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Televisão

Queda:

'TV Xuxa' registra a pior audiência da história na Globo*

O "TV Xuxa" estreou nas manhãs de sábado, mas, desde 2011,

ocupa o horário da tarde na busca de um público mais jovem.

 

A Rede Globo está preocupada com o futuro do "TV Xuxa". Como conta a coluna "Outro Canal", do jornal "Folha de S. Paulo" desta quarta-feira (18), a atração atingiu o pior índice de audiência em sua história.

 

Apesar das mudanças no programa, média do último sábado (14) foi de 6,6 pontos - o que representa cerca de 50% menos público do que Xuxa tinha no início deste ano. Cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo.

 

O "TV Xuxa" estreou nas manhãs de sábado, mas, desde 2011, ocupa o horário da tarde na busca de um público mais jovem. O programa, no entanto, tem 33% da audiência concentrada em pessoas com mais de 50 anos.

 

* Informações de Papelpop Conteúdo | Notas TV /Yahoo! Brasil.

   18/07/2012

 

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São Paulo:

Jornal da Cultura faz especial sobre Comissão da Verdade*

Com uma revisitação ao período da ditadura militar no Brasil, reportagem vai ao ar em cinco edições.

 

O Jornal da Cultura (JC), sob o comando de Maria Cristina Poli, leva ao ar uma série especial que resgata temas de um passado recente do País e que voltam a mexer com a história de vida de muitas pessoas: a ditadura militar revista sob a atual Comissão da Verdade.

 

O principal jornalístico da TV Cultura exibe a reportagem em cinco edições, a partir desta segunda-feira (16/4), às 21h10.

 

A presidente Dilma Rousseff sancionou, em novembro de 2012, a lei que cria a Comissão da Verdade para esclarecer crimes e abusos contra direitos humanos cometidos no Brasil, no período que inclui o regime militar (1964-1985). A Comissão, que será composta por sete integrantes indicados pela presidência da República, terá um prazo de dois anos para investigar as violações de direitos humanos ocorridas no período.

 

A equipe de reportagem do JC entrevistou pessoas que estiveram envolvidas diretamente em episódios de repressão, tortura e morte. Fazem parte dos depoimentos declarações  que vão do repúdio à defesa dos atos praticados pelo regime militar. O vencedor do prêmio Nobel da Paz (1980), o argentino Adolfo Perez Esquivel, se dirige às forças armadas brasileiras: “Não se pode construir nenhum projeto de país se as Forças Armadas estão ausentes. As Forças Armadas têm que ter uma presença, mas uma presença ativa, a serviço de seu povo, não contra ele. Conhecer o passado seria o melhor a fazer para o povo do Brasil”.

 

A declaração de Adolfo se baseia no fato de o Brasil ser o único pais da região que ainda não puniu os excessos dos militares. Argentina, Chile e Uruguai conseguiram, ainda que parcialmente, entrar neste tema.

 

A entrevista com o Almirante Ricardo Veiga Cabral, presidente do Clube Naval do Rio de Janeiro, revela a face sombria da repressão e tortura. O militar defende e justifica a situação daquela época, com uma comparação: “Não é prender um assassino ou um assaltante, botar na cadeia e torturá-lo... naquela época nós estávamos numa guerra... Era uma inquietação muito grande. E se é guerra, evidentemente, tem que obter informações... é uma situação diferenciada...”

 

Enquanto na Argentina, durante o período militar, era prática comum entregar órfãos de presos políticos a militares para adoção, no Brasil houve um único caso: o de Lia Martins, órfã de guerrilheiros mortos no Araguaia. A reportagem do JC mostra uma entrevista exclusiva realizada com ela.

 

Entre os entrevistados estão ainda nomes como os do general Rocha Paiva, autor do manifesto contra a Comissão, e do almirante Ricardo Gouveia, que defende a investigação dos crimes de esquerda. Ao ex-ministro da Justiça, José Gregori, juntam-se depoimentos de Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog, Fábio Konder Comparato, jurista, e Vera Paiva, filha do deputado Rubens Paiva, entre outros.

A reportagem especial foi realizada pelo jornalista Ricardo Ferraz.

 

O Jornal da Cultura vai ao ar de segunda a sábado, às 21h10. Às quartas, um pouco mais cedo, às 20h55.

 

* Informações de Maria Ângela Silveira de Souza/TV Cultura Comunicação.

   16/04/2012

 

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Deputados:

Fantástico mostra farra dos parlamentares

A farra inclui leis que determinam verbas vultosas para viagens realizadas

por parlamentares, em alguns casos, em valores inúmeras vezes superiores ao de mercado.

 

Da Redação*

 Via Fanzine

BH-09/04/2012

 

Uma reportagem do programa “Fantástico” (Rede Globo de Televisão) levada ao ar no domingo, 08/04, mostrou a farra dos gastos legislativos em alguns Estados da União.

 

Além de simples “absurdos” a atuação corporativa de determinadas assembléias legislativas desvirtuam completamente as funções desse poder constituído. Tudo leva a crer, que chegamos à aberração de leis serem criadas - exclusivamente - para beneficiar financeiramente os próprios legisladores que as criam.

 

A reportagem mostra esta prática crescente no país e os diversos abusos oriundos de tais medidas. A farra inclui leis que determinam multivultosas verbas para viagens realizadas por parlamentares, em alguns casos, tetos com valores inúmeras vezes superiores aos de mercado.

 

Parece piada, mas, de acordo com a reportagem, é verdade: em alguns Estados do Brasil, sobretudo das regiões mais carentes do país (Norte e Nordeste), parlamentares criaram leis que lhes concedem o pagamento do 13º, 14º, 15º, 16º e 17º salário, ou seja, recebendo até cinco salários extras por ano.

 

Noutras assembleias legislativas, a verba indenizatória tem sido “ampliada” fartamente e em patamares inúmeras vezes superiores aos de qualquer indicador econômico do planeta. Num caso mostrado, a verba indenizatória foi mais que triplicada a todos os parlamentares da Casa. Além disso, em localidades distintas, são comprovadas também, emissões de diversas notas fiscais frias, casos estes em que a verba indenizatória voltava para o bolso do próprio deputado sem que fosse gasta por alguma necessidade parlamentar.

 

Jornalistas da emissora tentaram falar com alguns deputados autores de leis criadas para permitir tais abusos em diferentes unidades legislativas, mas não obtiveram sucesso. Os parlamentares procurados simplesmente viraram as costas aos jornalistas e se negaram a falar das leis que eles, homens públicos, “confeccionam” em causa exclusivamente própria.

 

Há farra também em Minas Gerais

 

No Estado de Minas Gerais, um dos mais ricos economicamente do país, os deputados estaduais também são acusados, constantemente, de uso indevido da verba indenizatória.

 

No final de 2010, o diário mineiro Estado de Minas publicou uma série de denúncias contra alguns parlamentares mineiros, comprovando o gasto de verba indenizatória através de notas frias e com “empresas de fachada”.

 

As reportagens deixam claro que a verba indenizatória acaba seguindo para o bolso do deputado, sem que ele seja, de fato, “indenizado” por algum gasto. E os gastos são curiosos, como centenas de litros de combustível num mesmo posto (geralmente de um parente do parlamentar).

 

Há também casos em que deputados comprar ou criam empresas, como jornais e editoras gráficas colocadas em nomes de laranjas. Assim, além de exaltar a figura política do deputado, estas empresas têm, principalmente, a função de faturar (teoricamente, para o próprio parlamentar) mensalmente, grande parte da verba indenizatória parlamentar. Mas, em alguns casos, não haverá trauma algum se uma dessas empresas faturar numa mesma nota fiscal toda a verba indenizatória de um deputado.

 

Nenhuma medida foi tomada pelo Ministério Público, justamente, por que as leis vigentes permitem essas negociatas, não coíbem e ainda incentivam o gasto imoral do erário público brasileiro.

 

A chamada “verba indenizatória”, criada em 1989 e cada vez mais desvirtuada pelos nossos legisladores, foi um presente do então deputado constituinte Aécio Neves (PSDB-MG) extensivo a todos os parlamentares brasileiros.

 

* Com informações do Fantástico (Rede Globo/RJ).

 

 

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Baixaria no ar:

Jornalista da Globo chama rainha de ‘piranha’

Caio Blinder chama rainha da Jordânia de "piranha" e gera crise diplomática ao Brasil.*

 

A rainha Rania da Jordânia foi chamada de "piranha" pelo jornalista Caio Blinder.

Ele também usou o termo "perua" para se referir a outras autoridades femininas.

 

Um comentário do jornalista Caio Blinder, durante o programa "Manhatan Connection", da Globo News, em que chama a rainha Raina de "piranha", gerou protestos por parte da embaixada do país no Brasil.

 

"Politicamente, ela [Rania] e as outras piranhas são intragáveis. Todas elas têm uma fachada de modernização desses regimes - ou seja, não querem parecer que são realeza parasita e nem mulher muçulmana submissa. Isso é para vender para o Ocidente, enquanto os maridos estão lá, batendo e roubando", declara Blinder, segundo informa a jornalista Cristina Lemos.

 

O comentário não agradou Ramez Goussous, embaixador da Jordânia no Brasil, que enviou ao Itamaraty nota verbal formalizando protesto contra o comportamento do jornalista.

 

A embaixada exige retratação de Blinder durante o programa e ainda ameaça processar a Rede Globo. A Jordânia recebeu o apoio de outros 17 embaixadores, que repudiaram a atitude do jornalista.            

       

"Eu errei e estou pedindo desculpas"

 

No final da tarde da quinta-feira (14/04), o jornalista Caio Blinder conversou por telefone com a reportagem do Portal IMPRENSA e disse que considerava o episódio superado.

 

"Eu sabia que a gente tinha feito uma besteira, mas já acabou essa história pra mim. E houve a retratação no ar. O Lucas [Mendes], editor-executivo do 'Manhatan' [e apresentador], pediu desculpas, em nome do programa, pelo meu termo ofensivo. E nós demos as mãos à palmatória literalmente", explicou.

 

"O Lucas até leu no ar: agora mais um momento raro, mas não inédito, onde cometemos leviandades, injustiça e insultos, quem nos conhece sabe que não queremos ofender", lembrou Caio antes de reiterar que não é de seu "feitio ofender pessoas", e que não costuma se referir às mulheres com termos chulos.

 

"Não me refiro às mulheres como piranhas, sejam elas árabes judias, esquimós...E não é uma questão política. Aliás, eu faço críticas políticas; não a pessoas. Eu errei e estou pedindo desculpas", finalizou.

 

Em 1997 o programa viveu polêmica semelhante, quando Paulo Francis - comentarista ao lado de Mendes, Blinder e Nelson Motta - defendeu  no ar a privatização da Petrobras e acusou seus diretores de possuírem 50 milhões de dólares em contas na Suíça. Francis se retratou, mas foi processado pela estatal em 100 milhões de dólares, e iniciou um embate indireto com o diretor da empresa, Joel Rennó. Poucas semanas depois, Francis morreu devido a um ataque cardíaco.

 

* Informações de Eduardo Neco/ Portal Imprensa.

- Fotos: divulgação. 

 

 - Tópico associado:

    Por que a piranha é o prato do dia?

 

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Novela:

Pantanal, a saga que atravessa gerações

Antiga produção da extinta TV Manchete ainda faz sucesso nos dias de hoje.

Por Pepe Chaves*

de Contagem-MG

Para Via Fanzine

 

Marcos Winter e Cristiana Oliveira, como Juventino e Juma.

  

A produção

 

A novela Pantanal, de Benedito Ruy Barbosa se transformou num ícone da teledramaturgia brasileira. Por sua originalidade, seu elenco de primeira grandeza, uma direção impecável de Jayme Monjardim, além de destacados trabalhos de fotografia e sonoplastia, Pantanal se tornou um clássico do gênero.

 

Além disso, a trilha sonora é uma das mais refinadas já vistas, reunindo músicos do maior bom gosto da MPB, entre eles, Marcus Vianna & Sagrado Coração da Terra, Almir Sater, Maria Bethânia, Sá & Guarabyra, Ivan Lins, Cláudio Nucci, Sérgio Reis, João Bosco, Orlando Morais, Robertinho do Recife, Leo Gandelman, Renato Teixeira, entre outros. São canções – inclusive, instrumentais - que interagiram muito bem com o enredo e vieram criar harmônicos panos de fundo para os personagens, paisagens e ocorrências mostradas.

 

O elenco de Pantanal, um dos melhores já vistos em toda a dramaturgia brasileira, tanto utilizou como legou diversos atores de primeira grandeza às (então) futuras produções da Rede Globo. Entre eles, Cláudio Marzo, Marcos Winter, Cristiana Oliveira, Marcos Palmeira, Cássia Kiss, Paulo Gorgulho, Ingra Liberato, José de Abreu, Jofre Soares, Luciene Adami, Rosamaria Murtinho, Ângelo Antônio, Antônio, Petrin, Carolina Ferraz, Ângela Leal, Jussara Freire, Natália Thimberg, Rômulo Arantes, Sérgio Britto, Kito Junqueira, Rubens Corrêa, Tarcísio Filho, além das incisivas participações dos músicos Almir Sater e Sérgio Reis, entre outros.

 

Originalmente exibida pela extinta TV Manchete (encampada pela atual Rede TV) em 1990, na época, a produção bateu forte na gabaritada Rede Globo, a maior produtora da teledramaturgia brasileira em todos os tempos. E bateu forte, tanto no quesito ibope, quanto da própria produção, que pode ser considerada impecável para época.

 

Desde sua estréia, em 1990 na Manchete, a novela Pantanal já foi exibida por diversas vezes e, atualmente, vai ao ar pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), diariamente, após seu telejornal noturno.

 

Juventino, Zé Lucas e Tadeu: filhos de Leôncio.

 

O enredo

 

A novela remonta a saga de mineiros que compram terras na região do Pantanal, no Estado do Mato Grosso do Sul e lá fazem suas vidas com a pecuária. A saga se passa em duas épocas. Na primeira delas, o menino Zé Leôncio (Paulo Gorgulho/Cláudio Marzo), criado sem mãe, na garupa do pai, peão boiadeiro, se vislumbra com as terras “a sumir de vista”, recém adquiridas por seu pai.

 

Eles iniciam então uma criação de gado formada praticamente por bois “Marruás”, animais semi-selvagens que viviam soltos na mata pantaneira, refugiados das fazendas da região quando das épocas de cheias nos rios, que alagavam praticamente todo o território pantaneiro.

 

Mas, um dia o pai (Cláudio Marzo) sai sozinho para caçar marruás e desaparece. O filho Zé Leôncio, (Paulo Gorgulho, depois Cláudio Marzo) o procura durante dias e nunca mais o encontra. Seu paradeiro dará tempero a uma trama que se estende por toda a novela, cujo mistério vai sendo desvelado em medidas homeopáticas.

 

Entre piranhas, garças, jacarés e tuiuiús, Benedito Ruy Barbosa explora com mestria os mitos populares regionais, como as supostas transformações de mulheres em onça, mostradas pelas personagens Maria Marruá (Cássia Kiss) e sua filha Juma (Cristiana Oliveira). Além disso, criou um dos mais marcantes personagens da teledramaturgia brasileira, o Velho do Rio (Cláudio Marzo). Uma mistura de espírito e homem adaptado ao meio ambiente pantaneiro, suas aparições são cercadas de mistério, sem falar que segundo a crença de quem o conhece o conhece, ele se transforma em sucuri, uma das mais temidas serpentes da região.

 

Cláudio Marzo, como o Velho do Rio.

 

E, entre a fazenda dos Leôncio e o resto do mundo, são traçadas diversas tramas, que reúnem pessoas dos Estados de Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul. Romances nascem ao acaso, casais se juntam e dão vida a filhos, que crescem e aparecem já adultos na segunda época, onde os personagens são envelhecidos, sob a fidelidade ao enredo inicial.

 

A trama mostra diversos aspectos da vida cotidiana brasileira, como os conflitos de terra, promovidos por grileiros, que vendem as mesmas terras para vários donos, criando o ódio e a guerra ente eles. Mostra de perto a vida e a rotina dos peões boiadeiros, mormente, os do Centro-Oeste do Brasil. Mostra a vida do povo ribeirinho, que utiliza os rios e ribeirões, como se fossem estradas. Todos se utilizam da chalana, barco precário que transporta pessoas e leva mantimentos aos moradores dos mais modestos lugarejos.

 

Sem dúvida alguma, Pantanal, uma novela assistida por milhões de pessoas em todo o Brasil, colaborou (e ainda colabora) de forma incisiva com incremento do turismo naquela região. As belas paisagens e a farta fauna mostrada, incluindo as tipicidades da vida pantaneira, atraem a atenção e seduzem pessoas de qualquer lugar do mundo.

 

Interessante seria, se o autor, Benedito Ruy Barbosa, retomasse a produção, agora, 20 anos depois, numa espécie de Pantanal 2, onde os atores remanescentes da trama, com os efeitos naturais do tempo passado, ressuscitassem seus respectivos personagens.

 

É claro que tal empreendimento, remontaria um esforço sem igual, procurando reunir novamente todo o staff e novamente encaminhá-lo rumo à saga pantaneira. claro que tal empreendimento, remontaria um esforço sem igual, procurando reunir novamente todo o elenco e novamente encaminh

 

De fato, passadas duas décadas, seria interessante de saber, como estaria àquela gente, vivendo “no coração do Brasil”, em meio ao seu misticismo, crenças e lendas que compõem tão bem os seus próprios desígnios humanos.

 

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine.

- Imagens: Arquivo VF.

 

- Produção: Pepe Chaves

© Copyright 2004-2008, Pepe Arte Viva Ltda.

 

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