Montevidéu:
Governo de SP desmente prisão de filho de
Alckmin
'É mentira', reagiu categoricamente um
jornalista da assessoria de imprensa.*
A notícia de que um dos filhos do governador Geraldo
Alckmin (PSDB) teria sido preso no Uruguai foi desmentida com veemência
e até com certa irritação pela Assessoria de Imprensa do Palácio dos
Bandeirantes, em São Paulo. "É mentira", reagiu categoricamente um
jornalista da Assessoria em conversa com o Estado. Ele acrescentou que a
notícia é "totalmente inverídica".
A notícia foi veiculada pelo jornal uruguaio El País, que
reconheceu o erro, retirou a informação do site e pediu desculpas ao
governo paulista. O jornal noticiou que dois turistas brigaram em um bar
de Punta del Leste, balneário turístico do Uruguai, e que um dos
briguentos seria um dos filhos de Alckmin.
"Um filho do governador está no México e o outro em São
Paulo. Houve uma briga no bar, um dos turistas pode ter falado alguma
bobagem dizendo que era filho do governador", completou o jornalista.
* Informações de Sandro Villar, de O
Estado de S. Paulo.
07/01/2013
* * *
Washington:
Dilma se prepara para reunião com Obama*
Dilma e Obama
conversarão também sobre formas de aumentar
o comércio entre os
dois países e dos instrumentos necessários para alcançar este objetivo.
A presidente Dilma Rousseff está reunida com assessores no
Hotel Four Seasons, na capital americana, nos preparativos finais para a
reunião bilateral de trabalho com o presidente Barack Obama, na Casa
Branca, às 12h45 (horário de Brasília). Os dois farão uma avaliação dos
resultados dos 24 diálogos de alto nível estabelecidos entre Brasil e
Estados Unidos, em áreas que vão de energia a ciência e tecnologia, e
tratarão de temas da agenda internacional, como a política nuclear do
Irã, o conflito na Síria, as reformas do Conselho de Segurança da
Organização das Nações Unidas (ONU) e do Fundo Monetário Internacional
(FMI), enfrentamento da crise internacional e comercio global.
Dilma e Obama conversarão também sobre formas de aumentar o
comércio entre os dois países e dos instrumentos necessários para
alcançar este objetivo, como um acordo para evitar a bitributação
(recolher impostos das empresas multinacionais em apenas um dos
mercados) e a derrubada de barreiras às importações brasileiras de
carnes bovina e de frango. Um dos objetivos centrais da visita da
presidente é aproveitar a oportunidade de conversar com Obama e
empresários americanos para reduzir o déficit comercial brasileiro nas
trocas com os EUA, agora que a maior economia do mundo entrou em
recuperação.
O superávit comercial de US$ 6,9 bilhões que o Brasil
registrou em 2006 se converteu em um déficit de US$ 4,4 bilhões em 2009,
após a eclosão da crise financeira em 2008. As exportações brasileiras
voltaram a crescer significativamente em 2011, alcançando US$ 25,9
bilhões. Este ano começou ainda mais promissor, com embarques de US$ 6,9
bilhões no primeiro trimestre, quase 41% de alta sobre o mesmo período
do ano anterior.
- Nós temos uma relação muito sólida com os Estados Unidos.
O que nos preocupa é que o déficit brasileiro cresceu desde 2008 e hoje
é um déficit significativo. E a gente quer equilibrar. O ideal de uma
boa relação é que ela não seja superavitária para um país nem para
outro. Que seja equilibrada. Então vamos pensar em uma forma de
reequilibrar isso. Aí tem que atuar em setores específicos. Estamos com
algumas dificuldades no setor de carne bovina, carne de frango. Não há
nenhuma restrição legal, mas há uma demora muito grande nas decisões de
algumas áreas e isso vai ser registrado não somente pela presidente mas
por mim também nas reuniões bilaterais com as minhas contrapartes -
afirmou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel.
O cancelamento da licitação de US$ 355 milhões da Força
Aérea americana para compra de 20 Super Tucanos da Embraer também sera
discutido por Dilma com Obama.
Mas Pimentel minimizou a polêmica:
- Temos essa questão da Embraer, que foi cancelada a
licitação. Mas é uma questão pontual. Não existe nenhuma restrição (do
governo americano à Embraer). A empresa está estudando outros negócios
aqui. Ela tem uma instalação de revisão e manutenção que funciona na
Florida. Acho que não tem problemas maiores.
A disputa sobre suco de laranja, que o Brasil levou à
Organização Mundial do Comercio (OMC) e venceu, o que obriga os EUA a
cancelar uma manobra antidumping ilegal, está sendo solucionada, segundo
o ministro. Os EUA ainda não começaram a rever a sua politica, conforme
determinado pelo organismo multilateral.
- Suco de laranja está superado, acho que isso foi
resolvido de forma não totalmente satisfatória, mas não impede o
crescimento das nossas exportações para cá - afirmou Pimentel.
Dilma já se encontrou com empresários brasileiros na noite
de domingo e, com Obama, encerra no início da tarde desta segunda-feira
o Fórum de Altos Executivos (CEOs) brasileiros e americanos, que reúne
um seleto grupo de representantes dos maiores pesos-pesados das duas
economias. Antes, ela almoça com Obama na Casa Branca.
Ela, em seguida, fará o pronunciamento final do seminário
"Brasil-EUA: Parceria para o século 21", na Câmara de Comércio
Americana, com mais de 400 convidados, especialmente empresários, dos
mais variados setores econômicos.
Amanhã, Dilma voa para Boston, onde se encontrará com as
dirigentes da Universidade de Harvard e do Massachusetts Institute of
Technology (MIT), firmará acordos de cooperação com as instituições - no
âmbito do programa "Ciência sem fronteiras", que custeia estudantes e
pesquisadores brasileiros no exterior - e fará um discurso na Escola
Kennedy de Governo de Harvard.
Dilma também se encontrará com o governador do estado,
Deval Patrick, que enviou uma missão ano passado ao Brasil para tratar
de "Economia Inovadora". Tanto aos empresários em Washington quanto à
comunidade acadêmica e empresarial em Boston, a presidente demonstrará o
empenho brasileiro em apostar em educação, inovação e tecnologia como
forma de melhorar a competitividade da economia e se solidificar como
pólo de atração de investimentos, plataforma de produção e celeiro não
só de alimentos, mas de petroquímicos e manufaturados em geral.
Os governos de Brasil e Estados Unidos vão assinar nesta
segunda-feira sete acordos de cooperação e entendimento econômicos,
ambientais, administração publica e urbanismo e 14 acordos na área de
educação, no âmbito do programa "Ciência sem fronteiras", que custeia
educação e pesquisa de estudantes brasileiros no exterior.
Os chanceleres Antônio Patriota e Hillary Clinton assinarão
dois acordos de cooperação. Um deles na aviação civil, que inclui a
criação de um diálogo permanente do setor privado nesta indústria,
basicamente entre Embraer e Boeing, para aprofundar troca tecnológica e
buscar a prospecção conjunta de terceiros mercados. Outras formas de
cooperação neste setor _ por exemplo entre as agências reguladoras _
também fazem parte deste acordo. O outro é de cooperação
descentralizada, para promover o aperfeiçoamento institucional de
governos regionais.
Na área econômica, a vedete do encontro é a troca de cartas
de reconhecimento da cachaça e do bourbon (uísque de milho) e do sour
mash (uísque de batata doce, também chamado de Tennesee Whisky) como
produtos de origem brasileira e americana. O acordo será assinado pelo
ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e sua contraparte, o
Representante de Comercio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês).
Haverá acordos ligados ao tema do desenvolvimento
sustentável, caro à presidente Dilma, em ano de realização da Rio+20.
Será assinado um acordo para cooperação técnica em segurança alimentar
em terceiros países e outro visando ao aprimoramento dos mecanismos de
proteção ambiental. O Ministério das Cidades será signatário de um
entendimento sobre moradia sustentável. Haverá também assinatura da ata
da última reunião de alto nível entre os dois países na área de ciência
e tecnologia.
Em Boston, serão assinados 14 acordos ampliando o programa
"Ciência sem fronteira" e o intercâmbio da Capes e do CNPq com o
Massachusetts Institute of Technology (MIT) e a Universidade de Harvard.
Atualmente, 555 estudantes brasileiros já estão nos EUA fazendo
pós-graduação dentro do programa, Outros 1.500 já foram selecionados. O
objetivo global do programa e oferecer bolsas de estudo a 100 mil alunos
até 2014, em vários países do mundo.
*
Informações de Flavia Barbosa/ Agência O Globo (RJ).
09/04/2012
* * *
Nova Délhi:
Dilma desembarca na Índia para reunião dos
Brics*
A agenda oficial da presidente Dilma começa amanhã às
14h30, hora local, com
a cerimônia de entrega do título de doutora honoris causa
da Universidade de Nova Délhi.
Dilma Rousseff cumprimenta a ministra das Relações
Exteriores da Índia,
Preneet Kaur, ao chegar em Nova Délhi.
A presidente Dilma Rousseff já está em Nova Délhi, onde permanece até o
próximo sábado, para uma visita oficial ao País e participar da 4ª
reunião dos Brics, grupo de países emergentes integrado por Brasil,
Índia, Rússia, China e África do Sul. Dilma desembarcou na base aérea de
Palam, por volta das 13h, oito horas e meia a mais que no Brasil.
Dilma, com aparência bastante cansada, chegou acompanhada da filha,
Paula, e de seis ministros que integram a comitiva. Na entrada do hotel,
a presidente Dilma recebeu um Bindi, que é um apetrecho utilizado no
centro da testa, próximo às sobrancelhas, representando o sexto sentido,
terceiro olho ou olho da sabedoria.
A presidente evitou dar declarações à imprensa. No caminho, a comitiva
presidencial fez uma parada técnica em Granada, na Espanha, onde deu uma
volta na cidade e jantou.
Não há programação para hoje. A agenda oficial da presidente Dilma
começa amanhã às 14h30, hora local, com a cerimônia de entrega do título
de doutora honoris causa da Universidade de Nova Délhi. À noite, a
presidente participa de jantar oferecido a todos os presidentes dos
países integrantes dos Brics, encontro que oficialmente será aberto na
quinta-feira.
Na tarde de amanhã, a presidente poderá se reunir com o presidente da
África, do Jacob Zuma.
A embaixadora Edileusa Fontenele Reis disse que o comunicado conjunto a
ser assinado pelos cinco países deverá se concentrar principalmente em
questões econômicas, principalmente tendo em vista a crise financeira
mundial, além da implementação das reformas das instituições financeiras
internacionais como FMI e Banco Mundial. O documento terá também uma
parte política, já que há uma crise no Oriente Médio e Norte da África,
que inspiram cuidados, no caso da Síria e no contexto da crise não se
pode deixar de considerar a questão Israel e Palestina.
Questionada se a violência na Síria, especificamente, será citada no
documento, a embaixadora Edileusa disse que "a condenação à violência
será um denominador comum de todos os países que querem um fim da
violência e a busca de uma solução diplomática e pacífica", ressaltando
que os países não querem intervenção.
Segundo a embaixadora, a crise entre a China e o Tibete, que levou ontem
um tibetano a atear fogo ao próprio corpo, em protesto contra a
repressão praticada pelo presidente chinês Hu Jintao, não deverá ser
tratada no documento dos países do Brics. "Não creio que entrará porque
estamos mais preocupados com crises que eclodiram e que estão em um
momento de grandes episódios de violência", comentou ela. "Não se
pretende abordar especificamente sobre a questão do Tibete", comentou.
Ao lembrar a importância dos Brics, Edileusa citou que os cinco países
emergentes em 2012 serão responsáveis por 56% do crescimento mundial. O
G-7, grupo que reúne os sete países mais ricos do mundo, será
responsável pelo crescimento de apenas 9,5%, menos que o que ocorrerá na
América Latina. "A redução do crescimento da economia global é um
assunto que preocupa a todos. Preocupa aos BRics, aos outros países em
desenvolvimento e aos próprios países desenvolvidos", acentuou.
Outra proposta a ser discutida na reunião é a criação de um banco de
desenvolvimento comum aos cinco países emergentes. "Deve ser anunciada
não ainda a criação do banco, mas a constituição de um grupo de trabalho
para estudar as modalidades de constituição do banco", afirmou ela,
lembrando que o banco é muito importante porque cria uma "fonte
alternativa de financiamento sobretudo para países em desenvolvimento".
Integram a comitiva os ministros das Relações Exteriores, Antonio
Patriota; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel;
da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp; da Educação, Aloisio
Mercadante; da Comunicação Social, Helena Chagas; do Turismo, Gastão
Vieira; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o secretario
executivo da Fazenda, Nelson Barbosa.
Também fazem parte da comitiva os governadores de Sergipe, Marcelo Déda;
e da Paraíba, Ricardo Coutinho.
* Informações de Tânia Monteiro, enviada especial | Agência Estado.
27/03/2012
- Imagem:
Agência
Estado.
* * *
Europa:
Nobel da Economia diz que Portugal pode
sair do euro*
"A União Europeia tem de estar preparada
para a eventualidade de a Grécia ou Portugal
poderem decidir que é do seu interesse
sair em algum ponto", disse o Nobel da Economia.
Os líderes europeus têm de ter um plano para a
eventualidade de terem que lidar com a saída de um país da zona euro,
como poderá ser o caso de Portugal, avisou hoje o Nobel da Economia
Michael Spence.
"A União Europeia tem de estar preparada para a
eventualidade de a Grécia ou Portugal poderem decidir que é do seu
interesse sair em algum ponto", disse o professor de economia na
Universidade de Nova Iorque em entrevista à Bloomberg TV.
O prêmio Nobel da Economia de 2001 pôs uma parte importante
da resolução da crise europeia do lado do Banco Central Europeu (BCE),
considerando que este tem de "fazer o seu trabalho" assim como
certificar-se de que o "sistema financeiro continua a funcionar".
O responsável pediu também que a instituição liderada por
Mário Draghi apoie os países que estão a fazer o seu trabalho de forma
responsável através do apoio à dívida soberana.
Michael Spence falou ainda sobre o leilão desta manhã do
Tesouro italiano - que colocou 9 mil milhões de euros em dívida a seis
meses a uma taxa de juro de 3,251%, menos de metade do juro verificado
na última emissão com prazo semelhante - para considerar que o país está
a fazer progressos com o Governo liderado pelo novo primeiro-ministro,
Mario Monti.
Apelo a apoio "significativo" do BCE
Ainda assim, afirmou que "os investidores privados e os
mercados em geral continuam com incertezas sobre se este programa vai
ter sucesso", mas considerou que as reformas propostas pelo executivo
italiano são importantes para dar "estabilidade à Europa".
O prêmio Nobel pediu um apoio "significativo" tanto do BCE
como da União Europeia em geral ao país.
"A Itália precisa de tempo e a Europa precisa de a ajudar a
comprar um pouco desse tempo", considerou.
Quanto aos mercados emergentes, Michael Spence antecipou
que no próximo ano estes devem ser contagiados pelo que se passará na
Europa e nos Estados Unidos, prevendo algum "abrandamento econômico".
*
Informações de Reuters/Aeiou-Expresso (Portugal).
* * *
Líbia:
Otan vai encerrar missão na Líbia em
31/10*
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh
Rasmussen, fará um anúncio oficial.
A Otan decidiu formalmente nesta sexta-feira encerrar no
dia 31 de outubro a operação de sete meses na Líbia, apesar dos pedidos
do governo de transição líbio para que prossiga com as patrulhas aéreas
até o fim do ano, informou uma fonte diplomática.
"Fim da operação em 31 de outubro, decidida por
unanimidade", afirmou o diplomata à AFP, depois de uma reunião em
Bruxelas do Conselho do Atlântico Norte, a instância dirigente da
Aliança Atlântica, ampliada aos representantes de cinco países não
membros (Qatar, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Jordânia e Suécia),
sócios da operação.
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, fará um
anúncio oficial mais tarde nesta sexta-feira.
A Otan tomou na sexta-feira passada, após a morte do
ex-líder líbio Muamar Kadhafi, a decisão provisória de encerrar sua
operação no dia 31 de outubro, sete meses após os primeiros bombardeios
dos aviões da Aliança.
"Há uma semana, tomamos a decisão preliminar de pôr fim a
nossa operação militar na Líbia. Amanhã confirmaremos esta decisão",
havia indicado Rasmussen na quinta-feira à noite em Berlim.
"Já cumprimos totalmente nossa missão", considerou.
Rasmussen disse que não vê sua organização desempenhando um
papel importante na Líbia, mas que, se o novo governo líbio pedir, pode
ajudar em sua transição democrática.
*
Informações da AFP.
28/10/2011
* * *
Japão:
Terremoto de 5,6 graus atinge Fukushima*
O terremoto também foi notado
especialmente
ao norte de Fukushima, na província de
Miyagi.
Um terremoto de 5,6 graus na escala Richter abalou nesta
segunda-feira o nordeste do Japão com epicentro na província de
Fukushima, sem que se tenha emitido um alerta de tsunami nem se tenham
registrado problemas na acidentada usina nuclear de Daiichi.
O tremor aconteceu às 11h46 (horário local, 23h46 da noite
de domingo em Brasília) com epicentro no mar em frente ao litoral de
Fukushima, a 50 quilômetros de profundidade, segundo a Agência
Meteorológica japonesa.
As estações de medição mais próximas à usina nuclear de
Fukushima Daiichi, situadas nas cidades de Tomioka e Minamisoma, a dez e
25 quilômetros respectivamente da unidade, registraram a magnitude
máxima do terremoto.
O terremoto também foi notado especialmente ao norte de
Fukushima, na província de Miyagi.
Os tremores foram sentidos no centro de Tóquio, onde várias
estações de medição o registraram.
Em nenhuma das províncias afetadas se informou de danos
graves em infraestruturas ou de interrupções no transporte.
*
Informações da EFE.
* * *
EUA:
Irene deixou mortes e prejuízos pelo
caminho
Tempestade Irene matou 11 e deixou
milhões sem eletricidade*
A tempestade tropical Irene atravessa a região da Nova
Inglaterra na noite de domingo, após ter se enfraquecido na manhã de
domingo e ter atravessado o Estado e a cidade de Nova York sem provocar
maiores prejuízos ou deixado vítimas. A tempestade, contudo, deixou
936.101 casas e empresas sem eletricidade no Estado de Nova York
domingo, incluindo mais de 461 mil em Long Island, informou o governador
de Nova York, Andrew Cuomo.
No total, Irene matou 11 pessoas na sua passagem pelos EUA,
que começou na madrugada de sábado. Quase todas as vítimas morreram no
Estado da Carolina do Norte, o mais afetado, onde os prejuízos podem ter
chegado a US$ 400 milhões, de acordo com a Eqecat Inc., uma empresa que
simula custos de desastres para as seguradoras. No começo da semana
passada, Irene matou outras três pessoas, duas quando passou pela
República Dominicana e uma em Porto Rico.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um
comunicado na noite deste domingo e alertou que os efeitos da tempestade
ainda serão sentidos por alguns dias. "Embora a tempestade tenha se
enfraquecido no momento em que vai para o norte, permanece perigosa e
continua a provocar muita chuva". Obama, que falou ao lado da secretária
de Segurança Interna dos EUA, Janet Napolitano, no Jardim da Rosas da
Casa Branca, disse que as autoridades estão preocupadas com possíveis
enchentes e com a falta de eletricidade nos próximos dias.
"Ainda falta muito para acabar, mas acho que é seguro dizer
que o pior da tempestade, pelo menos até e incluindo Nova York e Nova
Jersey, passou", disse Napolitano. Ela afirmou ainda que Obama pediu às
autoridades que continuem a ser agressivas em seus esforços para lidar
com Irene e suas consequências. O furacão foi rebaixado neste domingo
para tempestade tropical com ventos de 104 km/h. Muitas áreas, incluindo
a cidade de Nova York, parecem ter escapado com menos prejuízos do que
esperado inicialmente.
Eletricidade
Outras 150 mil pessoas estavam em sem eletricidade em
Massachusetts, disse Scott MacLeod, porta-voz da Agência de
Gerenciamento de Emergência do Estado. Em Connecticut, foi reportada a
morte de uma pessoa, uma mulher idosa, que faleceu após um incêndio em
sua casa provocado pela queda de um cabo de eletricidade. Um idoso que
vivia com a mulher sobreviveu e foi levado ao hospital.
Alguns aeroportos na costa leste americana foram reabertos.
Mais de seis mil voos foram cancelados sábado e neste domingo. O
Aeroporto Internacional de Baltimore retomava neste domingo lentamente
suas atividades, a partir das 10h20, com um voo da American Airlines
para Miami. A Autoridade Aeroportuária Metropolitana de Washington
informou que os dois aeroportos que atendem à capital Reagan e Dulles,
estavam abertos e não tiveram "danos maiores" com as tempestades de
sábado.
Mais da metade dos seis mil voos cancelados ocorreu nos
três aeroportos que atendem Nova York, o John F. Kennedy, LaGuardia e
Newark Liberty. Os voos serão retomados na manhã de segunda-feira, disse
Andrea Huguely, porta-voz da empresa aérea American Airlines. Mais cedo
neste domingo, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, retirou o
aviso de saída dos moradores das regiões baixas da cidade de Nova York,
o que permitirá nas próximas horas a volta das 370 mil pessoas afetadas.
As bolsas de valores de Nova York disseram que terão um pregão normal
segunda-feira, embora tenham manifestado alguma preocupação com o fato
dos transportes públicos de Nova York ainda não terem voltado ao
funcionamento na noite deste domingo.
Em Nova Jersey, 400 mil pessoas estavam sem eletricidade na
noite deste domingo, disse o governador Chris Christie. Ele afirmou que
os prejuízos decorrentes da passagem do furacão podem chegar a US$ 1
bilhão. Na Carolina do Norte e no norte do Estado da Virginia, mais de 1
milhão de pessoas também estavam sem eletricidade na noite deste
domingo.
Prejuízos nas Carolinas
O furacão Irene pode ter causado até US$ 400 milhões em
prejuízos para as seguradoras após sua passagem pelas Carolinas, de
acordo com uma empresa que realiza simulações dos custos de desastres
naturais, a Eqecat Inc. A companhia estimou que a passagem do Irene pela
Carolina do Sul e Carolina do Norte provocou prejuízos entre US$ 200
milhões e US$ 400 milhões. Os dois foram os primeiros Estados
norte-americanos a serem atingidos pelo Irene no sábado, antes de o
furacão virar uma tempestade tropical.
Embora expressivos, os danos estimados para o Irene são
pequenos quando comparados ao prejuízo provocado para a indústria de
seguros após a passagem do furacão Floyd, a mais cara tempestade a
atingir a Carolina do Norte, que em 1999 provocou perdas de US$ 1,4
bilhão.
*
Informações da Agência Estado (SP).
-
28/08/2011.
- Tópicos associados:
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Irene atinge Carolina do Norte com ventos de 130 km/h
Costa leste: apreensão
na chegada do furacão Irene
Terremoto de magnitude 5,9 atinge
costa leste
* * *
EUA:
Furacão Irene atinge Nova York com fortes
ventos*
O furacão Irene atingiu Nova York com fortes ventos,
depois de provocar
a morte de pelo menos 12 pessoas na costa leste dos
Estados Unidos.
O primeiro furacão a afetar Nova York em muitos anos atingiu a cidade na
madrugada de domingo, acompanhado de relâmpagos, registros de tornados e
intensa chuva.
O local virou uma 'cidade fantasma' e 370.000 pessoas foram aconselhadas
a abandonar suas casas. Os transportes públicos interromperam os
serviços.
Segundo o governo local, os arranha-céus de Manhattan não correm riscos
de sofrer danos graves, mas os cortes de energia elétrica podem
interromper o serviço de água e os elevadores.
Pelo menos 12 pessoas morreram no sábado em consequência da passagem do
furacão Irene, em acidentes de trânsito, ataque cardíaco ou quedas de
árvores na Carolina do Norte, Virginia e Flórida, incluindo um menino de
11 anos atingido por uma árvore.
"O furacão se encontra finalmente sobre nós", disse o prefeito de Nova
York, Michael Bloomberg, em uma entrevista coletiva na noite de sábado.
"Não saiam às ruas, fiquem em suas casas ou nos refúgios", completou.
O prefeito ordenou a retirada inédita de 370.000 pessoas, o fechamento
dos aeroportos, do metrô e de outros transportes públicos.
"Não é uma piada, sua vida pode estar em risco. Não esperem, depois será
muito tarde. É necessário partir de imediato. É uma questão de vida ou
morte".
O furacão Irene tocou o solo neste domingo nos Estados Unidos pela
segunda vez, agora em Nova Jersey, como um fenômeno de categoria um,
segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC).
* Informações de Timothy A. Clary/AFP.
29/08/2011
* * *
Furacão:
Irene atinge Carolina do Norte com ventos
de 130 km/h*
Furacão perdeu um pouco da força, com
ventos máximos sustentados
de 130 quilômetros por hora, em relação
aos 160 km/h.
O furacão Irene, que deixou pelo menos seis mortos em sua
passagem pelo Caribe, atingiu a Carolina do Norte, nos Estados Unidos,
por volta das 8h30 (horário de Brasília) deste sábado, informou o Centro
Nacional de Furacões (NHC, pelas iniciais em inglês), com sede em Miami.
O Irene perdeu um pouco da força, com ventos máximos
sustentados de 130 quilômetros por hora, em relação aos 160 km/h
atingidos durante a madrugada, mas mantém-se na categoria de furacão,
segundo o NHC.
"Os riscos continuam sendo os mesmos", disse o especialista
em furacões Mike Brennan, da NHC. "O mais importante desta tempestade é
o seu tamanho e duração, e não necessariamente a força dos ventos",
completou.
Na costa leste dos EUA, as autoridades americanas
orientaram mais de 2 milhões de pessoas a deixarem suas casas e buscarem
lugares seguros durante a passagem do furacão. Em Nova York, pela
primeira vez na história da cidade foi determinado o fechamento do
sistema metroviário por causa da iminência de um desastre natural. As
informações são da Associated Press e Dow Jones.
*
Informações de Agência Estado/AP.
27/08/2011
- Tópicos associados:
Costa leste: apreensão
na chegada do furacão Irene
Terremoto de magnitude 5,9 atinge
costa leste
* * *
Londres:
Protestos: internet
poderá ser restrita
Reino Unido poderá
restringir uso das redes sociais durante protestos.*
O Reino Unido está analisando interromper os serviços de
mensagens online como Blackberry Messenger e Twitter durante os
incidentes de violência no país, disse nesta quinta-feira o
primeiro-ministro David Cameron. A medida foi largamente condenada
quando usada por outros países.
Autoridades egípcias desligaram serviços de celular e
internet durante protestos em massa contra o ex-presidente Hosni Mubarak
em janeiro. A China também corta comunicação online quando considerada
subversiva.
A polícia afirma que as redes sociais foram usadas pelos
manifestantes para coordenar saques durante os quatro dias de desordem
na Inglaterra.
"Estamos trabalhando com a polícia, os serviços de
inteligência e a indústria para ver se seria correto parar a comunicação
através desses sites e serviços quando sabemos que estão tramando planos
de violência, desordem e criminalidade, afirmou Cameron durante sessão
de emergência no Parlamento.
Cameron, que enfrenta uma crise que pode definir seu
mandato, prometeu ainda que a repressão as gangues de rua serão uma
prioridade nacional e que os baderneiros responsáveis pelos distúrbios
dos últimos dias serão perseguidos e punidos.
"A reação já começou para valer", disse Cameron na sessão
extraordinária, admitindo que o número de policiais e suas táticas foram
inadequadas no início dos distúrbios, que começaram em Londres e depois
se espalharam para outras cidades inglesas.
"Quanto à minoria fora da lei, os criminosos que pegam o
que conseguem, digo isso: vamos monitorá-los, vamos encontrá-los, vamos
indiciá-los e vamos puni-los. Vocês vão pagar pelo que fizeram", disse o
premiê.
Cameron está sob pressão para aliviar recentes medidas de
austeridade econômica, reforçar o policiamento e oferecer mais
oportunidades para comunidades carentes, já que as disparidades de renda
e oportunidades foram apontadas como uma motivação para os distúrbios.
Evitando citar a delicada questão dos cortes de verbas para
a polícia, Cameron autorizou maiores poderes para a força policial,
inclusive o direito de exigir que suspeitos tirem máscaras ou capuzes
que estejam usando. Antes, ele já havia autorizado o uso de cassetetes e
jatos de água.
Cameron disse que manterá nas ruas de Londres até o fim de
semana cerca de 16 mil policiais, e que admitiria convocar militares
para funções secundárias, a fim de liberar policiais para a repressão
aos distúrbios.
"Não se trata de pobreza, e sim de cultura", disse ele.
"Uma cultura que glorifica a violência, mostra desrespeito pela
autoridade e diz tudo sobre os direitos e nada sobre as
responsabilidades", afirmou o premiê, que prometeu indenização a quem
tenha sofrido prejuízos e não tenha seguro.
Os distúrbios começaram no sábado, após protestos pela
morte de um homem afro-caribenho em um incidente com policiais. A
mobilização de reforços policiais fez com que a noite de quarta para
quinta-feira já fosse mais tranquila do que as quatro anteriores.
Por causa da crise, Cameron interrompeu suas férias na
Itália e convocou o Parlamento em meio a seu recesso de verão. A polícia
deteve 1.200 pessoas em vários lugares da Inglaterra.
*
Informações de Yahoo! Notícias, com Reuters e Agência O Globo.
11/08/2011
- Tópico associado:
Vandalismo de Londres se desdobra - Bigio, de Londres, para VF
* * *
Independência:
Sudão do Sul se torna o mais novo país do
mundo*
Nas ruas da capital do país, Juba,
centenas de pessoas comemoraram
a mudança logo após o horário
oficial da separação do norte.
O Sudão do Sul se tornou oficialmente às 18h01 de hoje
(hora de Brasília, 0h01 de sábado, hora local) o mais novo país do
mundo, ao oficializar sua independência do restante do Sudão.
Nas ruas da capital do país, Juba, centenas de pessoas
comemoraram a mudança logo após o horário oficial da separação do norte.
Segundo o enviado da BBC a Juba Will Ross, às vésperas do
nascimento do país as rádios tocaram sem parar o hino nacional
sul-sudanês, composto por estudantes locais.
O país nasce a partir de um acordo de paz firmado em 2005,
após 12 anos de uma guerra civil que deixou 1,5 milhão de mortos. Em
janeiro, 99% dos eleitores do Sudão do Sul votaram a favor da separação
da região, predominantemente cristã e animista, em relação ao norte,
governado a partir de Cartum, onde a população é em sua maioria
muçulmana e de origem árabe.
Hoje, o governo do presidente sudanês, Omar Bashir,
reconheceu formalmente a independência da parte Sul de seu país. Ele
estará em Juba, amanhã (9) para a festa, assim como o secretário-geral
da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que será
recepcionado pelo presidente interino do Sudão do Sul, Salva Kiir
Mayardit.
Apesar de ter grandes reservas de petróleo, o Sudão do Sul
nasce como um dos países mais pobres do mundo, com a maior taxa de
mortalidade materna, a maioria das crianças fora da escola e um índice
de analfabetismo que chega em 84% entre as mulheres.
Embora não haja estatísticas oficiais, a ONU estima que a
população do país varie entre 7,5 milhões e 9,5 milhões. O Sudão do Sul
também nasce sendo um dos maiores do Continente Africano, superando as
áreas de Quênia, Uganda e Ruanda somadas.
Após comemorar a independência, o Sudão do Sul terá de
resolver a questão da fonteira com o Norte. A independência está sendo
celebrada sem que as fronteiras entre o Sul e o Norte já estejam
completamente definidas. Um foco de tensão é o debate sobre quem ficará
a região de Abyei, rica em petróleo.
Em maio, forças do Sudão do Norte entraram em Abyei. Os
conflitos forçaram 170 mil pessoas a deixarem suas casas, para fugir da
violência.
O acordo de 2005 previa um referendo para os moradores da
área decidirem se ficariam com o Norte ou o Sul, mas por causa da tensão
a votação ainda não ocorreu.
Antecipando-se a uma eventual retomada da guerra civil, o
Conselho de Segurança da ONU aprovou, também em maio, o envio de uma
missão de paz com 7 mil militares para a área, a maioria da Etiópia.
A separação também acendeu os ânimos na região de Kordofan
do Sul, que está sob controle do governo de Cartum.
Povoada por minorias étnicas sem ligação com a população
árabe do Norte, a região quer se juntar ao novo país. Confrontos na
região já provocaram o deslocamento de 60 mil moradores.
*
Informações da BBC Brasil.
* * *
Paquistão
Brasileiro é preso por desrespeito à
religião*
Governo brasileiro contratou um advogado
para tentar tirar
o paranaense da cadeia e trazê-lo de
volta ao Brasil.
Da
Redação*
Via Fanzine
Na sexta-feira, 13/05, em Islamabad, no Paquistão, um
brasileiro foi preso, após intervir durante orações dentro de uma
mesquita.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que
se trata de Rodrigo Moreto Cubek, natural do Estado do Paraná. Ele foi
detido por policiais paquistaneses por "perturbação da ordem pública".
Ao interferir nas orações ele propôs promover no local,
discussões de ordem religiosa e ideológica, ao que foi prontamente
reprimido. Cubek poderia obter uma pena extensa naquele país, caso seu
ato fosse interpretado como desrespeito ao Islã.
De acordo com informações das agências, o governo
brasileiro contratou um advogado para tentar tirar o paranaense da
cadeia e trazê-lo de volta ao Brasil. Segundo o Itamaraty, a expectativa
é que isso possa acontecer no início da próxima semana.
O Ministério das Relações Exteriores tem mantido contato
com a família de Cubeck desde que o incidente foi informado pela
embaixada brasileira no Paquistão. De acordo com declarações da família,
o rapaz sofre de transtornos mentais. A família de Cubek declarou
desconhecer que ele se encontrava no Paquistão, já que anteriormente
estava noutro país.
* Com Agências.
* * *
Oriente Médio:
Al Qaeda confirma morte de Bin Laden*
"Sua felicidade irá
se transformar em sofrimento, e seu sangue
irá se
misturar com suas lágrimas", disse a Al Qaeda.
A Al Qaeda confirmou nesta sexta-feira, 06/05, a morte de
seu líder Osama bin Laden em uma mensagem na Internet com promessa de
vingança contra os Estados Unidos e seus aliados, incluindo o Paquistão,
segundo o serviço de monitoramento Site.
Cinco dias depois de o presidente norte-americano, Barack
Obama, anunciar a morte de Bin Laden em uma operação militar dos EUA no
Paquistão, a Al Qaeda prometeu que não irá desviar do caminho da luta
armada.
"(O sangue de Bin Laden) permanecerá, com a permissão de
Alá Todo Poderoso, uma maldição que persegue os americanos e seus
agentes, e irá atrás deles dentro e fora de seus países", disse a rede
militante em comunicado divulgado em fóruns islâmicos na Internet e
traduzidos pelo serviço Site.
"Sua felicidade irá se transformar em sofrimento, e seu
sangue irá se misturar com suas lágrimas", disse a Al Qaeda.
"Fazemos um apelo ao nosso povo muçulmano no Paquistão, em
cuja terra o xeque Osama foi morto, para levantar e revoltar-se para
limpar essa vergonha que tem sido associada a eles por um grupo de
traidores e ladrões... e em geral, para limpar seu país da imundice dos
americanos que espalham a corrupção dentro dele."
*
David Morgan/Reuters, reportagem de David Morgan.
* * *
Rússia:
Cientistas teriam previsto o tremor no
Japão*
O Consulado Geral
do Japão em Vladivostok, segundo Abrámov,
solicitou e recebeu
em maio de 2006 o prognóstico e os materiais relacionados.
Cientistas da cidade russa de Vladivostok teriam
prognosticado em 1997 um sismo devastador no nordeste do Japão para o
ano de 2011. “Asseguramos que em 2011 ocorreria uma série de tremores de
magnitude equivalente ou superior a 10 graus na zona de Kanto. E é
precisamente esta parte do Japão a que agora sofreu os maiores
estragos”, manifestou Valeri Abrámov, chefe do laboratório de Geologia e
Tectonofísica Regional no Instituto do Pacífico a RIA Novosti.
Para corroborar suas palavras, Abrámov apresentou o
exemplar de uma revista local, “Obras do clube de professores da
UNESCO”, que publicou o citado prognóstico em 1997. O documento se
sustentava em uma imensa base de dados a respeito da atividade sísmica
no Longínquo Oriente e remetia-se, entre outras coisas, ao poderoso
terremoto de 1923 no Japão. Depois de analisar toda a informação, os
pesquisadores usaram fórmulas especiais para comprovar o caráter cíclico
de tais sismos.
O Consulado Geral do Japão em Vladivostok, segundo Abrámov,
solicitou e recebeu em maio de 2006 o prognóstico e os materiais
relacionados, mas o destino do material é ignorado. Pelas mesmas datas
produziu-se no Japão um terremoto bastante forte que, segundo o
pesquisador russo, pressagiava o ocorrido em 11 de março de 2011.
As autoridades do Japão, em sua opinião, estavam avisadas
do terremoto e podiam ter evitado uma parte dos danos. “Se tivessem
diminuído desde princípios de 2011 a pressão energética sobre as
centrais nucleares, teriam prevenido escapes de radiação dos reatores.
Tudo parece indicar que cientistas japoneses, se baseando em estudos
próprios, descartavam a possibilidade de um tremor”, assinalou o
cientista.
*
Informações de RIA Novosti.
-
Tradução: Pepe Chaves.
* * *
Oriente Médio:
EUA posicionam navios e aviões perto da
Líbia*
O governo norte-americano afirmou que a
ação militar é uma das opções que está considerando.
As Forças Armadas dos Estados Unidos estão posicionando
navios e aviões militares perto da Líbia, afirmou um oficial do
Pentágono na segunda-feira, no momento em que o governo do presidente
Barack Obama intensifica a pressão para que o líder líbio, Muamar Kadafi,
deixe o poder.
Os navios poderão ser usados para missões humanitárias e de
resgate, afirmou a secretária de Estado norte-americana, Hillary
Clinton, em Genebra, onde ela disse ao Conselho de Direitos Humanos da
Organização das Nações Unidas (ONU) que Kadafi estava usando
"mercenários e bandidos" para reprimir uma manifestação popular.
"Não há qualquer ação militar pendente envolvendo
embarcações navais dos Estados Unidos", ela disse, depois que o
Pentágono anunciou que estava posicionando navios de guerra e unidades
da Força Aérea perto do litoral líbio.
"Nós estamos aproximando navios da Líbia em caso de
necessidade", afirmou o coronel David Lapan, um porta-voz do Pentágono.
O coronel afirmou que aviões também estavam sendo
reposicionados perto da Líbia, onde Líbia: oposição controla o petróleo
e Kadhafi se faz de surdo a apelos permanece irredutível diante da
pressão do Ocidente e do seu próprio povo para acabar com seu regime de
41 anos.
O governo norte-americano afirmou que a ação militar é uma
das opções que está considerando, embora muitos analistas dizem ser
muito improvável que os Estados Unidos lancem uma invasão terrestre ou
ataques aéreos por causa da situação volátil no país norte-africano.
O Pentágono não deu detalhes de quais forças estavam sendo
mobilizadas, mas o anúncio deve ter o objetivo de enviar um sinal para
Kadafi e seu governo de que os Estados Unidos estavam agindo.
Não estava imediatamente claro quais navios a Marinha
norte-americana têm no mar Mediterrâneo, mas o país possui dois
porta-aviões estacionados mais a leste. A Sexta Frota dos Estados Unidos
tem sua base perto de Nápoles, na Itália, no Mediterrâneo, em frente à
Líbia.
Os Estados Unidos também estão conversando com aliados
sobre criar uma zona de "restrição aérea" na Líbia, afirmou o porta-voz
da Casa Branca, Jay Carney.
Essa condição poderia impedir que Kadafi usasse aviões de
guerra ou helicópteros para atacar rebeldes que tomaram grandes áreas do
país.
*
Reportagem de Missy Ryan, Jeff Mason, Steve Holland, Glenn Somerville e
Alister Bull, em Washington; de Andrew Quinn, em Genebra; e de Peter
Apps, em Londres/Reuters.
* * *
Líbia:
Distúrbios: pelo menos 46 mortes em 72
horas*
Desde a terça-feira
passada ocorrem manifestações sem precedentes contra o regime líbio.
Ao menos 46 pessoas morreram nos distúrbios na Líbia nas
últimas 72 horas, revelou nesta sexta-feira a Anistia Internacional,
acusando as autoridades líbias de atirar contra os manifestantes.
Segundo fontes do hospital Al Jala de Benghazi, uma das
cidades mais sacudidas pelas manifestações, a maior parte das vítimas
apresenta ferimentos a bala na cabeça.
"Esta alarmante progressão do número de vítimas e a
natureza dos ferimentos sugere que as forças de segurança receberam
autorização para utilizar força letal contra manifestantes desarmados",
destacou Malcolm Smart, diretor da Anistia para Oriente Médio e África.
Desde a terça-feira passada ocorrem manifestações sem
precedentes contra o regime líbio, incluindo o "Dia da Ira", na véspera,
quando a repressão policial e militar foi violenta, especialmente em
Benghazi e Al Baida, duas cidades costeiras a leste de Trípoli.
Franco-atiradores matam 15 pessoas na
Líbia**
Franco-atiradores das forças especiais da
Líbia atacaram neste sábado um grupo que estava reunido na segunda maior
cidade do país, Benghazi, para lamentar a morte de 35 manifestantes na
sexta-feira. Segundo um funcionário de um hospital local, 15 pessoas
morreram no ataque, incluindo um homem aparentemente atingido por um
míssil antiaéreo.
Mais cedo, as forças de segurança atacaram
um acampamento de manifestantes contra o governo em Benghazi, deixando
mais mortos e feridos, segundo testemunhas. O grupo de direitos humanos
Human Rights Watch, com sede em Nova York, estima que pelo menos 84
pessoas morreram em três dias de protestos, com base em informações de
hospitais e testemunhas.
*
Informações da AFP.
** As informações são da Associated
Press.
* * *
Sydney:
Yasi
chega à Austrália
Ciclone de "proporções catastróficas"
atinge o nordeste da Austrália.*
O ciclone "Yasi", considerado de "proporções catastróficas"
pelas autoridades australianas, entrou nesta quarta-feira na Austrália
pela costa nordeste após um vendaval que causou pequenos danos,
indicaram fontes oficiais.
Conforme o serviço de meteorologia, o ciclone, de categoria
cinco, tocou a terra pelo litoral, perto da cidade de Mission Beach, ao
norte do estado de Queensland e a 50 quilômetros ao sul de Innisfail
pouco após a meia-noite nessa região (12h de Brasília).
Na primeira hora, os ventos tiveram menor intensidade do
que o previsto pelos meteorologistas. Até agora, no entanto, as
autoridades não informaram o registro de vítimas. Nas cidades do litoral
sopraram ventos de 48 km/h a 160 km/h, de acordo com o serviço
meteorológico.
O porta-voz do Escritório de Meteorologia, Rick Threlfal,
indicou à rede de rádio "ABC", que isso era somente o início e que nas
próximas duas horas os ventos aumentariam com força, antes do amanhecer
na Austrália.
"A força real dos ventos só saberemos quando o olho do
ciclone chegar", acrescentou o porta-voz. De acordo com o serviço
meteorológico, o núcleo do ciclone tem diâmetro de 35 quilômetros e sua
frente de 650 quilômetros.
"O vento não tem a força que pensávamos, talvez cause menos
danos do que antecipamos", disse Val Schier, prefeito de Cairns, destino
turístico para os que visitam a Grande Barreira de Coral, antes da
chegada em terra do núcleo do ciclone.
A Polícia indicou que na primeira hora haviam recebido
informações de danos em prédios em Townsville e Mission Beach, e também
ocorreram cortes da provisão elétrica em áreas de quase todas as
localidades situadas ao nordeste de Queensland.
Os fortes ventos do ciclone, que seguiam a uma velocidade
de 29 km/h, derrubaram árvores e arrancaram telhados de prédios, pelos
primeiros dados oficiais.
Em seu último boletim, o Escritório de Meteorologia
assinalou que o ciclone chegaria à costa oriental de Queensland pelo
norte da localidade de Innifail, que fica a uma hora de carro em direção
ao sul da cidade de Cairns, na qual residem 164 mil pessoas.
Com o ciclone se aproximando da costa, a primeira-ministra
do estado de Queensland, Anna Bligh, indicou em mensagem pela televisão
que as tarefas de evacuação haviam sido concluídas nesta quarta-feira e
pediu novamente aos residentes das localidades litorâneas a buscar
refúgio seguro.
Dezenas de milhares de pessoas se prepararam para
sobreviver as "24 horas horríveis" que os aguardavam por causa da força
destrutiva atribuída ao ciclone pelos meteorologistas e as autoridades.
Conforme as autoridades e os meteorologistas, o ciclone "Yasi",
de categoria máxima e rajadas de vento de até 297 km/ h, pode ser maior
e o "risco" superior a qualquer outro que anteriormente bateu a
Austrália.
"Francamente, não acredito que a Austrália tenha visto
antes um ciclone desta intensidade em uma região povoada como a faixa de
nossa costa. Enfrentamos uma tempestade de proporções catastróficas",
disse à imprensa Anna Bligh, chefe do Governo de Queensland.
O serviço nacional de meteorologia assinalou que pouco
antes da chegada do ciclone, a costa seria atingida por ondas de quase
três metros de altura produzidas pelo forte vento, por isso que as
autoridades pediram aos habitantes que procurem locais elevados como
medida de precaução.
Nos dois últimos dias, e assim que os meteorologistas
tiverem certeza que "Yasi" era potencialmente perigoso, as autoridades
evacuaram 40 mil pessoas de várias localidades de Queensland.
O serviço de meteorologia calculou que a força de "Yasi"
era maior que a do ciclone "Larry", que em 2006 destruiu casas e
comércios do litoral do nordeste e causou danos materiais no valor de
US$ 1 bilhão.
Outro ciclone, chamado "Anthony" e de categoria 2, passou
na última segunda-feira na mesma região de Queensland com rajadas de
vento de até 130 quilômetros, embora tenha causado danos menores.
Queensland se recupera ainda das inundações que começaram
no fim de novembro, que já causaram 35 mortos e danos materiais
avaliados em US$ 5,6 bilhões.
*
Informações da EFE.
* * *
Cairo:
Novo governo
egípcio será formado
Ministro da Aviação
Ahmad Chafic nomeado primeiro-ministro egípcio.*
O ministro da Aviação egípcio, general Ahmad Chafic, foi
hoje encarregado de formar um novo governo por decreto do presidente
Hosni Mubarak, sucedendo a Ahmad Nazif, anunciou a televisão estatal.
O anúncio surge num dia em que presidente Hosni Mubarak, no
poder há 29 anos, nomeou um vice-presidente pela primeira vez (o chefe
dos serviços secretos, Omar Suleiman) e está numa reunião de emergência
com os seus colaboradores.
Dezenas de milhares de egípcios desafiaram hoje o recolher
obrigatório (16h no Cairo), no quinto dia de uma sangrenta revolta
contra o regime de Hosni Mubarak. Mais de 50 pessoas morreram em cinco
dias.
*
Informações da Lusa, via Expresso (Portugal).
- Tópico relacionado:
Protestos contra presidente
se agravam no Egito
* * *
Grã-Bretanha:
Assange
é solto
Fundador do WikiLeaks é libertado após
pagar fiança.*
Julian Assange
O criador do site WikiLeaks, Julian Assange, deixou na
quinta-feira (16/12) a prisão na Grã-Bretanha, após pagar fiança para
aguardar em liberdade o processo que pode levá-lo a ser extraditado para
a Suécia para responder por crimes sexuais. O australiano afirma ser
vítima de uma perseguição política, e prometeu continuar revelando
segredos governamentais.
Com ar triunfal, mas cansado, Assange falou a uma multidão
de jornalistas que o aguardavam no meio da neve, em frente à Alta Corte
britânica, cinco horas depois de um juiz autorizar sua liberdade
condicional, mediante rígidas medidas de segurança e o pagamento de uma
fiança de 200 mil libras (312 mil dólares).
"É ótimo respirar o ar fresco de Londres outra vez", disse
Assange, de 39 anos, ao lado dos seus advogados. "Espero continuar meu
trabalho e continuar a protestar minha inocência neste assunto, e a
revelar conforme obtivermos, o que ainda não fizemos, as evidências
dessas alegações."
O WikiLeaks tem irritado o governo dos EUA nas últimas
semanas, desde que começou a divulgar mais de 250 mil comunicações
secretas de diplomatas norte-americanos.
Ele disse que seus advogados ouviram rumores de que ele
havia sido indiciado por espionagem nos Estados Unidos. O jornal The New
York Times noticiou que promotores federais estariam procurando provas
de que Assange conspirou com um ex-analista militar de inteligência
suspeito de entregar-lhe os documentos.
"Não tenho muito medo de ser extraditado para a Suécia",
afirmou Assange. "Há preocupações muito maiores em ser extraditado para
os EUA", acrescentou ele, que agradeceu seus advogados, as pessoas que
lhe ofereceram o dinheiro da fiança, "todas as pessoas em todo o mundo
que têm fé em mim" e o Judiciário britânico, "onde, se a justiça nem
sempre é o resultado, pelo menos ela não está morta ainda."
Vestindo um paletó azul e camisa branca com colarinho
aberto, Assange exibiu documentos judiciais onde se lia: "Autoridade
Judicial Sueca versus Julian Paul Assange". Em seguida, deixou a corte
em um veículo 4 x 4.
Assange passou nove dias preso em Londres, por causa de um
mandado de prisão sueco em que ele é acusado de cometer transgressões
sexuais contra duas ex-voluntárias do WikiLeaks. Assange negou a
acusação.
Logo antes da libertação, a mãe dele, Christine Assange,
que viajou da Austrália para a Grã-Bretanha, se disse muito feliz com a
decisão. "Mal posso esperar para ver meu filho e abraçá-lo. Tenho fé no
Judiciário britânico para fazer a coisa certa", afirmou ela.
Um tribunal de instância inferior havia concedido a
liberdade condicional a Assange na terça-feira, mas a promotoria
britânica, agindo em nome do governo sueco, recorreu da decisão,
alegando que havia um risco significativo de fuga.
Assange precisará se apresentar diariamente à polícia e
terá de usar um localizador eletrônico. Outra condição é que se instale
na mansão rural de um apoiador seu, ex-oficial do Exército britânico.
Seu anfitrião, Vaughan Smith, disse que a mansão oferecerá
paz e tranquilidade a Assange. "É bastante difícil chegar perto sem
invadir (o terreno)", afirmou ele ao canal Sky News. "A Internet, porém,
não é muito boa."
* Informações de
Isabel Coles e Avril Ormsby, para Reuters, com reportagem adicional de
Adrian Croft, Keith Weir, Stefano Ambrogi e Michael Holden em Londres e
Mia Shanley em Estocolmo.
-
Foto: Reuters.
* * *
Camboja:
Tumulto mata mais
de 300 pessoas
O
tumulto começou quando algumas pessoas desmaiaram
em
meio a multidão que ocupava a ponte da cidade.*
Pelo menos 339 pessoas morreram após um tumulto em uma
ponte de Phnom Penh, capital do Camboja, na noite desta segunda-feira
(22), durante as celebrações do fim do Festival da Água. A informação
foi dada pelo primeiro-ministro Hun Sen, à uma rede de televisão local.
Milhares de pessoas se reuniram na capital nos últimos três
dias para participar das regatas anuais, de shows e assistir a queima de
fogos de artifício, principais atrações do festival.
Segundo testemunhas, o tumulto começou quando algumas
pessoas desmaiaram em meio a multidão que ocupava a ponte da cidade.
Algumas acabaram sendo pisoteadas e outras foram jogadas para fora da
ponte, que liga Phnom Penh a Diamond Island, uma pequena ilha. As
vítimas foram levadas para o hospital Calmette, na própria cidade.
O atendimento no hospital Calmete, um dos maiores de Phnom
Penh, ficou sobrecarregado pela quantidade de feridos, informaram
enfermeiros do centro médico. Fontes dos serviços de emergência
indicaram que dezenas de pessoas se lançaram às águas do rio Tonle Sap
para evitar serem esmagadas pela multidão.
Na região se encontram vários caminhões militares que estão
carregando as pessoas feridas, explicaram testemunhas. Os membros dos
serviços de emergência examinavam no meio a noite, com ajuda de
lanternas, as margens do rio em busca de sobreviventes, disseram fontes
oficiais.
As autoridades estimaram que cerca de dois milhões de
pessoas estiveram no local para celebrar a última jornada do festival,
que dura três dias e reúne, nas margens do rio Tonle Sap, uma multidão
para homenagear a água e se despedir das monções.
O festival anual, um dos maiores e mais exuberantes do
Camboja, marca a inversão do fluxo entre os rios Tonle Sap e Mekong.
*
Informações de UOL Notícias, com agências internacionais.
* * *
Los Angeles:
Legalização da maconha na Califórnia*
Soros doa US$ 1 milhão à campanha para
legalizar maconha na Califórnia.
George Soros
O milionário americano de origem húngara George Soros doou
na terça-feira, 26/10, um milhão de dólares à campanha pela proposta
para legalizar a maconha na Califórnia (oeste dos EUA), que será votada
no próximo 2 de novembro.
O célebre investidor anunciou seu apoio à Proposta 19, em
artigo publicado na edição desta terça do jornal Wall Street Journal.
Na nota, Soros escreveu que embora a proposta que
estabelece um imposto à comercialização da maconha não seja perfeita,
sua aprovação "seria um grande avanço e suas deficiências poderiam ser
corrigidas com base na experiência".
"Regular e taxar a maconha poderia, simultaneamente, poupar
a quem paga impostos bilhões de dólares em forças de segurança e prisões
caras, enquanto poderia prover muitos bilhões de dólares em ganhos
anualmente", ressaltou Soros, em sua coluna.
Pouco depois da publicação da nota, o jornal Sacramento Bee,
da Califórnia, noticiou que Soros fez um aporte de um milhão de dólares
à conhecida Proposta 19.
Para o investidor, um imposto sobre o consumo de canabis
"reduziria a delinquência, a violência e a corrupção associadas aos
mercados das drogas, bem como as violações das liberdades civis e dos
direitos humanos, que ocorrem quando um grande número de chamados
cidadãos respeitosos da lei estão sujeitos à prisão. Em troca, a polícia
poderia se concentrar nos crimes graves", afirmou.
*
Informações e imagem da AFP.
* * *
Santiago:
Mineiros organizam saída de mina
Sonda atinge abrigo de
mineiros e eles se organizam
para estabelecer a ordem de saída.*
Os 33 mineiros presos faz mais de dois meses no subsolo da
mina San José, no norte de Chile, têm se dividido em vários grupos para
determinar a ordem de sua saída, prevista para os próximos dias, segundo
informou nesta sexta-feira (08/10) o ministro de Saúde chilena, Jaime
Mañalich.
Os primeiros a abandonar o refúgio em que estão alojados, a
700 metros de profundidade, serão os que se encontram em melhores
condições de saúde, para abrir o caminho aos seus colegas mais débeis e
indicar aos técnicos as dificuldades do trajeto. Este grupo contará com
quatro ou seis pessoas.
"Depois desses, subirão os maiores, os mais gordos, o que
tem diabetes, o que tem dificuldades respiratórias e alguma outra
dificuldade importante", disse Mañalich em declarações ao diário digital
'O Mercurio'.
A seguir, ocorrerá a ascensão do último grupo, integrado
também por alguns dos mais fortes, que permanecerão no fundo da mina até
o final do resgate para ajudar aos prejudicados na finalização do
resgate, caso ocorra algum contratempo.
O ministro também explicou que para facilitar a evacuação,
todos os mineiros têm sido submetidos nos últimos dias a um programa de
exercícios físicos mais intenso com a finalidade de provocar respostas
às situações de máximo estresse, simulando assim, o que poderiam se
suceder durante a liberação.
"A resposta em geral tem sido muito boa. Alguns deles têm
tido episódios de ansiedade como era esperado, outros, já tiveram
aumento da frequência cardíaca acima do desejável ", explicou.
O ministro Jaime Mañalich comentou sobre o mineiro que
sofre diabetes e tem apresentado mais complicações. "Obrigou-nos a
aumentar suas calorias para mantê-lo estabilizado", disse. O ministro
descartou o uso de sedativos durante a operação no “dia D".
Sonda atinge abrigo de mineiros no Chile**
Após 66
dias de agonia, 33 mineiros soterrados no Chile receberam a
possibilidade de escapar de seu purgatório neste sábado, após uma sonda
perfuradora atingir o local em que eles se refugiaram após um
desabamento no dia 5 de agosto. A informação de que uma perfuradora
conseguiu chegar ao local provocou uma onda de celebrações, provocou
lágrimas e alegrias entre as famílias dos mineiros acampadas ao redor da
mina, localizada em San José, localizada a 850 quilômetros ao norte de
Santiago, capital do país. Vários familiares, que se mantiveram em
vigília ao redor da mina desde o desastre escalaram uma encosta na qual
foram fincadas 32 bandeiras chilenas e um emblema da Bolívia, já que um
dos mineiros é boliviano, e comemoraram com gritos de alegria e com
sirenes.
A sonda
perfuradora T-130 concluiu o poço de 624 metros de profundidade que
chegou ao local em que os trabalhadores se refugiaram após sobreviverem
a um desabamento ocorrido 80 metros abaixo.
O senador
Baldo Prokurica afirmou, após se reunir com membros da equipe de
resgate, que ao longo do dia será decidido o momento em que começará o
"inédito resgate". A decisão está nas mãos de um grupo de oito geólogos
e geomecânicos, que vão analisar os vídeos que mostram o interior do
túnel, decidirão se as paredes do poço devem ou não ser reforçadas ou se
o túnel só será revestido parcialmente por enormes tubos metálicos. Os
membros da equipe de resgate sinalizaram que, pelo menos, os primeiros
100 ou 150 metros do poço devem ser reforçados. Se o reforço for
parcial, o resgate pode começar, provavelmente, na terça-feira. Se a
opção for por um reforço total das paredes do poço, o prazo para início
de resgate seria prorrogado em oito ou dez dias. Os mineiros serão
içados individualmente no interior de uma jaula desenhada especialmente
para essa operação.
A sonda
do "Plano B" venceu uma corrida contra outras duas sondas para cavar um
túnel até a galeria usada como abrigo pelos mineiros. Enquanto as sondas
do "Plano A" e do "Plano C" tiveram que interromper e retomar suas
operações após se depararem com sucessivos obstáculos, a sonda do "Plano
B" conseguiu atingir os mineiros em um ponto a 622 metros abaixo da
superfície às 8h05 (horário local), após 33 dias de escavação. "Essa é
uma conquista enorme", disse o ministro de Mineração, Laurence Golborne.
"Mas nós ainda não resgatamos ninguém", afirmou. "Esse resgate não
terminará até que a última pessoa deixe a mina", completou.
*
Informações de Europa Press, com tradução de Pepe Chaves (MG).
**
Informações da Agência Estado.
-
Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).
* * *
Quito:
Soldados param o país
Equador mergulha em crise; soldados tomam
aeroporto e pontos estratégicos.*
A inquietação tomou conta do Equador nesta quinta-feira
quando soldados assumiram o controle do principal aeroporto do país e
policiais saíram às ruas em protesto. O presidente Rafael Correa acusou
rivais de tentarem um golpe de Estado e cogitou dissolver o Congresso.
Em momentos de caos e confusão em Quito, centenas de
soldados tomaram a pista de pousos do aeroporto internacional, fechada
para voos, e policiais uniformizados queimaram pneus em protesto a uma
proposta do governo para cortar seus bônus.
Correa, visivelmente agitado, desafiou os policiais em
protesto: "Senhores, se vocês querem matar o presidente, aqui está ele.
Me matem se vocês quiserem. Me matem se vocês tiverem coragem", gritou
ele a partidários em uma sacada.
Mais tarde, Correa, aliado próximo do presidente
venezuelano Hugo Chávez, disse ter sido atacado por manifestantes e que
precisou receber atendimento médico.
"Eles atiraram bombas de gás lacrimogêneo contra a gente.
Uma explodiu perto do meu rosto. (A bomba) teve efeito em mim e em minha
mulher por alguns segundos, provavelmente minutos", disse o presidente,
dentro de um hospital militar em Quito, a uma rádio local.
Testemunhas disseram haver saques em Quito e na cidade de
Guayaquil, e que muitos funcionários e estudantes retornaram para suas
casas.
O país, de 14 milhões de habitantes, tem um longo histórico
de instabilidade política.
Protestos nas ruas derrubaram três presidentes durante
crises econômicas na década anterior à posse de Correa.
Correa disse estar analisando a possibilidade de dissolver
o Congresso, onde membros de seu próprio partido de esquerda estão
bloqueando propostas do Legislativo com o objetivo de cortar os gastos
do governo.
A Constituição de Equador, de apenas dois anos, permite ao
presidente declarar impasse político, dissolver o Congresso e governar
por decreto até que novas eleições presidenciais e legislativas sejam
realizadas. A medida, no entanto, teria que ser aprovada pela Corte
Constitucional.
O presidente peruano, Alan García, disse que os chanceleres
da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) devem viajar ao Equador para
mediar a crise. Ele acrescentou que ordenará o fechamento imediato da
fronteira peruana com o Equador.
"Estado de Direito"
Aparentemente, a polícia liderou os protestos nesta
quinta-feira, mas alguns soldados se juntaram ao movimento, em
solidariedade.
Policiais em Guayaquil e Quito protestaram em seus
quartéis. Militares em Guayaquil bloquearam algumas estradas que chegam
à cidade litorânea, a mais populosa do Equador.
O chefe do comando das Forças Armadas, Ernesto González,
garantiu que os militares estão subordinados à autoridade do presidente.
"Estamos em um Estado de Direito. Estamos subordinados à
máxima autoridade que é o senhor presidente da República", afirmou o
chefe militar a jornalistas.
O chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, declarou que os
protestos "intoleráveis" protagonizados por grupos de policiais no país
não têm o respaldo da população.
"Uma decisão totalmente inaceitável de parte de alguns
setores policiais, não de todos. O povo não está apoiando isso, o povo
está se mobilizando em favor de seu governo, legitimamente em vigor",
disse Patiño, em entrevista por telefone à rede regional Telesur.
O presidente do Banco Central, Diego Borja, pediu calma e
exaltou equatorianos para que não retirem dinheiro dos bancos.
Brasil vê crise com “preocupação”**
A crise política no Equador está sendo acompanhada pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que considera a possibilidade de
acionar a Unasul, o Mercosul e a Organização dos Estados Americanos
(OEA) se necessário, disse nesta quinta-feira o assessor especial da
Presidência, Marco Aurélio Garcia.
"Vai haver, se for necessário, mobilização da Unasul (União
de Nações Sul-Americanas), do Mercosul e da OEA, que já estão atentos ao
assunto", disse Garcia.
De acordo com o presidente peruano, Alan García, os
chanceleres sul-americanos viajarão ao Equador para mediar a crise.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou em
nota que o "ministro Celso Amorim tomou conhecimento, com preocupação,
das manifestações no Equador".
Em contato telefônico com o chanceler do Equador, Ricardo
Patiño, Amorim expressou total apoio e solidariedade do Brasil ao
presidente equatoriano, Rafael Correa, e às instituições democráticas
equatorianas, disse o Itamaraty.
A crise teve início após o presidente equatoriano ter
afirmado que considera dissolver o Parlamento por conta de um impasse
político com aliados. Além disso, policiais realizam protestos em todo o
país, deixando o Equador sem segurança, e as Forças Armadas tomaram o
principal aeroporto equatoriano.
O governo brasileiro recebeu informações que confirmam
relatos vindos de Quito de que os militares seguem fiéis a Correa.
Correa disse que foi atacado por manifestantes e que
precisaria de tratamento médico. Logo depois, ele afirmou que os
manifestantes da polícia o procuraram no hospital e que seriam
responsabilizados se ele fosse ferido.
O presidente acusou ainda a oposição de tentar promover um
golpe de Estado no país.
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Informações de Hugh Bronstein e Alexandra Valencia para a Reuters, com
reportagem adicional de Jose Llangari, Alexandra Valencia e Santiago
Silva em Quito; Mario Naranjo em Santiago; Eyanir Chinea, Andrew
Cawthorne, Daniel Wallis em Caracas).
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Reportagem de Natuza Nery
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Los Angeles:
Mexicana vence concurso de Miss Universo*
Navarrete, uma
entusiasta da natureza de Guadalajara, revelou durante a competição
que gostaria de
trabalhar com mulheres que sofrem de distúrbios alimentares.
A
mexicana Jimena Navarrete é a nova miss universo.
Jimena Navarrete, uma morena de 22 anos do México, foi
eleita Miss Universo em Las Vegas nesta segunda-feira, no terceiro ano
consecutivo de domínio latino-americano no concurso.
A segunda colocada foi a Miss Jamaica, Yendi Phillipps,
enquanto a Miss Austrália, Jesinta Campbell, ficou com o terceiro lugar.
A Miss Ucrânia, Anna Poslavska, foi a quarta classificada, à frente da
Miss Filipinas, Venus Raj.
Navarrete, uma entusiasta da natureza de Guadalajara,
revelou durante a competição que gostaria de trabalhar com mulheres que
sofrem de distúrbios alimentares.
"Estudei nutrição e gostaria que todos entendessem que não
se trata de aparência, mas de como você se sente por dentro", disse a
morena de 1,75 metro, por meio de um intérprete. "E quando você se sente
bem por dentro, você fica com a aparência bonita."
Ela se tornou a segunda mexicana a levar a coroa, depois de
Lupita Jones em 1991. A Venezuela conquistou o título em 2008 e em 2009,
mas surpreendentemente o país não passou da primeira etapa deste ano,
quando foram escolhidas 15 entre 83 concorrentes.
Também foi eliminada na primeira etapa a Miss Estados
Unidos Rima Fakih, muçulmana de descendência libanesa que recentemente
se declarou contra a construção de uma mesquita próximo ao antigo local
do World Trade Center.
Desde o início, o concurso foi uma disputa difícil entre
México, Jamaica e as Filipinas, cujas concorrentes todas receberam notas
altas nas etapas de traje de banho e vestidos de gala. Mas a Miss
Filipinas bombou na etapa de perguntas, quando não conseguiu dar
detalhes sobre seu maior erro e o que ela fez para consertá-lo.
A personalidade da Miss Jamaica, viciada confessa em
adrenalina -- gosta de pular de penhascos e nadar com tubarões --, pode
ter sido um pouco forte para os organizadores. Ela declarou
veementemente ser contra a pena de morte, dizendo que apenas Deus tem o
direito de tirar vidas.
A Miss México, com a ajuda de um intérprete, não teve
problemas em responder a uma pergunta sobre os riscos da Internet para
crianças.
A Miss Austrália, de 19 anos e a mais jovem das cinco
finalistas, também foi direta na etapa de perguntas, dizendo que os
governos não têm o direito de regulamentar as vestimentas religiosas de
mulheres. Mas a Miss Ucrânia assumiu uma posição favorável às
autoridades, apoiando os scanners de corpos em aeroportos, o quais
permitem que se veja através das roupas.
O concurso, em sua 59a edição, foi apresentado pelo músico
do rock Bret Michaels e a apresentadora de TV Natalie Morales, no
Mandalay Bay Resort and Casino.
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Reportagem de Dean Goodman, para a Reuters.
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Imagem: reuters.
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