - http://br.youtube.com/watch?v=dwZJGXL3e0k&feature=related

Summer Elegy - http://br.youtube.com/watch?v=EWrEc97ip1Y

Against the Ods - http://br.youtube.com/watch?v=sOtj_N_qA1M&feature=related

Pink's Song - http://br.youtube.com/watch?v=9C_jQk7XluY&feature=related

 

Broken China:

Hidden fear - http://br.youtube.com/watch?v=BpMMsuWXzdU&feature=related

Night of a thousand furry toys - http://br.youtube.com/watch?v=Q3fghltH8oM&feature=related

 

Última participação com o Pink Floyd:

Richard Wright no Live 8 - http://br.youtube.com/watch?v=GfoEA4eSKCE&feature=related

 

- Fotos: Arquivo VF.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine em Minas Gerais.

 

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Rio de Janeiro:

Dirus a mistura sonora do bom gosto

Cantora e instrumentista apresenta repertório musical em três idiomas.

Da Redação

Via Fanzine

 

Dirus: cantora e gaitista

 

Cantora, compositora e instrumentista, a carioca Dirus tem se apresentado em diversos espaços no Rio de Janeiro. Participou durante sua adolescência de um coral de negros numa igreja em Los Angeles, trazendo para sua musicalidade forte influência da música norte-americana, como o soul, o blues, o jazz.

 

Nos shows há também espaço para a Bossa Nova, mostrando seu swing com o brasileiríssimo Samba e músicas consagradas do território latino-americano como a Salsa e a Cumbia.

 

Além disso, Dirus também desenvolve o seu trabalho autoral, apresentando canções que percorrem vários estilos em três idiomas (português, inglês e espanhol). Com o formato de seu show, “Música das Três Américas”, Dirus traz para seu público uma experiência única e muito rica.

                                      

Além de contar com uma voz melódica e poderosa, ela traz algo que é mais fascinante ainda, pois é gaitista, o que é pouco comum entre as mulheres. Ela já trabalhou no campo internacional, tendo feito shows em night-clubs de Hollywood, na Colômbia e outros países da América Latina. Em seu período nos EUA, ela teve participação também no musical “Hair” e, mais recentemente, apresentou-se em casas noturnas de Nova York.

 

Acompanhando a cantora por mais de 10 anos, está o violonista Maryô, criando uma química musical que resulta num belo entrosamento entre voz e violão. Maryô impressiona com seus acordes e solos, sendo também encarregado pelos arranjos das composições de Dirus. Ele também tem suas próprias composições e cantando em algumas músicas, faz com que o show fique ainda mais sofisticado.

 

A artista se também se apresenta com um trio (com um percussionista) e em quinteto com um baixista e um baterista. Em suas apresentações, a artista envolve a platéia com charme, alegria e dinâmica no palco. Sempre em contato com seu público, ela torna o show um ambiente alegre e intimista, agradando a todos, com destaque para aqueles que têm bom gosto musical e artístico.

 

Dirus, juntamente com Maryô, estará se apresentando no Vinícius Piano Bar (Rua Vinícius de Morais, 39, Ipanema-RJ), às 20h, durante todos os domingos do mês de setembro.

 

- Mais sobre Dirus:

www.myspace.com/dirusshows

www.myspace.com/liliemario

www.zenproblemas.com

 

- Contato para shows: (021) 8111-6096 Hada Luz hadaluz@gmail.com ou dirusshow@gmail.com

 

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MPB:

Tess música à flor da pele

Ela é filha de um tecladista e uma cantora e desenvolveu seu próprio estilo musical.

Tess Monis

 

Tess Moniz é uma jovem cantora, instrumentista e compositora de 21 anos, nascida no Rio de Janeiro, mas com fortes influências mineiras em sua música. Quando ainda estava no berço, Tess já tinha o privilégio de dormir e acordar ao som de Mozart e outros mestres clássicos e barrocos. Na infância e adolescência, a musicista teve um mix de influências tanto brasileiras como internacionais. De Pink Floyd a Caetano Veloso, de Beatles à Clube da Esquina fizeram dessa menina uma mulher com vasto conhecimento musical.

 

Através de seu pai, o tecladista Vermelho, integrante da banda 14 Bis aprendeu desde cedo a arte da música. Obteve também o incentivo e influência da mãe,  a cantora Meg, com quem fez parceiras em algumas composições.

 

A partir dos 16 anos começou a fazer aulas de canto e aprendeu violão e, dois anos mais tarde, decidiu seguir a carreira musical, teve o maior apoio de seus pais e busca agora o seu espaço na MPB. Tess chegou a acompanhar a mãe em algumas apresentações em bares e eventos realizados em Florianópolis. Com isso, a jovem cantora adquiriu uma grande experiência nas apresentações ao vivo.

 

Tess também fez trabalho de backing vocal para a banda catarinense Coda, em espetáculos homenageando as consagradas bandas Pink Floyd, Led Zeppelin e Black Sabbath.

 

Participação nos backings da banda Coda

 

Ela compõe normalmente sozinha, ao violão ou piano. Suas composições são um “Pop, com um quê de MPB”, como ela mesma tenta definir.  Na verdade, o que poderia definir melhor sua música seriam adjetivos dados pelos próprios ouvintes: leve, lúdica, suave, contemporânea, original.

 

No começo de 2008, Tess disponibilizou na internet cinco faixas gravadas de forma caseira. A repercussão foi melhor do que esperava, com muitos acessos e elogios. Destaque para “Nas Gerais” - inspirada em suas idas e vindas ao estado de Minas, e claro, sendo a preferida dos amigos mineiros; e “A Noite Ainda é Cedo” que, desde a primeira vez que tocou em uma festa, não parou mais de cantar “À Capela” para os funcionários do shopping onde trabalhara em Florianópolis.

 

Agora sua meta é gravar suas canções em estúdio, com arranjos, e participação de outros músicos. No seu trabalho entrarão tanto as cinco canções que estão no site http://www.myspace.com/tessmoniz, quanto outras de seu repertório de mais de 20 músicas próprias. Paralelamente, ela começa a preparar seu próprio show, no qual adianta que terá boas surpresas, como canções inéditas e alguns “covers” que não passarão em branco.

 

- Ouça as canções de Tess:

http://www.myspace.com/tessmoniz

 

- Visite o blog de Tess:

http://pensoquepensoquepenso.blogspot.com/

 

- Fotos: Divulgação.

 

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Santa Catarina:

Sub Versos: originalidade com poesia

Sonoridade remete ao cenário underground mineiro dos anos 80.

Por Pepe Chaves*

de Contagem-MG

Para Via Fanzine

www.viafanzine.jor.br

 

O cd Falem com quem nos fez.

 

Recebi o cd Falem com quem nos fez, da banda catarinense Sub Versos, cujo som traz uma energia própria e muita originalidade. A banda, da cidade de Brusque-SC, já recebeu crítica positiva da revista Rock Brigade, além de já ter sido divulgada em outros grandes veículos da mídia catarinense e do país. É composta por, Guerra (baixo e vocal), Renê (guitarra) e Emerson (bateria). Eles afirmam que suas influências musicais vão de Steve Vai e Satriani, até outros grandes “guitar heroes”, já que cresceram ouvindo o pop rock dos anos 80. Afirmam os membros, que a banda incorporou influências distintas, desde o som de Seattle, até o thrash metal de bandas como Sepultura e Pantera. Tudo isso sem abrir mão do básico do Rock’n’ Roll: Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Beatles e etc.

 

A banda conjuga de maneira acertada, a junção de frases de impacto com arranjos sonoros, com destaque para as letras, permeadas por apelos de ordem sociológica e filosófica. Um bateria precisa, um baixo de peso, mas esperto, somados a uma guitarra de cheia de riffs e solos, remonta uma sonoridade me faz lembrar algumas bandas da cena underground de Belo Horizonte na década de 80, tais como as que formavam a chamada “Tribo de Solos” (extinta cooperativa musical de bandas mineiras), acertadamente, a Sexo Explícito, que revelou posteriormente o guitarrista John, hoje no Pato Fu.

 

Em Falem com quem nos fez mantém uma marcante característica de “som garagem”, com pitadas da boa música das periferias brasileiras - que já desenha seu próprio perfil já neste início de milênio. O próprio nome da banda sugere que a mesma saíra dos submundos urbanos - ou subterrâneos musicais, trazendo à tona versos do submundo (sub-versos).

 

A valorização da poesia se mostra uma marca registrada e a produção dos vocais, cuja interpretação remonta passagens de pura emoção. A produção geral desse CD resguarda a sonoridade “garagem” da banda e em momento algum pasteuriza as canções, ao contrário: mantém o bolo sonoro cru, de forma a distinguir sem maiores atropelos, cada um dos instrumentos do power trio. Ouça as canções do Sub Versos acessando os links abaixo.

 

* Pepe Chaves é editor do diário eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br).

 

Banda Sub Versos - Brusque/Santa Catarina

- Contato: guerra@warusky.com.br - Tel.: (47) 3251-2777 / (47) 3351-1214

- Link relacionados:

. myspace: www.myspace.com/subversos

. palcomp3: www.palcomp3.com.br/subversos

. trama: http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=70286

. bandas de garagem: www.bandasdegaragem.com.br/subversos

. youtube: http://br.youtube.com/watch?v=1Jpw5B8Ul3A

 

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Rock nacional:

Saquarema, Serguei e Capital Inicial

Uma visita à Casa do Rock, residência do roqueiro octogenário Serguei, no litora carioca.

Por Nelson M. Tangerini*

Do Rio de Janeiro-RJ

Para Via Fanzine

www.viafanzine.jor.br

Serguei e Janis Joplin

 

Meu amigo Ademar me fez inúmeros convites para ir a Saquarema e visitar Serguei, figura mítica do rock brasileiro. Nunca podia ir. Quando não estava ocupado com provas e trabalhos de meus alunos, tinha de viajar para São Paulo, onde meu pai, Nestor Tangerini, seria homenageado.

 

No dia 11/03/2008, porém, ele tornou a me convidar. Acho que já andava até meio aborrecido comigo, embora ande sempre sorridente e de bem com a vida. Havia, naquela cidade litorânea do Estado do Rio de Janeiro, um show da banda Capital Inicial. Ele estava interessado em ver a apresentação da banda. E insistia que eu fosse.

 

Fiz a mala e engatilhei a máquina fotográfica. Há muito queria fotografar Serguei, aquele roqueiro brasileiro que conheceu pessoalmente um dos ícones da década de 60: ninguém nada menos que Janis Joplin. Saímos do Rio, de carro, por volta das 9 horas. Dia quente, sol das Arábias...

 

Conheci Serguei em 1970, dentro de um ônibus, em Botafogo. Era dia 02 de novembro. Vinha do cemitério com minha mãe e meu avô. Sei que é uma data um tanto “sinistra”, mas era mesmo Dia dos Mortos. Um dia triste, estávamos tristes, mas Serguei irradiava alegria, inteligência e irreverência. Percebi que ele estava alguns anos à frente de todos nós. Porque, como já disse Mike Jagger, “O rock foi a forma mais santa que a juventude escolheu para desobedecer ao estabelecido”.

 

Na ocasião, ele usava uma sandália da moda, que só prendia os dedões e se mantinha firme, atada às canelas, à altura dos calcanhares. Depois o vi inúmeras vezes na televisão.

 

Voltando ao presente, Ademar e eu atravessamos a ponte Rio-Niterói conversando e almoçamos já perto de Saquarema. Deixamos toda a bagagem e saímos para “rodar” pela cidade. Paramos em frente à Casa do Rock, como é a conhecida a casa de Serguei. Batemos. Ele apareceu na janela e pediu um tempo, pois estava almoçando.

 

Ademar e eu fomos dar uma volta. Visitamos uma amiga minha já idosa. Depois voltamos. E, ao voltarmos, nos deparamos com uma surpresa: a banda Capital Inicial visitava a casa de Serguei e eu pude fazer uma foto inédita deles todos juntos: Serguei e a banda, que tocaria à noite.

 

Como todo bom roqueiro, Serguei nos recebeu com uma camisa dos quatro rapazes de Liverpool. A Casa do Rock é uma memória viva do rock’n’roll do passado e de agora. Há fotos de roqueiros de todos os tempos em todas as paredes. Ali, temos a sensação de que o rock continua rolando. And forever rock will roll.

 

Inúmeras pessoas já passaram por lá. Inúmeras ainda passarão. E todas assinarão um livro de presença, que já tem mais de 3.000 nomes.

 

Há uma infinidade de livros, fitas, discos, cds, fotos, frases, autógrafos. A foto mais procurada e vista por todos é a de Serguei com Janis Joplin. Há, no jardim da casa do rock, o famoso símbolo Paz e Amor da década de 60. Há, também, uma caixa de correio típica dos EUA e uma bandeira sulista.

 

Acompanhado de seus cães, que tirou das ruas, – um deles Samantha, com quem rolei na grama -, Serguei mora ali, alimentando o sonho de muitos que ainda acreditam na redenção intelectual da Humanidade.

 

Sobre “o sonho”, Raul Seixas, o nosso Maluco Beleza, nos disse um dia: “Sonho que se sonha só / é só um sonho que se sonha só / mas sonho que se sonha junto é realidade”. John Lennon, libertário, um dos rapazes de Liverpool, nos deixaria esta frase colhida da mozartiana e belíssima Imagine: “Vocês devem dizer que sou um sonhador / mas eu não sou o único / Espero que um dia você se junte a nós / e o mundo será como um só”.

 

À noite, Ademar e eu fomos ao magnífico show do Capital Inicial, apresentado por Serguei, que lhes deu as boas-vindas. Era um show aberto ao público, que, animado, superlotou as ruas de Saquarema.

 

Enfim, “pedras que rolam não criam limo”.

 

* Nelson Marzullo Tangerini, é escritor, compositor, fotógrafo, jornalista e professor de Língua Portuguesa e Literatura. Acadêmico, ocupa a Cadeira 073 – Nestor Tangerini do Clube dos Escritores Piracicaba.

 

- Foto: Arquivo Via Fanzine.

 

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Progressivo:

A Nave decolou

Banda paulista traz agradáveis influências

progressivas e mineiras em seu segundo álbum.

 

Novo álbum da banda Nave.

 

Formado em São Paulo, o Grupo Nave participou da coletânea “Tales of Brazilian Rock” (1993) e lançou seu primeiro álbum “Nave” em 1997, ambos pelo selo Record Runner, obtendo destaque na imprensa nacional e estrangeira.

 

Em 2007, o grupo retorna com o lançamento de seu novo trabalho intitulado “Segredos do Chão”, trazendo canções e arranjos que remetem a uma brilhante geração de músicos dos anos 70, como os mineiros do Clube da Esquina e grupos, como: 14 Bis e A Cor do Som, além de conjuntos internacionais em suas fases áureas, como Yes e Genesis.

 

NOVO CD - De forma artesanal, o álbum “Segredos do Chão” marca o retorno da Nave após uma ausência que colaborou para a busca natural de novos caminhos. Ao longo desse período, as composições em inglês deram lugar à brasilidade dos integrantes que buscaram, dentre outros temas, a inspiração nos elementos da natureza, explorando riquezas musicais ainda não visitadas por eles.

 

Essa transformação ressalta a constante necessidade da banda em fazer uma música viva e pulsante que traduz a maneira como seus integrantes vêem e interagem com o mundo.

 

Em breve traremos em Via Fanzine, uma entrevista exclusiva com Roger Troyjo, vocalista da Nave.

 

Para adquirir o CD (R$ 15,00) via Correios, escreva para:

roger.troyjo@yessongs.com.br

 

- Ouça algumas demos free da Nave:

www.myspace.com/navebr

 

- Foto: Divulgação.

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MPB:

Lô Borges agradou itaunenses

 Show de Lô Borges aqueceu uma chuvosa noite itaunense.

 

Por Pepe Chaves*

De Itaúna-MG

Para Via Fanzine

Lô Borges, que plantou uma árvore em Itaúna.

 

ITAÚNA-MG - O show do cantor e compositor belorizontino Salomão Borges Filho, mais conhecido como Lô Borges, em Itaúna (80 km a Oeste de BH), teve uma excelente receptividade do público. Cerca de 600 pessoas assistiram, sentadas, na área externa do Espaço Cultural, ao mais recente show de Borges. Grande parte dos presentes cantou os refrões das canções mais conhecidas e aplaudiu bastante o músico.

 

A Prefeitura de Itaúna providenciou tendas de lona para abrigar o público e ainda colocou bancos de madeira para maior conforto de todos. Apesar do mal tempo, não choveu em Itaúna nesta noite de 21/09 e as pessoas presentes puderam assistir, em clima de alto astral a um excelente show de Lô Borges.

 

MÁRCIO BORGES - A abertura, contou com uma pequena palestra de seu irmão, Márcio Borges (entrevistado por Via Fanzine em BH - clique aqui para ler), autor do livro “Os sonhos não envelhecem”, que dissertou sobre o movimento Clube da Esquina, do museu virtual que leva esse nome e da imensidão da obra desta verdadeira associação, formada por diversos músicos mineiros e conhecida como o “Clube da Esquina”. Os Borges foram os catalisadores do movimento, pois foi na residência deles, no bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte, que os músicos se encontravam para tocar e compor.

 

Após sua curta palestra, foi exibido em telão um videoclipe dirigido por Márcio Borges e composto por slides do Museu Clube da Esquina, tendo como fundo, canções gravadas por Milton Nascimento, fazendo vocais sem letra. As imagens mostravam antigas fotografias do Clube da Esquina, detalhes de encartes de discos, fotos pessoais dos músicos e de várias pessoas que integraram o clube de alguma forma.

 

CURIOSAS IMAGENS - Entre os músicos pudemos perceber imagens que traziam Milton Nascimento e Lô Borges quando ainda eram meninos, além de Márcio, seus demais irmãos e seus pais. Foram mostrados também, outros parceiros, como, Fernando Brant, Toninho Horta e Beto Guedes. Um slide marcante para esse autor, que não se referia ao clube, foi a capa do disco “Yes Álbum”, da banda inglesa Yes.

 

Mas, para surpresa do público, entre os músicos foram mostradas também, curiosas imagens de discos voadores, algumas delas já consideradas clássicas no meio ufológico. A surpresa dos UFOs que ilustravam o videoclipe do Clube da Esquina, somada à melódica voz de Milton Nascimento de fundo, hipnotizou a todos que assistiam atentamente.

 

Terminada a apresentação das imagens, Márcio chama Lô que entra com seu violão, ao lado do guitarrista Juliano Fernandes. No melhor estilo mineiro acústico, Lô Borges desfilou suas principais composições, muitas das quais, gravadas por consagrados intérpretes brasileiros.

As canções, apresentadas em versões acústicas, ganharam novos arranjos, mudanças de tons e melodias, que deram a elas, um outro aspecto. Após anos cantando as mesmas canções, é comum que os intérpretes façam novos arranjos, que diferenciem as gravações de estúdio da sonoridade ao vivo. E Lô Borges, assim o fez, alterando bastante a linha melódica em determinadas canções. Noutras, o público cantou junto, como um  coral de acompanhamento.

Lô Borges e o guitarrista Juliano Fernandes

em apresentação na cidade de Itaúna-MG

 

CLÁSSICAS CANÇÕES - A apresentação teve duração de quase duas horas e o repertório foi composto pelas seguintes canções “Sonho Real”, “Nuvem Cigana”, “Equatorial”, “O Trem Azul”, “Vento de Maio”, A Força do Vento”, “Resposta”, “Dois Rios”, “Chuva da Montanha”, “Paisagem da Janela”, “Para Lennon e MacCartney”, “Trem de doido”, “Um girassol da cor do seu cabelo”, Clube da Esquina nº 2, além de três canções do novo CD, incluindo a belíssima parceria de Lô e Márcio Borges, “Quem sabe isso quer dizer amor”, lançamento, que já é sucesso na voz de Milton Nascimento (clique aqui para ouvi-la).

 

Grande parte do repertório apresentado trouxe canções compostas por Lô Borges em parceria com músicos e letristas já conhecidos na MPB, tais como Samuel Rosa, Nando Reis, Milton Nascimento, Ronaldo Bastos, Fernando Brant, Beto Guedes, Fernando Oly e, a maior parte, com seu irmão Márcio Borges, entre outros.

 

Na parte final do show, Lô agradeceu aos alunos da Escola Polivalente, onde esteve durante a tarde e plantou uma árvore, em comemoração ao “Dia da Árvore” (21/09). Ao contar ao público sobre o plantio da árvore na cidade, prometeu, “Daqui um tempo vou voltar aqui para ver como ela está”.

 

SEGUNDO SHOW - Lô Borges, que já havia se apresentado em Itaúna, no antigo Cine Bagdá, ainda em meados da década de 1980, agradou bastante ao público itaunense em sua atual apresentação. Se mostrando simpático, citava sempre o nome e autoria das canções que ia interpretar e, por vezes, tecia pequenos comentários sobre as mesmas, como tem costume de fazer, ao reconhecer o valor e a história de suas composições. Na execução das canções, contou com o preciso apoio do guitarrista Juliano Fernandes, que aumentou a dinâmica musical e ainda fez alguns backing vocais.

 

Quando do encerramento da apresentação, o público pediu "bis" e Lô voltou para tocar mais três canções, fechando a noite com "Quem sabe isso quer dizer amor". Após o show, pacientes, Márcio e Lô colocaram-se ao dispor do público na entrada de acesso aos camarins do teatro do Espaço Cultural. Várias pessoas que compraram livros à venda no local ou levavam nas mãos seus CDs e até vinis, serpenteavam numa enorme fila para colher autógrafos dos Borges.

 

Lô Borges é considerado um dos maiores compositores da história da Música Popular Brasileira. Também instrumentista e cantor, participou ativamente do movimento musical mineiro Clube da Esquina, em Belo Horizonte, nos anos de 1970 e tem vários CDs gravados. Somado aos seus irmãos, Márcio, Telo, Yé, Solange e Marylton, a família Borges teve suas composições imortalizadas por verdadeiros ícones da música brasileira, entre eles, Milton Nascimento, Flávio Venturini, Elis Regina, Caetano Veloso e Tom Jobim.

 

A apresentação de Lô Borges em Itaúna-MG, verdadeiro exemplo de bom gosto musical, foi um oferecimento do projeto “Trilhas da Cultura”, patrocinado pela Belgo Mineira (Itaúna Siderúrgica) e contou com apoio da Prefeitura de Itaúna. Em breve, traremos entrevista exclusiva com Lô Borges em Via Fanzine.

 

* Pepe Chaves é editor do jornal Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br).

 

- Fotos: Flávio e Gabriel Vieira Nogueira /Arquivo Via Fanzine.

 

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Pink Floyd:

Pink Floyd participa do África Alive

Banda britânica reúne sua formação tradicional e faz show em Londres

desafiando os poderosos do G8 a se empenharem contra a pobreza no mundo.

 

Por Sílvio Moser*

De São Leopoldo-RS

Para Via Fanzine

 

 

Os quatro integrantes do Pink Floyd se reúnem no Hyde Park, em Londres.

  

Uma das mais improváveis reconciliações na história da música mundana está prestes a se tornar realidade. Nem mesmo o mais fanático fã da banda britânica Pink Floyd ousaria sugestionar o fato, até recentemente.

 

Se os fãs já tinham praticamente perdido as esperanças de ver novamente o Pink Floyd tocando ao vivo na formação remanescente dos áureos tempos, com David Gilmour, Nick Mason e Rick Wright, imagine sonhar em assistir novamente os três juntando-se com Roger Waters, o gênio temperamental das letras brilhantes, que quebrou os pratos com os outros membros há 21 anos atrás, passando inclusive, todos eles, por intensas disputas judiciais.

 

Pois está acontecendo e foi confirmado pelo manager da banda, já se encontrando publicado nos sites e listas especializadas da Internet a volta do Pink Floyd em sua formação autêntica e lendária.

A banda se apresenta no dia 02 de Julho no África Live 8, mega-evento para pressionar os países do G8 a intensificar esforços e recursos para solucionar os problemas da fome no terceiro mundo, sobretudo naquele continente.

Mason, Gilmour, Waters e Wrigth

O evento é organizado pelo seu idealizador, o roqueiro britânico Bob Geldof, que convenhamos, só por conseguir unir David Gilmour & Roger Waters no mesmo palco novamente, deveria ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz, ser canonizado ou algo desse porte. Aliás, Bob Geldof já tem sua história íntima com o Pink Floyd há muito tempo, quando encarnou o personagem protagonista  “Pink” na legendária ópera-rock The Wall (1978) de autoria da banda.

 

O Pink Floyd se apresentará no Hyde Park em Londres, junto com outros nomes sagrados como U2, Madonna, ColdPlay, Elton John, Paul McCartney, entre outras feras. Falando sobre a atitude de envolver a banda num evento que vai contra os interesses das mais poderosas nações da Terra, assinalou o guitarrista David Gilmour: "Assim como a maioria das pessoas, quero fazer tudo o que puder para convencer os líderes do G8 a assumirem compromissos enormes para aliviar a pobreza e aumentar a ajuda ao terceiro mundo".

 

Falando sobre os atritos e desafetos do passado, ponderou: "Qualquer disputa que Roger e a banda tiveram no passado é algo sem importância neste contexto, e se a reunião para este show nos ajudar a atrair a atenção, então terá valido a pena".

 

Resta agora a esperança aos fãs de que a reunião seja duradoura e nos renda mais um disco com turnê e de preferência que passe pelo Brasil.

 

* Silvio Moser é pesquisador e colecionador de Pink Floyd e articulista de Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br).

   e-mail:silvio@dimelnet.com.br

 

- Imagens: Tyler Martin e Arquivo Via Fanzine.

 

- Leia mais matérias de Sílvio Moser sobre Pink Floyd:

http://www.viafanzine.yan.com.br/undergrond.htm

 

 

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 A volta da grandiosidade musical:

Os 'lunáticos' tocam pela África

A volta do Pink Floyd simboliza uma situação de paz 

e reflexão em torno das nações excluídas do planeta.

 

Por Pepe Chaves*

De Itaúna-MG

Para Via Fanzine

 

 

A volta de uma lenda viva como o Pink Floyd em sua formação mais tradicional é algo que deve ser bastante comemorado pelos amantes da World Music, das quatro raças e das mais de duzentas nações terrestres. O Pink Floyd se tornou a marca de uma música de qualidade associada aos mais graves e urgentes reclames sociais e comportamentais em toda a história da música contemporânea. Sinônimo de bom gosto e consciência social, a banda sempre transpareceu em suas letras uma preocupação com o ser humano em seu contexto cósmico e planetário.

 

Esta reunião após mais de 20 anos de distúrbios, processos na Justiça e brigas por direitos autorais, vem mostrar um sinal de paz, no quase irredutível mundo das altas cifra$ musicais. Depois de devidamente enriquecidos financeiramente, urge agora olhar para os países pobres do terceiro mundo, sejam da África, da Ásia ou da América Central ou do Sul. E parece que, pensando assim, os integrantes do Pink Floyd se mostraram dispostos a voltarem a fazer aquele autêntico som que enriqueceu nossos ouvidos, como também - merecidamente - os seus próprios bolsos.

 

'A volta do Pink Floyd com Waters ao palco representa uma mostra

de remediamento, de flexibilidade e de pacifismo'

 

E vale destacar também, este belo gesto repetitivo de Bob Geldog, ao produzir mais uma versão do mega evento pop África Live - iniciado originalmente com a alcunha de Live Aid -, merece todos os aplausos e elogios do mundo, não por reunir grandes nomes da música e, sobretudo, o Pink Floyd  original (coisa que ninguém imaginava que fosse acontecer um dia), mas sim por portar uma posição humanística, usando de sua influência no mundo pop para tal e vir a se tornar o elemento catalisador de um movimento exemplar que vem defender e pleitear interesses das nações pobres e excluídas, junto às poderosas.

 

A volta do Pink Floyd com Roger Waters ao palco representa, ao meu ver, mais que a volta de um ex-integrante à banda; do filho pródigo ao lar natal que lhe lapidou sua personalidade e seu modo de ser, mas representa sim, uma mostra de remediamento, de flexibilidade e de pacifismo, o que é muito bom ver nos tempos atuais, seja dentro de uma banda de rock, num partido político, num governo nacional ou no íntimo de cada ser humano.

 

* Pepe Chaves é editor de Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br).

 

- Fontes: Informações das agências internacionais.

 

- Foto: http://homepages.pathfinder.gr/

 

- Sites recomendados:

Site oficial do Live8 :

http://www.live8live.com/theconcerts/index.shtml

Notícias da UOL :

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2005/06/12/ult26u19111.jhtm

Notícias do Pink Floyd:

http://www.brain-damage.co.uk/news/0506121.html

Site oficial de Roger Waters:

http://www.rogerwatersonline.com/roger_waters_news/14th062005.htm

Site oficial do Pink Floyd:

http://www.pinkfloyd.com/home/15.html

 

- Produção: Pepe Chaves.

   © Copyright 2004-2006, Pepe Arte Viva Ltda.

 

 
 
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