Brasil Antigo

Partes  1 2

 

Grandes questões não respondidas

sobre a Arqueologia Brasileira

Um olhar diferente sobre as ruínas e restos civilizatórios encontrados no Brasil.

 

Por J. A. FONSECA*

Itaúna-MG

Out/Nov/2011

jafonseca1@hotmail.com

 

 

Monumentos pétreos em Sete Cidades - Estado do Mato Grosso.

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Vale dos Sonhos, MT

 

Nesta segunda parte deste trabalho queremos abordar a questão da “arte” rupestre do Brasil, se bem que existem ainda muitas outras questões incômodas que estão relacionadas à arqueologia brasileira da forma que a abordamos na primeira parte.

 

Analisando inúmeras inscrições rupestres, excetuando-se algumas delas que, notadamente estariam relacionadas a uma espécie de registro rudimentar do homem primitivo, podemos observar sem muito esforço que grande parte destas tratam-se de uma forma de escrita ideogramática ou cursiva, com a intenção de deliberada de transmitir uma idéia. Neste sentido estamos desenvolvendo estudos para demonstrar que tivemos outrora uma escrita de caráter brasílico e que esta, por razões que desconhecemos, teria se perdido no passar das eras. Veremos neste artigo que muitas destas inscrições lembram letras de alfabetos europeus e asiáticos com grande proximidade, o que também não quer dizer que tenham sido estes povos que os teriam trazido para o Brasil.

 

A ideia de que possa existir um silabário oculto nas inscrições dos povos primitivos do Brasil não foi criada por este autor, que apenas decidiu adotá-la com profundo interesse e a certeza de que, de fato, algo de grande significância teria ocorrido nestas antigas terras brasilis, em seu passado mais remoto. Ao contrário do que se poderia esperar, uma hipótese como esta, que propõe a existência de uma linguagem primitiva no Brasil, não é assim tão recente, pois já vinha sendo enfocada por outros pesquisadores há algum tempo, delineando, desta forma, uma nova perspectiva para o nosso passado longínquo e ousando romper com as barreiras dogmáticas do academismo oficial que rege o estudo da arqueologia e da história em nosso velho orbe. Por isto, decidiu este autor também sustentar esta idéia, que apesar de estar ainda subjugada pela rejeição de muitos e açoitada pela inflexível rigidez dos métodos analíticos de especialistas no assunto linguístico, já não pode mais passar despercebida. A cada novo dia muitos registros desafiadores continuam sendo encontrados de norte a sul de nosso país, mais especificamente em muitas regiões do nordeste, do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Amazonas e Pará, para não dizer que estes se acham presentes em todas os estados brasileiros.

 

Não seria, pois, exagero afirmar que muitos destes signos pré-históricos do Brasil possam ter sua origem focada na antiga escrita universal, mãe, por assim dizer, de todos os alfabetos que surgiram entre os povos da Terra, desde que estes se organizaram e passaram a reproduzir os sons da natureza e concatenar uma forma inteligente de comunicação. E, ainda mais, que a origem dos povos e dos alfabetos que vieram se sucedendo na história das raças em todos os quadrantes da Terra, teve sua eclosão em terras sul-americanas, mais especificamente, no planalto central do Brasil.

    

 

Estranhos “monumentos” em Mato Grosso. Evidências de uma antiga civilização?

 

Para corroborar esta assertiva, não nos furtaremos em afirmar que esta região tem sido considerada por alguns notáveis estudiosos do passado desta terra, como a mais antiga e estável de nosso planeta. Quanto a isto, podemos citar os estudos e avaliações do respeitado Dr. Peter Wilhelm Lund, pesquisador de origem dinamarquesa, que desenvolveu estudos em Cordisburgo, Curvelo e Lagoa Santa, chegando a confirmar que esta região do globo terrestre foi a primeira que emergiu do pélago (abismo) universal.

 

Este iminente homem de ciência que se dedicou à pesquisa arqueológica nestas regiões centrais do Brasil, afirmou que o homem americano é tão antigo quanto o europeu. Transcrevemos aqui suas próprias palavras, retiradas de uma carta que o mesmo endereçara ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 21.04.1844:

 

“Vemos, pois, que a América já era habitada em tempos em que os primeiros raios da história não tinham ainda apontado no horizonte do velho mundo, e que os povos que nesta remotíssima época habitavam nela eram da mesma raça que os que o tempo do descobrimento aí habitavam. Estes dois resultados na verdade pouco se harmonizam com as idéias geralmente adotadas sobre a origem dos habitantes desta parte do mundo, pois que, quanto mais se vai afastando a época do seu primeiro povoamento, conservando no mesmo tempo os seus antigos habitantes, os seus caracteres nacionais, tanto mais vai desvanecendo a idéia de uma origem secundária ou derivada.”

       

Inscrições peculiares em Mato Grosso com elevado grau de sofisticação.

 

Apesar disto, e seguindo na contramão da própria história e da coerência cronológica dos estudos de iminentes pesquisadores, é comum ter aceitação no âmbito das pesquisas arqueológicas contemporâneas somente os conceitos e “provas” levantadas pelos sábios pesquisadores europeus, desconsiderando-se todos os demais estudos e investigações feitos pelos homens de ciência das três Américas. Segundo aqueles estudiosos, as provas apresentadas pelos pesquisadores americanos têm sua origem em avaliações feitas em cima de “achados” que se encontram relacionados a emigração de povos primitivos que teriam vindo da Ásia e da Oceania, em período mais recente. Acreditamos que posicionamentos desta natureza são preconceituosos, míopes, em nada podendo auxiliar no esclarecimento da questão, além de que muitos outros pesquisadores não se têm contentado com tais afirmações, emitidas por estes doutos senhores.

 

Em nossa tese queremos sustentar também que a questão levantada por muitos, de que as Américas já teriam sido visitadas por povos europeus e asiáticos, poderia ser acolhida com mais seriedade pelos estudiosos da história antiga e da arqueologia, apesar de que estas inscrições mais sofisticadas do Brasil possam estar relacionadas a povos bem mais antigos. Acreditamos que caso venha a ser constatada a antiguidade dos registros rupestres encontrados no Brasil e se comprove a semelhança de seus símbolos e caracteres com as escritas do Velho Mundo, nos vejamos diante de um grande dilema: o de que esses signos possam ser mesmo anteriores a todos aqueles, através dos quais, se originaram os alfabetos das grandes civilizações conhecidas. Diante disto, sentir-nos-íamos obrigados a reescrever toda a história dos homens e ainda aprofundarmo-nos na pesquisa para descobrir quem foram os verdadeiros criadores desses signos milenares que permeiam em cavernas e rochas sul-americanas.

   

Inscrições semelhantes a uma escrita.

 

O certo é que, apesar de persistir o dogma da emigração de povos do “Velho Mundo” para o “Novo Mundo” continua pendente e carente de uma cronologia específica a questão da origem da pré-história das populações americanas, com destaque especial para a brasileira, onde fa-zemos nossa pesquisa, face à grande profusão de símbolos e caracteres encontrados e de sua provável antiguidade.

 

O pesquisador brasileiro Domingos Magarinos, Epiága, firmado nos sábios conceitos de Lund, Bramm, Gerber, Hartt, Morton, Simonin, Weis, Selow, Rath e muitos outros, acentua a constituição geológica do Brasil e da América, dizendo que não se pode contestar que “o planalto central brasileiro é constituído por uma vastíssima camada de transição – rochas cristalinas, primitivas ou arcaicas – isenta de depósitos ou camadas mais recentes em posição horizontal, prova de que não foi sublevada por forças internas e, portanto, corresponde, na escala geológica, às primeiras seções de crosta terrestre emersas do seio do oceano primitivo.”

 

Afirmou ainda que “as tribos encontradas em 1500 nos aldeamentos ou tabas, cujas habitações – ocas – rústicas palhoças, como tem sido apregoado, constituíam um enorme império; eram descendentes de uma grande raça troncal ameríndia, e não provindos de povos ádvenas (estrangeiros), asiáticos ou melanesianos, emigrados dos confins das terras distantes em que se originaram.”

 

Em relação à idéia de que haja em nosso país uma antiga escrita esquecida, afirmou Epiága que “a escrita pré-histórica do Brasil foi cosmogônica e teogônica. O sacerdote, o Karahyba, o payé, representou por este processo os primeiros símbolos dos astros, das energias por eles irradiadas e dos fenômenos que produziam ou pareciam produzir no mundo e na humanidade.”

 

Diante destas afirmações podemos perceber que um certo alento coroa os esforços destes pesquisadores contra a má vontade daqueles outros, vaidosos eruditos no estudo da arqueologia. Não se pode negar que muitas dificuldades surgem para solucionar, de forma coerente e precisa, os inúmeros problemas que se afloram durante as pesquisas oficiais e, porque não dizer, em relação a misteriosos achados que são encontrados nestas terras brasilis, colocando a questão do homem primitivo destes rincões desconhecidos em suspensão. E mesmo a contragosto, tais acontecimentos acabam fazendo com que se torne quase obrigatório abrirem-se novas perspectivas nos estudos e conclusões dos especialistas, de forma que se vejam, cada vez mais, forçados a retroagir no tempo, para analisar, com isenção e coerência, as verdadeiras condições históricas que fizeram surgir esses antigos habitantes da América.

 

Inscrições diversas no Nordeste brasileiro. Pode-se dizer que se tratam de garranchos produzidos por homens sem discernimento?

 

Quanto às teorias de eminentes pesquisadores que defendem que o Brasil já teria sido visitado por diversos outros povos, europeus e asiáticos, por terem sido encontradas evidências fenícias, gregas, hebraicas, chinesas e árabes nos caracteres gravados em inúmeros de seus rochedos, temos em mente que tais hipóteses não devam ser descartadas integralmente, até que se possa avaliar a real antiguidade desses registros. Não se pode negar que existem um sem número de antigas itacoatiaras (pedras pintadas) em inúmeras regiões de nosso país, cujos caracteres assemelham-se a resquícios de uma linguagem primitiva, de origem não perfeita-mente identificada, incluindo-se aí as misteriosas cerâmicas da cultura Marajó e Tapajós e sua complexa simbologia decorativa. O que dizer então, se pudermos comprovar que estes caracteres se tratem de registros bem anteriores àqueles que julgam alguns estudiosos, tenham sido importados dos povos do Velho Mundo?

 

De fato, encontra-se espalhado por todo o território brasileiro um significativo volume de pedras falantes, dentre as quais, os povos mais antigos destas terras milenares deixaram esculpido, esculpido ou pintado, um rico acervo histórico e em alguns casos, uma gliptografia sofisticada, expressando seus pensamentos ou marcando de forma expressiva um código secreto ou uma mensagem para a posteridade. É de se surpreender, o fato de ter sido encontrado no Brasil, em uma grande quantidade de lajedos, penedias, lapas, grutas e cavernas que guardam estilos variados de registros primitivos, signos, símbolos e painéis sofisticados, cujo valor pré-histórico vem sendo atestado pelos especialistas. E surpreendemo-nos mais ainda, quando percebemos que muitos desses signos e caracteres assemelhem-se, assustadoramente, àqueles que já foram consagrados pelos historiadores no estudo das grandes civilizações do passado, ou seja, se tratem de signos e caracteres que fazem parte dos antigos alfabetos desses povos que já habitaram o Velho Mundo há milênios. Diante disto, ousaríamos questionar se dentre esses sinais americanos não se poderia encontrar a chave para sua decifração, dando suporte às ideias defendidas por muitos e por nós mesmos, sobre a existência de um silabário muito antigo, oculto nas misteriosas gravações das itacoatiaras sul-americanas.

     

Inscrições no Mato Grosso. Não se parece com uma escrita?

          

Sabemos que não é uma tarefa fácil provar o que acabamos de afirmar, devido à antiguidade e a complexidade das inscrições pré-históricas achadas no Brasil, mas, é preciso tentar. Certamente, que as “coincidências” encontradas nos gliptogrifos do interior dos estados do nordeste, do norte e do centro-oeste brasileiro, estendendo-se para os estados da Bahia, de Minas Gerais e, até mesmo, em algumas regiões do sul do país, evocam a um significado comum, além de que e, estranhamente, muitos destes venham assemelhar-se, de forma “acintosa”, aos caracteres que fazem parte do mais antigo alfabeto da Terra, o Adâmico ou Vatan, com seus 22 signos milenares.

 

É lastimável que o fanatismo de muitos missionários e a intolerância de muitos conquistadores e comerciantes inescrupulosos, tenha destruído grande parte destes excepcionais documentos do passado de nossa terra, alguns por terem sido equiparados a manifestações demoníacas e outros por causa da ganância, em busca do lucro fácil, único propósito desses ignorantes aventureiros ou, até mesmo, pelo descaso e pela insensibilidade diante do desconhecido.

 

Por outro lado, é de se estranhar que apesar da grande incidência de registros pré-históricos, achados e variadas inscrições rupestres, com seus caracteres estilizados encontrados em todo o vastíssimo território brasileiro, não se tenha feito ainda um estudo aprofundado e criterioso dos mesmos e os comparado entre si. E ainda, que os pesquisadores no exterior, em sua grande maioria, insista em não considerar a antiguidade destas terras americanas e de seus magníficos achados pré-históricos, ignorando aqueles que defendem este inigualável patrimônio cultural da humanidade, como poucos brasileiros, dentre os quais, Alfredo Brandão, Bernardo Azevedo da Silva Ramos, Aníbal Mattos e Angyone Costa, e a alguns estrangeiros, como o Dr. Lund, por exemplo, que ousou confirmar a antiguidade destas terras do planalto central brasileiro.

 

Apesar de não possuirmos em nosso cabedal acadêmico o título de arqueólogo, propomo-nos, mesmo assim, pesquisar o assunto, em face do grande interesse que temos pelas causas de nosso país e pelas observações “in loco” que fizemos de inúmeros destes registros milenares, em localidades variadas deste magnífico território brasileiro. E diante disto, ousaríamos afirmar que existiu uma escrita pré-histórica no Brasil, da mesma forma que ousaram também afirmar outros pesquisadores ilustres, destemerosos de enfrentar a censura preconceituosa e o descrédito dos centros de pesquisa e estudos arqueológicos.

 

Não satisfeitos com este posicionamento, queremos ainda afirmar que esta escrita apresenta uma idéia cosmogônica e ao mesmo tempo teogônica, pois temos como testemunho os próprios Payés ou Karahybas indígenas destes rincões da América que a teriam representado em sua rica simbologia, sob a inspiração dos astros da esfera celeste, das energias por eles projetadas e pelos fenômenos que estes produziam. Assim, o sol, a lua, as estrelas, as constelações, a luz, o calor, o raio, o vento, o trovão, a nuvem, a água, foram todos simbolizados por pontos, linhas, círculos e outros signos, os quais podem ser encontrados na extensa gliptografia brasílica ou pré-histórica e que se acha marcada nas pedras e lajedos, montanhas, vales e cavernas, às margens dos rios e em rochas no interior das florestas e serrados em nosso país.

 

 

 

É assim que podemos encontrar o grande signo do Tembetá, na forma da letra “T” de nosso alfabeto, representado em meio a muitas destas manifestações primitivas. Também o signo do Muyrakitã, [ao lado] representado por um pequeno círculo envolto por um outro maior, como símbolo do sol e da lua, Guaracy e Yacy, ou seja, os aspectos eternos, masculino e feminino, reunidos no símbolo do Grande Andrógino, Tupan, o Poder Criador. O signo do raio representado em muitos lugares é o símbolo de Rá, o fogo do céu ou a chispa divina. É curioso observar que o Tembetá ou o Tao é também um símbolo sagrado utilizado entre muitos povos asiáticos e europeus, além dos americanos. Devemos ressaltar que o Muyrakytan (amuleto feminino) e o Tembetá (amuleto masculino) reunidos representam a expressão masculino-feminino, T e O, que carregam consigo a expressão andrógina do Senhor Supremo, Tupan, que vem representada pela letra A e resultando daí o TAO. Para os tupis-guaranis o círculo sempre simbolizou o Infinito, o Eterno, Tupan; o “T” figurava como o símbolo falomórfico do Eterno Masculino. Era representado pelo Tembetá, já mencionado, o amuleto de nefrita que os guerreiros usavam pendente no lábio inferior. Evocava Guaracy, o Sol, o Poder Criador, podendo ser encontrado também insculpido em muitos rochedos, de norte a sul do país. O “O” representava o Eterno Feminino e era simbolizado pelo Muyrakytan, um pequeno disco de nefrita perfurado no meio, que as mulheres traziam embutido no lábio inferior ou no lóbulo da orelha. Lembra Yacy, a Deusa Lua, e pode ser relacionada à Deusa Maia dos hindus, a Natureza. Este símbolo encontra-se também grafado em muitos lugares na forma de um círculo menor contornado por um círculo maior, como vimos acima.

 

Acreditamos que boa parte das itacoatiaras (pedras pintadas) brasileiras tem muito a dizer sobre o passado destes rincões da América e que seus signos, ao contrário de se tratarem de “arte” produzida pela ociosidade do homem primitivo, guardam um conhecimento secreto, uma linguagem velada, ainda não devidamente interpretada ou compreendida pelos estudiosos.

         

Inscrições em Minas Gerais.

 

Inscrições do Estado do Pará.

 

Não foi por simples capricho, paixão ou inconseqüente afirmação pueril que o insigne pesquisa-dor Dr. Lund teria concluído em suas pesquisas que “o planalto central brasileiro foi a região do globo que primeiro emergiu do pélago universal”, confirmando assim que grande parte do Brasil se encontra assentado sobre a mais antiga placa litosférica rígida que sustenta os continentes da Terra, desde a sua mais remota antiguidade.

 

Para muitos pesquisadores europeus as terras americanas se tratam de regiões muito recentes. Chegam ao extremo de considerarem-na e à sua indiscutível pré-história, para efeito de estudos, somente após sua descoberta por Cristóvão Colombo em 1.492. E continuam sustentando que todos os povos que habitavam estes continentes teriam se emigrado da Ásia, da África, da Europa e da Oceania, através do Estreito de Bering ou pela travessia dos oceanos em jangadas improvisadas. Sob a tutela desta afirmativa, aceita pela maioria dos arqueólogos nacionais e internacionais, acaba-se não levando em consideração os estudos arqueológicos e descobertas feitas por eminentes pesquisadores brasileiros, de outros países das três a Américas e até mesmo por estrangeiros que aqui estiveram e desenvolveram importantes levantamentos e teorias.

 

Em face disto, não é exagero aceitar a idéia de que muitos outros povos possam ter chegado às Américas antes de Colombo, como os fenícios, os árabes, os gregos, os egípcios, os chineses, os hebreus, etc., uma vez que podem ser encontrados caracteres semelhantes às suas escritas em diversas regiões destes vastos continentes. Entretanto, não podemos deixar de considerar também que dentre estes se acha uma grande quantidade de registros desconhecidos, que acabam remetendo-nos a épocas muito mais antigas e levando-nos a suspeitar de que, há milênios, já havia povoamento nestas plagas desconhecidas das Américas. Se, por intermédio de pesquisas for confirmada a antiguidade destes povos e de seus registros milenares, pode ser que cheguemos a uma posição incômoda perante a historiografia oficial: a de que os antigos moradores das Américas e suas manifestações escritas sejam mesmo anteriores ao nascimento e eclosão das raças européias e asiáticas.

 

É notório que quanto mais penetramos no estudo da cultura tupi, guarani e de outros povos brasileiros, e voltamos nossa atenção para as itacoatiaras (pedras pintadas) e os restos arqueológicos encontrados em todo o território nacional, mais difícil vai-se tornando ignorar a idéia de que há milênios estas terras já teriam acolhido uma civilização avançada. Mesmo que a descrença e o pouco caso de muitos pesquisadores não queiram notar a presença destes inegáveis “documentos” históricos, eles se multiplicam a cada nova descoberta e desnudam uma enigmática simbologia, desafiando os estudiosos.

 

No encerramento deste estudo, não queremos nem podemos assumir o epíteto de “donos da verdade”, mas também não podemos nos furtar em apresentar relações espantosas que existem nestes caracteres gravados no Brasil quanto à linguagem mais antiga do homem, a Adâmica, além dos outros alfabetos que dela se derivaram. Ao nos aprofundarmos em observações feitas e em estudos que desenvolvemos e que ainda estamos desenvolvendo, podemos já demonstrar o que acabamos de notificar neste artigo e ilustrar com referências marcantes, inquietantes e, por vezes com elevado grau de incômodo que há algo mais a ser estudado nestes grafismos estranhos que cobrem as pedras, rochedos, grutas e cavernas em todo o território brasileiro. Assim, podemos ver com objetividade e clareza que determinadas inscrições rupestres brasileiras (que não são uma raridade) não podem ser simplesmente classificadas nem como garatujas sem sentido de homens temerosos e ignorantes, nem como “arte” de agrupa-mentos humanos que viveram há milênios nestas antigas terras sul-americanas, uma vez que muitos deles estão longe se serem rabiscos aleatórios como pode ser visto nas ilustrações que aqui foram apresentadas para comparação e análise.      

 

* J.A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e  realizado incursões em diversas regiões do Brasil  com o intuito de melhor compreender seus mistérios milenares. É articulista do jornal eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA.

 

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