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Ufologia na tevê aberta: A Operação Prato, segundo a Rede Globo Programa 'Linha Direta' apresentou especial sobre OP. Por Pepe CHAVES*
A luz chamada de "chupa-chupa"aterrorizou os moradores de Colares e outras localidades do Estado do Pará.
O programa especial da Operação Prato, apresentado pelo “Linha Direta” que foi ao ar em 25/08 mobilizou a comunidade ufológica brasileira que aguardou ansiosamente pela oportunidade. Era a primeira vez que esta histórica operação militar executada pela Força Aérea Brasileira (FAB) com fins ufológicos seria mostrada pela tevê brasileira, com direito à reconstituição de algumas passagens marcantes, interpretada por atores com “direção global”.
A produção dramática seguiu os rígidos padrões internacionais empregados pela Rede Globo em suas novelas e mini-séries, tendo direção impecável, exímios atores e efeitos especiais interessantes. Algumas das cenas, como àquela em que os raios do UFO atacam o interior de uma casa, atravessando o telhado e deixando em polvorosa as pessoas lá dentro, foram mesmo de aflorar os nervos dos telespectadores. Igualmente impactantes foram as outras aparições de UFOS, sobretudo, quando um grande objeto paira sobre o coronel Hollanda.
Em termos de informações aos pesquisadores, nada de novo veio à tona através do programa, senão os mesmos fatos já sabidos em outrora. Em verdade, o programa foi construído tendo como espinha dorsal a entrevista histórica concedida pelo coronel Uyrangê Hollanda à Revista UFO, dois meses antes de sua morte, ocorrida em outubro de 1997.
No elenco, houve a omissão de personagens que deveriam ter sido citados, pois que eram homens públicos na época e fizeram parte, sabidamente, daquelas ocorrências. Talvez por desejar evitar algum constrangimento com a FAB e os militares que hoje se encontram na reserva, a emissora omitiu o nome de “personagens” fundamentais que construíram a Operação Prato, tal como o do falecido sargento João Flávio de Freitas Costa, o segundo em campo depois de Uyrangê. Flávio foi responsável pela parte tática da Operação Prato, foi autor e assinou diversos mapas e desenhos que fez de UFOs e alienígenas, os quais, acompanham o vasto relatório gerado pela operação, hoje em poder do COMDABRA, em Brasília/DF. Erroneamente, a produção do programa deixou transparecer que o coronel Hollanda teria sido o autor dos desenhos feitos durante a operação. Outros nomes de militares sequer foram citados, tais como: brigadeiros Protásio de Lima e brigadeiro Camilo Ferraz (que aparece entregando a missão ao coronel Hollanda na encenação), que, em verdade, eram os verdadeiros comandantes da dita operação.
'A emissora mostrou uma preocupação em fazer contrapontos à crença extraterrestre, mas esqueceu-se de citar a possibilidade ainda que remota, de que tais fatos possam ser de natureza terrestre'
Paralelamente à reconstituição dos fatos que se deram em fins dos anos 70, diversas pessoas também prestaram depoimentos no decorrer do programa, como os ufólogos Ademar Gevaerd, Marco Antônio Petit, Flávio Pereira, Ricardo Varela (engenheiro do INPE), a médica Wellaide Cecim de Carvalho, o piloto civil Ubiratan Pinon, incluindo ainda membros da ala “cética” em extraterrestres, como um físico, um psicólogo e até uma breve aparição do astrônomo Ronaldo Mourão, um “cético de carteirinha” - que, convenhamos, nada tinha a ver com o tema tratado!
A emissora mostrou uma preocupação em fazer contrapontos à crença extraterrestre, mas esqueceu-se de citar a possibilidade ainda que remota, de que tais fatos possam ser de natureza terrestre. O pecado dos maiores pesquisadores da Operação Prato é, ao meu ver, assumir toda a fenomenologia como sendo de origem extraterrestre, sem haver, de fato, uma comprovação isenta para tanto. O termo correto a ser empregado nesse caso, seria mesmo o “alienígena” que não designa necessariamente “extraterrestre”, mas "desconhecido".
O fato de que objetos desconhecidos apareçam voando no céu, com manobras que quebram os padrões da nossa Física, não assegura, necessariamente, que possam se tratar de naves pilotadas por extraterrestres – mesmo sendo esta a hipótese mais plausível. É preciso colocar os pés no chão para abordar esta situação, pois há casos de contatos com aliens que envolvem a Operação Prato (como na entrevista nos concedida por Ubiratan Pinon, em UFOVIA), mas, efetivamente, infelizmente não há nenhuma prova concreta que os garanta como verídicos - além da realidade vivida e contada pelos seus protagonistas.
Creio que, em vez de tentar justificar a “inexistência extraterrestre" - portanto, sua ausência naqueles casos - ao trazer céticos para debater rapidamente tais convicções, a produção do programa deveria ter atentado a debater, sim, a possibilidade de que tais fenômenos pudessem se tratar de atividades de natureza terrestre desconhecida (ou seja, de tecnologia secreta; testes de armas, equipamentos e até mesmo de veículos aéreos e anfíbios de última geração), o que não deixa de ser uma grande possibilidade, mormente, levantada pelos pesquisadores mais abertos e não bitolados na incomprovada ação ET na Amazônia. O fato de a Rede Globo mostrar pessoas que acreditam em ET narrando suas experiências e, contrapondo isso aos registros científicos e pareceres de cientistas, parece induzir o espectador ao fato de que tudo não passou de um grande delírio coletivo, o que em verdade, até o mais inexperiente pesquisador da Operação Prato, sabe que não foi assim.
Como se pretendia produzir um programa histórico sobre a Operação Prato, além dos militares que não foram citados, faltou também citação a pesquisadores pioneiros. O primeiro a escrever sobre a Operação Prato foi o biomédico, ufólogo e filósofo paranaense Daniel Rebisso Giese, hoje radicado em Belém, autor de um dos dois únicos livros especializados em Operação Prato, “Vampiros e Extraterrestres na Amazônia”. Outra ausência sentida foi do pesquisador norte-americano Bob Pratt, autor do outro livro temático “Perigo Alienígena no Brasil” (CBPDV/Biblioteca UFO), que ao menos foi citado no programa. Bob Pratt, mais que qualquer brasileiro, pesquisou a Operação Prato através de suas viagens por diversos rincões da região amazônica, inclusive em localidades bem distantes de Belém e, em algumas oportunidades - como nos contou em entrevista exclusiva) na companhia do coronel Hollanda e do sargento Flávio Costa.
'Verdadeiramente, o grande trunfo da Operação Prato no 'Linha Direta' se refere mesmo à popularização do tema no país, mesmo que de uma forma extremamente clássica'
Além disso, outros notórios pesquisadores contemporâneos da OP poderiam ter figurado e serem ouvidos, mostrando também suas expectativas (algumas bastante inovadoras), que diferem da visão tradicional mantida pela maioria dos ufólogos. Entre estes, citamos três, que nos últimos tempos têm apresentado “reais e palpáveis” novidades acerca da Operação Prato. São eles: o experiente ufologista mineiro, “politécnico” Alberto Francisco do Carmo, que pesquisa a OP há mais de duas décadas e em breve apresentará um consistente trabalho acerca da operação; o ufologista e ex-oficial de vôo carioca Vitório Peret, que visitou a região de Belém inúmeras vezes, realizando vigílias e compartilhando de avistamentos de UFOs e OSNIs (Objetos Subaquáticos Não Identificados) em companhia de Hollanda, Flávio Costa e equipe da OP; e Fábio Bettinassi, ufologista paulista radicado em Araxá/MG e autor de um consistente estudo (entre outros) sobre a similaridade dos raios expelidos pelo chupa-chupa com os raios laser de última geração. Bettinassi é coordenador da Operação Trilha, uma junta de pesquisadores que desenvolve novos levantamentos acerca da Operação Prato e executará pesquisas de campo ao Estado do Pará em 2006. Enfim, apesar da Ufologia ser tratada de forma respeitosa pela Rede Globo, ao envolver históricos "personagens" da OP, como Pinon, Wellaide, Carlos Mendes e outros, creio que faltou contemporaneidade ao conteúdo apresentado. A Operação Prato atualmente, já não é mais contada e entendida como era há 20 anos.
Verdadeiramente, o grande trunfo da Operação Prato no “Linha Direta” se refere mesmo à popularização do tema no país, mesmo que de uma forma extremamente “clássica”, desconhecendo os mais novos estudos e atrelando-se ao básico. Certamente, grande parte da sociedade brasileira que já ouvira falar em Operação Prato, pôde, através do programa, terá uma idéia mais ampla destes incidentes ocorridos no Pará que, ao meu ver, não se prende somente à questão ufológica, mas às questões da Segurança Pública e vulnerabilidade do Brasil. As autoridades precisam entender discernir o que é fato daquilo que é lenda, para assim, poder apresentar soluções para ocorrências inusitadas como estas, que, diga-se: ninguém garante que não possam voltar a ocorrer em alguma parte do país.
O interessante é que, depois de tudo investigado, “vazado”, reportado, estudado, debatido e apresentado ao público pela maior emissora de tevê do país, a FAB ainda continua recusando-se a pronunciar “qualquer coisa” sobre a Operação Prato. Mesmo tendo executado tal manobra a pedido do prefeito e do padre de Colares, a FAB não deu até hoje, quaisquer esclarecimentos ou explicações plausíveis àquelas populações. Os casos não se limitaram somente a Colares, como deu a entender o programa, mas em diversas localidades ribeirinhas da bacia do rio Tapajós. Acredita-se que centenas de seus munícipes foram lesados e em alguns casos, até mutilados/inutilizados/mortos, sem que recebessem adequadamente quaisquer tratamentos psicológico, clínico ou indenizações por parte do Estado ou da União.
Contudo, como telespectador global, penso que, pelo bem geral e felicidade da nação, a Rede de Globo ainda tem a chance de “atualizar” a sua versão da Operação Prato e passá-la a limpo apresentando-a de forma ainda mais isenta, quiçá num episódio do “Globo Repórter”...
* Pepe Chaves é editor de do jornal Via Fanzine, webmaster do portal UFOVIA e coordenador da Operação Trilha.
- Ilustração: Fábio Vieira (exclusivo para UFOVIA).
- Produção: Pepe Chaves © Copyright 2008, Pepe Arte Viva Ltda.
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