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entrevista especial:
Exclusivo: Entrevista com Ubiratan Pinon Friás - parte I Piloto civil, ex-integrante da Operação Prato e ufologista
Por Vitório PERET* Exclusivo para UFOVIA Belém/PA - Brasil - julho-2005
Nota do editor:
A presente entrevista conduzida por Vitório Peret pode ser considerada pelos pesquisadores da Operação Prato (OP), como um dos mais sérios documentos acerca da casuística Amazônica, particularmente, do Estado do Pará. Funcionário da aviação civil brasileira por longos anos, o carioca Vitório Peret, pesquisa o fenômeno UFO desde a década de 70, já tendo realizado diversas pesquisas de campo, vigílias, sobretudo no Estado do Pará, na região de Colares, Mosqueiro (Baía do Sol), além de outras localidades paraenses onde se deram alguns dos fenômenos investigados pela OP. Peret é proprietário de uma casa no interior do Pará e sempre manteve estreita ligação com aquele Estado, sua capital e diversas cidades interioranas. Detém farto conhecimento da casuística da região, já tendo por diversas oportunidades, avistado fenômenos envolvendo objetos estranhos ou luminosos.
Como ufologista, Peret foi "seguidor" da linha investigativa desenvolvida pelo memorável general Moacyr Uchôa, um dos brasileiros mais honestos no estudo da Ufologia. Peret o conheceu pessoalmente e participou ao seu lado de alguns trabalhos em campo, sobretudo, na região do Planalto Central. Ao lado de Uchôa, Vitório Peret absorveu uma interessante bagagem e ainda, pôde presenciar alguns incríveis fenômenos luminosos, testemunhados em campo por várias pessoas - como os fenômenos envolvendo pequenas "bolas de luz" que se aproximaram deles e atravessavam suas mãos, conforme nos narrou in off.
Foi amigo pessoal de membros da Operação Prato, como o próprio coronel Hollanda; manteve laços de amizade também com o sargento João Flávio de Freitas Costa e ainda mantém com o piloto contratado Ubiratan Pinon Friás (seu entrevistado aqui), entre outros. Ao lado deles, pôde participar de algumas vigílias ufológicas em regiões ermas do Estado do Pará, chegando por vezes, a vislumbrar alguns marcantes avistamentos - conforme nos narrou pessoalmente, in off, quando de nosso encontro em julho/2005, na cidade de Belo Horizonte/MG -, sendo que alguns dos quais foram filmados (durante a presença de Peret) e se encontram incorporados ao acervo de imagens em equipamento super 8 da OP, que supostamente estaria em poder do COMDABRA, em Brasília.
Em sua entrevista com o seu amigo Pinon, o pesquisador Vitório Peret se sente à vontade e faz uma espetacular arguição ao reconhecido membro civil da OP. A entrevista foi gravada durante dois encontros, totalizando 2,5 horas de gravação. Do material bruto, editamos as passagens que julgamos mais interessantes, procurando preservar ao máximo, as expressões, reações e respectivas colocações do entrevistado e do entrevistador. Esta entrevista revela detalhes e ações inéditas envolvendo alguns dos integrantes da OP e suas respectivas particularidades. De certa forma, adentra caminhos “maquiavélicos”, quando Pinon disserta sobre os supostos implantes que todos os integrantes da OP teriam recebido (incluindo sobre o dele, cuja marca foi verificada in loco por Peret). A presente entrevista foi gravada na residência de Pinon, em Belém/PA, nos dias 20 e 21/07/2005.
Outros casos à parte da OP, também são esboçados por Pinon na presente entrevista, alguns com e outros sem testemunhas e vivenciados somente por ele. Através de um primeiro “contato” em sua infância, Pinon parece de fato, se tratar de uma pessoa de alguma forma predestinada a se relacionar com o fenômeno UFO ao longo de seus 65 anos (em 2005). Isso pode ser constatado pela quantidade de contatos/avistamento que ele mantém (inclusive, atualmente) e pela grande naturalidade com que ele convive e digere esta questão. Uma primeira parte da entrevista está sendo apresentada, trazendo uma posterior seqüência abordando outros fatos pertinentes ao assunto. O piloto Ubiratan Pinon foi entrevistado posteriormente pela produção do programa O Incrível da Rede Globo (ao ar em 25/08/2005, 21h30) que exibiu um especial com dramatização sobre a Operação Prato.
A efetiva participação de Pinon junto aos trabalhos da OP é notória entre todos os ufologistas que investigam esta manobra militar, sobretudo, os que vivem no Estado do Pará. O nome de Ubiratan Pinon Friás consta em diversos relatórios oficiais da Operação Prato. Na maioria deles, Pinon figura como piloto de vôo comercial, mas é certo que, dada suas diversas habilidades, considerando também sua experiência e amizade com os demais integrantes, atuou também junto à equipe de investigação da OP em campo, como ele próprio nos faz entender em sua entrevista.
Para o portal UFOVIA é com muito prazer e destacada honra que produzimos e hospedamos mais um trabalho de Vitório Peret, esse aeronauta aposentado e expressivo militante da Ufologia brasileira que, através de seu esforço individual, tem nos ajudado a tornar públicas, diversas facetas “camufladas” de um tempo em que a ditadura militar colocava nosso povo abaixo de pesadas rédeas, sem ao menos nos fornecer uma mínima explicação sobre o que estava acontecendo. Peret exerce também a função de coordenador da Operação Trilha, movimento que, despido de paixões ufológicas, pesquisa os fenômenos amazônicos, cujo ápice, se deu no fim dos anos 70. Pude conhecer Peret pessoalmente e sua pessoa me arrebatou o mais alto respeito, estima e confiabilidade. Pude sentir nele, a ávida necessidade de se colocar para fora a suada experiência da bagagem de um jovem ufologista veterano, que se traduz na mais intrínseca e descompromissada "busca pela verdade".
Ao amigo e parceiro Vitório Peret e extensivamente ao nosso entrevistado Ubiratan Pinon, manifestamos sinceros agradecimentos e o mais alto respeito de toda a família UFOVIA. Temos certeza convicta de que todos esses esforços não serão em vão!
Pepe Chaves Itaúna – MG 18/08/2005
DETALHE de um dos relatórios que compravam a participação de Pinon nos trabalhos da OP:
Introdução:
Conheci o piloto Ubiratan Pinon Friás em Belém/PA, no ano de 1977, através de uma amiga que me disse: “Peret, tem uma pessoa incrível que eu tenho para te apresentar. É um piloto de táxi-aéreo que participa de vigílias ufológicas há anos e tem fatos bastante curiosos para descrever”.
E assim, por intermédio dessa pessoa, conheci Pinon, um piloto altamente experiente, segundo informações que obtive já naquela época, através de outros pilotos no aeroclube "Júlio César", em Belém/PA. Trata-se de uma pessoa confiável e realmente sincera naquilo que procura passar.
Em certas ocasiões tive oportunidades de participar de inúmeras vigílias em sua companhia e ao seu lado pude comprovar muito daquilo que me dizia. Seja na Baía do Sol, Benevides, Igarapé Açu, naquela época eu pesquisava ufologia de forma autônoma. E em meus contatos com Ubiratan Pinon eu sempre pude constatar de que se trata de uma pessoa que ao longo de sua vida, passou por inúmeras experiências tanto pessoal, profissional como nas suas investidas ufológicas, realizadas em grupos com outros ufologistas ou individualmente.
E pelo menos para mim, durante o período em que estive diretamente em contato com Pinon, ele sempre me passou a imagem de uma pessoa, segura, sensata e acima de qualquer suspeita. Segundo informações obtidas na época em que conheci pessoalmente o piloto Pinon, ele participava modestamente junto aos trabalhos de investigação da Operação Prato, graças ao seu rico conhecimento aéreo daquela região paraense onde se apresentava grande parte dos fenômenos.
Pinon trabalhava diretamente ligado ao A2, o setor de Inteligência do I COMAR (Comando Aéreo Regional, da Força Aérea Brasileira-FAB), em Belém. Ele tinha trânsito livre na sede do I COMAR, que ele chama de “QG”. O convite para ser contratado para aquela missão se deu, sabidamente, por se tratar de um denotado instrutor da aviação civil, um piloto experiente com milhares de horas de vôo, que conhecia magistralmente toda aquela região e, portanto, um profissional altamente qualificado e apto a exercer sua função junto àquelas operações. Vale lembrar, que suas diversas experiências pessoais, sua concepção do fenômeno e suas conhecidas experimentações acerca deste assunto, certamente, vieram a somar para que seu nome fosse lembrado a ponto de ele ter se incorporado àquelas missões.
Vitório Peret 18/08/2005 Rio de Janeiro/RJ
A entrevista - parte I:
Vitório Peret, para UFOVIA: Pinon, por favor, nos conte sobre o contato que você teve com um provável alienígena enquanto você aguardava alguns integrantes da Operação Prato num local ermo. Nos sintetize também um pouco de suas experiências com o fenômeno UFO. Ubiratan Pinon: Meu caso é físico. Quando eu enxergo uma nave, quem estiver comigo vai ver. Não é um privilégio meu, então acho o seguinte: se alguém duvidar, eu levo comigo para ver. Mas o que quero relatar a você se deu no ano de 1981 para 1982. Eu fui acionado pelo QG [N.E.: Sede do I COMAR, Belém/PA], pois tinha chegado um grupo de brigadeiros (oficiais de patente superior) e queriam ir fazer uma vigília num determinado local. Chamaram pra ir lá no QG, o meu expediente profissional tinha terminado e o coronel Camilo [NE.: Brigadeiro Camilo Ferraz de Barros, à época chefe da 2ª Sessão do I COMAR-A2, responsável pela execução da OP] me convidou para a vigília e eu lhe disse: “Coronel, infelizmente, eu não posso ir”. E ele dizia “não, tem que ir, você tem que ir..!.”. Mas na época eu fazia faculdade, tinha uma prova de segunda chamada e não podia perder. O coronel disse que fazia um memorando para lá e que eu fazia a prova depois, mas eu digo: “coronel, eu me preparei pra essa prova!”. Quando voava eu via estas áreas para vigília, locais adequados, colocava no mapa, marcava a posição ali. Então ele chamou o Flávio [Sargento João Flávio de Freitas Costa, do A2 do I COMAR, desenhista e fotógrafo da OP] e dei mais ou menos as coordenadas do local para ele. E disse-lhe: leva o pessoal para lá, eu vou fazer a prova e me encontro com vocês lá. E ficou combinado assim. Fiz a minha prova, passei em casa, peguei minha garrafa de café e fui para o QG. Chegando lá, o oficial do dia disse que não tinha mudado nada, que era eu mesmo e nesta época, ainda, saímos armados. E fui embora sozinho para o local que eu tinha combinado com eles. Quando cheguei no tal local por volta de 22h30, não tinha ninguém! Um local deserto onde havia uma estrada que estava em obra, fazia uma curva e terminava num terreno baldio, num mangue. Hoje está asfaltado, mas naquela época era barro. Então, saí do carro e fui olhar se tinha marca de pneu de carro no chão, não tinha marca nenhuma. Na curva mais à frente acabavam as obras que estavam fazendo na estrada. Voltei para o carro. Era uma noite estrelada que era a coisa mais linda do mundo! Pensei em esperar mais ou menos meia hora, se eles não aparecessem, eu ia embora.
UFOVIA: Eu lembro que você nunca teve receio de fazer vigília sozinho... Pinon: Sim. Eu sempre ia sozinho. Eu cansei de levantar 10 horas da noite pegar o carro e ir. Então, tomei um cafezinho e me encostei ali no carro. Bom, nesse ponto eu vi um ponto de luz ao longe, aquela luzinha se movimentando. Eu já sabia que eram eles. E pensei, "puxa vida, vieram para assistir e eles (Camilo e os outros militares) vão perder". Ela (a luz avistada) veio, dando uma volta ao longe e veio em minha direção.
'Pelo traje dele eu já sabia que estava frente a frente com um cidadão que não era daqui. Aquele encontro que eu estava anos e anos tentando, naquele momento estava se realizando...'
UFOVIA: Era que tipo de luz? Pinon: Era uma luz comum, era pequena. E começou a dar voltas em cima de mim, a uma altura estimada de 500 a 1000 pés (de 150 a 300 metros). Ela deu umas três voltas e saiu, se afastou... E pela copa das árvores eu tive duas impressões: ou que tivesse pousado ou que tivesse ido embora, porque eu vi o lampejo na copa das árvores. Pensei que foi embora. Pousar onde? Aquilo ali era mangue naquela época... E voltei, fiquei observando aquilo dali. E me encostei no carro, passaram-se uns 20 minutos. Eu tomei mais um cafezinho, botei um cigarro na boca, quando fui acender com o palito... Quando eu fui acender, eu vi aquele homem caminhando na minha direção, partindo exatamente de onde tinha desaparecido a luz. Eu fiquei com o cigarro na boca, meio encostado assim (demonstra como), com o pé aqui no carro, o cigarro na boca e o palito na mão... E aquele homem veio andando. Quando ele chegou a certa distância de mim, eu já sabia que ele não era daqui. Pelo traje dele eu já sabia que estava frente a frente com um cidadão que não era daqui. Aquele encontro que eu estava anos e anos tentando, naquele momento estava se realizando... Ele parou e me fez um movimento de cabeça, um gesto, como se fosse um cumprimento, eu não respondi nada. Ele passou e se abaixou, olhou debaixo do carro, como quem olha alguma coisa. Quando ele voltou e ficou frente a frente comigo, ele estava a menos de um metro de mim, se ele quisesse me pegava.
UFOVIA: Estava bem perto... Pinon: Sim! Estava encostado, assim (demonstra). E ele olhava no meu rosto e me olhava até os pés. E desse mesmo jeito eu também olhava para ele. Então eu absorvi detalhes inteiros... Eu sabia que aquele homem não era daqui...
UFOVIA: Como ele era fisicamente? Como se trajava? Pinon: Ele era um homem de complexão forte. Eu calculei que devia ter quase 2 metros de altura. Ele trajava uma roupa toda branca, o sapato dele – até isso observei – era da mesma cor da roupa dele, branca. Na cintura tinha uma faixa ou um cinto escuro, de mais ou menos cinco dedos, o punho também era escuro. Agora, a gola do macacão dele estava levantada, eu não enxerguei a orelha dele. O cabelo dele era liso, tipo oriental e desaparecia dentro do macacão. Agora os olhos é que havia toda diferença... Os olhos eram um pouco grande, em diagonal, não eram amendoados como os de um japonês, eram volumosos! Mas mesmo com este olho grande, ele era um homem bonito. Então, ele fez novamente um gesto de cabeça e respondi quase que mecanicamente. Aí quando ele vai voltando para o local de onde veio e se aproximando da curva logo na frente da estrada, surge o primeiro carro com os militares. E o foco do farol do carro veio em cima dele; ele parou e olhou para o carro... O primeiro carro viu o homem, porque quando o primeiro carro parou do meu lado, o coronel Camilo colocou a cabeça pra fora e me perguntou: “Pinon, quem era aquele homem?”. Aí eu disse: “São eles”. Aí, aquela quantidade de homem - eram oito carros - saiu numa carreira atrás daquele homem... (risos). Daí a pouco a luz veio e ficou rodando em cima de nós... “pega a máquina, pega máquina”, “corre para tirar fotografia”! Em questão de segundos tinha só as estrelas no céu. Aí eles correram pra cima de mim: “conversaste com eles?”; disse: “conversei nada!”...
UFOVIA: E como foi para você o contato em si? Pinon: Eu achei que estava preparado para aquele encontro, quando na realidade não estava. Se eu senti medo do homem? Não, senti não! Era um cara com toda aquela aparência no olhar, mas era um homem bonito... Eu só tinha certeza de uma coisa... O que senti era uma única coisa: se eu desencostar do carro eu caio! Era a única certeza que eu tinha: “se desencostar minha perna eu caio”; fiquei com o cigarro na boca e não acendi... Então, nesse encontro, que tive fisicamente com esse rapaz, no primeiro carro tinha o motorista, o coronel e dois brigadeiros atrás...
UFOVIA: E será que conseguiram fotografar? Pinon: Não! Pra você ter uma idéia, eu estava com máquina, com todo o equipamento dentro do carro...
UFOVIA: Você não teve ação nenhuma... Pinon: Não! Nenhuma, nenhuma... Esse foi um dos encontros físicos que mais me deixou tranqüilo. Porque tive outro contato físico, mas dentro do meu carro.
'Pra você ter uma idéia, eu me vi nos olhos deles, de tão perto que estava! Aquele olhão, negro! Eu me espelhava no olho dele...'
UFOVIA: E como foi este outro contato? Pinon: Eu estava dentro do carro e eles me olhando do lado de fora. Mas era um outro tipo (físico). Que não sei de onde... Este pessoal... (que diz manter contato). Cada um inventa uma coisa, mas eles (os seres avistados) nunca me disseram os nomes deles, nunca disseram “sou fulano de tal e estou aqui”. Mas todo mundo (possíveis contatados) diz o nome (do ser)! Esses que vi do carro, eram de cabeça grande, olhão esbugalhado, corpo compridão. Observei que tinham quatro dedos só. Eles chegaram a ponto de se encostarem no meu carro. Eu estava no meu carro, eles me olhavam e um deles fazia assim (acenava, fazendo um sinal para passar pela frente do carro) ele passava, vinha o outro... O ser que fazia o gesto apresentava-se quase normal a nós, era quase normal... Ele parecia que fazia gestos com as mãos para os outros irem embora. Pra você ter uma idéia, eu me vi nos olhos deles, de tão perto que estava! Aquele olhão, negro! Eu me espelhava no olho dele... Agora, eu estava com uma espécie de... sei lá... pode-se dizer assim, meio dopado...
UFOVIA: Em transe... Pinon: Sim. Em transe! Porque eu olhava pra eles assim... Eu queria reagir e não conseguia... Eles eram cinco. Os detalhes das mãos deles, eu observei, porque quase todos encostaram a mão no meu carro assim, e eu via que eram quatro dedos, era compridão, braços longos, magrelos, tudo escuro.
UFOVIA: Você não observou se aquilo era de fato um olho ou se poderia ser uma espécie de máscara? Pinon: Não podia ser máscara, não. Aquilo era olho.
UFOVIA: Não podia ter “ninguém” por trás daquele olho? Pinon: Não, não. Porque eles eram todos iguais. Um deles era quase parecido conosco. Mas não era ainda o formato total nosso. Parecia mais conosco, a vestimenta de todos era a mesma, era roupa escura, comprida.
'Observei então uma estrela que corria de um lado para o outro. De repente uma estrela daquela vem em cima de mim e começa a dar aquele lume...'
UFOVIA: Por favor, nos fale do caso em que você vivenciou um tempo perdido. Pinon: Naquela época eu tinha uma Brasília de praça (táxi). E eu quando queria fugir de casa à noite, dizia pra mulher que ia rodar na praça. Ia, coisa nenhuma, era só para dar “um passeio”... Naquela noite eu estava vindo aqui para Anuque. Era 1h da manhã mais ou menos e ao me aproximar do Café Zum, eu quase atropelo um cara... Como eu era táxi, ele entrou na minha frente e me falou “pelo amor de Deus, me leve ali na Ceasa, se chegar atrasado vou perder a carga”. Coloquei o cara no carro e o levei para a Ceasa. Quando cheguei na Ceasa a corrida na época, eu não lembro quanto era, porém eu não tinha o troco para lhe dar, mas ele me falou: “pode ficar com o troco, pode levar”. Tomei a estrada da Ceasa de volta. Passou um carro por mim... O segundo carro que me ultrapassou veio tão em cima de mim, que virei o carro de uma vez, pra fora da estrada... Só que parecia que aquele carro tinha vindo em cima de mim propositalmente... Aí eu entrei num estado de só lembrar daquela personagem (o último passageiro). Olha bem, quando o cara entrou no carro ele me perguntou: “que horas o senhor tem aí?”. Eu disse que era 1h, da manhã, o cara então entrou em pânico pra chegar lá.. Se eu tivesse levado uns 30-40 minutos seria 1:40, porém quando eu me dei por mim, eram 4h da manhã e eu estava com o meu carro parado, na porta da minha casa. Ai eu fiquei, sem saber o que tinha acontecido comigo, mas lembrando sempre da luz forte em cima de mim. E algo parecendo um besourão preto em cima do meu carro. Isso eu não esqueço nunca: eu olhava pra cima e via o besourão, naquela tonalidade escura pairando em cima do meu carro. [N.E.: Provavelmente, o segundo carro que o ultrapassou – e possivelmente até o primeiro – não se tratavam de carros, mas de um provável UFO em vôo rasante. Seu caso de tempo perdido é idêntico a vários outros citados na literatura especializada. Ele mostra também se lembrar de cenas marcantes e desconexas (flashs), tais como a luz forte sobre seu carro e o que ele chama de “besourão”, que presumidamente, poderia se tratar de um UFO pairando sobre ele].
UFOVIA: Teve mais algum avistamento interessante? Pinon: Fora estes dois encontros físicos e avistamentos de nave, eu não posso nem dizer quantas vezes mais eu vi, porque é incalculável! Vi de dia... Vi uma coisa na Baía do Sol e até hoje quando lembro daquilo dá uma certa repugnância... Eram duas massas disformes, não tinha formato de nada. Era uma maior e uma menor na margem da praia e ia pra lá e voltava... E aquele negócio pulsava assim, igual a um coração batendo...
UFOVIA: Nos conte como se deu seu primeiro contato. Pinon: No meu primeiro encontro físico, o “cidadão” me pegou, me carregou. Este primeiro contato eu tinha 8 para 9 anos de idade. Naquela época as pessoas não tinham nem idéia do que fosse isso... Isso se deu logo depois da Segunda Grande Guerra Mundial, eu sou de 1939, a guerra terminou em 1945. Então isso deve ter acontecido em 1948. Foi numa ilha em Monte Alegre, essas ilhas que lá se chamam "praia". E era no verão, eu estava sozinho na praia, era moleque, a noite caiu e eu deitei perto de uma moita de capim. Observei então uma estrela que corria de um lado para o outro. De repente uma estrela daquela vem em cima de mim e começa a dar aquele lume... Eu deitado ali achei que era uma estrela que estava caindo em cima de mim. Ela parou. Era um objeto meio metálico, uma porta abriu dele, parecia porta de avião, ele não estava apoiado no chão. Quando a porta abriu saiu um vapor, tipo quando abre uma porta de geladeira. Um cidadão saiu e veio na minha direção, eu apavorado, não falava nada. Ele me colocou dentro da nave em cima de uma mesa que parecia aço inoxidável e alguma coisa ele fez comigo... Porque eu senti uma dor no pé e outra na nuca. Senti aquela ferroada e ele passou a mão assim (no local)... Tinha mais duas pessoas comigo. Este cidadão me carregou de volta, me colocou no mesmo lugar onde eu estava, levantou minha cabeça, me beijou na testa e eu beijei no rosto dele. E ele disse assim pra mim: “Tu és meu filho!”. Me colocou do mesmo jeito que estava e eu vi a nave saindo. Levantei dali, saí num pique correndo e fui contar meu pai, que me disse, “Meu filho tu sonhaste, foi pesadelo que tiveste”. Falei para ele: “mas pai, eu vi, foi não foi pesadelo”, mas ele disse que foi pesadelo... E ficou como sendo pesadelo até que uma semana depois, quando, na mesma praia (Praia Chata), meu pai me chamou a atenção para um barco que vinha como se fosse entrar no meio da praia. E meu pai disse “vai encalhar, vai encalhar”. Eu disse: “pai, não é barco!”. Era o mesmo objeto que vi antes. E quando se aproximou da praia, subiu, passou por cima e foi embora. Foi aí que meu pai passou a acreditar.
UFOVIA: Nos fale um de seus avistamentos mais recentes. Pinon: Então, um mais recente que tem uns 15 dias [N.E.: Esta entrevista foi gravada em 20/07/2005]. Eu estava em Monte Alegre e fui num local lá chamado de Quepaqui, uma comunidadezinha lá. Chamava a atenção o fato de que uma luz estava sendo avistada lá e eu fui pra ver. A estrada de rodagem passa quase no pé da serra. Eu tenho 3 filhos que moram lá. Então, tinha um campo de futebol e umas casinhas. E o pessoal queria agradar a gente, levaram peixe, caju, manga, até uma mesa trouxeram pra gente comer o peixe. Então eu perguntei sobre a história de uma luz que está aparecendo por lá. Todos eles, todos - eram umas 30 pessoas – disseram já ter visto a luz. Uma senhora já idosa, Dona Maria me falou: “Olha, esta luz não deixa a gente nem fazer espera mais. Ela vem em cima da gente, tem que pular e sair correndo. Às vezes ela entra dentro das casas, a luz foca dentro de casa. É uma coisa que deixa todo mundo apavorado aqui”. Ela então contou um caso que muita gente a gozou por lá, na semana passada, contou que “estava sentada aqui e, de repente, seu Pinon, eu vi aquele ônibus passando lá por cima da mata, de vagarinho, mas bem baixinho”. Ela descreveu um objeto com o formato de um ônibus, e ela saiu correndo para chamar o pessoal, mas quando o pessoal chegou, não tinha nada, acharam que ela estava doida. Eu não vi este objeto, mas já ouvi vários relatos de pessoas que viram e me deram a mesma informação dessa senhora. Eu nunca vi, mas já vi formatos dos mais estranhos da face da Terra, de você olhar e dizer: “essa merda não pode ser daqui de jeito nenhum”. Eu já vi um chapéu! Era um chapéu mesmo, um ao lado do outro e pareciam um camburão. Isso é forma?... Os dois estavam em ângulo de subida e um cruzando por cima do outro. Foi na Baía do Sol, um tomou uma direção e outro tomou a direção de Marajó, eram 7 h da manhã. Já vi “bumerangue”. Vi um que parecia uma caixa de chocolate e no meu garimpo lá em Monte Alegre, o que aparece muito é uma roda. Esta famosa roda que aparece no garimpo se parece uma roda de carroça antiga, com aqueles negócios no meio. Toda iluminada, só que quando ela passa em cima da gente, a gente vê as estrelas através dela, como se fosse furada. O pessoal que trabalha lá a vê passar por cima da pista. É uma roda tão grande! E quando aparece lá, o pessoal já diz “lá vem o treco do seu Pinon”... Já vi o “charuto” a baixa altura, não é um zeppelin, porque o zeppelin não estaria voando nessa região nossa aqui. E já vi um treco que não sei dizer o que é... Quando vi de longe parecia um pau dentro d’água, eu estava atravessando de canoa, só que, de repente, aquele negócio disparou na água, numa velocidade que foi só abrindo a água. Submarino, ali naquela região do Amazonas, não devia ter... E aquilo estava a poucos metros, aquele treco saiu meio submerso, mas numa velocidade que olhei e falei: “que negocio é aquilo, rapaz!”. Era meio redondo e grande, estava parado, de repente, aquilo disparou, alguns que estavam perto de mim assustaram, cada um falou uma coisa: que era piraíba, cobra grande... Mas, para mim, era um objeto que não sei identificar.
'Flávio e Hollanda eram dois homens que foram mutilados. E há outros! Não posso ventilar aqui, mas todos eles apareceram com algo'
UFOVIA: Pinon, mudando de assunto, o próprio coronel Hollanda havia afirmado acreditar que a causa da morte do Flávio, teria sido em conseqüência a um implante desconhecido e um sangramento na coxa esquerda. Você tem algum conhecimento disso? Pinon: Flávio e Hollanda eram dois homens que foram mutilados. E há outros! Não posso ventilar aqui, mas todos eles apareceram com “algo”. Não era na coxa, mas no braço esquerdo, na altura do antebraço, como se fosse uma agulha de três pontos. A ponto de você pegar e sentir furar um lado e outro... Todos dois tiveram a mesma coisa. A minha é diferente, além de maior, é diferente. Pouquíssimas pessoas sabem, mas eu tenho também.
UFOVIA: Você tem implante também? Pinon: Tenho. Na sola do meu pé. Só que a minha é maior. Já fiz radiografia. No pé esquerdo. [N.E.: Nosso entrevistador disse que viu o suposto implante na sola do pé de Pinon e disse se tratar de um rasgo visível, de uns 10 cm de extensão, por poucos milímetros de largura].
UFOVIA: Teria sido em conseqüência do comentário que você fez sobre o acontecido no primeiro contato em sua infância? Da fisgada no pé e na nuca... Pinon: Exatamente! Exatamente. Então, no Flávio, apareceu aquele sangramento, mas a marca que ele tinha era no braço, não era na coxa.
UFOVIA: Então não era mesmo na coxa? O Hollanda declara em sua entrevista a Revista UFO (nºs 56 e 57 – CBPDV, 1997) que o Flávio possuía um implante na coxa esquerda. E que houve um sangramento... Pinon: Havia uma suposição, mas não era uma questão da gente afirmar com certeza. E nem ele também afirmava. Eu não acredito que tenha sido aquela a causa. Eu não estava em Belém quando ele morreu, mas depois que ele faleceu que estive em sua casa. Segundo a senhora esposa dele, um dia ele amanheceu muito triste e chorou. E ela perguntava o que ele tinha, ele não respondia. E aquilo foi acarretando nele que a vida dele era ficar sentado e chorando. Era como se ele tivesse tido um derrame... O comportamento era de um derrame, mas um derrame que não “entortou” nada nele. Não aparentava que ele tivesse alguma coisa. Então ele ficava sentado e chorando e assim foi até ele morrer.
UFOVIA: O Flávio morreu novo, não é? Pinon: Ele é da minha faixa etária, se fosse mais velho seria uns dois anos no máximo. Eu estou com 65 anos, mas quando ele morreu, na época, ele estava novo, pois já tem cerca de 20 anos que ele morreu.
UFOVIA: Como ficaram os contatos após a Operação Prato? Pinon: Quando pararam os trabalhos da OP ficaram os grupos, só, mas não eram obrigados a mais nada. Eu te confesso, muitos que faziam parte da Operação Prato, eram obrigados por serem militares. Iam por determinação, era uma missão. Mas não que eles fossem e não gostassem, mas vamos dizer entre aspas: “tinham medo”. Porque realmente é preciso que se diga e se entenda, que a coisa é bem fantasmagórica. Você não pensa que vai ver a coisa bonitinha ali, não! Tem ocasião em que você se pergunta: "estou procurando alguma coisa de uma tecnologia avançada demais ou estou mexendo com visagem, com almas de outro mundo?". O que é isso que estou mexendo? Pelas formas que se manifestava para a gente, até chegar no ponto de você levar um tapa! E sem ver de quem! A ponto de acontecer isso! Estas coisas foram que apavorou na época e deixavam os ribeirinhos aqui no Estado do Pará, doidinhos! Pela maneira violenta que eles se aproximavam. Eles não se aproximavam de uma maneira, vamos dizer assim, em paz...
UFOVIA: Não era nada por amizade... Ponon: Não era! Eles sempre se manifestavam de uma maneira violenta.
UFOVIA: Se tivesse de sacrificar, eles sacrificariam... Pinon: Sacrificariam! É um outro lado que existe na Ufologia... Quando houve um congresso (ufológico) aqui em Belém foi sob segurança. Porque todo mundo fala naquilo, que é bonito, dizem que “é bonitinho!”. Mas não é bem assim, não. Não! Tem um lado que é realmente, passivo. Eu quando estou fazendo a minha vigília, eu confesso pra você, ao se aproximar uma nave, eu identifico se ela é amiga ou não. E quando ela não é amiga, eu me retiro na hora.
'Por isso eu digo que existe um outro lado: que o sujeito não deve fazer aquilo que não for determinado por eles. Eu acredito que, quando 'a missão' do cidadão terminar aqui, eles 'embarcam' o cara'
UFOVIA: Pinon você acredita que esses implantes faziam parte de uma pesquisa deles. Por exemplo, para que pudessem te identificar, caso quisessem te localizar futuramente? Pinon: Eu acredito que sim. Acredito que seja uma maneira de eles catalogarem determinadas pessoas. Qual a finalidade disso, não sei. Mas existem pessoas com estes implantes e nem sabem que os têm.
UFOVIA: Foram implantados possivelmente numa situação de inconsciência... Pinon: Inconsciência, pois eles não sabem nem o que têm! É por isso que, às vezes, o cara descobre depois de muito tempo, acidentalmente que possui um implante. Foi tomar um banho, ou uma coisa qualquer, o cara vai descobrir: o que eu tenho aqui?
UFOVIA. O seu implante, por exemplo, nunca te trouxe nenhum problema físico? Pinon: Nada!
UFOVIA: Já o do coronel Hollanda e do sargento Flávio, a informação que tenho é que eram dolorosos, com sangramentos... Pinon: Sim, eles sentiram, eles sentiram...
UFOVIA: O Hollanda disse que “amortecia o braço”... Pinon: Sim, ele dizia isso. Mas eu falei com eles várias vezes: eles não sabiam ficar com o negócio ali e ignorar. Eles queriam toda hora estar tirando a “prova dos 9”, entende? Ficavam sempre mexendo naquilo. E eu dizia pra eles: “eu não mexo com isso, deixe isso aí, cara!”.
UFOVIA: Incomoda? Pinon: Não incomoda, então não mexo. Se for mexer vai incomodar.
UFOVIA: Tivemos a informação de que o Hollanda chegou ir para São Paulo para retirar o seu suposto implante. Ele só não retirou porque o ufólogo Rafael Sempere Durá o orientou para não retirar aquilo, dizendo que não seria uma coisa boa, tentar retirar... Pinon: Por isso eu digo que existe um outro lado: que o sujeito não deve fazer aquilo que não for determinado por eles. Eu acredito que, quando “a missão” do cidadão terminar aqui, eles “embarcam” o cara. Eles embarcam! Encerram a sua utilidade aqui, talvez por um motivo muitas das vezes, causado pela própria pessoa. Então, por esse motivo, eles “embarcam a pessoa”. Quando digo “embarcam”, quero dizer que... Chegou a hora de morrer... Eu não aceito a morte, mas viajar, numa viagem sem retorno. Viajar... Embarcar...
* Vitório Peret é pesquisador em Ufologia. - Ilustração: Farral. - Xerox de documento da OP: Relatório da Operação Prato/FAB.
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