Ataque cibernético:
Governo diz que bloqueou ataque de hackers*
Sites do governo brasileiro sofrem
ataques.
grupo de hackers autodenominado
LulzSecBrazil assumiu no Twitter os ataques feitos entre
0h30 e 3 horas.
A Secretaria de Imprensa da Presidência da República
afirmou, por meio de nota divulgada nesta manhã, que o Serviço de
Processamento de Dados (Serpro) detectou na madrugada uma tentativa de
ataque de robôs eletrônicos aos sites Portal Brasil e Receita Federal.
Segundo a nota da Presidência, "o sistema de segurança do
Serpro, onde estes portais estão hospedados, bloqueou todas as ação dos
hackers, o que levou ao congestionamento das redes, deixando os sites
indisponíveis durante cerca de uma hora". Os dados e informações destes
sites estão absolutamente preservados, segundo a nota.
Em entrevista à rádio Estadão ESPN, o
diretor-superintendente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro),
Gilberto Paganato, confirmou a ação. "Os sites ficaram indisponíveis,
mas nada foi afetado. Não violaram nosso sistema, só congestionaram o
acesso", explicou.
O grupo de hackers autodenominado LulzSecBrazil assumiu no
Twitter os ataques feitos entre 0h30 e 3 horas. O grupo internacional
LulzSec (Rindo da Segurança) usou o Twitter para cumprimentar a suposta
representação brasileira pela ação. "Nossa unidade brasileira está
fazendo progresso.
*
Informações de Priscila Trindade/ Agência Estado.
* * *
Crimes cibernéticos proliferam na rede:
Entrevista com
Higor Vinicius Nogueira Jorge*
Delegado de Polícia e professor de análise de inteligência policial da
Academia de Polícia.
![](../../001imag/07_10/higor_jorge.jpg)
Higor Jorge
Com todas as
facilidades proporcionadas pela tecnologia, o mundo passa a ser cada dia
mais digital: o ato de ir ao banco, comprar ou até mesmo se comunicar
com amigos passa pela internet. Mas, além das visíveis vantagens
oferecidas pela rede, também precisamos estar atentos aos crimes a que
estamos sujeitos no simples ato de nos conectamos. A
Mega News conversou com o delegado de
polícia Higor Vinicius Nogueira Jorge, que
é professor de análise de inteligência policial da Academia de Polícia e
conhece profundamente a investigação de crimes cibernéticos, realiza
palestras sobre o tema em todo o estado.
Dr. Higor,
primeiramente, o que são crimes cibernéticos?
São crimes
cometidos por intermédio da tecnologia, em especial de computadores.
Esse tipo de crime também é chamado de delito computacional, crime
telemático, ciberdelito, crime cometido por meio eletrônico, etc.
Quais são os
principais crimes cometidos por computadores?
Diversos crimes
podem ser cometidos por meios tecnológicos, dentre eles o crime de
ameaça, injúria, calúnia, difamação, crime contra a propriedade
intelectual, charlatanismo, furto mediante fraude, inserção de dados
falsos em sistema de informação, modificação não autorizada em sistema
de informações, dano, divulgação de segredo, apologia de crime ou
criminoso, produção, armazenamento ou publicação de imagens
pornográficas envolvendo criança ou adolescente, dentre outros crimes.
O que a pessoa
deve fazer quando for vítima de um crime praticado por intermédio de
computadores?
Primeiro é
importante identificar o instrumento utilizado para praticar o crime, se
foi por um site, um e-mail, um programa de mensagens instantâneas, uma
sala de bate papo, uma comunidade virtual do orkut, enfim, o meio que o
criminoso usou contra a vítima. Em seguida deve imprimir o maior número
de informações que comprovem a prática do crime e levar esse material
até a Delegacia de Polícia. Por exemplo, se a pessoa recebeu um e-mail
com ameaças ela deve imprimir também o cabeçalho do e-mail, que contem o
IP (internet protocol) e os dados sobre a data do e-mail e
horário. Na Polícia Civil a vítima deve prestar o maior número possível
de informações para que possa ser feita a investigação do crime.
O que é
phishing?
É uma forma de
obter dados de modo fraudulento. O indivíduo encaminha um e-mail se
passando por outra pessoa, empresa ou órgão do governo e solicita certas
informações. Geralmente o interesse reside em obter dados sobre a conta
de e-mail, CPF, dados da conta bancária e outras informações pessoais.
Você poderia
dar algumas dicas para a pessoa evitar sofrer prejuízos nas compras
efetuadas pela internet?
Os internautas
devem comprar produtos apenas em sites de empresas confiáveis, que já
comercializem produtos há algum tempo. Recentemente acompanhamos um caso
de uma pessoa que adquiriu um notebook em um site que pessoas de todo o
Brasil vendem produtos e quando chegou a compra pelo sedex a vítima
percebeu que no lugar de um notebook, havia um saco com um quilo de
arroz. Até hoje a vítima não conseguiu ter seu prejuízo ressarcido.
Outro problema que temos visto muito diz respeito a e-mails que a pessoa
recebe, supostamento do SERASA, da Justiça Eleitoral, da Polícia ou com
resultados de sorteios ou encaminhando supostas fotos, que na verdade
contem links para sites com arquivos executáveis, que podem
contaminar o computador e proporcionar problemas para as vítimas.
Que dica você
poderia dar para proteger a privacidade do usuário?
Percebemos que
muitas pessoas utilizam a sua conta de e-mail, orkut, banco pela
internet ou algum outro site que tenham que colocar o nome do usuário e
senha e ao sair apenas fecha a janela do navegador. O correto é que ele
clique com o ponteiro do mouse em sair (logout ou desconectar). Com isso
se evita que uma pessoa abra novamente a janela do navegador e continue
utilizando o mesmo site, se passando pelo usuário. Também muitas vezes a
pessoa digita sua senha e não sabe que há um programa malicioso que
capta tudo que o usuário digita no teclado (keylogger) e
transmite os dados digitados para um criminoso.
O que os pais
devem fazer para evitar que seus filhos tenham contato como pessoas com
más intenções?
É necessário que
os pais mantenham diálogo constante com os filhos e também lhes monitore
para saber o que estão fazendo na internet. Crianças e adolescentes não
devem usar a internet sem o acompanhamento dos pais e o computador deve
ficar instalado em áreas comuns da casa. De acordo com uma pesquisa da
Safernet, 87% dos jovens e crianças não possuem restrições para acesso à
internet, 77% não possuem limite de tempo para ficarem na net e 64%
utilizam a internet dos próprios quartos, o que é um risco a mais para
os jovens. Os pais devem sempre orientar seus filhos sobre o perigo a
que são submetidos quando utilizam computadores, principalmente com
relação as pessoas que elas se comunicam. Existem diversos programas que
permitem o monitoramento e o controle de conteúdos acessados na
internet. Vale a pena utilizar esse tipo de programa de computador.
Os crimes
cometidos pela internet são investigados em qualquer Delegacia de
Polícia?
Existe uma
Delegacia de Polícia especializada na investigação desse tipo de crime,
é a Delegacia de Crimes Cometidos por Meios Eletrônicos que pertence ao
DEIC, mas a pessoa vítima desse tipo de crime pode procurar qualquer
Delegacia de Polícia, que as providências investigativas serão tomadas.
Levando em
consideração a utilização da tecnologia para a prática de crimes, você
poderia dizer que a tecnologia é a vilã?
Depende do ponto
de vista. A tecnologia pode ser considerada uma aliada do bem estar das
pessoas, quando utilizada para bons propósitos, mas também pode ser mal
aplicada, se for instrumento para a prática dos mais variados delitos.
As pessoas têm o livre arbítrio para fazerem o que quiserem pelo
computador, porém cada um sofre as conseqüências dos seus atos.
Para finalizar,
qual é a sua mensagem para os usuário de computador?
Os usuários de
computadores devem ter consciência da importância de se protegerem de
ameaças. É muito importante que mantenham o sistema operacional e o
antivírus sempre atualizados e também que instalem em seus computadores
programas de firewall e antispyware, atualmente existem mais de 630.000
vírus conhecidos que podem causar graves prejuízos para as vítimas. É
importante também que evitem publicar suas fotos na internet, que tomem
cuidado com quem se relacionam pelos computadores e com as compras
efetuadas, principalmente em sites que realizam leilões virtuais. Quanto
as pessoas que usam os computadores para realizarem atos criminosos
devem saber que qualquer crime praticado pela internet deixa rastros e
se forem adequadamente apurados com certeza sofrerão uma punição.
* Entrevista
concedida à revista Mega News e publicada em sua edição de outubro/2010.
- Versão digital no
site:
http://issuu.com/sistemamega.com/docs/revista10010
- Foto: Mega News.
- Higor Vinicius
Nogueira Jorge é delegado de Polícia, professor de análise de
inteligência da Academia da Polícia Civil, professor universitário,
presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Santa Fé do Sul e
especialista em polícia comunitária. Seu site é
www.higorjorge.com.br.
- Leia também:
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Entrevista com o
delegado Higor Jorge
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Rootkits: ameaça invisível ao computado Higor
Jorge
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'O ABC das transações digitais'
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MP tem lista de mil
‘twitteiros’ acusados de racismo
* * *
São Paulo:
TSE não consegue punir autor de site
ofensivo*
Os juízes têm
dificuldade para identificar e punir os autores de sites
e blogs que
divulgam notícias falsas e ofensivas sobre os candidatos.
Uma das principais fontes de informação dos eleitores
brasileiros, a internet tem sido também um dos grandes desafios da
Justiça Eleitoral na campanha deste ano. Os juízes têm dificuldade para
identificar e punir os autores de sites e blogs que divulgam notícias
falsas e ofensivas sobre os candidatos.
No caso mais recente, o ministro Joelson Dias, do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), reconheceu que era impossível punir o autor do
site www.dilmentiras.com.br, que apontava o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva como "bebum" e a presidenciável Dilma Rousseff (PT) como
preconceituosa com nordestinos. No site, Dilma também aparecia - em uma
montagem de imagens - treinando o Rebolation, hit do carnaval baiano
deste ano.
O caso chegou ao TSE por iniciativa de Odair Lucietto,
tesoureiro da campanha da senadora e candidata Marina Silva, que ficou
em terceiro lugar na disputa presidencial pelo Partido Verde. De acordo
com os advogados de Lucietto, o nome do tesoureiro e seu CPF foram
usados indevidamente por outra pessoa para registrar o domínio do blog
Dilmentiras.
Lucietto soube por meio do site www.registro.br, do Comitê
Gestor da Internet no Brasil, que os seus dados teriam sido usados por
Ademir Silva Fernandez para registrar o domínio criado para divulgar
propaganda contra Dilma e os petistas.
Frustração - Em uma representação protocolada no TSE em 25
de agosto, o tesoureiro de Marina pediu a retirada do ar do site com
ofensas aos petistas e a aplicação de multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil a
Fernandez, conforme prevê a legislação eleitoral. O site foi tirado do
ar, mas Ademir Silva Fernandez nunca foi localizado. "Todas as
tentativas de notificação do suposto responsável pelo cadastramento do
sítio foram frustradas", informou o ministro.
Num despacho assinado no domingo e publicado ontem, Joelson
Dias relatou que uma notificação foi encaminhada ao suposto endereço de
Fernandez, informado pela servidora HostLocation. Mas o documento foi
devolvido porque o destinatário era desconhecido.
*
Informações do jornal O Estado de S. Paulo.
* * *
Vírus na web:
O perigo de se buscar
Cameron Diaz
Cameron Diaz é celebridade
mais perigosa na Internet, diz estudo.*
Ela pode ser conhecida por suas
risadinhas divertidas e sua beleza sexy, mas, agora, a atriz de cinema
Cameron Diaz se tornou também a celebridade mais perigosa da Internet.
Cameron, de 37 anos, lidera a lista das
celebridades mais perigosas de serem buscadas online, à frente de Julia
Roberts, a segunda colocada, informou a empresa de segurança de
computadores McAfee. A celebridade mais perigosa do ano passado, Jessica
Biel, está em terceiro lugar este ano.
Um em cada dez sites com informações sobre
a estrela de "Encontro Explosivo" traz software malicioso criado para
infectar computadores e roubar dados de usuários, diz uma pesquisa
divulgada nesta quinta-feira pela McAfee.
Os criadores de softwares maliciosos usam
as celebridades como iscas para incentivar fãs e outros a clicar sobre
links e descarregar conteúdos aparentemente inócuos, contendo programas
que roubam senhas e outras informações particulares, disse Dave Marcus,
diretor de pesquisas de segurança dos Laboratórios McAfee.
"Eles sabem que as pessoas querem ter
proteções de tela com pessoas famosas. Acompanham os temas que estão
bombando na Internet e criam seus conteúdos tóxicos de acordo com isso",
acrescentou Marcus.
"Isso está ligado a uma tendência mais
ampla de uso de iscas de engenharia social. Muitas vezes um
cibercriminoso garimpa o Twitter ou rastreia o Google Tendências para
contaminar esses links. Está muito claro que eles usam temas populares
na mídia como iscas", afirmou ele.
A supermodelo Gisele Bündchen é o quarto
nome na lista das celebridades perigosas, seguida por Brad Pitt, um dos
dois homens a constar entre os Top 10. "Historicamente falando, Brad
Pitt é uma das celebridades mais perigosas para se fazer buscas. Ele
está sempre entre as primeiras", disse Marcus.
A ex-modelo da Victoria's Secret Adriana
Lima é a sexta na lista, seguida por Jennifer Love-Jewitt e Nicole
Kidman, empatadas no sétimo lugar. Tom Cruise foi o oitavo colocado,
seguido por Heidi Klum e Penelope Cruz empatadas no nono. Anna Paquin,
estrela do sucesso de TV "True Blood", completa os Top 10.
É a quarta vez que a McAfee publica uma
lista anual de indivíduos perigosos. Marcus diz que está vendo o mesmo
tipo de software malicioso sendo distribuído, mas em números maiores. A
McAfee descobriu 6 milhões de peças únicas de programação maliciosa
recém-criadas. "São cerca de 60 mil por dia. Esse é um número muito
grande e lamentável", afirmou Marcus.
O estudo usou avaliações do McAfee
SiteAdvisor para rastrear as fontes arriscadas de conteúdo sobre
celebridades na Internet e então usou os resultados para calcular uma
porcentagem total de risco.
* Por Zachary Goelman, para a Reuters.
* * *
São Paulo:
Internauta pode
denunciar crimes à PF
Crimes na internet
poderão ser denunciados por formulário online a partir de 12/11.
A partir da quinta-feira (12/11), a população poderá
denunciar crimes de pedofilia, genocídio e outros crimes que violam os
direitos humanos na web utilizando um formulário disponível na página da
Polícia Federal na internet. A iniciativa faz parte do Projeto Anjos na
Rede, fruto de uma parceria entre a PF, a Secretaria Especial dos
Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República e a ONG Safernet.
A partir do formulário disponibilizado na página eletrônica
da PF (http://www.pf.gov.br)
qualquer pessoa que tenha conhecimento de sites que divulguem
pornografia infantil, crimes de ódio, de genocídio, entre outros, poderá
informar aos órgãos responsáveis pela investigação.
A idéia surgiu em 2008, durante o III Congresso Mundial de
Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescente, no qual a
PF, a SEDH e a Safernet assinaram um termo de cooperação que visava a
criação da Central de Denúncias de Crimes de Violadores dos Direitos
Humanos, na internet.
* Informações de UOL Notícias.
* * *
São Paulo:
Oficial de Justiça
pedófilo é denunciado pelo MPF*
MPF-SP denuncia o
acusado de distribuir vídeos de pedofilia na internet.
Um oficial de justiça estadual foi denunciado pelo
Ministério Público Federal em São Paulo sob acusação de distribuir
vídeos de pornografia infantil através da internet. De acordo com as
provas colhidas, de 2007 a 2008, o oficial chegou a distribuir 19 vídeos
com cenas pornográficas envolvendo crianças e adolescentes. Se
condenado, ele pode cumprir de 3 a 6 anos de prisão.
As acusações foram descobertas durante as investigações da
Polícia Federal, na operação nomeada Carrossel II. Esta é a segunda
denúncia do MPF-SP decorrente da Operação Carrossel II. Um dos
investigados pela PF foi preso em flagrante e o processo corre na
Justiça Federal de São Paulo.
Segundo o MPF-SP, desde a atuação do Grupo de Combate a
Crimes Cibernéticos em 2003, 19 processos criminais já foram abertos
pela Justiça Federal de São Paulo pelo crime previsto no artigo 241 do
ECA. Desse total, cinco já resultaram em condenações de primeira
instância e outros 11 seguem tramitando na Justiça Federal de São Paulo.
Atualmente, correm também na Justiça Federal 79 inquéritos policiais sob
o crivo do grupo para apurar a distribuição de pornografia infantil. Com
informações da Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República no
Estado de São Paulo.
* Informações do
ConJur.
* * *
CPI da Pedofilia
CPI da Pedofilia vai intimar teles e
provedores*
Telefônica, Vivo, Claro, Terra, My Space,
Abranet, Abrafix, IG, NET e UOL receberão,
em janeiro, convocações para prestar
esclarecimentos à CPI.
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), vai intimar operadoras de
telefonia e provedores de internet que faltaram ontem, em Brasília, à
assinatura de termo de cooperação para combater abusos contra crianças e
adolescentes na web. Após quatro meses de discussão entre representantes
das empresas, CPI, Polícia Federal, Ministério Público Federal, SaferNet
- ONG de defesa dos direitos humanos - e Comitê Gestor de Internet,
apenas TIM, Oi Telemar e Brasil Telecom chancelaram o documento.
As empresas têm um ano para se ajustar às determinações do
acordo. Telefônica, Vivo, Claro, Terra, My Space, Abranet, Abrafix, IG,
NET e UOL receberão, em janeiro, convocações para prestar
esclarecimentos à CPI. "A ausência dessas empresas causa estranhamento
porque participaram da construção do termo e se comprometeram a
assinar", disse Malta. Por causa do poder de polícia da CPI, as
companhias não poderão faltar à intimação.
Sem essas empresas no acordo, parcela significativa de
usuários de internet deixa de ser investigada com mais agilidade em caso
de denúncia de pedofilia. Na banda larga, Telefônica e NET respondem por
4,5 milhões dos 9,5 milhões de clientes do País. Oi Telemar e Brasil
Telecom somam 3,7 milhões. Entre conexões de alta velocidade e discadas
são 36 milhões de usuários.
*
Informações do jornal
O Estado de S. Paulo.
* * *
Direito na internet:
Mais punição para os crimes de internet
Crimes pela internet têm mais punição,
indica estudo*
Era uma vez uma rede anárquica chamada internet, conhecida
como 'terra sem lei'. Ela continua anárquica, mas está cada vez mais
protegida pela legislação. Levantamento do advogado Renato Opice Blum,
especialista em direito da internet, revela que, em outubro de 2002,
havia cerca de 400 decisões judiciais definitivas envolvendo problemas
com a rede. Neste mês, elas já somam mais de 17 mil, contadas desde
2002. O aumento de ações acompanha o crescente número de usuários e já
começa a provocar mudanças de comportamento em sites, empresas, escolas
e até nas famílias.
Atualmente, a autoria de grande parte das ofensas anônimas
feitas via web é facilmente identificada com auxílio da Justiça. As
indenizações, quando comprovadas as agressões, raramente são negadas. A
responsabilidade de todos está cada vez mais clara: o site de
relacionamento que não tirar conteúdo ofensivo do ar, a pedido da
vítima, torna-se réu na ação, o blogueiro que permitir um comentário
agressivo a terceiro em seu blog responde na Justiça junto ao agressor,
os pais são responsáveis na esfera civil por ofensas feitas via web
pelos filhos e por aí vai.
A mudança de comportamento das pessoas, embora exista, é
muito incipiente, na opinião do advogado Alexandre Atheniense,
presidente da Comissão de Tecnologia de Informação do Conselho Federal
da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). "O brasileiro aderiu rapidamente
à internet e aos sites de relacionamento, em especial, mas continua
muito ingênuo em relação a aspectos de privacidade. Ele se expõe demais
e tem uma falsa noção de que a tecnologia propicia anonimato", explicou.
De acordo com os advogados, há um movimento crescente nas
escolas de conscientização de pais, alunos e professores sobre o risco
de se expor na internet e as conseqüências dos atos virtuais. "Eu tenho
feito três palestras por semana. O principal é desmistificar a internet
como uma terra sem lei", afirmou Opice Blum.
* Informações fornecidas pelo jornal O
Estado de S. Paulo.
-
Leia mais sobre crimes virtuais.
* * *
Rondônia:
Indenizado
por difamação na internet*
Professor será
indenizado por difamações virtuais promovidas por alunos.
O valor
estabelecido era de R$ 20 mil, mas após acordo, caiu para R$ 15 mil.
A Justiça brasileira continua trabalhando contra os abusos
da internet. Dessa vez, a Justiça de Rondônia condenou pais de 10
adolescentes a pagarem R$ 15 mil para reparar os danos morais causados
ao professor Juliomar Reis Penna. Os estudantes criaram, em 2006, uma
comunidade no site de relacionamentos da Google, o Orkut, em que
ridicularizam o professor de matemática.
Os adolescentes eram alunos de uma escola particular de
Cacoal, a cerca de 470 quilômetros de Porto Velho, capital do Estado.
Eles já haviam sido condenados a cumprir medidas sócio-educativas,
entretanto, a vítima também entrou com um pedido de tutela
jurisdicional, para que os pais fossem responsabilizados civilmente
pelos atos dos filhos.
O acórdão da decisão foi publicado no último dia 18, pela
2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça. O primeiro valor fixado pelo juiz
Edenir Sebastião Albuquerque da Rosa, era de R$ 20 mil, que após recurso
das partes, teve redução, e deve ser pago de forma proporcional, ficando
os pais da menina que criou a comunidade com maior fatia, algo em torno
de R$ 2,6 mil. O restante será dividido de forma igual entre os outros
pais.
O professor, que não quis comentar muito sobre a decisão,
disse que o seu objetivo não foi conseguir dinheiro. "O meu foco era a
retratação, não tanto a questão financeira", argumenta. Além de ofensas
relativas à obesidade e às roupas de Juliomar, os alunos, segundo a
Justiça, os adolescentes também teriam ameaçado furar os pneus de seu
carro.
A condenação ainda cabe recurso, mas segundo a advogada
Ivone Ferreira Magalhães, que representa Juliomar, ao menos o advogado
de duas, das 19 pessoas condenadas, já manifestou que seus clientes não
têm a intenção de recorrer da sentença. As informações são de Adriel
Diniz, para O Estado de S.Paulo.
* Fonte: O Estado
de S.Paulo.
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