Plataforma Prato - matérias exclusivas sobre a OP

 

TV FANZINE Nota sobre retirada de produção do ar

 

 

A FAB e a Ufologia:

O Relatório Hellman’s e a Operação “Pato”

Interpretar o Relatório 83 e encontrar atividade de seres extraterrestres

é o mesmo que tentar provar que a lua é feita de queijo apenas observando suas crateras.

 

Por Fábio Bettinassi*

Para Operação Trilha

 

Sondas na Amazônia: seriam mesmo extraterrestres?

 

Após a revelação de um relatório sobre investigação de Objetos Voadores Não identificados, novamente alguns ufólogos vem associar autoridades da Defesa brasileira com supostas operações extraterrestres no Brasil. A liberação do relatório foi noticiado a nível nacional, através de alguns grandes veículos da comunicação brasileira, trazendo mais alarde do que esclarecimentos. Como veremos, as perguntas sobre os supostos casos de ataques extraterrestres no Pará (como defendem alguns) vem apenas nos deixar margens para mais perguntas, muitas perguntas, como veremos a seguir.

 

Faz alguns anos, uma conhecida publicação ufológica brasileira levou ao público um novo relatório supostamente retirado dos misteriosos arquivos da Operação Prato, revelado através da sua campanha de “liberdade de informação já”, que pressiona as forças armadas pela liberação dos arquivos confidenciais sobre Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) no Brasil.

 

Para quem não viu o relatório, ele é composto por 86 páginas digitalizadas e produzidas originalmente em 1983 por alguns órgãos governamentais como a FAB, SNI, a Marinha do Brasil em alguns municípios do Pará. De um modo geral, os relatórios, se reais, demonstram, sem dúvida, que houve uma investigação do fenômeno OVNI por parte das forças armadas do regime militarista brasileiro (1964-1985). Entretanto, torna-se evidente que além dos dados diversos (desenhos, fotos e até supostos filmes) e entrevistas produzidas com os envolvidos, nenhuma conclusão, ou tentativa de explicação à luz da racionalidade foram produzidas em sequer uma linha de texto pelos militares.

 

O recente relatório, doravante chamado Relatório 83 veio a público e se comparado aos primeiros da Operação Prato, (os quais foram divulgados pela revista UFO do Brasil, que afirmou que os mesmos teriam “vazado” dos militares), revelam diversas incongruências que geram mais dúvidas do que esclarece.

 

Primeiramente, é evidente que o Relatório de 83 não passa de uma compilação ou síntese dos primeiros relatórios produzidos a partir dos registros de 1977. Além de diversas partes ilegíveis podem ser vistos códigos numéricos de arquivamento e alguns carimbos tremidos e protocolos.

 

'Afinal, por que alguém da Força Aérea Brasileira (FAB), operando dentro

de um sistema de liberdade de informação, forneceria o dito material secreto

diretamente para os membros dessa revista?'

 

O fato de este material ter surgido do nada, vindo a público através de uma desacreditada revista, que afirma ter o mesmo “vazado” por parte dos militares, sem maiores explicações, nos sugere diversas possibilidades de embuste. A FAB, que agora libera o que para eles seria “o” relatório sobre a investigação de UFOs no Pará, jamais reconheceu publicamente o primeiro relatório referente a estes fenômenos paraenses, o qual, segundo a revista, teria chegado em suas mãos através de “vazamento” de informações militares.

 

Afinal, por que alguém da Força Aérea Brasileira (FAB), operando dentro de um sistema de liberdade de informação, forneceria o dito material secreto diretamente para os membros dessa revista? Este fato, afirmado em diversas passagens pela editoria da revista torna a situação uma questão arbitrária que, na realidade, promove ainda mais a desinformação e contribui para as maquinações de pessoas que, comprovadamente, cada vez mais, não compartilham com o pensamento racional da maioria e, tampouco, poderiam ser auto-credenciadas como representantes da opinião coletiva no segmento ufológico brasileiro.

 

O que mais me chamou a atenção foi que no Relatório 83, em momento algum, encontramos o nome do Coronel Uyrangê Hollanda, até então, considerado, na versão sustentada pela citada revista, como o membro mais importante, ativo e principal protagonista da Operação Prato – como também mostraram os documentários produzidos pela Rede Globo de Televisão e pelo The History Channel. Seu nome é fartamente citado no primeiro relatório de 1977, tornado público através de um “vazamento militar” recebido pela revista, segundo ela afirma.  O que acontecera no intervalo entre 1977 e 1983 que o nome do Hollanda foi suprimido dos textos e sua atuação fora simplesmente apagada dos registros? 

 

Em documentos falsificados é comum existir a “assinatura do falsificador”, uma marca secreta praticamente oculta, colocada no texto ou em fotos, que só o verdadeiro autor é capaz de identificar, assim como o serial-killer dos filmes de Hollywood que deixam marcas propositais na cena do crime, com um requinte de perversidade típico das mentes degeneradas. Seja a assinatura do falsificador, seja uma daquelas reveladoras ironias do destino, fato é que o Relatório 83 começa pelo sarcástico número 171, que no Código Penal Brasileiro, é o artigo que se refere a estelionato: “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio” (C.P.B.). Seria este detalhe uma vingança divina, uma obra do caso ou para os mais paranóico-conspiracionistas, somente um “alô” para os bons observadores?

 

'Para efeito de credibilidade da situação, fica registrado que este novo relatório

foi divulgado entre as comunidades e listas da internet, pelo mesmo editor

que recentemente patrocinou e vendeu a idéia que Jesus Cristo

estaria voltando à Terra a bordo de um disco voador alienígena.

 

Ao explorar o relatório como evidência da presença extraterrestre, a editoria da dita revista não afirma que, em momento nenhum os relatores usaram termos como “alienígena” ou “de outro planeta”, tampouco “ET” ou “Extraterrestre” para tratar o avistamento de luzes por parte da população e dos próprios militares que investigavam os fenômenos. Foram usadas sim, descrições como, “luzes”, “aeronaves” e até OVNIs, na clara acepção da palavra que significa simplesmente Objeto Voador Não Identificado e não Objeto Voador de Outro Planeta, acepção esta, forçosamente imposta pelos “eteístas”. Isso tudo evidencia que qualquer um que afirme categoricamente, que tais luzes eram seres de outro planeta, apenas lendo um relatório desse, não está mais do que mentindo e semeando a desinformação.

 

Em alguns pontos, o relatório parece ser redigido por amadores e não por militares do departamento de inteligência. Se torna evidente um total devaneio narrativo, como o que ocorre na página 4 onde está grafado que, “... o objeto fotografado,  encontrava-se a cerca de 3 mil metros de altitude com velocidade média de 30mil km por hora”. Ora, é incrível conseguir fotografar em condições noturnas, um objeto pequeno em enorme velocidade. Além disso, em uma velocidade de 30mil km/hora dentro da nossa atmosfera, qualquer objeto se desintegraria pelo atrito ou se tornaria praticamente invisível. Mas a grande pergunta é: quais instrumentos; de qual tecnologia teriam sido empregados para aferir tais números relativos às altitude/velocidade?

 

De acordo com o relatório a câmera fotográfica usada foi uma Minolta SRT 101, que se trata de uma robusta e mecânica máquina. Naquela época as teleobjetivas de longa distância não possuíam o recurso de foco automático, assim sendo, deveria ser um mago da fotografia o profissional que conseguiu captar o tal OVNI. Seria um grande feito, considerando a dificuldade de focar um objeto voador em alta velocidade, usando uma câmera com lentes de peso considerável e ainda tendo que ajustar o zoom, o tempo de exposição e a velocidade do obturador (mesmo que estivessem previamente ajustados), o que torna esse tipo de fotografia um desafio praticamente impossível de ser realizado.

 

Para efeito de credibilidade da situação, fica registrado que este novo relatório foi divulgado entre as comunidades e listas da internet, pelo mesmo editor que recentemente patrocinou e vendeu a idéia que Jesus Cristo estaria voltando à Terra a bordo de um disco voador alienígena e até divulgou em manchete de capa de revista, o ano em que a humanidade faria contato com os extraterrestres – que por sinal, já se passou faz 12 anos.

 

Por essa e outras ocorrências que desacreditam o que seriam os “fatos”, tudo leva a crer que um dos dois relatórios da Operação Prato pode ser um Relatório Hellman’s em menção a mais tradicional de todas as maioneses brasileiras. Não estou acusando a FAB de ter falsificado nada, ao contrário, eu creio que exista autenticidade nas informações, porém não me convence a forma como parte ou a totalidade do conteúdo destes relatórios tem sido exposta e como as informações neles contidas, estão sendo interpretadas, transformadas em produtos, plantados na mídia convencional e, finalmente, vendidos ao público na forma de diversos artigos UFO-ETs. Além disso, a forma como surgiu o primeiro relatório o torna cada vez mais suspeito, haja vista o envolvimento dos propagadores do mesmo em episódios ufológicos que foram desmentidos ou em outras questões nada louváveis para a ufologia, as quais resolvemos deixar de fora desse artigo.

 

Contudo, parece haver um claro e ardente desejo por parte de determinadas pessoas, em acobertar a verdade sobre o que se passou realmente no Estado do Pará e assim, vir a criar uma fantástica história, ficando a própria FAB na defensiva, pois, observamos no texto que os relatores descreviam a situação como ‘galhofa’ e ‘ridículo’, justamente ao se considerar a TEORIA de que tais luzes ou aeronaves pudessem ser de origem extraterrestre. 

 

* Fábio Bettinassi é publicitário, co-editor do portal UFOVIA e coordenador da Operação Trilha, junta civil para investigação dos fenômenos pesquisados pela Operação Prato.

 

- Imagens:

- Ilustração eletrônica de Pepe Chaves.

 

- Para ler mais sobre a Operação Prato: acesse a PLATAFORMA PRATO:  www.viafanzine.jor.br/op.htm

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

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Operação Prato – 30 anos depois:

A Miragem que não se torna real

Passados 30 anos os mistérios ufológicos ocorridos na região de Colares, Estado do Pará, em 1977,

continuam sem explicações, apesar da derrubada de alguns mitos e o surgimento de novas possibilidades.

 

Por Pepe Chaves

& Fábio Bettinassi*

Para Operação Trilha

Desenho do sargento Flávio Costa datado de 02/09/1977

indica que provavelmente a OP teve início em agosto de 1977.

 

AVENTURA UFOLÓGICA - Embora grande parte dos pesquisadores acredite que a Operação Prato tenha se iniciado oficialmente no mês de setembro de 1977, ao pesquisarmos junto às fontes primárias acerca da data exata em que fora deflagrada, descobrimos que se deu em dia não especificado, provavelmente do mês de agosto. Isso pode ser comprovado através de alguns desenhos do sargento Flávio Costa, como o que fez para registrar um caso de avistamento ocorrido em Santo Antônio do Tauá, datado de 02/09/1977. Assim, podemos afirmar que dias antes, certamente, do mês de agosto, as pesquisas de campo já estavam sendo conduzidas pela equipe da Operação Prato, coordenada pela capitão Uyrangê Hollanda.

 

É difícil imaginar que um grupo de oficiais da FAB há mais de 30 anos, seria reunido em torno de tão curioso tema. O comprovado ataque de UFOs contra a população ribeirinha em Colares/PA desencadeou a chamada Operação Prato, uma ação militar de reconhecimento, com o intuito de se identificar suposta atividade alienígena que atormentava a população de alguns vilarejos e ilhas próximas a Belém do Pará.

 

É bem possível que nenhum desses militares envolvidos tivesse em mente se tornar parte daquele que, com certeza, reúne elementos para ter se tornado o “maior fato ufológico mundial”, capaz de envolver, secretamente, diversas autoridades e aparatos militares, além de departamentos e agentes do serviço de inteligência do Governo Federal, mídia estrangeira e ainda, determinados personagens “indetectáveis”. A Operação Prato, fora capaz, também, de gerar produções cinematográficas, gravadas na região dos fatos e veiculadas em diversos países, cujos roteiros envolvem boa dose de suspense e ficção científica por conta da imaginação de muita gente.

 

Dois meses depois que concedeu uma entrevista à revista UFO, em outubro de 1997 (cerca de 20 anos depois da dita operação) o coronel Uyrangê Hollanda, idealizador da Operação Prato em 1977 teria se suicidado. Sua morte viria gerar inúmeras polêmicas no meio ufológico brasileiro, entre aqueles que defendiam a hipótese do seu suicídio; os que defendiam que ele fora assassinado e os que defendem que ele não morrera, mas sim, teria mudado de identidade e deixado o país. Diversas discussões e até atritos surgiram entre pesquisadores logo depois da morte de Uyrangê, sobretudo, entre duas vertentes distintas de pesquisadores: o grupo que defendia a unhas e dentes que cometera suicídio, expondo possíveis fatos (provas) que poderiam levar a esta conclusão e um outro grupo que defendia a hipótese de ele ter sido assassinado por ter “falado demais” na última entrevista concedida.

 

Contudo, apesar de sua morte ter sido bastante discutida no meio ufológico foi pouco noticiada pela mídia convencional. A partir de 1998, os enigmas da operação caíram no esquecimento e somente reacenderiam em junho de 2005, quando os autores deste artigo resolveram criar a Operação Trilha, junta civil que se propôs investigar, colher novos dados e propor novas teorias, junto às já existentes, acerca dos acontecimentos que envolveu UFOs e a população de Colares/PA, sobretudo, em 1977, que culminaram na criação da Operação Prato.

 

Apesar dessa junta de pesquisas ter sido oficialmente criada em junho de 2005, já vínhamos pesquisando os casos do Pará por mais de um ano e mantendo contato com diversos pesquisadores, inclusive, alguns diretamente envolvidos na operação militar. Programamos uma viagem ao Pará, que não realizamos ainda, mas na hora certa deveremos expor ao público os motivos por ainda não termos realizado a expedição e, talvez, não a realizaremos mais – pelo menos nos moldes iniciais propostos. Através somente de um vasto trabalho de gabinete, recebemos dados e informações inéditas, de irrefutáveis qualidades que muito vieram somar aos propósitos de nossas pesquisas. Depois que iniciamos o compromisso da Operação Trilha, despertamos o interesse e a curiosidade de diversas pessoas do meio ufológico e também fora dele, alguns, passaram a manter contato periódico conosco. Realizamos inúmeras pesquisas, quase totalidade divulgada e transformada em algumas matérias produzidas sob nossa responsabilidade e disponíveis online para acesso livre e irrestrito do público em www.viafanzine.jor.br/op.htm.

 

E o mais curioso foi constatar que a Operação Trilha, criada de forma tão modesta e sem grandes pretensões, viria reacender as discussões e produções sobre a Operação Prato. Um mês depois de divulgamos a página da Trilha na Internet, a revista UFO iniciou a publicação de uma série intitulada “Dossiê Amazônia”, da qual até publicamos, a convite da revista, uma de nossas pesquisas. O assunto também chamou a atenção da Rede Globo que, dois meses depois, em 25 de agosto de 2005, produziu o programa  Linha Direta - especial, sobre a Operação Prato. Como num efeito dominó, também a tevê a cabo norte-americana The History Channel, aportou na região de Colares e exibiu em dezembro de 2005 um documentário sobre a OP, exatamente dentro dos mesmos moldes daquele apresentado pela Rede Globo. O curioso foi que ambas as produções enfocaram apenas o lado “extraterrestre” dos ditos fenômenos, não tocando em outras possibilidades que poderiam também ser interessantes.

 

Entre os simpatizantes e pesquisadores da Operação Prato, alguns nomes se tornaram incomuns ao longo dos últimos 30 anos: “Uyrangê”, “Flávio Costa”, “Pinon”, “Wellaide”, “Bob Pratt” e “Colares”. E, tão exóticas foram algumas das distintas ocorrências envolvendo alguns destes nomes.  Teria, como sustentam alguns, a Operação Prato, envolvimento com seres de outro planeta? O coronel Uyrangê Hollanda fora realmente ‘chipado’ por tais seres e se suicidaria mais tarde? São perguntas que dificilmente terão respostas, cremos, mesmo em um futuro a longo prazo. Por isso, cabe a cada um mentalizar a realidade que mais o satisfaça dentro daquilo que já foi pesquisado e trazido à tona pela imprensa especializada ou pela convencional. O pesquisador racional e isento de apegos a arquétipos pré-estabelecidos, deve estar sempre atento à tênue barreira que separa a ciência da crença, e esta do fanatismo.

 

Através de criteriosa análise das poucas evidências que temos, devemos tentar associar as ocorrências de maneira a montar um cenário plausível. Essa se tornou a única e verdadeira metodologia para um bom pesquisador. Ademais a isso, o que poderá vir, certamente será especulação, como por exemplo, a afirmação de alguns pesquisadores de que “ETs vieram de outras galáxias para coletar no Pará amostras de sangue da população ribeirinha, para semear uma raça híbrida em outro planeta”. Em verdade, não existe nenhum fato ou prova consistente que garanta tal afirmação.

 

Objetos voadores ainda são comumente flagrados em rios e ribeirões amazônicos.

 

ILUSÃO DE ÓTICA – A maioria dos “fatos concretos” apresentados ao público leigo, a respeito da Operação Prato sempre foi uma ilusão de ótica editorial. Muita gente de peso investiu para se construir um modelo alienígena a justificar tudo o que se passou. Gente da grande mídia, de publicações ufológicas, ufólogos e editores internacionais, pesquisadores de gravata borboleta, phds, repórteres em busca do furo do século e outras tantas classes de “grays” de baixa categoria, embutidas na máquina ufológica.

 

A realidade é que o Estado do Pará, especificamente sua região litorânea, desde os anos de 1970, vem sendo explorada por contrabandistas autônomos e empresas mineradoras em busca de urânio de excelente qualidade e demais metais nobres que por lá abundam e sequer recebem atenção suficiente das autoridades governamentais, que deveriam estar trabalhando para que estas riquezas pudessem encher os cofres de nosso país e os “pratos”, da população. Inclusive, conforme demonstra detalhe de nossa pesquisa, a região contava até com uma base internacional para atuação de submarinos norte-americanos durante a Segunda Guerra, a qual teria sido oficialmente desativada, somente algumas décadas depois do término da guerra. Soubemos que tal base se localizava no litoral do vizinho e também mineralmente rico Estado do Amapá.

 

Acontece que, determinados minérios estratégicos (como urânio, utilizado na bomba nuclear), em grande parte, sai do Brasil de navio, misturado a outros minérios comuns, numa estratégia ilegal de camuflagem. Esta prática tornou-se um método sábio e simples que enriqueceu alguns vultos sombrios presentes no mercado bélico de alta tecnologia das grandes potências mundiais. Também no ramo comercial, milhares de empresas se beneficiam destes minérios, gerando riquezas imensas dentro de suas respectivas economias.

 

Entre tantas notícias do gênero, em 25 de agosto de 2001, a publicação Nucnews (jornal específico para a comunidade de cientistas nucleares) noticiou que um contrabandista autônomo fora capturado no Brasil, próximo a ilha de Colares no Pará, carregando em seu caminhão, cerca de 600 kg de urânio de altíssima pureza. Em quais centrífugas esse urânio seria enriquecido? Para fornecer o que? Energia? Ou seria para criação de uma bomba nuclear secreta em algum país do Oriente Médio, da Ásia ou nalgum laboratório subterrâneo de propriedade de um grande ditador de terceiro mundo ou de uma mega-multinacional privada?

 

O próprio coronel Hollanda relatou em sua última entrevista, que participou de perseguições e até capturou estrangeiros belicosos (no caso, franceses) que estavam explorando minérios na região da Amazônia paraense. A Guiana Francesa que divisa com o Amapá tornou-se um trampolim para que europeus aportassem no sub-continente americano e fizessem diversas manobras contrabandistas, como pode ser comprovado pelos arquivos jornalísticos daquela região.

 

A extensa dimensão de nossas florestas tropicais e a ausência de uma empenhada política de Defesa quanto ao patrulhamento e monitoramento destas áreas faz com que o nosso “mágico tapete verde” sirva somente para ocultar incríveis operações ilegais exploratórias. Muitas delas, podem estar se dando por décadas, sem produzir o menor vestígio ou ruído comprobatório. Podem existir também, outras “jogatinas” que se escondem atrás de contratos comerciais bem formulados junto ao Governo Federal e o seu Ministério das Minas e Energias - cujo último ministro nomeado pelo presidente Lula, fora recentemente afastado do cargo por causa de uma provável ligação com uma fraude bancária. E, ainda, noutros casos, tais “organizações secretas” florescem sob a fachada de pomposas ONGs e de projetos sociais alardeados aos quatro ventos, incluindo a criação de mega-reservas indígenas demarcadas no seio do país, que aos poucos vão se tornando verdadeiras nações desmanteladas de um mesmo território nacional. Estas organizações indígenas autônomas, geralmente, recebem apoio internacional onde o real interesse externo parece mesmo ser tão somente a preservação de seus recursos “verdes”, hídricos e minerais ao futuro de países agora escusos, mas que sempre visaram “investimentos” na região Amazônica.

 

Toda essa gama de novas informações que despejamos em cima dos discos voadores e ETs de Colares, torna-se um balde de água gélida sobre algumas hipóteses lançadas por apaixonados entusiastas da ufologia e vem mostrar, a quem quiser ver que, inúmeras matérias de nossa autoria relatando fatores ligados a OP encontram-se embasadas dentro de teorias e ocorrências lógicas e tecnológicas. Inclusive, algumas semelhanças foram também detectadas em outras conjunturas mundiais e exemplificadas em nossos estudos. Contudo, algumas dessas semelhanças, que vinham sendo mantidas por interesses “eteístas” se tornaram claramente obsoletas, mostrando que, nos anos de 1970, muitos produtos de alta e desconhecida tecnologia já estavam sendo testados em segredo por grandes potências terrestres em alguns dos lugares mais insólitos do mundo. O próprio raio laser da cor azul, tido como inexistente, já existia naquela época, mas teria sido “descoberto” (oficializado real) somente mais de duas décadas depois. Se você falasse em laser azul em 1970, os cientistas diriam que você estava pirado. Curioso também é lembrar que azul era a cor do temido raio de luz que saia do UFO (chamado popularmente de chupa-chupa) e atingia as pessoas, provocando queimaduras cutâneas em populações ribeirinhas do Pará.

 

“Fenômenos” de avistamento ufológico, geralmente, provocam estupefação ao observador despreparado e até mesmo em alguns especializados, pois, se atualmente um cidadão de nível médio presenciar o vôo de um drone ou qualquer experimento aéreo militar, sem dúvida, vai achar que se trata de objeto com tecnologia extraterrestre. E esta é uma tendência natural do ser humano: associar o desconhecido ao mundo das criaturas exógenas. Tal qual o caso ocorrido com os aviões B2 - cuja imagem só foi divulgada recentemente. A tecnologia aérea vem sendo aperfeiçoada desde o final dos anos de 1940 e mantida em total segredo, desde então e, enquanto neste ínterim, inúmeros casos de avistamento da chamada “asa voadora” foram classificados como atividade de UFOs pelas autoridades militares. Inclusive, existe o desenho de um vôo de uma dessas “asas voadoras” na região de Colares, assinado por Flávio Costa, nos arquivos da operação.

 

Para muitos, a maioria de nossas pesquisas frente à Operação Trilha apontou para a hipótese de que, os fenômenos envolvendo a Operação Prato se tratavam de manobras estrategicamente planejadas, onde se usou trucagem de alta tecnologia como, por exemplo, aquela usada pelos ingleses para esconder o Canal da Mancha. Durante a segunda guerra, um importante coronel, com sólidos conhecimentos de ilusionismo e prestidigitação criou um sistema de raios de luzes rotativos espalhados ao longo do canal que durante a noite projetava falsas imagens para confundir e era capaz até de produzir panes nos aviões de bombardeio alemães. Este é um dos muitos exemplos de trucagem usados por militares desde os anos de 1940 e tão misteriosa é a aplicação destes truques que a própria CIA criou o infame Departamento de Guerra Psicológica, destinado entre outros, à promoção deste tipo de atividade. Atualmente, inúmeros são os programas televisivos exibidos pelo The History Channel e pelo Discovery Channel (canais a cabo), mostrando engenhosos projetos de trucagem usando sons, imagens, luzes, ondas e manipulação da mente das pessoas, tal como nas mais requintadas obras de ficção científica.

 

Não estamos afirmando que tudo o que ocorreu no Pará possa ter sido tão somente operações de manipulação e desinformação para efeito de contrabando ilegal de minerais estratégicos, pois ainda não temos evidências suficientes para assegurar tal afirmação como fato real. Para se provar tal possibilidade, seria preciso haver empenho governamental, além de uma justa, lúcida e conclusiva investigação por parte dos aparatos do Ministério Público e da Justiça brasileira. Contudo, afirmamos que se estivéssemos em um cassino, onde a Operação Prato fosse um jogo, iríamos apostar a maioria de nossas fichas na atividade terrestre, camuflada por discos voadores. Quanto à suposta atividade ET na região, vista de forma glamourosa e emocionante, não a descartamos em nossos estudos, porém, é preciso cautela, pois até então, os indícios dessa possibilidade estão perdendo efeito.

 

PEÇAS DISTINTAS DE UM MESMO QUEBRA-CABEÇA? – Que se pese a verdade e a tamanha diversidade mineral do Pará e seus arredores, já foi cogitado que, elementos superpesados (e que já teriam ampliado a tabela periódica) recentemente descobertos pelos mais destacados físicos do planeta, podem existir “in natura” em quantidades significativas na região Norte do Brasil. Nos anos de 1990 o polêmico norte-americano Bob Lazar anunciou ter trabalhado com o elemento 115, ainda não descoberto e então chamado de Ununpentium (un 1, un 1, pentium 5). Segundo ele, o elemento era usado no processo de funcionamento dos discos voadores alienígenas, supostamente capturados pelo governo norte-americano e guardados na famigerada Área 51, situada no Estado norte-americano do Novo México. Acredita-se que tal elemento gerasse um volume de energia tão poderoso, capaz de criar uma anomalia eletromagnética intensa o suficiente, para se produzir uma ruptura no espaço-tempo, permitindo que os discos voadores trafegassem através do Universo em poucos segundos. Naquela época, Lazar foi ridicularizado pela classe científica, pois os elementos superpesados ainda, sequer, tinham sido cogitados e soavam apenas como alegorias em filmes do gênero Star Trek.

 

Ocorre que, recentemente, foi anunciado pela comunidade científica a criação do elemento 118, produzido dentro de reatores e que pela primeira vez, fora observado e comprovado, apesar de seu decaímento (desfaçatez) extremamente rápido, o que o converte em átomos de outros materiais. Agora os cientistas estão trabalhando para descobrir o elemento 120 e tentar manter os superpesados estáveis por mais tempo a fim de utilizá-los de diversas formas, o que revolucionaria completamente o conceito energético na Terra.

 

Bob Lazar eu seu discurso-padrão dizia que foi colocado à sua disposição “cerca de 300 quilos de elemento 115, completamente estável e livre de decaimento”. É claro que, se essa informação for verídica (o que é difícil saber), gera um interessante questionamento: “Esses 300 quilos de 115 vieram de qual lugar do planeta?”. Uma coisa é certa: a jazida deste incrível minério só pode estar localizada e ter sido explorada em um lugar “oculto” da Terra, onde, naturalmente, exista diversidade de outros minerais estratégicos e uma certa facilidade para sua prospecção. A região Norte do Brasil, que ocupa considerável fração de seu território nacional, possui todas estas características e ainda conta com uma estrutura pública de fácil acesso, permitindo o livre acesso de turistas estrangeiros e uma rápida implantação de um esquema organizado de exploração/exportação, certamente, movido às propinas e intimidações, para fazer valer os “altos interesses”.

 

Arredores de Belém, região Norte do Brasil.

 

MUSEU DE CERA OU PÓLO MINERAL? – Recentemente, em comemoração aos 30 anos da Operação Prato, a Floresta Vídeo e a TV Cultura do Pará, produziram um vídeo documentário chamado Chupa-Chupa, a história que veio do céu, onde muitas testemunhas, ainda vivas, relembram experiências com a temida luz, conhecida por chupa-chupa, que segundo alguns “sugava o sangue” das vítimas. O documentário visita alguns locais e recria cenas pitorescas da Operação Prato, algumas até citam militares da FAB, como o sargento Flávio Freitas Costa e o próprio Uyrangê Hollanda. O filme encena todo o caso como se estivesse sendo narrado por um radialista eufórico, com requintes de sensacionalismo, a ‘la Orson Welles’ em sua invasão por marcianos na Terra.

 

Determinadas cenas do filme mostram grupos folclóricos regionais encenando danças em trajes coloridos, recriando personagens como o disco voador, o chupa-chupa e suas próprias vítimas. Toda coreografia é acompanhada por músicas, cujas letras enfatizam a Operação Prato e a saga de sofrimento e medo vivida pelos populares da época. No documentário, muitas pessoas da população são entrevistadas sobre o tema do “turismo ufológico”, tão desejado por atrair dólares, euros e reais de turistas que vêm em busca de um contato espiritual com alienígenas ou atraídos pelas singulares aventuras de cunho ufológico em geral. Em muitos casos, serve como véu para despistar a prática do turismo sexual, do contrabando biológico de espécimes de plantas, minerais, animais e insetos endêmicos.

 

Fica claro que, tão logo a população local viu a história dos ETs do Pará cair na graça nacional, sobretudo, através da Rede Globo e de diversos outros veículos da imprensa e da Internet brasileira, todo um teatro vivo foi montado para se amparar  turismo ufológico na região de Colares. Recentemente tem sido criada uma infra-estrutura que inclui novos hotéis, pousadas, bares e restaurantes para abrigar tamanho volume de turistas que só vem crescendo desde os últimos anos. Vários estabelecimentos comerciais possuem nomes inusitados como “Pousada do Chupa-Chupa” ou “Restaurante Operação Prato”, evidenciando a criatividade do povo paraense e a atuação secreta de algum “consultor oculto”, especializado neste tipo de turismo. Tem, por sinal, “mera” semelhança com o “fenômeno comercial mineiro”, ocorrido na cidade de Varginha-MG, a partir de 1995, quando três testemunhas disseram ter avistado um ET na cidade e, sem ser apresentado qualquer indício ou comprovação, o do assunto extraterrestre mineiro caiu na graça nacional para vir depois a nomear diversos estabelecimentos comerciais da cidade.

 

Produtoras cinematográficas - como a Tower Productions - que dominam o mercado de documentários juntamente com parte da mídia ufológica impressa e virtual, vêm sistematicamente produzindo filmes de excelente qualidade técnica, sempre reforçando o aspecto ET da Operação Prato. Além do Brasil, tais produções encontraram seguidores em diversas regiões da Europa, Oriente e Estados Unidos.

 

É claro que, estrangeiros entediados com o mundo que se tornou pequeno e com poucas atrações, vão encontrar no Pará um ambiente perfeito para aventuras repletas de emoção, mistério e polêmica, que guardam em sua essência, lendas que vão desde o desaparecido coronel Percy Fawcett, passando pelas experiências dos sertanistas irmãos Villas-Boas, até histórias de serpentes gigantes, seres extraterrestres, conspirações da CIA, avistamentos ufológicos, contatos interestalares, naves voadoras incandescentes e vítimas com marcas esquisitas no corpo. Este é o Playcenter da ufologia ou o museu de cera da Madame Tussaud, agora instalado sobre o solo amazônico e sob a benção de qualquer ET sem vergonha que se candidatar a "superior".

 

Em parte, a população local tem suas razões em “transformar a Operação Prato num pastelão mal contado”, pois encontraram nisso, uma fonte de prosperar sem depender de projetos ineficientes do governo brasileiro ou dos ridículos programas sociais oferecidos, que apenas perpetuam a pobreza popular. Afinal, seria pecado jogar fora qualquer galinha dos ovos de ouro. Entretanto, o que não pode ser visto como legal é se utilizar de uma situação em que, pessoas perderam a vida ou se tornaram doentes crônicos, para se fazer fama, fortuna e projeção pessoal, além da contribuição (ainda que de forma inconsciente) para se manter ativo possível esquema de acobertamentos extrativistas ilegais, que lesa a economia destes próprios povos e de todo o país.

 

O que, na realidade, a população de Colares e região com seu projeto de turismo ufológico está fazendo, é simplesmente incorporar elementos estranhos e desconexos aos seus genuínos valores humanísticos, desprezando toda sua verdadeira e rica cultura regional, trocada por causos sensacionalistas, onde protagonizam personagens mitológicos e seres andrógenos que, sequer, possuem rostos definidos, nome ou história de heroísmo. Tais seres, não passam de fantasmas jornalísticos colhidos das bocas de meia-dúzia de testemunhas, na maioria das vezes, de credibilidade duvidosa, onde não sabemos ao certo, se são vítimas ou se fazem parte de um extenso ‘rol conspiracionista’, além do desejo de se ganhar fama nacional.

 

Quanto aos investimentos econômicos na região (que clama por eles), acreditamos que se houvesse uma maior atenção às políticas minerais, sobretudo, na região Norte do Brasil, a extração de minérios raros poderia revolucionar a qualidade de vida daqueles povos e alavancar suas economias. Minerais estratégicos como o nióbio, urânio e tório, poderia gerar a diversos Estados da União, algo semelhante o que petróleo atualmente gera em prol das economias dos países árabes, além, é claro, de exorcizar de vez, todos os fantasmas extraterrestres e discos voadores do Norte brasileiro. No entanto, o Ministério das Minas e Energias do governo brasileiro (deste e de nenhum outro Governo Federal), jamais propôs projeto, revisão ou teve coragem e ousadia para desmonopolizar e realmente estruturar os mercados da extração/produção/exportação de minerais estratégicos no país.

 

Passados mais de 30 anos, a Operação Prato deverá continuar na mente de todos aqueles que verdadeiramente pesquisam o assunto ou daqueles que, por motivos alhures, mantêm algum tipo de ligação com ela. Acreditamos que muitas novidades ainda vão surgir, pois, grande parte do assunto, no que se refere à atuação, pesquisa e registros levantados pelos agentes militares, ainda continua como um livro cerrado e escrito em linguagem hermética para a atualidade. Enquanto isso fica valendo aos interessados, somente a sua capacidade de interpretação pessoal para dirimir todas as hipóteses, pesquisas, estudos e documentários relacionados a este conjunto de clássicos casos que compõem a ufologia brasileira.

 

* Pepe Chaves e Fábio Bettinassi são coordenadores da Operação Trilha, junta civil para investigação dos fenômenos pesquisados pela Operação Prato.

 

- Imagens:

- Desenho de Flávio Costa/Arquivo UFOVIA.

- Mapa região Norte: Arquivo UFOVIA.

- Ilustração 'UFO no espelho': Pepe Chaves/Arquivo UFOVIA.

 

- Para ler mais sobre a Operação Prato: acesse a PLATAFORMA PRATO:  www.viafanzine.jor.br/oo.htm

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

 

 

ACESSE:

Plataforma Prato - matérias exclusivas sobre a OP

 

TRILHA NORTE

Grupo oficial da Operação Trilha

 
 

O QUE É OPERAÇÃO TRILHA?

A Operação Trilha (OT) é uma expedição coordenada por um publicitário e um jornalista, Fábio Bettinassi de Araxá/MG,

e Pepe Chaves de Itaúna/MG. Ambos coordenam um grupo de pesquisas ufológicas  sobre  os incidentes do Pará.

A OT investiga alguns aspectos acerca da  OPERAÇÃO PRATO e desenvolve pesquisas sobre a casuística da região amazônica.

 

OBJETIVOS:

Esclarecer a opinião pública quanto à veracidade das ocorrências ufológicas na região amazônica, inclusive, a respeito dos

denunciados ataques da "luz vampira" ou "chupa-chupa", que por diversas ocasiões teria atacado a população local.

A Operação Trilha está produzindo um grande documentário sobre os casos paraenses que será divulgado abertamente a toda imprensa interessada nos casos em questão.

MINAS GERAIS - BRASIL

 

 
 

  UFOVIA - ANO 5 

   Via Fanzine   

 

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