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Internacional

Nova Délhi:

Brics pedem reforma no FMI; Dilma critica países ricos*

Em comunicado conjunto, os países que formam os Brics - Brasil, Rússia, Índia,

China e África do Sul- pressionaram por mais direitos de voto no FMI.

 

A presidente Dilma Rousseff acusou os países desenvolvidos de prejudicarem outros com políticas monetárias "injustas". As declarações da presidente foram dadas na conferência do grupo de países emergentes Brics nesta quinta-feira, em Nova Délhi, onde líderes do grupo pressionaram as potências ocidentais a ceder mais direitos de voto no Fundo Monetário Internacional (FMI) neste ano.

 

A política monetária do mundo rico "traz vantagens comerciais enormes para os países desenvolvidos, e resulta em obstáculos injustos para os outros países", disse Dilma.

 

O Brasil acusa países ricos de provocarem um "tsunami monetário" ao adotar políticas expansionistas, como taxas de juros baixas e programas de compra de títulos.

 

As políticas têm o objetivo de estimular as economias da Europa e dos Estados Unidos, mas também provocaram uma onda de liquidez global que afetou mercados emergentes como o Brasil, fortalecendo suas moedas e tornando suas economias menos competitivas no exterior.

 

Em comunicado conjunto, os países que formam os Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul- pressionaram por mais direitos de voto no FMI.

 

"Esse processo dinâmico de reforma é necessário para garantir a legitimidade e a efetividade do Fundo", afirmaram os países após o primeiro dia de reunião.

 

"Realçamos que o esforço contínuo para elever a capacidade de empréstimo do FMI só terá sucesso se houver confiança de que todos os membros da instituição estão verdadeiramente comprometidos em implementar fielmente a Reforma de 2010 ."

 

As mudanças prometidas nos direitos de voto no FMI ainda não foram ratificadas pelos Estados Unidos, ampliando a frustração em relação às reformas do G7 e do Conselho de Segurança da ONU, onde Índia e Brasil pleiteiam há anos assentos permanentes.

 

Os líderes dos Brics também acusaram países ricos de desestabilizarem a economia mundial cinco anos após a crise financeira global.

 

"É crítico que economias avançadas adotem políticas macroeconômicas e financeiras responsáveis, evitando a criação de uma liquidez excessiva global, e adotem reformas estruturais para impulsionar o crescimento que crie empregos", disseram eles no comunicado conjunto.

 

DIREITOS NUCLEARES DO IRÃ

 

A declaração afirmou que a crise sobre o programa nuclear do Irã deve ser resolvida de forma diplomática e não se deve permitir que aumente. Houve também reconhecimento do direito do Irã de buscar energia nuclear pacífica.

"Concordamos que uma solução duradoura para os problemas na Síria e no Irã só pode ser encontrada através do diálogo", disse o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh.

 

Os cinco países que formam os Brics e que juntos respondem por quase metade da população mundial e por um quinto da produção econômica, assinaram um acordo para ampliar as linhas de crédito em suas moedas locais, com o objetivo de reduzir o papel do dólar no comércio entre eles.

 

O grupo também concordou em examinar com atenção uma proposta indiana para criar um Banco de Desenvolvimento Sul-Sul, liderado pelos Brics, fundado e gerenciado pelos Brics e por outros países em desenvolvimento.

 

"Instruímos os ministros das finanças a examinarem a proposta e responder na próxima reunião", disse Singh.

 

* Informações de Rajesh Kumar Singh | Reuters, com reportagem adicional de Matthias Williams, Brian Winter e Alexei Anishchuk.

   27/03/2012

 

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   Dilma desembarca na Índia para reunião dos Brics

 

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Rio de Janeiro:

Grupo que estava em estação na Antártida volta ao país

Integrantes do estação brasileira queimada "Comandante Ferraz" na Antártida retornam ao país.

 

O avião da Força Aérea Brasileira trazendo 41 brasileiros que estavam na estação do país na Antártida, atingida por um incêndio no sábado, chegou na madrugada desta segunda-feira ao Rio de Janeiro.

 

Destruição da base na Antártida é uma grande perda científica para Brasil

O ministro da Defesa, Celso Amorim, recepcionou o grupo na base aérea do Galeão junto com o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, e prometeu reconstruir a Estação Antártida Comandante Ferraz.

 

Dois militares da Marinha foram mortos no incêndio, que destruiu 70 por cento da base brasileira.

 

"Vamos dar total apoio à Marinha nas investigações e na reconstrução da base. As próprias famílias que tiveram mortos no acidente reconheceram que não houve falta de atenção com a segurança, que evidentemente será redobrada", disse Amorim a jornalistas.

 

O comandante da Marinha disse que uma nova estação será construída pelo país na Antártida.

 

"Uma nova estação será construída com tecnologia mais moderna. No próximo verão a estação já deve estar funcionando", disse.

 

Os corpos dos dois militares que morreram na Estação Comandante Ferraz devem chegar ao Brasil até terça-feira, de acordo com o Ministro. Os corpos ainda estão na base chilena na Antártida.

 

Ao todo, 26 pesquisadores, 12 militares da Marinha, um funcionário do Ministério do Meio ambiente e um alpinista, além de um militar que ficou ferido no incêndio voltaram ao país.

 

"A temperatura do incêndio chegou a mil e seiscentos graus. Combatemos o fogo com água, neve, força e suor, mas não foi possível", disse emocionado o tenente Pablo Tinoco, da Marinha, que ajudou no combate as chamas e atuou junto com os dois militares que morreram no incêndio.

 

"Fizemos o que era possível, mas a estação queimou junto com o sonho de vida de muita gente. Era muita história, pesquisa e resultados", completou.

 

O vôo saiu de Punta Arenas, no Chile, para onde o grupo foi levado após o incêndio, e fez uma parada em Pelotas, no Rio Grande do Sul, para deixar quatro pessoas. Em seguida, o vôo veio para o Rio de Janeiro.

 

"Estou sofrendo muito até agora. Foi como se eu tivesse perdido a minha própria casa, um pedaço de mim e da minha história", disse a bióloga Terezinha Abscher, que atuava na estação.

 

O incêndio começou na casa de máquinas onde ficam os geradores que forneciam energia para a estação. Em nota divulgada no domingo, a presidente Dilma Rousseff disse ter recebido com "grande consternação" a notícia do incêndio na estação brasileira e afirmou que o Brasil tem firme disposição de reconstruir sua base na Antártida.

 

*Reportagem de Rodrigo Viga Gaier e Thales Carneiro/ Reuters, com edição de Eduardo Simões.

   27/02/2012

 

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Monterrey:

Ataque em cassino no México mata 53*

Cassino com muita fumaça após os ataques que deixaram ao menos 53 mortos.

 

Atiradores mascarados mataram ao menos 53 pessoas em um cassino no norte do México na quinta-feira, incendiando o prédio com clientes confinados no local, em um dos piores ataques na cidade mexicana em anos.

 

Analistas e autoridades disseram que o ataque tinha todas as marcas de cartéis de drogas que afundaram Monterrey e outras partes do México em uma espiral de violência.

 

Um sobrevivente disse que homens armados invadiram o Casino Royale, localizado na próspera cidade industrial de Monterrey na tarde de quinta-feira e ameaçou apostadores antes de despejar gasolina nos carpetes e atear fogo.

 

"Minha esposa veio aqui para uma comemoração", disse um homem às lagrimas à Milenio TV. "Ela estava jantando com seus amigos."

 

Segundo uma testemunha, pessoas saíram correndo depois de ouvir as explosões logo após o início do ataque. Muitos clientes correram para se esconder nos banheiros, mas morreram asfixiados à medida que a fumaça tomou conta do prédio, disse uma autoridade de resgate.

 

Rodrigo Medina, governador do Estado de Nuevo Leon, disse à rede Televisa que 53 pessoas morreram e equipes de resgate alertaram que o número de mortos poderia aumentar. Informações na mídia disseram que a maioria dos mortos eram mulheres.

 

Monterrey, localizado a 230 quilômetros da fronteira com o Texas, é uma cidade relativamente rica com cerca de 4 milhões de habitantes, e durante anos foi vista como um modelo de desenvolvimento econômico. Mas a criminalidade tem aumentado com a intensificação da guerra de drogas no México.

 

* Informações de Victor Hugo Valdivia/Reuters.

   26/08/2011

 

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Grécia:

Confrontos nas ruas durante votação no Parlamento

Grécia vê mais protestos conforme Parlamento vota austeridade.*

 

A polícia da Grécia entrou em conflito nesta quarta-feira com manifestantes que tentavam bloquear o caminho para o Parlamento do país, em meio a sinais de que o governo pode conseguir aprovar um duro plano de austeridade demandado pelos credores internacionais.

 

Com a Grécia correndo o risco de entrar em moratória se o plano de austeridade for barrado, o Parlamento deve voltar à tarde o pacote que prevê cortes de gastos, aumentos de impostos e privatizações.

 

Após o início de uma greve geral de 48 horas e protestos com conflitos na terça-feira que transformaram a Syntagma Square em uma zona de guerra, novos protestos são planejados nesta quarta-feira, e milhares se reuniam em frente ao Parlamento até o meio-dia (horário local).

 

Uma autoridade parlamentar disse que a votação do pacote pode ocorrer entre 8h e 11h (horário de Brasília).

 

O presidente do banco central grego, George Provopoulos, alertou que a não aprovação seria catastrófica para o país.

 

"O Parlamento votar contra este pacote seria um crime; o país estaria votando por seu suicídio", disse ele ao Financial Times.

 

* Informações de Renee Maltezou e George Georgiopoulos/Reuters.

 

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Europa:

Kadhafi investiu no Banco Central Português*

Um relatório citado pela agência Lusa mostra que Kadhafi investiu em

dívida do Banco Espírito Santo (BES) e do Banco Central Portugues (BCP).

 

O regime líbio, através do seu fundo soberano, investiu em dívida de bancos portugueses, incluindo o BES e o BCP, segundo um relatório confidencial a que a Agência Lusa teve acesso.

 

A compra de títulos foi realizada através da Autoridade Líbia de Investimento (LIA), o fundo soberano líbio, segundo um relatório elaborado pela consultora internacional KPMG.

 

O documento apresenta uma lista detalhada das participações da LIA à data de junho de 2010 e Portugal é um dos nove países referidos no "Top 10" na compra de dívida pela LIA, aparecendo em sétimo lugar, à frente da Alemanha e da França.

 

O relatório da KPMG aponta que a LIA terá investido, a valores de mercado calculados no segundo trimestre do ano passado, 18,13 milhões de dólares (12,8 milhões de euros) em títulos de dívida do BCP, com maturidade 19 de janeiro de 2012, e 12,35 milhões de dólares (8,7 milhões de euros) em dívida do BES, que vence um dia depois, a 20 de janeiro de 2012.

 

O documento, que apresenta os cálculos com o valor de mercado do investimento na dívida dos dois bancos no primeiro e no segundo trimestre de 2010, refere uma desvalorização entre estes dois trimestres de 2,7 milhões de dólares no caso da dívida no BCP, e de 1,6 milhões de dólares no BES.

 

Fundo soberano "opaco"

 

A LIA "é um dos fundos soberanos mais opacos e é muito difícil detectar o fluxo de investimentos feitos por Trípoli", afirmou à Lusa um consultor internacional em branqueamento de capitais e aplicação de sanções como as que se aplicam neste momento à Líbia.

 

Segundo esse e outros especialistas ouvidos nas últimas semanas pela Lusa, "é uma convicção do mercado internacional que a gestão da LIA é um assunto privado de Kadhafi, através de um dos seus filhos".

 

A Líbia colocou 5 mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros) no banco francês Société Générale (SG) entre 2007 e 2010, segundo documentos a que a Lusa teve acesso e fontes contactadas em vários países, incluindo a Líbia.

 

De acordo com documentos revelados hoje pela Lusa, os 5 mil milhões de dólares investidos por Trípoli resultam de uma relação de negócios entre a SG e a Autoridade Líbia de Investimento (LIA) que remonta a 2007, e que, segundo fontes na Líbia e na Europa, "envolveu diretamente" o presidente do banco francês, Frédéric Oudéa.

 

As participações líbias na SG e noutras instituições financeiras ocidentais são hoje reveladas também nos jornais Financial Times, em Londres, e Le Monde, em Paris.

 

O BCP, contatado pela Agência Lusa, preferiu não comentar e o BES remeteu para mais tarde uma declaração sobre o assunto.

 

* Informações da Lusa/Expresso (Portugal).

 

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Bruxelas:

Turquia aceita que Otan comande operação na Líbia*

Antes, líderes turcos haviam demonstrado desconfiança sobre os motivos por trás da intervenção

ocidental na Líbia, dando a entender que a ação era motivada pelo petróleo e riquezas minerais do país.

 

A Otan chegou a um acordo na quinta-feira para assumir o comando de todas as operações militares de aliados na Líbia, atualmente a cargo dos Estados Unidos, depois de dias de discussões algumas vezes acaloradas com a Turquia, país muçulmano que integra a aliança atlântica.

 

"Foi alcançado um compromisso em princípio em um prazo muito curto", disse a repórteres o chanceler turco Ahmet Davutoglu, em Ancara. "A operação será entregue completamente à Otan e haverá um único comando e controle."

O acordo foi feito depois de várias conversas por telefone entre a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e os ministros de Relações Exteriores de Turquia, França e Grã-Bretanha.

 

Antes, líderes turcos haviam demonstrado desconfiança sobre os motivos por trás da intervenção ocidental na Líbia, dando a entender que a ação era motivada pelo petróleo e riquezas minerais do país e não pelo desejo de proteger a população civil das forças do líder líbio, Muammar Gaddafi.

 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que tenta desvencilhar seu país de duas guerras, no Iraque e Afeganistão, insistia em transferir a responsabilidade da campanha para a Organização do Tratado do Atlântico Norte em dias, e não semanas.

 

Davutoglu disse que a Otan assumirá a incumbência tão logo quanto possível. Altos funcionários da organização afirmaram que levaria 72 horas depois de aprovada a diretiva.

 

Não houve confirmação de imediato da Otan, em Bruxelas, onde estavam reunidos os embaixadores dos Estados membros. Um alto funcionário disse que os embaixadores estavam consultando os governos.

 

O Parlamento turco aprovou, antes, a adesão do país à operação naval para implementar o embargo da Organização das Nações Unidas à venda de armas para a Líbia.

 

A Turquia quer que a Otan comande a missão na Líbia a fim de conseguir limitar as operações aliadas contra a infraestrutura do país e evitar as mortes de civis muçulmanos que poderiam ocorrer como resultado de bombardeios.

 

A França, que iniciou no sábado a campanha de ataques aéreos ao lado de EUA e Grã-Bretanha, considera que a Otan deveria ter um papel técnico, enquanto um conjunto de países aliados, incluindo a Liga Árabe, exerceria o controle político.

Para a França, se a Otan ficasse no comando isso levaria à perda de apoio árabe por causa da impopularidade dos EUA no mundo árabe.

 

* Informações de David Brunnstrom e Paul Taylor/Reuters.

24/03/2011

 

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Alerta nuclear:

Japão alerta para vazamento radiativo após terremoto

A pressão que está se formando na usina deve ser liberada em breve,

o que pode causar vazamento de radiação, segundo as autoridades.

 

O Japão alertou que um pequeno vazamento de radiação pode ter ocorrido em um reator nuclear depois do terremoto de sexta-feira, mas que milhares de moradores da região já foram retirados da área de risco.

 

Salientando a grave preocupação com a situação da usina nuclear de Fukushima, cerca de 240 quilômetros ao norte de Tóquio, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse que a força aérea dos EUA entregou substâncias refrigerantes para evitar um aumento na temperatura das cápsulas de combustível nuclear da usina, cujo sistema de refrigeração foi danificado pelo tremor.

 

A pressão que está se formando na usina deve ser liberada em breve, o que pode causar vazamento de radiação, segundo as autoridades. Cerca de 3.000 pessoas que vivem num raio de três quilômetros em torno da instalação foram retiradas, segundo a agência de notícias Kyodo.

 

"É possível que o material radioativo na cúpula do reator possa vazar para o exterior, mas a quantidade deve ser pequena, e o vento soprando em direção ao mar será levado em conta", disse o chefe de gabinete do governo, Yukio Edano, em entrevista coletiva.

 

"Os moradores estão seguros, já que os que estavam a um raio de três quilômetros foram retirados, e os num raio de dez quilômetros estão dentro de casa, então queremos que as pessoas fiquem calmas", acrescentou.

 

O primeiro-ministro, Naoto Kan, deve visitar a usina na manhã de sábado (noite de sexta-feira no Brasil), além de sobrevoar a região atingida pelo terremoto, o maior já registrado no Japão.

 

Autoridades nucleares disseram que a pressão no interior da usina está 50 por cento acima do nível máximo tolerado. A imprensa relatou que os níveis de radiatividade estão aumentando dentro do edifício onde fica a turbina.

 

De acordo com a agência de notícias Kyodo, o nível de radiação na unidade de controle central de Daiichi Fukushima está 1.000 vezes acima do normal.

 

Os problemas na usina de Fukushima evocam temores de que se repita um vazamento nuclear como o de Three Mile Island (EUA) em 1979, o mais grave acidente nuclear na história norte-americana. Especialistas dizem, no entanto, que a situação no Japão é muito menos séria.

 

Os reatores paralisados por causa do terremoto no Japão respondem por 18 por cento da capacidade de geração de energia nuclear do país --a qual, por sua vez, equivale a 30 por cento de toda a produção energética do país.

 

Muitos reatores japoneses estão localizados em áreas propensas a terremotos, como os de Fukui e Fukushima, no litoral.

 

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) estima que cerca de 20 por cento de reatores nucleares em todo o mundo operem em áreas de atividade sísmica significativa.

 

A AIEA disse que o setor começou a dar maior ênfase nos riscos externos depois de um terremoto que atingiu a usina japonesa de Kashiwazaki-Kariwa, em julho de 2007 --até então o maior sismo a ter abalado uma usina atômica.

 

Naquela ocasião, quatro reatores foram automaticamente desligados. Água contendo material radioativo foi despejada no mar, mas sem um efeito adverso sobre a saúde humana ou o ambiente, disse a AIEA.

 

A empresa Tepco, responsável pela usina de Kashiwazaki-Kariwa, também operava no momento do tremor três dos seis reatores na central nuclear de Fukushima-Daiichi, e todos eles foram desligados.

 

Um porta-voz acrescentou que não há risco de vazamento de água contaminada com radiação nos outros três reatores da usina, que estavam desativados para uma manutenção regular.

 

* Informações de Por Osamu Tsukimori e Kiyoshi Takenaka, com reportagem adicional de Risa Maeda, Chisa Fujioka e Chikako Mogi, em Tóquio; e Fredrik Dahl, em Viena/Reuters.

 

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Trípoli:

Kadafi reage a ameaça de invasão

Haverá milhares de mortos no caso de intervenção estrangeira, ameaça Kadafi.*

 

O dirigente líbio Muamar Kadafi ameaçou nesta quarta-feira que haverá milhares de mortos em caso de intervenção estrangeira em seu país, durante uma cerimônia pública em Trípoli, no 16º de insurreição popular em seu país.

 

Kadafi também afirmou que não aconteceram manifestações na Líbia, mas acusou novamente a rede Al-Qaida de ser a origem dos distúrbios. Também pediu que a ONU envie uma missão de verificação a seu país e prometeu: "combateremos até o último homem e a última mulher".

 

"Células adormecidas da Al-Qaeda, seus elementos, se infiltraram gradualmente... Eles acreditam que o mundo é deles, lutam em qualquer lugar, os serviços de inteligência os conhecem pelo nome , acusou o líder líbio a uma atenta audiência.

 

"Começou de repente na cidade de Al-Baida... As células adormecidas receberam ordens de atacar o batalhão... e roubaram as armas das delegacias", contou Kadafi.

 

A cerimônia foi transmitida logo depois que os rebeldes informaram que haviam repelido um ataque das forças de Kadafi na cidade de Brega na véspera, com testemunhas reportando dois civis mortos.

 

O evento foi para marcar o aniversário do lançamento dos Comitês do Povo, de acordo com o locutor da tv estatal.

 

Lendo um texto preparado, o discurso Kadafi foi várias vezes interrompido por aplausos dos partidários do dirigente.

 

Kadafi criticou as informações sobre as demissões de oficiais superiores de seu regime, incluindo chefes militares e embaixadores.

 

"As renúncias lá fora, as declarações de dentro (da Líbia)... não acreditem nelas", afirmou.

 

"No que diz respeito à Líbia... nada aconteceu... e é estranho que o mundo receba notícias de correspondentes e TVs que não estão presentes na Líbia".

 

"Eles não querem notícias verdadeiras da Líbia", enfatizou. "Não existem prisioneiros políticos na Líbia", acrescentou.

 

"Quando os Comitês do Povo determinam algo, se torna lei e é implementada para todos os líbios. Ninguém pode declarar guerra ou paz a menos que os Comitês do Povo assim decidam", afirmou ainda.

 

"Muamar não tem poder de verdade para renunciar a ele".

 

Kadafi pediu que a comunidade internacional que estabeleça uma comissão de verificação para confirmar se há mesmos mais de mil mortos nas mãos de suas forças.

 

"Pedimos ao mundo, às Nações Unidas, que enviem uma equipe de verificação para investigar".

 

* Informações da AFP.

 

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Wellington:

Nova Zelândia é atingida por terremoto de magnitude 6,3*

Testemunhas disseram que pessoas estavam presas nos destroços de edifícios, informou a TV local.

 

Pessoas abandonam casas por causa de terremoto em Christchurch.

 

A cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, foi atingida por um segundo terremoto em menos de cinco meses na terça-feira (horário local), causando danos materiais, porém sem registro imediato de vítimas, informaram uma testemunha e a mídia local.

 

Segundo o Centro de Geologia dos Estados Unidos, o terremoto teve magnitude 6,3 e uma profundidade de apenas 4 quilômetros. Seu epicentro foi localizado a 10 quilômetros de Christchurch, a segunda maior cidade do país.

 

"Há muitos danos, nossos televisores foram destruídos e há grandes rachaduras na casa", afirmou por telefone Nicholas Hextall, que mora no centro da cidade. O fornecimento de água e energia foi suspenso.

 

Testemunhas disseram que pessoas estavam presas nos destroços de edifícios, informou a TV local, que também anunciou o fechamento do aeroporto da cidade.

"É muito grande. Só não sei se há pessoas sob os destroços", disse um padre à TV neozelandesa, no lado de fora de uma catedral danificada pelo abalo sísmico.

 

Havia registros de escombros caindo de um prédio já danificado e pessoas sendo retiradas de alguns escritórios no centro financeiro, na medida em que inspeções eram feitas.

 

A mídia local informou que edifícios foram danificados, armários derrubados, computadores arremessados de mesas, além de uma ponte ter ficado intransitável.

A cidade foi atingida por um forte terremoto de magnitude 7,1 em setembro do ano passado, que causou graves danos generalizados, mas poucos feridos. Desde então, a região tem sido atingida por milhares de réplicas.

 

A Nova Zelândia, que está entre as placas tectônicas do Pacífico e Indo-Australiana, registra uma média de mais de 14 mil terremotos por ano, dos quais cerca de 20 normalmente atingem magnitude 5.

 

Reportados vários mortos**

 

Várias pessoas morreram nesta terça-feira em Christchurch, a segunda cidade da Nova Zelândia, devido ao terremoto de 6,3 pontos que atingiu a região, informou a polícia. "Várias mortes ocorreram em diferentes pontos do centro da cidade, onde dois ônibus foram esmagados por escombros", disse um oficial. "Relatórios apontam a queda de vários prédios, incêndios e pessoas presas em imóveis no centro".

 

O terremoto ocorreu às 12H51 local e teve seu epicentro situado a apenas 5 km da cidade, a uma profundidade de 4 km, segundo o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS). Testemunhas disseram que o tremor derrubou vários prédios e abriu crateras nas estradas.

 

As TVs mostraram cenas de pânico na cidade, onde as pessoas saíram dos escritórios para as ruas. O aeroporto da cidade foi fechado e a polícia está evacuando o centro de Christchurch, onde vários prédios já estavam fragilizados pelo abalo de setembro passado. "Foi realmente terrível, muito forte", contou o comerciante Julian Hogday à TV3.

 

"Informaram-nos de várias mortes em distintas áreas do centro da cidade, incluindo em dois ônibus que foram atingidos por edifícios destruídos. Um doutor e os serviços de emergência estão atendendo às vítimas", disse a Polícia em comunicado.

 

Vários edifícios do centro desmoronaram ou registraram focos de incêndio, enquanto também há pessoas feridas e presas nas estruturas danificadas. "O que posso ver daqui, no centro da cidade, é que causou um prejuízo considerável", indicou à rádio local o prefeito de Christchurch, Bob Parquer.

 

A Polícia ordenou o fechamento do aeroporto e está evacuando o centro da cidade por medo de desmoronamentos.

Outro tremor

 

A cidade foi atingida por um forte terremoto de magnitude 7,1 em setembro do ano passado, que causou graves danos generalizados, mas poucos feridos. Desde então, a região tem sido atingida por milhares de réplicas.

 

Havia registros de escombros caindo de um prédio já danificado e pessoas sendo retiradas de alguns escritórios no centro financeiro, na medida em que inspeções eram feitas.

 

A Nova Zelândia, que está entre as placas tectônicas do Pacífico e Indo-Australiana, registra uma média de mais de 14 mil terremotos por ano, dos quais cerca de 20 normalmente atingem magnitude 5.

 

* Reportagem de Gyles Beckford/O Globo.

** Do UOL Notícias, com agências internacionais.

 

- Imagem: Reprodução/http://www.ausbt.com.au.

 

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Cairo:

Repórteres brasileiros são detidos e obrigados a voltar*

Para serem liberados, os repórteres foram obrigados a assinar um depoimento em árabe, no qual, segundo

a tradução do policial, ambos confirmavam a disposição de deixar imediatamente o Egito rumo ao Brasil.

 

Enviados para o Egito para a cobertura da crise política no país, o repórter Corban Costa, da Rádio Nacional, e o repórter cinematográfico Gilvan Rocha, da TV Brasil, foram detidos, vendados e tiveram passaportes e equipamentos apreendidos. Desde ontem (2) à noite até esta manhã, Corban e Gilvan ficaram sem água, presos em uma sala sem janelas e com apenas duas cadeiras e uma mesa, em uma delegacia do Cairo.

 

"É uma sensação horrível. Não se sabe o que vai acontecer. Em um primeiro momento, achei que seríamos fuzilados porque nos colocaram de frente para um paredão, mas, graças a Deus, isso não aconteceu", afirmou Corban, que volta amanhã (4) com Gilvan para o Brasil.

 

Para serem liberados, os repórteres foram obrigados a assinar um depoimento em árabe, no qual, segundo a tradução do policial, ambos confirmavam a disposição de deixar imediatamente o Egito rumo ao Brasil. "Tivemos que confiar no que ele [o policial] dizia e assinar o documento", contou Corban.

 

No caminho da delegacia para o aeroporto do Cairo, Corban disse ter observado a tensão nas ruas e a movimentação intensa de manifestantes e veículos militares nos principais locais da cidade. Segundo ele, todos os automóveis são parados em fiscalizações policiais e os documentos dos passageiros, revistados. Os estrangeiros são obrigados a prestar esclarecimentos. De acordo com o repórter, o taxista sugeriu que ele omitisse a informação de que era jornalista.

 

Há dez dias, o Egito vive momentos de tensão em decorrência de onda de protestos contra a permanência de Hosni Mubarak na presidência do país. A situação se agravou ontem, depois que manifestantes pró e contra o governo se enfrentaram nas ruas das principais cidades egípcias.

 

De acordo com as Nações Unidas, até agora, mais de 300 pessoas morreram nos confrontos e cerca de 3 mil ficaram feridas.

 

* Informações de Renata Giraldi, da Agência Brasil.

 

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Ásia:

Os 100 anos da Guerra das Filipinas

A conquista ibérica das Filipinas se iniciou antes que os

castelhanos derrotassem aos impérios asteca e inca.

 

 Por Isaac Bigio*

de Londres

Para Via Fanzine

Tradução: Pepe Chaves

 

Para a maioria dos iberoamericanos, as Filipinas parece ser um país remoto no sudeste asiático. No entanto, muitos hispânicos surpreendem-se quando comprovam que a maioria dos nomes e apelidos dos filipinos são como os deles (Juan, Carlos, José, Pérez, López, etc.) ou quando vêem que as procissões religiosas dessas ilhas são tão similares às suas.

 

O cristianismo surgiu em três continentes, Ásia, Europa e África, mas o país que tem mais católicos em todo o Velho Mundo é as Filipinas, a qual foi evangelizada e governada da partir do México.

 

Hoje são mais de trinta países onde o espanhol ou o português são os idiomas oficiais, mas nenhuma dessas nações foi batizada em honra a um rei ibérico. A única república do mundo que leva em seu nome o de um monarca que foi tanto da Espanha quanto de Portugal é as Filipinas.

 

A este arquipélago foi assim denominado para reverenciar Felipe II, que chegou a ser o governante espanhol e europeu mais poderoso. O seu filho Felipe III conseguiu a unificação dos impérios espanhol e português entre 1580-1640, que então deteve a maioria das colônias européias nas Américas, Ásia e África, além de possuir vários territórios na Alemanha, Itália, França e nos Países Baixos.

 

A conquista ibérica das Filipinas se iniciou antes que os castelhanos derrotassem aos impérios asteca e inca. As Filipinas depois chegou a ser uma capitania subordinada ao virreinado de Nova Espanha (cuja capital era a cidade do México e que somava cinco milhões de quilômetros quadrados, desde o sul e oeste dos atuais EUA até quase toda América Central), a qual deteve o grosso da Micronesi. Nas “Índias espanholas orientais” estiveram as ilhas Filipinas, Marianas e Carolinas, Guam, Palaos, Sabah - que hoje é parte de Malásia -, e os territórios de Taiwan e Japão.

 

Aliás, todas as posses da antiga Nova Espanha têm tanta população que a soma de seus habitantes superaria à de qualquer atual potência do hemisfério norte.

 

As Filipinas, assim como Cuba e Porto Rico, se manteve em mãos espanholas oito a nove décadas após a independência dos quatro virreinados hispanoamericanos. Em 1898 as Filipinas declarou sua independência, ainda que os EUA imediatamente procederam a invadi-las. Washington, depois de derrotar Madri numa guerra, reclamou a todas suas últimas colônias na América e Ásia.

 

Foi proclamada independentista e a primeira constituição dos filipinos foi redigida em castelhano. Não obstante, os EUA decidiram ocupar esse arquipélago, ao que só perderam ocasionalmente ante os japoneses na Segunda Guerra Mundial, para depois, recupera-la e outorgar uma independência onde estes sempre se mantiveram como o poder dominante. Guam e as Marianas ainda continuam sendo territórios dos EUA.

 

A resistência contra a ocupação norte-americana durou até 1911. Esta guerra produziu a morte de um milhão de filipinos (mais de 10% de seus 9 milhões de habitantes).

 

Os EUA propôs a “desispanização” das Filipinas. Atualmente, o castelhano já não é seu idioma oficial (há também o inglês e o filipino ou tagalog), ainda que setores das classes médias seguem reivindicando tal herança, as línguas filipinas estão cheias de vocábulos hispânicos e há uma língua castelhana criolla local (o chabacano).

 

A hoje esquecida guerra das Filipinas foi um dos primeiros passos que dariam os EUA rumo a um futuro histórico de ocupações no Caribe, Indochina e na Ásia ocidental. Os resultados desta vitoriosa ocupação seriam o oposto do que depois se passou no Vietnã. Prova disso, é que na América Latina poucos se lembram do país mais culturalmente similar que se encontra no outro lado do Pacífico.

 

* Isaac Bigio é professor e analista internacional em Londres e colaborador de Via Fanzine.

   Visite sua página: www.viafanzine.jor.br/bigio.htm

 

- Foto: Arquivo do autor.

 

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Teerã:

TV iraniana desmente libertação de Sakineh*

Segundo a emissora, Sakineh foi tirada da prisão e levada à sua casa

por algumas horas para filmar a reconstrução do crime.

 

Sakineh Ashtiani, a iraniana acusada de adultério e cumplicidade no assassinato do seu marido, não foi libertada, informou a emissora estatal "PressTv". Segundo indicara na quinta-feira o Comitê Internacional contra o Apedrejamento, Sakineh havia sido liberada, mas a informação divulgada pelo site da cadeia estatal desfaz o mal-entendido.

 

Segundo a emissora, Sakineh foi tirada da prisão e levada à sua casa por algumas horas para filmar a reconstrução do crime para um programa especial que será veiculado nesta sexta-feira pela "PressTv".

 

"A mulher acusada de assassinato e adultério acompanhou uma equipe da emissora à sua casa para relatar os detalhes do assassinato do seu marido no cenário do crime", diz parte da notícia.

 

"Ao contrário do publicado amplamente pela imprensa internacional sobre a libertação de Sakineh, o certo é que uma equipe de produção em colaboração com a 'PressTv' chegou a um acordo com a Justiça para recriar com ela a cena do crime", acrescenta o segundo parágrafo.

 

A cadeia assinala que a história completa será emitida às 18h35 (horário de Brasília) dentro do programa "Irã Today", que veiculará testemunhos do seu filho, Sajad Ghaderzadeh, e o advogado de Sakineh, Javid Houtan Kian, que também estão detidos.

 

As esperanças sobre a libertação de Sakineh, de 43 anos, foram alimentadas nesta quinta-feira depois de o Comitê Internacional contra o Apedrejamento ter anunciado que tinha informações procedentes do Irã apontando nesse sentido.

 

Apesar da inesperada notícia, as esperanças cresceram depois de a "PressTv" divulgar uma série de fotografias nas quais a mulher, de etnia azeri, era vista posando em sua casa na última segunda-feira.

 

No entanto, uma parte do documentário emitido na noite de quinta-feira pela própria cadeia já deu pistas de que a esperança de libertação era infundada, já que em uma das imagens a mulher afirmava: "Planejamos a morte do meu marido".

 

* Informações da EFE.

 

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Chile:

Primeiro mineiro foi retirado com sucesso

Operação de resgate segue com sucesso.

Da Redação

 Via Fanzine

 

Florêncio Ávalos foi o primeiro mineiro que retornou à superfície.

 

Após 15 minutos de viagem, o primeiro mineiro chega à superfície, exatamente às 0h12 minutos. Florêncio Ávalos sai da cápsula e abraça o seu filho, num reencontro emocionante. Ele usa capacete e óculos escuros, abraça pessoas e o presidente Piñera.

 

O mineiro vai passar por uma avaliação médica e seguirá para um hospital. As pessoas saudaram Florêncio e ele abraça a muitos dos dos presentes.

 

Os trabalhos de resgate seguem dentro do esperado. Clique aqui para obter outras informações em tempo real, e saber mais dos momentos iniciais da operação de resgate.

 

- Imagem: La Nación (Chile).

 

- Leia também:

 Finalmente, o Dia 'D' para os mineiros

Sonda chega e mineiros organizam saída de mina

 

 

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Oriente:

China suspende diálogo de alto nível com Japão*

Capitão está detido no Japão desde 8 de setembro, um dia após colisão.

 

A China suspendeu o diálogo de alto nível com o Japão, incluindo negociações sobre aviação e carvão, e prometeu retaliações após a prisão do capitão de uma embarcação chinesa por autoridades japonesas.

 

Mais cedo, um tribunal em Okinawa, no Japão, decidiu estender em 10 dias a detenção do capitão Zhan Qixiong, envolvido em uma colisão próxima a ilhas disputadas pelos dois países no dia 7 de setembro.

 

As autoridades japonesas acusam o pescador chinês de ter deliberadamente atingido uma embarcação da guarda-costeira japonesa e de ter obstruído o acesso de funcionários públicos japoneses à ilhas no Mar da China Oriental.

 

No Japão, o arquipélago em questão é conhecido como Senkaku e, na China, como Diaoyu.

 

Crise diplomática

 

Uma declaração do Ministério do Exterior chinês divulgada pela televisão estatal do país diz que a decisão "prejudicou seriamente as relações bilaterais sino-japonesas".

 

"(O ministro do Exterior) Ma Zhaoxu disse que a China repetiu diversas vezes que qualquer medida jurídica tomada pelo Japão contra o capitão chinês é ilegal e inválida."

 

"Exigimos que o Japão devolva o capitão chinês incondicionalmente e imediatamente. Se o Japão continuar a tomar o caminho errado, a China vai adotar medidas duras e o Japão terá de lidar com as consequencias", diz a mensagem.

 

Importância estratégica

 

O Japão já liberou o barco pesqueiro e a tripulação, mas a decisão da justiça significa que o capitão continuará detido até o dia 29 de setembro.

 

Um porta-voz do gabinete do primeiro-ministro japonês, Norriyuki Shikata, disse à agência de notícias Reuters que "em relação a questões individuais, é necessário agir de forma calma e sem reações emocionais".

 

As ilhas disputadas ficam próximas a rotas marítimas de importância estratégica, além de estarem em uma área rica em peixes e onde acredita-se haver petróleo.

 

O Japão atualmente controla o arquipélago, mas ambos os países declaram ter posse das ilhas.

 

* Informações da BBC.

 

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Reino Unido:

Transexual se aposenta com idade mínima para mulheres*

Departamento de Trabalho e Pensões do governo britânico alegou que Timbrell

deveria esperar até os 65 anos, idade mínima para aposentadoria dos homens.

 

O transexual britânico Christopher Timbrell, de 68 anos, ganhou na Justiça o direito de receber aposentadoria a partir dos 60 anos, idade mínima para as mulheres se aposentarem. Ele receberá os pagamentos retroativos relativos aos últimos oito anos. As informações são do portal Terra.

 

Timbrell mudou de sexo aos 58 anos e passou a se chamar Christine. A mudança foi feita com o consentimento da mulher, Joy, com quem Timbrell se casou há 42 anos e com quem tem dois filhos. Eles continuam vivendo juntos.

 

Negado, o primeiro pedido de aposentadoria foi feito dois anos após a cirurgia de troca de sexo, com base em uma lei que estabelece que os transsexuais casados só têm a mudança de gênero reconhecida oficialmente se tiverem o casamento dissolvido ou anulado. O Departamento de Trabalho e Pensões do governo britânico alegou que Timbrell deveria esperar até os 65 anos, idade mínima para aposentadoria dos homens.

 

A advogada de Timbrell, Marie-Eleni Demetriou, argumentou que a obrigatoriedade de que ela terminasse seu casamento era uma violação aos seus direitos humanos.  O juiz que analisou o caso disse que a lei britânica não é capaz de lidar de maneira adequada com casos como o de Timbrell, ao estabelecer friamente que as pessoas que são "uma vez homens, são sempre homens".

 

Segundo o juiz, "a incapacidade da lei de lidar com pessoas que mudam de sexo representa uma discriminação, e por isso o Estado não tem o direito de negar a Timbrell o pedido de aposentadoria aos 60 de idade".

 

* Informações do ConJur.

 

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