Enchentes no Sul:
A
lição Rio Grande do Sul
Em meio a tanta dor, perda e caos, assistimos a uma intensa campanha de
solidariedade nacional em prol do povo gaúcho, com o envio de auxílios
materiais de várias cidades e estados brasileiros.
Por Pepe Chaves*
Para
Via Fanzine
15/05/2024
A Grande Porto Alegre passa por momentos caóticos, com desabastecimento
de mercadorias, até mesmo a ocorrência de saques em algumas lojas e
roubos em residências.
Mudanças da noite para o dia
De todas as enchentes e eventos climáticos extremos que testemunhei ao
longo de toda minha vida, este recentemente ocorrido no estado do Rio
Grande do Sul em abril de 2024 foi o mais nocivo e abrangente. Além da
perda de muitas dezenas de vidas, o prejuízo material também foi grande,
na capital Porto Alegre e em diversos municípios do interior gaúcho.
Muitas pessoas perderam animais, casas, veículos, objetos pessoais,
móveis... Fotografias, documentos, relíquias e tantos objetos pessoais
raros... Tudo se perdeu na lama que tomou conta das milhares de
residências, na capital e principalmente nas cidades do entorno da Lagoa
dos Patos, que é a continuação do rio Guaíba que corta da região
metropolitana de Porto Alegre.
A Grande Porto Alegre passa por momentos caóticos, com desabastecimento
de mercadorias, até mesmo a ocorrência de saques em algumas lojas e
roubos em residências. Mas nada incomoda mais que o temor de a água não
baixar, além da previsão de mais chuvas para breve. Muitas casas ainda
estão sob a água do Guaíba, mas algumas já estão livres das águas.
Nestas, o panorama é desanimador. O que se vê é muita destruição
material e lama. Mas, o gaúcho é valente.
Vale destacar que em meio às águas das enchentes estão detritos de
restos mortais, já que cemitérios foram invadidos pelas águas (fato que
a grande mídia mostrou muito pouco) e diversas outras formas de
contaminação. Portanto, pessoas e animais que tiveram contato com essa
água estão sujeitos a contraírem doenças. Por isso, vacinas
e vários medicamentos deverão ser aplicados em grande parte das
populações atingidas.
Então, a
próxima preocupação deverá ser com as possíveis doenças que poderão ser
contraídas pelas pessoas que tiveram contato com as águas das enchentes,
o que poderá trazer problemas de saúde pública.
A geografia do entorno da lagoa e do rio Guaíba facilitou os
alagamentos. Muitas são as áreas
baixas
e
planas onde a água tomou conta por muitos quilômetros cidade adentro.
Algumas partes desse terreno são do mesmo nível do leito e outras são
ainda mais baixas, o que causou o acúmulo de água em vários locais
distintos.
Em poucos momentos na história, a sociedade brasileira se mobilizou
tanto em prol de pessoas atingidas por uma catástrofe natural.
Solidariedade brasileira
Em meio a tanta dor, perda e caos, assistimos a uma intensa campanha de
solidariedade nacional em prol do povo gaúcho, com o envio de auxílios
materiais de várias cidades e estados brasileiros. Entidades
governamentais e da sociedade civil também se solidarizaram, buscando
soluções rápidas para que o modo de vida normal seja restabelecido nas
regiões atingidas. Quase 150 vidas já foram perdidas para as enchentes e
há mais de 120 pessoas desaparecidas.
Em poucos momentos na história, a sociedade brasileira se mobilizou
tanto em prol de pessoas atingidas por uma catástrofe natural. O
deslocamento de militares e voluntários civis para a região tem ajudado
a salvar vidas humanas e animais. O resgate tem sido feito por barcos e
helicópteros, especialmente, em regiões que se encontram isoladas, onde
as pessoas não têm mais provisões para se manter. Animais diversos têm
sido retirados das águas por militares e populares das mais diversas
maneiras; mais de 10 mil já foram resgatados.
Também vale
destacar que as autoridades nas três esferas têm desenvolvido esforços
para agilizar o socorro às populações; seja através da liberação de
recursos ou no envio de suprimentos básicos. Também os três poderes,
bancos, clubes de futebol, forças armadas, entidades autônomas da
sociedade civil, entidades oficiais dos municípios e estados de todo o
país têm enviado seu quinhão de colaboração aos gaúchos.
Da noite para o dia, Porto Alegre se transformou numa espécie de Veneza
brasileira, onde as ruas se transformaram em assombrosas vias aquáticas
por onde as pessoas trafegam em barcos. Espera-se que a água baixe nos
próximos dias e que todos possam restabelecer a normalidade nas
localidades atingidas.
Esperamos que esta solidariedade dos brasileiros se estenda enquanto for
necessário e que em breve o Rio Grande do Sul retome o seu promissor
destino como estado brasileiro.
Doações aos atingidos
Tudo isso nos deixa uma lição: a importância de socorrer aos
necessitados. Ainda que estejam distantes das ocorrências, cidadãos de
várias regiões brasileiras se mobilizam para enviar materiais e dinheiro
aos necessitados. Famosos e anônimos de todas as partes do país e das
mais diversas maneiras se levantam e trabalham em prol do povo gaúcho.
E quando
passar o caos, ficarão as reflexões, especialmente no tocante às
mudanças climáticas. As alterações que temos visto nas estações; as
secas e tempestades desproporcionais, além de outras anomalias
climáticas, são frutos do aquecimento atmosférico causado pelos humanos.
Por quanto mais ainda perdurarão estes distúrbios do clima e o que se
pode fazer para mudar este cenário? Só o tempo dirá.
O estado do Rio Grande do Sul ainda necessita de doações, que podem ser
feitas por meios confiáveis, como a
Ação da
Cidadania. Para fazer uma doação em dinheiro, acesse o site:
https://www.acaodacidadania.org.br/
Esperamos que esta solidariedade dos brasileiros se estenda enquanto for
necessário e que em breve o Rio Grande do Sul retome o seu verdadeiro
destino como
promissor
estado brasileiro.
Pepe Chaves/editor
VIA FANZINE - ZINESFERA
Original como você!
www.viafanzine.jor.br
- Fotos:
SSP-RS / Governo do Estado do RS.
* * *
07 de abril:
Via Fanzine completa 30 anos de jornalismo
Há exatos 30 anos, numa quinta-feira, 07 de abril de 1994, chegava às
ruas de Itaúna o número 1 de Via Fanzine impresso, marcando um novo
tempo para a imprensa local. Esta data ficou marcada como a de sua
fundação e quis o destino que fosse o Dia do Jornalista.
Por Pepe Chaves*
Para
Via Fanzine
07/04/2024
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) foi criada para representar e
assegurar aos jornalistas seus direitos e legitimar sua profissão. A
data escolhida para sua criação oficial foi o dia 7 de abril de 1908,
haja vista o seu caráter histórico e importância para a liberdade de
imprensa.
“O Dia do Jornalista, comemorado em 7 de abril, foi instituído em 1931,
por decisão da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), como homenagem
ao médico e jornalista Giovanni Battista Líbero Badaró, morto por
inimigos políticos em 1830”.
E há exatos 30 anos, numa quinta-feira, 07 de abril de 1994, Dia do
Jornalista, chegava às ruas de Itaúna o número 1 de
Via Fanzine impresso, marcando um novo tempo para a imprensa local.
Esta data ficou marcada como a de sua fundação e quis o destino que
fosse o Dia do Jornalista.
Fundado por Pepe Chaves e Adilson Rodrigues, o jornal que começou com
circulação mensal, passou a quinzenal e depois semanal circulando em
formato impresso. Rodrigues deixaria este projeto cerca de um ano
depois, seguindo para trabalhar numa empresa gráfica local. Em seu lugar
entrou Ana Gontijo, que trabalhou conosco até o ano de 2001.
Em 07 de abril de 2004, exatos 10 anos após sua fundação,
Via Fanzine deixou de circular sua versão impressa e passou a
circular somente na internet, como jornal eletrônico. O portal principal
deu lugar também a outros veículos temáticos, formando a nossa
Rede Zinesfera de portais culturais temáticos.
Assim, surgiram os portais
UFOVIA,
Arqueolovia,
J.A. Fonseca,
ASTROvia,
Dornas Digital,
Jornal São Tomé Online e
TV Fanzine, todos temáticos, lançados e mantidos pela editoria de
Via Fanzine.
Nosso trabalho sempre foi composto e mantido pela valiosa colaboração de
várias pessoas em todo o país e mundo. Não arriscamos citar agora os
nomes de todos que já colaboraram conosco durante estes 30 anos, foram
muitas dezenas de pessoas e poderemos deixar de fora pessoas de suma
importância nas várias fases as quais passamos.
Contudo, enviamos nosso agradecimento a cada um deles, que sabem quem
são e especialmente, aos incansáveis que continuam colaborando
atualmente com
Via Fanzine e sua rede de portais.
Não é fácil manter um veículo de comunicação circulando por 30 anos
ininterruptos, contando com pouco apoio e a oposição de determinadas
pessoas que se sentiam atingidas por mostrarmos fatos públicos que as
envolviam ao interesse comum.
Através do nosso trabalho unimos pessoas, levamos informações de suma
importância a gente de áreas tão variadas quanto aos assuntos que
veiculamos. Influenciamos pessoas a se tornarem escritores, articulistas
ou simples pensadores. Nosso trabalho também nos proporcionou conhecer
pessoas incríveis, algumas das quais, passaram a fazer parte de nossa
vida, dentro de nossos círculos de amizade e parceria.
E assim, das “costelas” de
Via Fanzine surgiram outras fontes de informações consultadas hoje
por pessoas de todas as partes interessadas em nosso trabalho, em cada
uma das nossas áreas de atuação.
Deixamos então o nosso agradecimento a todos que fizeram parte deste já
antigo projeto, nos comprometendo a manter este veículo de comunicação,
juntamente com os demais de nossa rede, livre de assuntos tendenciosos,
seja de ordem política, cultural ou quaisquer outras.
Desta maneira, nossa chama jornalística segue acesa, com toda isenção,
aglutinando saberes, experiências e procurando levar aos nossos leitores
informações úteis, aplicáveis às suas vidas e que de alguma maneira
acrescente às suas experiências.
Expressamos nossa gratidão
a todos os leitores, colaboradores, divulgadores e parceiros desta já
longa caminhada, pois este veículo não existiria se não fosse por vocês.
Pepe Chaves/editor
VIA FANZINE - ZINESFERA
Original como você!
www.viafanzine.jor.br
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