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 história

 

 

Portugal:

Quem descobriu os Açores, afinal?*

O historiador Joaquim Fernandes, da Universidade Fernando Pessoa, no Porto,

Portugal, lançou o romance O Cavaleiro da Ilha do Corvo, no qual defende,

baseado em fatos documentados, que a descoberta do arquipélago dos Açores

ocorreu muito antes da chegada dos portugueses.

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O professor universitário Joaquim Fernandes recorda como os navegadores portugueses que chegaram à pequena ilha do Corvo, nos Açores, em meados do século XV, encontraram ali uma intrigante estátua de pedra, representando um cavaleiro com traços característicos do norte de África.

 

A notícia, normalmente ignorada nos relatos oficiais, tem, no entanto, uma fonte histórica autorizada: Damião de Góis (1502-1574), o grande humanista português do Renascimento, que descreve, com algum detalhe, no capítulo IX da sua Crônica do Príncipe D. João, escrita em 1567, as circunstâncias em que o inesperado monumento – “antigualha mui notável”, como lhe chama - foi achado no noroeste da pequena ilha, a que os mareantes chamavam “Ilha do Marco”.

 

O cronista refere que a descoberta ocorreu no período a que classificou de “nossos dias”, ou seja, no seu tempo de vida, provavelmente entre os finais do século XV e os inícios de XVI, no decurso do reinado de D. Manuel I e durante as primeiras tentativas de colonização da ilha do Corvo.

 

O monumento era “uma estátua de pedra posta sobre uma laje, que era um homem em cima de um cavalo em osso, e o homem vestido de uma capa de bedém, sem barrete, com uma mão na crina do cavalo, e o braço direito estendido, e os dedos da mão encolhidos, salvo o dedo segundo, a que os latinos chamam índex, com que apontava contra o poente”.

 

Esta imagem, que toda saía maciça da mesma laje, mandou el-rei D. Manuel tirar pelo natural, por um seu criado debuxador, que se chamava Duarte D'armas; e depois que viu o debuxo, mandou um homem engenhoso, natural da cidade do Porto, que andara muito em França e Itália, que fosse a esta ilha, para - com aparelhos que levou - tirar aquela antigualha; o qual, quando dela tornou, disse a el-rei que a achara desfeita de uma tormenta, que fizera o inverno passado, refere o cronista.

 

Mas a verdade foi que a quebraram por mau azo; e trouxeram pedaços dela, a saber: a cabeça do homem e o braço direito com a mão, e uma perna, e a cabeça do cavalo, e uma mão que estava dobrada, e levantada, e um pedaço de uma perna; o que tudo esteve no guarda-roupa de el-rei alguns dias, mas o que depois se fez destas coisas, ou onde puseram, eu não o pude saber, acrescenta.

 

A este estranho monumento juntou-se a descoberta, no século XVIII, de um não menos perturbador vaso de cerâmica, achado nas ruínas de uma casa, no litoral da mesma ilha, repleto de moedas de ouro e de prata fenícias, que, segundo numismatas da época e não só, datariam de, aproximadamente, entre os anos 340 e 320 antes de Cristo.

 

Arquipélago de Açores, no Atlântico

Imagem: Google Maps

 

As descobertas fabulosas não se ficaram por aqui: viajantes estrangeiros, no decurso do século XVI, alegaram ter encontrado inscrições supostamente fenícias de Canaã (Palestina), numa gruta da ilha de S. Miguel. Por fim, em 1976, nesta mesma ilha, haveria de ser desenterrado um amuleto com inscrições de uma escrita fenícia tardia, entre os séculos VII e IX da era cristã.

 

Todas estas perplexidades levaram Joaquim Fernandes a encetar uma longa e exaustiva investigação bibliográfica e documental e a escrever O Cavaleiro da Ilha do Corvo.

 

No romance, o autor levanta um testemunho que reforça de modo evidente o relato de Damião de Góis: um mapa dos irmãos Pizzigani, de 1367, descoberto em Parma, apresenta um desenho com uma figura explícita ostentando uma legenda em latim onde se diz: “Estas eram as estátuas diante das colunas de Hércules...”. Ora, esse desenho está colocado à latitude dos Açores, no meio do Atlântico, sugerindo a tradição das Estátuas como marcos-limites do oceano navegável ou conhecido e serviriam para avisar os perigos que corriam os navegadores mais ousados. Mais ainda: a historiografia árabe, do século X, por exemplo, faz referência a essas mesmas estátuas e à sua eventual função de marco dos limites navegáveis, o que credibiliza, por outra via, o testemunho de Damião de Góis. Demasiadas coincidências, para um simples rumor ou lenda...

 

* Texto imagens: divulgação/O Cavaleiro da Ilha do Corvo (Portugal).

 

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- Leia também: Os Açores há dois mil anos - Joaquim Fernandes.

 

 

 

 

Fátima:

Um caso de religião ou de ufologia?

1917: aparição de figura exógena ganhou conceitos religiosos em Portugal.

 

Por Pepe Chaves

Para Via Fanzine

 

“Partindo de contatos mantidos com um “anjo” (tal como Maria, mãe de Jesus...), a menina Lúcia foi preparada para a ascensão de uma graça maior que estaria por vir e, da qual, ela seria a figura catalisadora e difusora deste grande impacto junto à vida de milhões de pessoas das mais diversas latitudes do globo.


De um país tecnologicamente obsoleto e esquecido num canto de uma Europa que agonizava canibalisticamente em profunda crise mercantilista, viria uma luz que assolaria o coração das pessoas encaminhando-os para a bondade; combateria o comunismo soviético; acabaria com a Primeira Guerra; desviaria Portugal do sangue derramado na Segunda Guerra e ainda, preocupada com a Igreja Católica, guardaria para esta, o terceiro e mais bem guardado de seus três segredos: a previsão, para décadas depois, do atentado a um papa”.

 

Assim, inicio meu artigo “UFOs e Aparições Marianas: Santos ou seres de outros planetas?”, publicado no portal UFOVIA, com edição especial do site “Lender Book”. A reflexão fria e não religiosa das ocorrências de Fátima, sobretudo, se comparada a outras semelhantes, pode nos levar a conclusões distintas daquelas forçosamente plantadas pela religião católica. Esta igreja adotou grande parte desses casos, adaptando-os dentro de seus “dogmas de fé” e atribuindo a eles caráter religioso de acordo com a doutrina católica.

 

Clique aqui para ler na íntegra o artigo “UFOs e Aparições Marianas: Santos ou seres de outros planetas?”

 

 Clique aqui para ler mais sobre aparições marianas.

 

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O melhor amigo:

Rondon e o Caí*

 “É o melhor amigo do homem”, diz a máxima popular.

É mesmo de se pensar: será o ser humano capaz

de fazer o que ele faz? De ser leal, companheiro,

de se entregar por inteiro em função de uma amizade?

Um sentimento me invade ao lembrar o seu fim derradeiro.

(José Itajaú Oleques Teixeira)

 

- Campanha Sertanista - Última Fase

 

“De 1915 a 1919, última fase de sua grande campanha sertanista, inaugurada com o descobrimento do Juruena, consagra Rondon seus esforços ao levantamento geográfico de pontos e regiões importantes de Mato Grosso. Finalmente, a Carta de Mato Grosso e Regiões Circunvizinhas ficou pronta, conseguindo dar sintética e condigna representação a todo o sistema de itinerários topográficos realizados sob a sua direção ou superintendência. Para isto tivera que, à medida que elaborava a representação dos levantamentos sertanejos, interpretá-los geograficamente, a eles reunindo o resultado de longas pesquisas em arquivos do Brasil e do estrangeiro, revivendo explorações esquecidas ou inaproveitadas, juntando dados modernos, de tal forma que, pode-se dizer que a carta, bem atualizada, sintetiza duzentos anos de cartografia. Em 1919, ao ser chamado ao Rio pelo Ministro da Guerra, Pandiá Calógeras - Governo Epitácio Pessoa - Rondon, que perdera tantos companheiros na selva, levava a tristeza de uma nova perda, a do seu Caí, seu inseparável companheiro (...)”. (Coutinho)

 

- O Fiel e Inseparável Caí

 

“Mas foi nesse período que perdi meu pobre Caí, meu fiel e inseparável companheiro de sertão durante quatro anos, isto é, toda a sua vida, porque aos quatro meses partiu comigo.

 

À tardinha do dia 2 de junho (1919) veio ainda me receber, embora já andasse doente, saltando para a canoa onde eu estava - teve então a primeira síncope. Tentou, ainda assim, carregar o meu chapéu, o que fazia sempre, quando eu chegava. Porque era um cão excepcionalmente inteligente, um pointer de rara beleza. Meu nobre Caí! Admitindo minha superioridade, não te consideravas, entretanto escravo. Era voluntária a tua submissão e teus olhos, quase humanos, viam em mim um deus, um rei, acima de tudo justo, capaz de conhecer todos os teus pensamentos para, de ti, só exigir aquilo que te conviesse.

 

Por teu lado, lias o que se passava em mim, compreendias minha disposição de ânimo, conservando-te horas a meu pés, imóvel se me vias ocupado. E, se me sentias triste, vinhas encostar tua bela cabeça, olhando-me como se dissesses: ‘Não te aflijas, aqui estou eu, o teu verdadeiro amigo, pronto para substituir todos os teus amigos que falharem, para combater todos os teus inimigos. Vamos dar um passeio e não penses mais. Eu não costumo pensar...’ Tudo isso acompanhado de expressivo movimento de cauda...

 

Meu Caí, mais humano do que muitos humanos! Disse-me, uma vez, um índio(1) que nos acompanhava depois de muito observá-lo:

 

- Meu Coronel, Caí não é cachorro!

- Que é ele, então?

- Caí é... gente...

 

E que precioso auxiliar, como guarda do acampamento, carregando a caderneta com inexcedível zelo, indo buscar o que se lhe pedia, encontrando, com seu admirável faro, as fichas que, durante a medição, caíam entre as folhas secas.

 

Perdera-se, certa vez, uma caderneta. Chamei-o e, segurando-lhe a cabeça pelas orelhas, olhei-o bem nos olhos e ordenei repetidas vezes, com voz firme:

 

- Caderneta, Caí, busca!

 

Daí a dois dias voltava ele com a caderneta na boca. Não admitiu que ninguém lhe tocasse. Correu para mim, deitou sua grande cabeça no meu colo, a me fitar amorosamente, a solicitar os afagos que lhe não foram regateados...

 

Morreu quando terminamos nossos trabalhos, quando não mais corríamos perigo e eu não tive a alegria de lhe proporcionar vida sossegada na chácara onde sonhava viver com os meus, com a minha bicharada...

Vida que não estava muito longe, porque eram meus últimos esforços no sentido de minha completa emancipação da vida do mato...

 

Enterramo-lo no último dia de serviço da expedição, no porto do antigo fortim da Conceição, debaixo de três grandes loureiros cuiabanos...” (Viveiros).

 

(1) Kierton, da etnia Barbados, que depois viveria com ele no Rio de Janeiro - como uma espécie de mordomo no seu apartamento de Copacabana.

 

- Pintura: T. Torquino.

 

Fontes:

 

VIVEIROS, Esther de – Rondon conta sua vida - Brasil, Rio de Janeiro, 1958 – Livraria São José.

 

COUTINHO, Edilberto – Rondon - o civilizador da última fronteira - Brasil, Rio de Janeiro, 1969 – Olivé Editor.

 

* Texto fornecido por Hiram Reis e Silva, coronel de Engenharia e professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA). Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) e presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS). Seu site é: http://www.amazoniaenossaselva.com.br.

 

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Belmonte/Portugal:

JK – um brasileiro na terra de Cabral

'Um dos meus sonhos, talvez possível num futuro não muito distante, é rezar em Bom Despacho,

numa igrejinha de Nossa Senhora da Esperança, alta e nobre lembrança da descoberta e formação do Brasil'.

 

 Por Jacinto Guerra*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

 

 

JK, o construtor de Brasília, foi muito bem recebido em Portugal.

 

Fundada no distante século XII, a pequena cidade de Belmonte, em Portugal, fica longe do mar, perto da Covilhã e de Castelo Branco, região da Serra da Estrela.

 

A antiga vila ergue-se no panorâmico Monte da Esperança. Seu filho mais ilustre é Pedro Álvares Cabral, o navegante que descobriu o Brasil, quando suas caravelas, que partiram de Lisboa, encontraram um Porto Seguro.

 

Ainda jovem, Pedro Álvares deixou o Castelo dos Cabrais, onde nasceu, e partiu para a aventura das Grandes Navegações que abriram as portas do mundo moderno e iniciaram o processo de globalização, intensificado agora no limiar do século XXI.

 

Em 1963, o ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek de Oliveira (1956-1961) foi a Belmonte para inaugurar um Monumento a Pedro Álvares Cabral, navegante que o escritor Afrânio Peixoto chamou poeticamente de “o homem que inventou o Brasil”. Na época, Juscelino era senador da República pelo Estado de Goiás e, nesta condição, aceitou o convite do jornalista António Paulouro, diretor de um jornal da cidade do Fundão, vizinha da terra de Cabral.

 

JK é natural de Diamantina, Minas Gerais, cidade que, na expressão de José Cândido de Carvalho, escritor luso-brasileiro, “é tão encadernada em português como Braga ou Guimarães”. Juscelino tem, ainda, o sobrenome Oliveira, a identificar suas origens lusitanas, que ele muito prezava.

 

A viagem de Kubitschek a Portugal, iniciativa do “Jornal do Fundão” transformou-se numa festa nacional. Começou em Lisboa, seguiu pelo Ribatejo, visitando Santarém, Abrantes e Castelo Branco, sempre a receber calorosas homenagens do povo português.

 

Em Santarém, na Igreja da Graça, depois de depositar uma coroa de flores no túmulo do Descobridor do Brasil, uma grande multidão aplaudiu o senador Kubitschek, que fez questão de cumprimentar grande número de pessoas. Em seguida, a comitiva brasileira alcançou a Estrada Nacional na direção da Serra da Estrela.

 

A noite chegou. Arrefecera a temperatura, mas continua quente o entusiasmo popular. Aqui e além, fogueiras acesas para cortar o frio que apertava. O trânsito era difícil e o carro do presidente teve que abrandar a marcha.

 

Então, o Dr. Juscelino, da janela do automóvel, perguntou a um homem à beira da estrada: “Está frio?... E ele respondeu-lhe: Não, não está frio. Nós estamos assim agasalhados para ter o coração mais quente para recebê-lo”.

 

Na subida da Alpendrinha, via-se ao longe, destacando-se no negrume da serra, a cidade da Covilhã, pontilhada de luzes como se fosse um presépio.

 

A vila do Fundão estava povoada de gente. Havia bandeiras do Brasil, bandeiras de Portugal, faixas de saudação, retratos de JK. Fazia muito frio e algumas pessoas acenderam fogueiras na rua, para se aquecerem, enquanto esperavam.

 

Depois de belas homenagens na Covilhã e no Fundão, JK teve a grande emoção de chegar a Belmonte, terra do Descobridor do Brasil. Foi com muito entusiasmo que o povo de Belmonte recebeu o estadista brasileiro.

 

Todas as ruas do centro estavam decoradas com motivos luso-brasileiros, destacando-se as bandeiras e brasões de Portugal, do Brasil, da cidade de Belmonte e da família Cabral. Dizem os jornais da época, que as fachadas dos prédios de Belmonte foram reparadas e “alindadas” para esse dia festivo, principalmente o Castelo, a Igreja de Santiago e a Capela dos Cabrais.

 

Já era noite quando os holofotes iluminaram o monumento a Pedro Álvares Cabral. Foi entre grandes aclamações que JK descerrou o monumento, bela figura em bronze, obra do escultor Álvaro Brée.

 

Monumento a Cabral, visitado por JK em Belmonte.

 

Em Belmonte, Pedro Álvares, mais do que Cabral, é o “Pedro”, que faz a cidade orgulhosa de seu valor, história e cultura. Hoje, ao lado das bandeiras da União Européia, de Portugal e do Brasil, o grande navegador contempla o horizonte, segurando um astrolábio, uma espada e uma enorme cruz.

 

Juscelino Kubitschek, estadista do futuro, tinha grande apreço pela História e a cultura. De Belmonte, JK seguiu para Guimarães, a primeira capital portuguesa, onde reinou D. Afonso Henriques. JK foi ao Porto e a Braga, em viagens de muita emoção. Depois de voltar a Lisboa, ainda visitou Nazaré, Fátima, Caldas da Rainha – e as grandes obras de Deus e dos homens na Batalha e em Alcobaça.

 

Em todos os lugares, apesar do regime autoritário que dominava o país, o povo não deixou de aplaudir o estadista que construiu Brasília e ficou para sempre no coração do povo brasileiro. As fotografias históricas mostram, com muita clareza, o entusiasmo e a alegria de homens e mulheres de todas as idades, aplaudindo Juscelino nas ruas e praças de Portugal.

 

Temos em Brasília, capital da Esperança, duas lembranças muito queridas da terra de Cabral. Uma delas é a velha chave do Castelo onde nasceu o Descobridor do Brasil, um presente que Juscelino recebeu em Belmonte, hoje valiosa peça do Memorial JK. Na Catedral de Brasília, há uma réplica da Senhora da Esperança, a imagem que acompanhou Cabral na viagem do Descobrimento, outro presente de Belmonte à capital do Brasil. (Um dos meus sonhos, talvez possível em futuro não muito distante, é rezar em Bom Despacho, numa igrejinha de Nossa Senhora da Esperança, alta e nobre lembrança da descoberta e da formação do Brasil).

 

No “Jornal do Fundão”, de 11/03/2009, disponibilizado na internet, o presidente da Câmara Municipal de Belmonte, Amândio Melo, anuncia a inauguração, ainda em abril, do Centro Interpretativo “A Descoberta do Novo Mundo”, um investimento de 2,5 milhões de euros, dedicado às grandes navegações, à viagem descobridora de Cabral e ao desenvolvimento e à modernidade do Brasil.

 

Trata-se de um Museu do século XXI, totalmente interativo, privilegiando as novas tecnologias, que encantam o visitante. O melhor exemplo que temos, no Brasil, de uma realização desse nível, fica em São Paulo: é o fantástico Museu da Língua Portuguesa.

 

Lembrando a histórica viagem de JK ao interior de Portugal, Belmonte deseja receber uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porque antes e depois de Juscelino, nenhum dos grandes políticos brasileiros visitou a terra do navegante que descobriu esta América de língua portuguesa.

 

Mas, hoje, os cidadãos do Brasil que visitam Portugal terão o maior interesse em conhecer, na Serra da Estrela, a pequena e linda Belmonte. É um lugar mágico, onde se cultivam, com esperança, a história e os valores que constroem o futuro.

    

* Jacinto Guerra, mineiro de Bom Despacho e morador de Brasília, é autor de vários livros, entre os quais JK–Triunfo e ExílioUm estadista brasileiro em Portugal (Thesaurus, 2ª edição, 2005) – www.thesaurus.com.br, principal fonte de pesquisa desta matéria.

 

- Foto: Arquivo VF.

 

- Produção: Pepe Chaves.
© Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.

 

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A ditadura e o futebol:

Itaúna relembra o histórico 31 de março

No dia em que foi instalada a ditadura militar no Brasil, seria sepultado

o sonho do Esporte Clube Itaúna chegar à primeira divisão do futebol mineiro.

 

Por Pepe Chaves*

Editor Via Fanzine

 

 

Apesar de todos os esforços e dos verdadeiros craques criados no celeiro itaunense, o Esporte Clube Itaúna (ECI) jamais chegou a disputar a primeira divisão profissional mineira. Quando o ECI disputou a segunda divisão do campeonato mineiro em 1964, sua diretoria era composta pelos seguintes membros: Neca Fiscal (presidente), Murilo Gonçalves, Heleno Soares, Argeu Gonçalves e Hely de Souza (diretores).

 

Naquela época, somente um clube da segunda divisão (e não dois como atualmente) teria acesso à primeira. Os  itaunenses lutaram e, após uma brilhante campanha, teriam que vencer a equipe do Nacional de Uberaba para se promover. O jogo final aconteceu no campo do Cruzeiro, no Barro Preto, em Belo Horizonte, no dia 31 de março de 1964, justamente, no dia da proclamação do Golpe Militar de 1964, quando o presidente foi deposto, o Congresso Nacional fechado e os militares tomaram o poder no Brasil - para devolvê-lo aos civis somente em 1984.

 

E o mais interessante que devemos destacar é que o Esporte Clube Itaúna, estava naquele dia, sob o comando técnico de um militar: o Major Ruy. Entusiasta do futebol e com o apoio da comunidade, o Major Ruy tomou as rédeas do clube naquele ano, e conseguiu encabeçá-lo entre os melhores da segunda divisão mineira. Sua rigidez militar parece ter funcionado, pois levou a agremiação até a fatídica partida, contra o Nacional de Uberaba, da qual o vencedor seria promovido.

 

A equipe do Triângulo Mineiro enfrentou a do Centro-oeste naquele histórico e sombrio 31 de março de 1964, quando os itaunenses foram derrotados pelo placar de 3x1, após terem aberto e cedido a virada aos uberabenses, vindo a sofrer o segundo gol nos momentos finais da partida.

 

O itaunense Marcos Lacel (filho do conhecido e saudoso Tucha), atualmente residindo em Goiânia, relembra um pouco daquele espetáculo sombrio ue presenciou de perto. “Eu estava lá. No Barro Preto. Um jogo noturno. O Esporte Itaúna começou bem, fez 1x0, o Neto perdeu um gol incrível e o Rubinho também, podíamos ter feito 3x0, mas o futebol tem coisas incríveis e perdemos o jogo. Nós, cambada de estudantes itaunenses, estávamos próximos às cabines de Rádio do campo, uma droga de construção de madeira. O Fernando Sasso, na época comentarista da Rádio Itatiaia, chegou perto da torcida e perguntou: ‘Que pelada é essa aí? Que time merda é esse de pernas de pau que está com uma camisa igual a do Flamengo?’. Foi uma dificuldade terrível segurar e acalmar o meu irmão, o Artur Bitela e outros que queriam agredir o baixinho gordinho... Em plena revolução... Fomos para o buteco da sede do Cruzeiro e tomei um belo porre futibolístico...”, contou Lacel.

 

Foi uma derrota dolorosa e, até então, o ECI ainda não obteve novamente a oportunidade de acessar (pela primeira vez) a divisão de elite do futebol profissional mineiro.

 

Atualmente, o Esporte Clube Itaúna é presidido pelo advogado José Hailton Mendes e comandado pelo técnico Célio Costa. Após ser o terceiro colocado no módulo II (divisão de acesso) em 2008, nesse ano de 2009,  o ECI, carinhosamente chamado de "Cachorrão" disputa o módulo II do Campeonato Mineiro profissional (FMF) e não desistiu de buscar o seu lugar na divisão de elite do futebol mineiro.

 

* Texto extraído do livro “A História do Esporte Clube Itaúna” (Pepe Arte Viva, 2008), de Pepe Chaves.

 

- Leia mais sobre a história e atuais atividades do ECI: www.esporteclubeitauna.com.br.

 

 

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15 de novembro:

A verdadeira História da Proclamação

Inverdades e até triângulo amoroso na proclamação da República.

 

Por Paulo Gomes Lacerda*

Do Rio de Janeiro

Para Via Fanzine

Marechal Deodoro proclamou a República do Brasil.

 

Há 119 anos, num dia de 15 de novembro, sem qualquer participação popular e sequer o apoio de grande parte da elite da época, proclamava-se a República, um fato político que deixou marcas profundamente trágicas na história brasileira.

 

Relatos históricos hoje melhor conhecidos contam que, naquele confuso dia de 1889, comandando algumas centenas de soldados pelas ruas do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, o marechal Deodoro da Fonseca, tido como fiel a D.Pedro II, pretendia com sua movimentação apenas derrubar o então chefe do Gabinete Imperial (equivalente hoje ao cargo de primeiro-ministro), o Visconde de Ouro Preto, que, por sua postura liberal, desagradava aos militares conservadores. Tanto assim que, à frente da tropa, sua primeira saudação em alta voz foi “Viva sua majestade, o Imperador”, e não uma saudação à república, instituição que surgiria oficialmente poucas horas depois.

 

Segundo farta documentação a respeito desse episódio, a decisão final dos conspiradores de derrubar o Imperador D. Pedro II aconteceu tão-somente na madrugada do dia 15 de novembro, quando um oficial republicano, o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro, comandante das tropas que cercavam o Paço Imperial, convenceu Deodoro a proclamar a República, relatando-lhe nada menos que inverdades. Conforme se sabe hoje, esse militar teria dito a Deodoro que o novo Presidente do Conselho de Ministros, supostamente indicado pelo Imperador e que ocuparia o posto no dia 20 de Novembro, quando também os deputados eleitos tomariam posse, seria Silveira Martins, inimigo mortal do Marechal.

 

'Entre os deputados eleitos em 1889, que tomariam posse no dia 20 de novembro,

só havia dois republicanos, o que evidencia bem o caráter de golpe militar

e até entreguista da proclamação da República'

 

Deodoro e Silveira se rivalizavam na disputa amorosa pela Baronesa do Triunfo, viúva muito bonita e elegante, de acordo com os registros da época e que sempre preferiu Silveira Martins ao marechal. Na verdade, o novo Presidente do Conselho de Ministros seria o Conselheiro José Antônio Saraiva, diplomata de renome que já chefiara o Gabinete Imperial duas vezes, entre 1880 e 1882 e por um curto período no ano de 1885.

 

Disse-lhe também o major Sólon que uma suposta ordem de prisão contra seu chefe havia sido expedida pelo governo imperial, versão que convenceu finalmente o velho marechal a proclamar a República no dia 16 e a exilar a Família Imperial sob as sombras da noite. Assim se evitaria que a expulsão de D.Pedro II, da Imperatriz Teresa Cristina, da Princesa Isabel e de seu marido, o Conde d´Eu fosse impedida pela população mais empobrecida, em cujo meio a família imperial era muito estimada por seus atos de caridade.

 

Nada houve de heróico nesse trágico acontecimento, considerando-se que a República só veio por pressão de alguns fazendeiros escravocratas, insatisfeitos com a Lei Áurea e com as propostas não aceitas pelo governo imperial para que eles fossem indenizados pela alforria de seus escravos, entre outros acontecimentos relevantes. Para deixar isto mais claro, basta mencionar que entre os deputados eleitos em 1889, que tomariam posse no dia 20 de novembro, só havia dois republicanos, o que evidencia bem o caráter de golpe militar e até entreguista da proclamação da República.

 

'O primeiro hino nacional do Brasil republicano foi a Marselhesa,

copiado da França; e sua primeira bandeira da nova ordem

foi uma réplica auriverde da bandeira norte-americana'

 

O fato foi saudado com euforia pelo enviado extraordinário do Departamento de Estado Norte Americano, Robert Adams Jr., que, ao escrever relatório sobre os acontecimentos, deixou isto bem patente: “A família imperial partiu hoje. O Governo de facto com o ministério foram estabelecidos, perfeita ordem mantida, importante reconhecermos a república primeiro. Adams” (“Imperial family sailed today. Government de facto with ministry established perfect order maintained, important we acknowledge republic first. Adams."  - In SILVA, Hélio: "1889: A República não esperou o amanhecer", Porto Alegre: LP&M, p.371). Nesse mesmo dia, navios norte-americanos navegavam pelas águas territoriais brasileiras, para auxiliar o governo provisório da nova República na "imposição da ordem", numa provocação agressiva à Marinha do Brasil.

 

E mais: o primeiro hino nacional do Brasil republicano foi a Marselhesa, copiado da França; e sua primeira bandeira da nova ordem foi uma réplica auriverde da bandeira norte-americana. Até hoje o Brasil paga o preço por copiar outros países imaginadamente ”mais desenvolvidos” ao invés de implantar seu próprio modelo nacional, que se desenhava sob a bandeira do Império, dentro da Monarquia parlamentarista!

 

No contraponto dessa nada heroicidade dos golpistas, D. Pedro II, pouco depois de chegar a Portugal a bordo da fragata Alagoas, da Marinha Brasileira e no início de seu exílio, como homem de princípios morais e éticos incomuns recusava-se a aceitar os termos de um decreto do governo provisório republicano que incluía a transferência à sua pessoa de cinco mil contos de réis (equivalente hoje a 4,5 toneladas de ouro ou aproximadamente R$ 2 bilhões).  Enfatizando que esse dinheiro pertencia ao povo brasileiro, em seu lugar ele pediu que o substituíssem por apenas um travesseiro cheio de terra brasileira, onde poderia repousar sua cabeça, quando dormisse e também quando morresse.

 

'Passaram-se décadas antes que os despojos da Família Imperial pudessem

retornar ao Brasil e seus descendentes aqui colocassem seus pés'

 

Nasceu a República, além da conspiração urdida por grupos prejudicados, entre outros fatos, por causa da abolição da escravatura, também pelas invencionices de um major, a espada de um marechal, e por que não dizer, em meio à disputa de egos feridos por amores mal correspondidos.  Lembramo-nos de sábias e proféticas frases do escritor Monteiro Lobato em texto onde ele expõe os descalabros republicanos que principiavam a fincar suas raízes no Brasil, que “tinha um rei. Tem sátrapas. Tinha dinheiro. Tem dívidas. Tinha justiça. Tem cambalachos de toga. Tinha Parlamento. Tem ante-salas de fâmulos. Tinha o respeito do estrangeiro. Tem irrisão e desprezo. Tinha moralidade. Tem o impudor deslavado...”. Um discurso absolutamente atual esse de Monteiro Lobato!

 

Passaram-se décadas antes que os despojos da Família Imperial pudessem retornar ao Brasil e seus descendentes aqui colocassem seus pés. Os restos mortais de D. Pedro II, falecido em 3 de dezembro de 1891, num singelo hotel de Paris; da então Imperatriz Teresa Cristina, que morreu pouco depois de chegar à cidade do Porto, em Portugal, no começo de seu exílio; e da Princesa Isabel, que partiu deste mundo em Paris em 14 de novembro de 1921, bem como de seu marido, o Conde d´Eu, falecido em 1922 a bordo do navio que o trazia de volta ao Brasil, repousam hoje no Panteão da Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis (RJ).

 

Deodoro, nascido na cidade de Alagoas (atualmente Marechal Deodoro, AL) em 5 de agosto de 1827, morreu em 23 de agosto de 1892 na cidade do Rio de Janeiro. Como sua última vontade pediu que o sepultassem em trajes civis, no que não foi atendido e seu enterro teve toda a pompa e honras militares. Os motivos para seu derradeiro desejo ele os guardou para sempre.

 

Em 15 de novembro, o que temos para comemorar? 

 

* Paulo Gomes Lacerda é ensaísta.

   news@brasilimperial.org.br

 

- Fonte: Núcleo de Difusão da Memória Brasileira Brasil Imperial

             www.brasilimperial.org.br/nucleo.htm

  

 

 

 

Descoberta das Américas:

Os chineses se adiantaram a Colombo?

Mapas mostram que a história da descoberta de América pode ser outra.

 Por Isaac Bigio*

 

Bóias orientais teriam percorrido o continente americano muito antes de que nascessem os progenitores de Colombo. A revelação de novos mapas destroçam a lenda da descoberta do Novo Mundo.

 

Em inícios do século XVI os cartógrafos começaram a mostrar um novo continente ao que se lhe chamou com o nome do florentino Américo Vespúcio. Em 1502 ele navegou pela costa brasileira e a Patagônia e chegou à conclusão de que o Novo Mundo não era parte da Ásia, como tinha suposto Cristóvão Colombo.

 

Recentemente transcendeu a existência de um mapa com o qual se poderia concluir que os asiáticos percorreram as duas Américas antes dos nascimentos de Vespúcio e Colombo, além de que a frota do almirante Zheng teria sido a primeira em cartografar o Novo Mundo.

 

Os historiadores admitem que em inícios do século XV centenas de barcos a cargo deste almirante eunuco e maometano partiram de China, percorreram toda a costa sul asiática e chegaram até a África. Esta frota era maior e mais preparada do que as caravelas que em 1492 partiriam de Andaluzia até o Caribe.

 

No ano de 2002 apareceu em Londres o livro 1421: O ano em que China descobriu ao mundo, no qual seu autor, Gavin Menzies, propunha que esses navios chegaram tão longe como circunavegar todo o continente.

 

'No mapa aparecem os contornos da costa pacífica desde o Chile

até o oeste norte-americano, isso, a 162 anos antes de que o marinheiro

Francis Drake, que fora o primeiro ocidental a conhecer vários desses lugares'

 

Até o próprio Menzies se surpreendeu pelo antigo mapa achado, que se baseia numa cartografia de 1418. Três anos antes da data na qual ele assegurava que os chineses percorreram o planeta, já tinham um completo mapa mundi. Este teria sido feito 104 anos antes de o navegante espanhol Juan Sebastián do Cano culminasse a primeira travessia européia ao continente, iniciada pelo português Fernando de Magalhães, a mesma que passou por Brasil, Argentina e Filipinas.

 

No mapa aparecem os contornos da costa pacífica desde o Chile até o oeste norte-americano, isso, a 162 anos antes de que o marinheiro Francis Drake, que fora o primeiro ocidental a conhecer vários desses lugares. Também figura toda América do Sul, não só antes de Francisco Pizarro chegar ao Peru e Equador (1532) e Diego de Almagro à Bolívia e Chile (1535-37), mas, inclusive, meio século antes de os incas do Cuzco avançarem para a costa e conquistarem a maioria do que fosse seu império (que se estenderia desde o sul colombiano ao norte argentino).

 

Ademais, pode-se notar que a baía de Hudson, foi descoberta a inícios do século XVII, e inclusive, o Alaska, o qual seria divisado pelo dinamarquês Vitus Bering em 1741. As costas africanas estão demarcadas desde  fins do século XV, quando o português Vasco da Gama chegou à sua ponta austral. Mais surpreendente ainda é o fato de que no citado mapa aparecem Nova Zelândia e Austrália, a mesma que por volta de 1770 viu o primeiro homem branco.

 

Se o britânico James Cook explorou a costa norte e oeste de “ilha-continente”, no mapa mundi chinês encontra-se desenhada sua costa sul e oriental. Por último, delineia-se a Antártica quatro séculos antes de que fosse explorada pelos ocidentais.

'Para a equipe de Menzies, o mapa não só é real, mas há centenas de evidências,

entre as quais artesanatos, animais, vocábulos e genes chineses,

garantindo que eles teriam estado nas Américas antes da conquista européia'

 

O tema da fraude

 

Os céticos alegam que este mapa pode ser uma nova fraude ou que foi desenhado por Mo Yi Tong em 1763 copiado de um mapa do imperador Yongle, de 1418. Se os experts em Nova Zelândia e Inglaterra revelaram que esse fato faz 243 anos, ainda fica a dúvida se Mo Yi Tong copiou fielmente o mapa mundi de 1418 ou se atualizou as significativas mudanças. Em todo caso, um mapa de 1763 que mostra a Austrália, Nova Zelândia, Antártica e Alaska, antes mesmo destes locais terem sido visitados, obrigaria a uma revisão da história.

 

Para a equipe de Menzies, o mapa não só é real, mas há centenas de evidências, entre as quais artesanatos, animais, vocábulos e genes chineses, garantindo que eles teriam estado nas Américas antes da conquista européia. Quando estávamos entrevistando-o chegava um correio eletrônico com um novo velho mapa chinês onde apareciam as Américas.

 

Contudo, quando se comemoram 600 anos do início das viagens de Zheng Tenho, seu papel vem sendo revelado. Segundo Menzies, Zheng precedeu a Colombo em descobrir o Novo Mundo e também antecedeu a Vespúcio em cartografá-lo. Se isso se demonstrar verdadeiro: teria quem reclamaria que um de seus correligionários antecedeu aos cristãos em chegar ao Novo Mundo? Deveríamos mudar o nome de nosso continente para Zhengia?

 

* Isaac Bigio é analista internacional formado na London School of Economics & Political Sciences.

   Seu site é www.bigio.org .

 

- Leia Isaac Bigio em Via Fanzine (exclusivo):

www.viafanzine.jor.br/bigio

 

 

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Brasil:

Atlântida Brasilis

Por que podemos afirmar que o Brasil foi re-descoberto?

Qual o conhecimento histórico que possibilita isso?

 

Por José Carlos ROCHA VIEIRA Júnior*

 

No ano 9.564 a.C., o último pedaço do grande continente da Atlântida, afundou-se repentinamente no Oceano Atlântico, devido a uma série gigantesca de erupções vulcânicas, maremotos e terremotos. Esse pedaço de terra contava então com 64 milhões de habitantes e os gregos chamavam-na de Ilha de Posseidônis. Dela restou tão somente o arquipélago dos Açores e fez “nascer” o Mar Mediterrâneo, pois a fina ligação de terra entre a África e a Europa se rompeu, enchendo toda aquela enorme depressão, conforme o próprio Jacques Cousteau detectou em pesquisas na década de 1.970.Não só o afundamento de Posseidônis, como a história do grande continente atlante e sua civilização, ficaram registrados na tradição histórica de vários povos do planeta Terra, como por exemplos:

 

01º- Atlântida: entre os gregos.

02º- Atlas: entre os romanos.

03º- Antília ou Antilha: entre os fenícios (a Fenícia é hoje o atual Líbano) e Cartagineses (Cartago: cidade fenícia na atual Tunísia).

04º- Amenti: entre os egípcios.

05º- Arallu: entre os sumérios e babilônios, na mesopotâmia (atual Iraque).

06º- Avalon: entre o povo celta da Gália (França).

07º- Valhalla: entre os povos da Península da Escandinávia (atual Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca).

08º- Antilla: entre o povo celta da Espanha.

09º- Atlantioi e Attalla: entre o povo berbere do Norte africano, no deserto do Saara.

10º- Ad: entre os antigos árabes.

11º- Atalaya: entre os índios Guanches, das Ilhas Canárias, no Oceano Atlântico.

12º- Atalaintika: entre o povo basco, no Norte da Espanha e Sul da França, no Oceano Atlântico. O povo basco é originário de Posseidônis.

13º- Aztlán: entre o povo Asteca, no México.

14º- Atlán: entre o povo Maya, do México e Península do Yucatam, na América Central.

15º- Tlapallan: entre o povo Tolteca, do México.

16º- Atlán: entre tribos indígenas da América do Sul, América Central e costa Norte da América do Sul.

 

O afundamento repentino de Posseidônis provocou profundas mudanças de clima em todo o Planeta, afetando a agropecuária, a sociedade e a economia da quase totalidade dos povos existentes. Mesmo porque, coincide com o grande e monumental desgelo da última Era Glacial. Este desgelo, através de grandes descargas do aquecimento da temperatura mundial, teve seu momento entre 17.000 anos a.C. e 7.500 anos a.C. e a própria Esfinge no Planalto de Gisé, Egito, prova isso, com sulcos de torrenciais chuvas em seu dorso, ao longo de séculos, negados pelos cientistas mais obtusos, além de inúmeras outras provas espalhadas pelo Planeta.

 

Temos referência a Atlântida-Posseidônis e a Grande Atlântida, nas culturas dos povos pré-colombianos, da China, dos povos do Oceano Pacífico e Atlântico, do Oceano Índico, da Índia, etc. Das antigas civilizações, a que mais mantém referências a Atlântida, o seu apogeu, após a destruição em massa, feita pela Igreja católica e religiões protestantes, de livros e outros registros dos povos pré-colombiano, é a Índia.

 

Dentre os muitos livros hindus que relatam a história atlante e outras coisas correlatas, podemos destacar:

 

01º- Vedas: No idioma sânscrito (falado na Índia), quer dizer: Ciência, Conhecimento, Sabedoria.

02º- Upanishads: No idioma sânscrito, Upa (próximo); e, Shad (sentar). “Sentar perto dos mestres” espirituais, para absorver, aprender a Sabedoria Divina.

03º- Bhagavad-Gîta: No idioma sânscrito “Sublime Canção”, no sentido das sabedorias dos grandes mestres espirituais.

04º- Mahabharata: No idioma sânscrito, Maha (Grande), e, Bharat (Índia). É uma coleção de livros, com mais de 100.000 versos, contando, inclusive, sobre a construção das vimânas  (máquinas voadoras dos atlantes).

05º- Ramayana: No idioma sânscrito “Caminho de Rama”. Rama foi um ser espiritual, que organizou um Império de Paz ao Norte da Índia, após o afundamento de Posseidônis.

06º- Vaimanika Shastra: Livro escrito no século 4 a.C., pelo sábio hindu Bharadvjy, que trata sobre a operação (manuseio, comando, pilotagem) das vimânas atlantes, citando que essas naves eram movidas, na nossa atmosfera, por energia solar e fora da atmosfera, no espaço, por anti-gravidade.O livro está inserido em outro editado recentemente no Brasil, por brilhante pesquisador, Vimanas: aeronáutica da Índia antiga e da Atlântida (Editora Madras), de David Hatcher Childress.

07º- Samaranganasutradhara: Livro hindu, que trata de 113 modelos diferentes de máquinas voadoras da época dos atlantes. Em sânscrito essas máquinas são chamadas de vimânas e em atlante, são chamadas de vaixilis.

08º- Atharva Veda: Livro hindu que previne e avisa aos sobreviventes e outros povos da grande catástrofe atlante, sobre o perigo de se usar armas nucleares.

09º- Mausala Parva: Livro hindu, que, trazendo informações atlantes, indicia o emprego de armas nucleares, as quais podem e são “capazes de reduzir a Terra a cinzas”.

     

Entre os antigos hindus e egípcios, os dois povos que mais conservaram a História da Civilização Atlante, diziam que, para os atlantes, a “terra mais sagrada”, ficava ao Sul de Posseidônis.

 

Os próprios egípcios chamavam essa Terra Sagrada de Duat (Terra dos Deuses). “Deuses”, no sentido de onde a civilização atlante começou. O local era descrito como tendo as maiores reservas minerais e vegetais do Planeta,  base propícia para  que qualquer povo da Terra se transformasse em grande civilização. Segundo alguns pesquisadores, remonta há mais de 10 mil anos a Lenda do Gigante Deitado e diziam os egípcios, que elaboraram essa “lenda”, que nos “pés” desse “homem” adormecido, eles, egípcios, esculpiram uma íbis, ave sagrada do Rio Nilo, África.

 

'Vários povos vinham escondidos ao nosso País,

em busca de nossas riquezas. Dentre estes povos destacamos:

egípcios, fenícios, gregos e romanos'

 

TERRA DOS DEUSES - Em frente da Baía da Guanabara, Rio de Janeiro, da Ilha Rasa, olhando as montanhas, vemos o Gigante Deitado: os pés são a montanha do Pão-de-Açúcar e nessa montanha, erodida pelo clima de milhares de anos, pelo efeito do Sol, da chuva e ventos, há o vestígio da íbis sagrada, dos egípcios.

 

O “nariz” desse Gigante Deitado é a Montanha da pedra da Gávea, com 750 metros de altura e que, em seu topo há esculpido no seu granito, desenhos inclusive, que estilizam o Sistema Solar e outras mensagens, e, nas suas paredes, em três de seus quatro lados e também erodida pelo clima de milhares de anos, há frases no idioma fenício.

  

Hindus, egípcios, chineses, tibetanos, etc., sempre se referiram à América do Sul, principalmente ao local do atual Brasil, como uma “Terra Sagrada”!

 

Vejamos, então: com a queda e destruição de Posseidônis e os problemas meteorológicos causados, os povos da época (9.564 anos a.C.), retrocederam tecnologicamente, mas, permanece em sua História a existência de Duat, a “Terra Sagrada” dos atlantes,  a América do Sul.

 

À medida que esses povos, através dos milênios e séculos vão se re-erguendo, reconquistando e aperfeiçoando tecnologias, principalmente a de construção naval, eles procuram vir para cá, porém, escondidos e muito, dos demais povos, mantendo essas vindas no mais absoluto segredo.

 

Por que? Por que a Terra dos Deuses, o Brasil, eles sabiam pela história atlante, que existia:

01º- Gigantescas reservas minerais. (Temos as maiores do mundo).

02º- Gigantescas reservas vegetais. (Temos as maiores do mundo).

03º- Terra em abundância, para todo o tipo de agricultura e pecuária. (Temos a maior extensão de terra agricultável do Planeta, além dos enigmáticos bolsões de terra preta na Amazônia. Se você não sabe o que são esses bolsões de terra preta, pesquise na Embrapa, com agrônomos e ficará espantado! Mergulhe fundo em sua Pátria... Brasil!). Com o passar dos tempos, as antigas civilizações da História, de modo secreto, sempre, procuravam vir ao Brasil!

 

O Coronel Bernardo de Azevedo da Silva Ramos (Manaus: 1.858 – Rio de Janeiro: 1.931), uma das maiores autoridades na História Antiga do Brasil, publicou em dois volumes (1º volume, em 1.932 e o 2º volume, em 1.943, ambos publicados pela Imprensa Nacional, a mando do grande Presidente Getúlio Dornelles Vargas, que, diga-se, como alerta aos pesquisadores mais ultrapassados, tinha profundo conhecimento Iniciático e era consciência da sua Missão Jina em re-estruturar o Brasil, antes do término da primeira metade do século vinte), a sua monumental obra, Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica, Especialmente do Brasil. Nessa obra ele prova, com fotografias e outros documentos, que, vários povos vinham escondidos ao nosso País, em busca de nossas riquezas. Dentre estes povos destacamos: egípcios, fenícios, gregos e romanos.

 

É sabido que o próprio rei judeu, Salomão, para construir o Templo da Arca da Aliança em Jerusalém, pagou e contratou os serviços da marinha da cidade fenícia de Tyro,cujo rei Hirão, era seu amigo, e os serviços de engenheiros de minas egípcios. Durante anos essa frota retirou madeira e principalmente ouro do litoral e do interior dos Estados brasileiros do Maranhão e Piauí.

 

Para pesquisas mais aprofundadas sobre o mecanismo evolutivo que preservou Duat-Brasil, o grande Jina  que foi o Coronel Bernardo de Azevedo da Silva Ramos, contou com orientações do Professor Henrique José de Souza (Salvador: 1.883 – São Paulo: 1.963), quando o eminente Coronel, desejou e conheceu o templo fenício no interior da Pedra da Gávea. Claro que, “interior” não se trata de alguma sala especial dentro do bloco maciço do granito da Pedra da Gávea como, infantilmente, alguns “arqueólogos” provaram não existir. É outra região, digamos assim. Mas isso não é objetivo desse modestíssimo artigo. A vinda desses povos e os locais são conhecidos desde o redescobrimento do Brasil. Pois foi uma Ordem Iniciática que re-descobre nossa Pátria: a Ordem de Aviz!

  

O Jornal Folha de S.Paulo em 26 de Junho de 1.985, reproduziu notícias de 1.976, quando foram encontrados no fundo da Baía da Guanabara, perto da Montanha do Pão-de-Açúcar, restos de navios de guerra fenícios, gregos e romanos, bem como centenas de pedaços de ânforas, algumas inteiras. Tudo foi recolhido em 1.976 pela Marinha de Guerra do Brasil e estão trancados no Arsenal Naval, onde ninguém pode pesquisar e ver e, claro, as negações continuam até os dias de hoje. Por quais interesses?!

 

O caçador de tesouros estadunidense Robert Marx, em 1.976, montou uma expedição, com equipamentos científicos sofisticados, para coletar ânforas e os restos dos navios. Naquele ano de 1.976, Robert Marx foi proibido sistematicamente, de entrar no Brasil. Dizem que isso se deu por pressões dos governos estadunidense, português, italiano, espanhol e da Igreja Católica.

 

De todos os povos antigos, o que mais enviava expedições às terras brasileiras, eram os fenícios da cidade de Tyro (desde uns 2.500 anos a.C.) e mais tarde os fenícios da cidade de Cartago. Em 856 anos a.C. o rei fenício da cidade de Tyro, chamado Badezir, veio à Baía da Guanabara, com uma frota de 222 navios, segundo o Professor Henrique José de Souza, e fundou a povoação de Nish-Tao-Ram = Caminho Iluminado pelo Sol (Sol Espiritual = Deus) que, no Brasil português, se transformou na cidade de Niterói.

 

Uma das muitas frases no idioma fenício, esculpidas no granito da Montanha da Pedra da Gávea, diz: Yetbaal Tyro Fenícia Primogênito De Badezir. A inscrição foi traduzida pelo Coronel Bernardo de Azevedo da Silva Ramos como sendo Badezir filho de Yetbaal mas o próprio Coronel, coloca em seu livro, aqui já citado, que não tinha certeza absoluta de quem era o filho. Assim, foi o Professor Henrique José de Souza, que esclareceu ter sido Yetbaal e sua irmã Yetbaal-Bey, filhos do rei Badezir.

 

'Passaram-se séculos e séculos, e os árabes não possuíam

condições de virem ao Brasil, embora possuíssem os mapas'

 

 CARTAGO - A cidade fenícia de Cartago foi fundada pela rainha Elissa, de Tyro, no século 9 antes do Cristo, tendo atingido no seu esplendor, mais de 700.000 habitantes, com rotas navais para todo o Mar Mediterrâneo, Mar Negro, os dois litorais oceânicos da África, Península Ibérica (onde hoje existe Portugal e Espanha e onde já existia a povoação da atual Lisboa, fundada por refugiados da cidade de Tróia), além de rotas comerciais para a Inglaterra, Escandinávia e o seu maior reservatório de riquezas em matérias primas: Brasil!

 

Soldados cartagineses

Em 753 anos a.C. é fundada a cidade de Roma e quando os seus exércitos ficam fortes e maiores que os cartagineses, entra em guerra com Cartago, para o controle das riquíssimas rotas navais. Durante décadas as batalhas ocorrem. Em 146 anos a.C., Cartago é destruída por Roma: dos mais de 700.000 habitantes, restaram menos de 50.000 cartagineses, mulheres e crianças, que foram vendidos como escravos nos mercados de Roma. Os cartagineses tinham os mapas hindus, herdados da última Atlântida e tinham tecnologia naval para construírem navios oceânicos.

O porto militar cartaginês foi escavado no litoral: era redondo, com grandes galpões, tudo em pedra e cimento, eram cobertos, onde ficavam os 220 maiores e melhores navios de guerra, os qüinqüirremes (cinco fileiras de remos, de cada lado, em altura). No centro desse imenso porto circular, ficava a Ilhota do Almirantado: os mapas secretos e as plantas de construção dos seus navios oceânicos, aí eram guardadas.

Quando em 146 a.C., os romanos estavam destruindo as muralhas de Cartago (a cidade tinha um sistema de três muralhas paralelas), os cartagineses colocaram fogo nesse centro tecnológico, a Ilhota do Almirantado. Roma venceu a guerra, mas não conseguiu pegar os mapas das rotas para o Brasil e outros lugares das Américas.

Segundo alguns pesquisadores, sem que os romanos soubessem, um povo que nunca havia feito grandes navegações, mas era amigo dos fenícios cartagineses, possuíam cópias desses mapas: os árabes!

  

Passaram-se séculos e séculos, e os árabes não possuíam condições de virem ao Brasil, embora possuíssem os mapas. Mapas melhores estavam sendo guardados em escolas e universidades religiosas hinduísta e budhista da Índia e do Tibete.

 

De toda a Europa, o local que recebeu mais povos, as suas influências culturais, tecnológicas e a maior miscigenação (mistura racial), foi a Península Ibérica, onde mais tarde seriam fundados Portugal e Espanha, sendo que no primeiro, tudo ocorreu em maior escala. No Império Romano, essa Península foi dividida em várias partes, para melhorar a administração. Onde havia Olissipo (= Lisboa), foi formado o Condado Portucalense que, some, deixa de existir, na queda do Império Romano no ano de 476, mas, reaparece no século 10 (901 ao ano 1.000), onde já havia a cidade do Porto, no Norte de Portugal.

 

No ano de 1.128, dom Afonso Henriques, na Batalha de São Mamede, funda Portugal, que é o mais antigo país europeu. Os portugueses eram uma mistura de vários: nativos do local desde os homens da pré-história, refugiados da Ilha de Posseidônis, fenícios, gregos, hebreus, romanos, árabes, vândalos, visigodos, hunos, ostrogodos, etc.

 

Havia no sangue português a vontade para as grandes investigações, as pesquisas e as navegações, faltando apenas que, alguém, organizasse esse povo trabalhador, sério e empreendedor para as grandes navegações atlânticas.

Enquanto no início dos anos de 1.400 toda a Europa Ocidental (liderada pela Igreja Católica Apostólica Romana), lutava contra os árabes sem parar, os portugueses  só travavam lutas quando necessário.

 

No Norte africano, onde hoje é o país de Marrocos, há uma cidade-fortaleza árabe chamada Ceuta. Já era famosa por sua riqueza desde o início da Idade Média (anos de 476 a 1.453), recebendo produtos de toda a África e Ásia.

 

'No século 18 (1.701-1.800), um gigantesco terremoto

e um incêndio, destruíram boa parte de Lisboa e a quase totalidade

dos documentos sobre essa época de máximos segredos nas navegações lusitanas'

 

AS CARAVELAS - De 1.394 à 1.460 viveu o maior príncipe português e que recusou ser rei, ocupado que estava em organizar as expedições marítimas: o Infante Henrique de Sagres! De “olho” no rendoso comércio da cidade de Ceuta, o Infante Henrique organiza e comanda, em 1.415, uma expedição que ataca e pega para Portugal a cidade árabe de Ceuta. Faz prisioneiros (e depois liberta-os), um grupo de cientistas árabes que havia estudado em universidades da Índia e do Tibete, eles possuíam mapas de quase todo o mundo. Uma observação: a mais antiga universidade da nossa História pós-Posseidônis, existiu em Saís, no Egito faraônico. Dom Henrique era engenheiro naval e foi o criador de um navio que agüentasse as tempestades atlânticas: a caravela.

 

Assim, Dom Henrique - e isso é fundamental para as grandes navegações - convidou esses cientistas árabes para ensinarem aos cientistas portugueses, respeitando, inclusive, a religião muçulmana. Os cientistas árabes aceitaram. Entre 1.415 e 1.416, no promontório de Sagres, ao Sul de Portugal, foi fundada a Escola das Navegações: o maior e o mais secreto centro científico da Europa, enquanto existiu.

 

Alguns episódios de destaque que ocorreram na Escola das Navegações (ou Escola de Sagres):

01º- Enquanto a Europa, por imposição religiosa, para todo o cálculo matemático utilizava os algarismos romanos (onde não existia o zero e daí o atraso científico geral acrescido do fanatismo religioso), os portugueses da Escola das Navegações, utilizavam os algarismos hindus, estes que utilizamos até hoje, em todo o Planeta. Poucos povos do mundo tinham o conceito matemático do zero: Hindus, Egípcios, Sumérios, Mayas, Astecas, Incas;

02º- Aperfeiçoamento da bússola, inventada pelos chineses, pelos menos 8 séculos antes do Cristo;

03º- Aperfeiçoamento do astrolábio;

04º- Aperfeiçoamento da fórmula química da pólvora, inventada também pelos chineses;

05º- Ensinavam que o mundo era redondo, que o Planeta girava em torno do sol e não as asneiras religiosas pregadas na época;

06º- Aperfeiçoaram o corte de madeiras para a construção naval e a fórmula química da cola, usada para colar os encaixes e demais madeiras dos navios;

07º- Aperfeiçoaram o tecido de cânhamo (maconha) que faziam as velas dos navios, sendo mais resistentes e leves que outros materiais.

 

Para uma visão mais profunda sobre a empresa Iniciática que projeta o re-descobrimento de Duat/Brasil, sugiro a leitura do seguinte livro: “A Ordem de Cristo e o Brasil”. Tito Lívio Ferreira. Ibrasa.

 

Segundo alguns pesquisadores, sem que os romanos soubessem, um povo que nunca havia feito grandes navegações, mas era amigo dos fenícios cartagineses, possuíam cópias desses mapas: os árabes!

 

Segundo alguns pesquisadores, sem que os romanos soubessem, um povo que nunca havia feito grandes navegações, mas era amigo dos fenícios cartagineses, possuíam cópias desses mapas: os árabes!

A História Iniciática sabe que foram os portugueses os primeiros europeus, após 1.400, a chegarem nas Américas, Austrália e até na Antártida. Muito dessa História Iniciática, no momento oportuno vem à tona. Se os ingleses, franceses e holandeses colonizaram terras do Atlântico, foi porque, através da espionagem e da pirataria roubaram os conhecimentos portugueses.

 

A INVASÃO ÁRABE: PONTE DE LIGAÇÃO CULTURAL ENTRE ÁSIA, ÁFRICA E EUROPA - No início da Idade Média (ano 476), o caos e a anarquia cultural, social, militar e econômica iam aumentado gradativamente na Europa. Na  Arábia, após a formação da religião islâmica pelo Manú Maomé (570 à 632 d.C.), as várias tribos árabes (que antes de Maomé guerreavam entre si), foram unindo-se. Nessa união elas absorviam novos territórios para a sua economia e ao contrário do catolicismo que destruía e desrespeitava tudo, os árabes também pegavam e melhoravam as culturas de outros povos, quando podiam. Um dos fatos mais interessantes é o respeito mantido por Jesus, O Cristo, por parte de Maomé e de todos os verdadeiros muçulmanos.

 

CONTRIBUIÇÕES - Nos anos de 711 e 713 da nossa Era, exércitos árabes, partindo do Marrocos, país no Norte da África, atravessaram o Estreito de Gibraltar e invadiram a Península Ibérica. Na Península Ibérica e para os povos que aí viviam ensinaram:

 

01º- A prática de banhos diários, uso de talcos, perfumes, sabonetes, sabões, desinfetantes, etc. A lavar as roupas e trocá-las. Enfim, a higiene diária que qualquer pessoa culta possui, inclusive o escovar os dentes e o banho completo, antes e depois de cada relação sexual. Nessa parte os muçulmanos re-introduziram o uso da “camisinha”, que era conhecida há mais de 1.000 anos a.C..

 

02º- Os maiores cientistas árabes (assim como os gregos Platão e Pitágoras, por exemplo, séculos antes do Cristo), iam estudar nas universidades hinduístas e budhistas da Índia e do Tibete.

 

03º- João de Espanha, traduziu livros de cientistas árabes como Avicena, Al-Ghazali, Al-Farabi e Al-Khwarismi. Através desse último, por volta do ano de 1.300, os números hindus (estes que usamos para os nossos cálculos), foram apresentados à Europa. Claro que foram considerados obra do diabo, por parte da Igreja Católica. Mas, os cientistas inteligentes o usaram!

 

04º- Os chineses inventaram o Ai Tai, com os quais os velhos podiam ler escritos miúdos. Os árabes levaram o Ai Tai e a técnica de sua construção para a Europa e hoje são os óculos.

 

05º- Em 1.253, o rei francês Luís 9º, enviou à corte da Mongólia, Guilherme de Rubruquis. Lá, esse nobre francês tomou contato com a religião de Gauthama, O Budha e a linha budhista do Tibete e, na volta à França, trouxe, re-introduzindo na Europa a reencarnação que, aliás, foi pregada, ensinada e explicada por Jeoshua Bem Pandira ( Jesus, O Cristo), mas retirada da Bíblia primitiva pela Igreja Católica.

 

06º- O uso do papel também foi levado à Europa pelos árabes. O papel veio da China e isso barateou livros, popularizou mais ainda os mais variados conhecimentos. Vejamos algumas fábricas de papel e as datas de sua fundação: China – 105. Arábia – 707. Egito – 800. Espanha – 950. Constantinopla – 1.100. Ilha da Sicília – 1.102. Itália – 1.154. Alemanha – 1.228. Inglaterra – 1.309.

 

07º- O açúcar de cana foi inventado pelos hindus, já que a cana-de-açúcar é originária da Índia. No ano 540 a técnica de fabricação do açúcar-de-cana foi da Índia para a Pérsia (atual Irã); no ano e 554 foi da Pérsia para os árabes do Iraque e no ano de 1.200 chegou à Europa. Também vieram da Índia todas as frutas cítricas.

 

08º- Da Índia os árabes pegaram e espalharam para o mundo, o Zodíaco (popularmente conhecido como Horóscopo).

 

09º- O moinho de vento, símbolo do país europeu da Holanda, é uma invenção hindu, que no século 12 (1.101 ao ano 1.200), os árabes levaram para a Península Ibérica (Portugal e Espanha).

 

10º- Na medicina, os árabes introduziram o âmbar-cinzento, a cânfora, a cassia, o cravo, a mirra, além de xaropes. O haxixe era usado como anestesia, nas operações cirúrgicas.

 

11º- Por volta do ano 800, Hunain Ibns Oshaq, traduziu do sânscrito (idioma da Índia), os Dez Tratados Sobre O Olho, o mais antigo livro de oftalmologia.

 

12º- Da cidade árabe de Medina o músico Sarayj inventou a batuta, para marcar o tempo em conjuntos musicais.

 

13º- A roda hidráulica (roda d’água), conhecida dos gregos e romanos, foi aperfeiçoada pelos árabes. Os europeus das Cruzadas, viram-na no Oriente Médio e introduziram-na na Europa através da Alemanha.

 

14º- Na cidade egípcia do Cairo, em 1.285, o sultão (governador) Kalaum, iniciou a construção do Maristam al-Mansur, o maior hospital da Idade Média. Os tratamentos eram feitos gratuitamente para homens e mulheres, ricos e pobres, escravos e livres. Uma soma de dinheiro era entregue para cada pessoa quando recebia alta, para que não precisasse voltar imediatamente ao trabalho. As pessoas com insônia tinham músicas (é a medicina hoje conhecida como musicoterapia). Asilos para cuidar dos abandonados e doentes mentais existiam em todas as grandes cidades islâmicas, inclusive as grandes cidades da Península Ibérica.

 

15º- Algumas palavras árabes em nosso idioma: Laranja, limão, açúcar, xarope, sorvete, elixir, jarro, arcabuz, algodão, musselina, sofá, cetim, fustão, bazar, caravana, cheque, tarifa, aduana, alfândega, tráfico, magazine, azeite, chafariz, almirante, alaúde, rabeca, guitarra, tamborim, álgebra, zero, cifra, cifrão, azimute, alambique, zênite, almanaque, etc.

 

16º- Na História da Humanidade, raras foram as civilizações, os povos que em seu desenvolvimento matemático, conseguiram entender e ter o zero em seus cálculos. Algumas das civilizações que tinham o zero: Mesopotâmicos (atual Iraque), Egito dos faraós, Índia, Mayas, Astecas, Incas e...só!

 

Sobre o zero: Em 773, por ordem de Al-Mansur, fizeram-se traduções dos Siddhantas, tratados astronômicos da Índia que datam de até 452 anos a.C. Daí vieram os nossos números atuais e o zero. Em 976 Muhammad Ibn Ahmad, em sua obra, o livro Chave Das Ciências, observa que se, em um cálculo matemático, nenhum número aparecesse no lugar das dezenas, um pequeno círculo devia ser usado para “manter a fileira”. A esse círculo os islâmicos chamaram de sifr, “vazio”, de onde vem a palavra cifra. Os cientistas latinos  transformaram sifr na palavra zephyrum, que os italianos encurtaram para zero.

 

Agora, veja que todo esse conhecimento tanto no próprio surgimento do Estado português na já mencionada Batalha de São Mamede, em 1.128, como mais ainda, em, 1.416, com o surgimento da Escola Das navegações, transformará Portugal no Estado mais desenvolvido tecnologicamente, de toda a Europa. Foi esse país que nos re-descobriu!

 

'A Escola das Navegações foi um centro científico-iniciático,

e por ter caráter  Iniciático é óbvio que tinha

 seus centros preservados e secretos'

    

A ESCOLA DAS NAVEGAÇÕES - Nasceu o Infante Henrique de Sagres, na cidade portuguesa do Porto, em 24 de Março de 1.394 e faleceu na região de Sagres, Sul de Portugal, em 13 de Novembro de 1.460. Viveu, portanto, 66 anos.

 

Muitos dos que lerem esse modesto artigo saberão da condição Jina desse fantástico ser que veio, como um Manú, para conduzir o povo português ao seu apogeu científico, herdeiro que foi dos conhecimentos provindos da Atlântida, e, mesmo, berço do natalício de mônadas que fundaram grandes impérios e civilizações, como a da Grécia e a de Roma.

 

Em 1.415 e após invadir Ceuta, convidar os cientistas árabes que aí viviam e tinham estudado na Índia e Tibete (além de outros lugares), Henrique de Sagres funda a Escola Das navegações. Os conhecimentos provindos destes países eram guardados com zelo Iniciático, do que sobrou da civilização humana, após o afundamento de Posseidônis, em 9.564 anos a.C..

 

Muitos historiadores de opereta hoje dizem que a Escola Das Navegações não existiu porque não encontraram sua sede. Oras, a Escola Das Navegações foi um centro científico-iniciático, e por ter caráter  Iniciático é óbvio que tinha seus centros preservados e secretos. Assim, não só tinha campo de provas em Sagres, como utilizava antigas instalações da extinta Ordem dos Templários, na cidade-sede dessa Ordem em Portugal, Tomar. Utilizava instalações em várias outras cidades e o sigilo era regra.

 

O gênio científico de Dom Henrique fez com que os portugueses se preparassem para a crescente tensão entre católicos europeus e muçulmanos e tentassem, desde 1.416, novos mercados econômicos e chegar à Índia, prevendo o futuro da queda de Constantinopla, o que de fato ocorreu em 29 de Maio de 1.453.

 

A expansão portuguesa pôde ocorrer graças:

 

1º- Burguesia rica: O grupo mercantil português tem sua origem ligada ao desenvolvimento comercial e ao aparecimento de novas rotas de comércio. Havia uma delas, a Atlântico-Mediterrânea (antiga rota do povo fenício das cidades de Tyro e Cartago), que iniciava nas cidades italianas de Gênova e Veneza, principalmente, e passava pelo Estreito de Gibraltar, para alcançar o Mar do Norte (aquela parte do Oceano Atlântico que tem a Ilha da Grã-Bretanha, Irlanda, Bélgica, Holanda, Noruega, Suécia, Islândia, Finlândia...). Os navios dessa rota comercial faziam escala em Lisboa, capital de Portugal, para se reabastecerem de água e comida e aproveitarem para realizar comércio. O aproveitamento dessa rota deu à burguesia portuguesa uma posição econômica tão favorável, que lhe permitia financiar a “procura” de novas rotas marítimas, para novos comércios, lucros...

 

2º- Monarquia forte: em 1.385 sobe ao poder de Portugal, o rei dom João 1º, da dinastia de Aviz. Como para isso o rei Dom João 1º foi apoiado pela burguesia, teve de atender, durante o seu governo, aos interesses dessa camada social, orientando a política portuguesa no sentido da realização de “novas” rotas comerciais. Interessante que, para ajudar aos comerciantes o rei dom João 1º não explorou as demais camadas da população. Claro, pois estava em andamento uma nova fase da Evolução Humana, coordenada por Ordens Iniciáticas e secretas.

 

3º- Situação de paz: Portugal atravessava um período de paz tanto interna quanto externamente, enquanto outros países europeus estavam envolvidos em guerras (a Inglaterra e a França, travavam a Guerra dos Cem Anos e a Espanha tentava expulsar os árabes do Sul do seu território).

 

4º- Posição geográfica favorável: Observando um mapa da Península Ibérica, vemos que Portugal está inteiramente voltado para o Oceano Atlântico. O ponto inicial da expansão portuguesa foi a conquista da cidade-fortaleza árabe de Ceuta, em 1.415, no Marrocos.

 

Portugal tinha antigos conhecimentos da geografia e da cartografia das Américas. Por exemplo: em 1.270, Lanzarotte Malocelo, italiano, tornou a descobrir as Ilhas das Canárias, no Oceano Atlântico, as quais já haviam sido conhecidas dos povos da Antigüidade, como os egípcios, fenícios, gregos e romanos. O nome Canárias deve-se a um tipo único de cão (canis, em latim), que habitava a ilha e deixaram de existir pois foram caçados pelos espanhóis, e a carne utilizada na alimentação e não, como muitos pensam Canárias, pelo passarinho, canário.

 

No dia 07 de Junho de 1.494, representantes do rei português Dom João 2º e dos reis espanhóis, Fernando e Isabel, assinaram na cidade espanhola de Tordesilhas, o Tratado De Tordesilhas, que dividia o planeta Terra, exatamente ao meio. Dividia, claro, as terras que “ainda iriam descobrir”, ou seja, as terras que oficialmente, ainda não haviam sido descobertas/divulgadas.

 

A Igreja Católica estava dando respaldo a esse Tratado pois, na época, Portugal era o país europeu que mais dava dinheiro à ela e a Espanha, o segundo país que mais lhe mandava dinheiro. Não seria interessante para a Igreja Católica, que Portugal e Espanha gastassem dinheiro com uma guerra, pois, nesse caso, a quantia de dinheiro que a Igreja receberia iria diminuir violentamente. A saída foi fazerem esses dois países desviarem suas guerras para outras terras, outros povos “a serem conquistados”.

 

BAGAGEM PORTUGUESA - É conhecido por alguns historiadores que por volta de 1.490, os portugueses já tinham um forte e algumas casas, tudo em pedra, no litoral de Pernambuco. Observe, portanto que, a data de 1.490, é dois anos anterior à redescoberta oficial das Américas, feito pelo espião português Salvador Fernandes Zarco, que se passou por italiano na corte espanhola, com o nome de Cristóvão Colombo, quando esse chegou pela primeira vez nas Américas, em 1.492 e, também, a data de 1.490 é dez anos mais antiga que a redescoberta oficial do Brasil, em 22 de Abril de 1.500, feita pelo nobre português Pedro Álvares Cabral, fazendeiro que nunca tinha colocado os pés no oceano, mas, pertencia a já desativada Escola Das Navegações e era um dos melhores estrategistas do rei português.

 

Nos seus escritos, o Professor Henrique José de Souza cita Cristóvão Colombo como tendo sido Salvador Gonçalves Zarco, nobre português, pertencendo a Ordem Secreta com missão específica.

 

A prova histórica mais fácil de ser conseguida é a monumental obra Cristóvão Colombo – Agente Secreto do Rei Dom João II, do historiador português Augusto Mascarenhas Barreto, Editora Referendo, com suas formidáveis  613 provando, em definitivo que a Espanha e a Igreja Católica foram enganadas pela inteligência do Reino Português em tirar “de suas costas” o poder militar superior da Espanha.

 

Agora, o grande descobridor dos Estados Unidos é Cristóvão Colombo. Imagina se a nação estadunidense irá deixar se dar um golpe de comemorar o espião português Salvador Fernandes Zarco (nome dado pela pesquisa do historiador português), como sendo seu descobridor e o mesmo pelos interesses políticos da Espanha e os econômicos da Igreja Católica e da Itália, onde estes dois últimos, comemoram em Gênova a pseudo-casa de nascimento do mesmo.  Seria muita humilhação. Mas que a história já está prova, isso é fato.

 

João Ramalho, o primeiro português que se casou, oficialmente em nossas terras, chegou ao nosso País em 1.490. Ele vinha aqui periodicamente em um navio de um tio seu e aprisionavam índios para vendê-los como escravos na Europa. Numa dessas viagens o navio afundou em uma tempestade e só João Ramalho chegou vivo à praia... 

 

 

* José Carlos Rocha Vieira Júnior é professor de História e ufólogo desde 1.974.

 

- Ilustrações:

"Porta da Atlântida" e "Alma de Carenque ", por Ana Garret.

"As legiões de César", por José I. Lago.

"Descobrimento" e "Caravelas", autores desconhecidos. 
Cedidos por Panamanian Cultural Arts Center & Ballet Folklórico Viva Panamá (Panamá).
 
- O autor recomenda a leitura de   
"A história secreta da raça humana",
de Michael A. Cremo e Richard L. Thompson. Editora Aleph.
 
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