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Estruturas Maias  

 

Guatemala:

Varreduras revelam 60 mil estruturas maias

Foram reveladas antigas casas, fortificações, pirâmides e calçadas da civilização maia. A descoberta revolucionária foi feita usando o Light Detection and Ranging, ou LiDAR, uma revolucionária tecnologia usando pulsos de laser a partir de um avião.

 

Da Redação*

Via Fanzine

23/07/2024

 

“Acho que este é um dos maiores avanços em mais de 150 anos de arqueologia maia”, disse em entrevista à BBC o arqueólogo da Universidade Brown, Stephen Houston, que colaborou no projeto.

 

Com a ajuda de uma tecnologia pioneira de mapeamento a laser, os pesquisadores fizeram uma importante descoberta arqueológica na Guatemala. De acordo com Tom Clynes, que divulgou a história em um artigo exclusivo da National Geographic publicado na semana passada, mais de 60 mil estruturas maias – entre elas casas, fortificações e calçadas – foram identificadas em meio às selvas da região de Petén, abalando o que os especialistas pensavam.

 

A descoberta revolucionária foi feita usando Light Detection and Ranging, ou LiDAR, que funciona enviando milhões de pulsos de laser de um avião para o solo abaixo. À medida que os comprimentos de onda retornam, eles são medidos para criar mapas topográficos detalhados. Na Guatemala, o LiDAR permitiu que uma equipe de investigadores, apoiada pela Fundação PACUNAM, mapeasse mais de 1,3 mil quilômetros quadrados de terra obscurecida por uma densa folhagem.

  

“Acho que este é um dos maiores avanços em mais de 150 anos de arqueologia maia”, disse em entrevista à BBC o arqueólogo da Universidade Brown, Stephen Houston, que colaborou no projeto.

 

Os pesquisadores há muito pensam que as cidades maias eram em grande parte isoladas e autossustentáveis. Mas as varreduras com o LiDAR indicam que a civilização maia estava de fato interligada e sofisticada, não muito diferente das antigas civilizações da Grécia e da China. Por exemplo, a equipe descobriu uma rede de calçadas largas e elevadas que ligavam as cidades maias e pode ter sido utilizada para facilitar o comércio entre diferentes regiões.

 

As varreduras também sugerem que a civilização maia era muito maior do que se acreditava anteriormente; as estimativas situavam a população em cerca de 5 milhões durante o período clássico maia, que durou cerca de 250 a 900 d.C. Mas os novos dados sugerem que a população pode ter sido tão grande quanto 10 a 15 milhões de pessoas. “Incluindo muitas que viviam em regiões baixas, áreas pantanosas que hoje considerávamos inabitáveis”, disse o explorador da National Geographic Francisco Estrada-Belli, que também era afiliado ao projeto.

 

A maioria das estruturas recém-descobertas parece ser plataformas de pedra que teriam sustentado as casas de madeira e palha, onde a maioria dos maias vivia, de acordo com Stephanie Pappas, da Live Science. A pesquisa também revelou um número surpreendente de sistemas de defesa, desde muros, muralhas e fortalezas.

 

Algumas das terras mapeadas com a tecnologia LiDAR estavam inexploradas. Outros locais já haviam sido escavados anteriormente, mas o LiDAR ajudou a revelar características que os arqueólogos não conseguiram ver, incluindo uma pirâmide de sete andares coberta pela vegetação. O arqueólogo Tom Garrison disse a Pappas da Live Science que os novos mapas também apontaram os especialistas para uma muralha de fortificação de 9 metros em um local chamado El Zotz. “Eu estava a cerca de 50 metros dele em 2010 e não vi nada”, disse ele.

 

Essas descobertas serão exploradas com mais detalhes em Lost Treasures of the Maya Snake King, um documentário que estreia em 6 de fevereiro no National Geographic Channel. E essa pesquisa recente é apenas a primeira fase da Iniciativa LiDAR do PACUNAM, que procura mapear mais de 8.000 quilômetros quadrados das terras baixas da Guatemala ao longo de três anos.

 

* Informações de Smithsonianmag.com, com tradução de Pepe Chaves.

23/07/2024  

 

- Imagem: National Geographic/Divulgação.

 

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