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Artigos 

 

 

Balaio do trânsito:

BH sem mar e agora sem bar...

Por capricho de políticos oportunistas.

 

* José Aparecido Ribeiro

De Belo Horizonte-MG

Para Via Fanzine

15/08/2011

 

Sábado a noite no tradicional Bairro de Lourdes e os efeitos da "Lei Seca" já pode ser percebido nos restaurantes tradicionais destinados ao publico de meia idade. Quase todos vazios. A falta de proporcionalidade desta Lei vai causar efeitos devastadores no setor de entretenimento e gastronomia da Capital. É apenas uma questão de tempo para começar as demissões e a quebradeira. Ninguém é contra a Lei para pegar os que cometem excessos.

 

O problema é que ela pega também pessoas que não estão cometendo excessos, colocando o Cidadão comum no mesmo balaio dos assassinos do transito que continuam agindo impunemente. Uma taça de vinho é o suficiente para uma pessoa normal e cumpridora dos seus deveres se transforme em um fora da Lei. Contrariando o principio da razoabilidade e jogando no lixo a proporcionalidade do Código Penal que prevê penas condizentes com o ato. As pessoas são diferentes e o efeito de bebidas no organismo depende de uma série de fatores, como por exemplo, massa corporal, hidratação e em especial do costume de cada um. Três doses de whisky, ou três taças de vinho no meu organismo não comprometem os meus reflexos e eu posso dirigir sem colocar a vida de ninguém em risco (AFIRMO E PROVO ISSO). Esta mesma quantidade em outra pessoa pode trazer efeitos diferentes. O fato é que cada um reage de maneiras diferentes a bebidas diferentes.

 

O que é possível perceber de forma muito clara é que ninguém quer passar pelo constrangimento de uma blitz e isso já está provocando mudanças de hábitos negativos. Os freqüentadores da noite não querem correr o risco de um dissabor no caminho de volta para casa e estão optando por não sair, deixando a noite da CAPITAL NACIONAL DOS BARES E DA GASTRONOMIA mais triste e vazia. Os botecos destinados a garotada ainda não sentiram os efeitos, pois esses pegam taxi, saem de carona ou mesmo  se dividem na tarefa de abstinência com um dos amigos. Porém isso não se aplica a casais de meia idade, por exemplo, que saem para namorar e tomar um vinho durante um jantar. Há os que não gostam de pegar taxi e preferem o próprio carro. Para não contrariar as regras, acabam trocando os restaurantes por programas caseiros.

 

Esse exagero poderia ser evitado se ao invés do "teste do bafômetro", fosse aplicado antes o teste dos reflexos, que é capaz de detectar, com precisão, se um individuo está com as suas funções cognitivas e os reflexos preservados. Contudo, vale o capricho de políticos cujo o oportunismo está mais do que evidente. Eles querem apenas mostrar serviço, esquecendo que as pessoas são livres e responsáveis pelos seus atos, nesta ou em qualquer ação, inclusive no ato de votar. Registra-se ainda que parcela da imprensa segue sem refletir contribuindo para fazer esses "senhores da lei", acharem que estão realizando um bem para a sociedade, quando na verdade prestam um desserviço para Belo Horizonte, que tem na gastronomia e nos bares, uma marca que é apelo turístico. Está faltando bom senso e sobretudo reação da sociedade que encontra-se em estado de letargia, aceitando esses e outros disparates em silêncio...

 

* José Aparecido Ribeiro é especialista em transito, transporte e assuntos urbanos e membro da ONG SOS Mobilidade Urbana.

 

- Tópico relacionado:

  Prefeitura e BH Trans acertam na escolha do modelo BTR

 

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Bin Laden morto:

Guerra de informações para ludibriar o mundo*

Sem nenhuma preocupação com a verdade, a imprensa brasileira traduziu

ao pé da letra as informações do governo americano sobre o episódio Bin Laden.

 

Por Rogério Marques

De Natal-RN

Em Observatório da Imprensa

17/05/2011

 

Depois de dez anos de espionagem, o governo dos EUA anunciou o fim de Osama bin Laden. A morte do terrorista mais temido dos últimos tempos foi festejada nas ruas pelos americanos. Líder da Al-Qaida, Bin Laden era considerado o inimigo número um dos EUA, que não poupou orçamento para caçá-lo, vivo ou morto. Mais uma vez, a mídia brasileira promove um espetáculo de noticiários para propagar as tumultuadas versões sobre a morte do temido terrorista.

 

Sem nenhuma preocupação com a verdade, a imprensa brasileira traduziu ao pé da letra as informações do governo americano sobre o episódio Bin Laden. Esta não é a primeira vez que a indústria da notícia comercializa as mentiras divulgadas pelos EUA. Uma guerra de informações que não para de produzir ilusões com o objetivo de ludibriar o mundo. O papel desempenhado pelos veículos de comunicação em nosso país é de envergonhar qualquer profissional de comunicação decente. Nenhum questionamento aos métodos militares utilizados pelo Estado americano, que mais uma vez violou a soberania de outro país para satisfazer o ego, numa repetição das invasões militares no Iraque e, mais recentemente, na Líbia. Nenhuma linha editorial sobre os ataques dos EUA, que invadem territórios alheios e matam em nome de uma paz que faz do resto do mundo um cemitério que não para de enterrar vítimas de uma guerra sem fim.

 

Fatos dão vez à ficção

 

A onda de informações que alimenta os noticiários dos principais veículos de comunicação no Brasil faz parte de uma rede de mentiras produzida pelas agências de notícias americanas. Assim, os negociadores de notícias se rendem ao imperialismo e vendem seus noticiários manchados de opressão aos milhões de leitores brasileiros. Em nome da falsidade, os grandes meios de comunicação abafam o grito dos oprimidos e propagam as façanhas dos opressores, transformando-os em heróis de guerra. O ridículo jornalismo a serviço do capitalismo cumpre o infeliz papel de espalhar o medo decretado pelo poder imperial. Assim como fez Napoleão Bonaparte, que em cada novo território tomado à força criava o seu jornal, que tinha a tarefa de espalhar o terror na população.

 

Enquanto isso, a polêmica sobre a morte de Osama bin Laden continua atiçando fogo na política de Barack Obama rumo ao segundo mandato na Casa Branca. Nesse filme, os fatos dão vez à ficção, trazendo à tona um jornalismo de negócio, no qual a crítica e o compromisso com a verdade foram deixados de lado.

 

 

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Ponto de Vista:

O Brasil, as reformas... E mais palhaçadas?

A Reforma Política feita pelos próprios políticos, prestará? Nunca!!!

 

Por Giuseppe Tropi Somma*

 

Nosso país é gigante em tudo. Temos o maior território cultivável do mundo, com uma população rural das mais carentes; temos as maiores reservas minerais, mas o combustível mais caro do mundo; a maior diversidade populacional do mundo, em franco crescimento, mas com o maior desnível social; temos a maior taxa tributária do mundo e ainda pagamos pedágios e convênios médicos, se quisermos viajar ou continuar vivos; temos uma das maiores classes políticas, com os maiores salários, e a maior corrupção do mundo; temos as leis mais complexas e a maior impunidade do mundo; temos o maior mercado de trabalho, mas com as leis trabalhistas mais complexas do mundo, uma aberração que se contrapõe aos direitos constitucionais de cada um e que serve apenas para produzir litígios sociais, desestímulo ao trabalho e ao empreendedorismo; somos a sociedade tributariamente mais massacrada, e a mais paciente e passiva do mundo; somos o povo mais pacífico, mas com um dos maiores índices de assassinatos do mundo. Até quando tudo isso vai persistir? Precisamos urgentemente de um basta! O nosso mal está na base das nossas instituições.

 

Pensar grande faz bem ao próprio ego; pensar em PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo, que tem um custo elevadíssimo, é bom, mas há outros programas que não custam nada, apenas a vontade política, e são de uma importância infinitamente superior à do PAC. Vamos fazer o PAC, sim, mas por que não fazer concomitantemente o PACS (Programa de Aceleração do Crescimento Social)? Ele consiste em reformas básicas de que o Brasil precisa urgentemente. Nós devemos crescer como sociedade! Acabar com os entraves negativos e crônicos que nos deixam comparados aos piores países do mundo. Precisamos de reforma política, judiciária, tributária, trabalhista, constitucional. E para que essas reformas sejam sérias e de alto nível, não podem ser elaboradas com a participação de semi-analfabetos, como aconteceu na reforma constitucional de 1988: devem ser elaboradas pelos expoentes da melhor inteligência nacional, podendo inclusive fazer parte de teses nas melhores universidades do país.

 

Todas as leis feitas para disciplinar atos de seus próprios autores sempre foram, são e serão aberrações contra a inteligência e o respeito humanos. Para que uma reforma política seja eficiente, por exemplo, jamais deve ser feita pelos próprios políticos; deve sair da reciclagem ou fusão de várias versões e sugestões apresentadas pela sociedade e, no fim, aprovadas por uma comissão em que todas as classes sejam representadas, inclusive a política. Assim deveria ser com o Judiciário. Ministros do Supremo Tribunal Federal, por exemplo, não podem continuar sendo eleitos pelo presidente da República e correr o risco de atuar num regime de apadrinhamento. Isso faz com que um presidente reeleito controle quase a totalidade dos atos do Supremo, graças à rápida reciclagem de seus componentes. Assim como as leis trabalhistas não podem ser ditadas por sindicalistas. Precisamos de leis que coíbam a demagogia, porque essa é a maior praga dos países subdesenvolvidos. Sindicalista não poderia passar diretamente de uma atividade sindical para um cargo político eletivo sem um espaço de uns oito anos, para não incorrer no desvirtuamento de seus falsos propósitos sindicais sobre os verdadeiros propósitos políticos, prejudicando o real progresso nacional. Precisamos, sim, de reformas sociais profundas, mas dentro dos conceitos da verdadeira democracia, em que o povo seja realmente soberano e não fique a serviço da casta política. Chega de copiar o lixo que os outros países produzem. Temos um exemplo bem atual: recentemente fomos surpreendidos com o lançamento de novas cédulas de R$ 50 e de R$ 100. Isso não é coisa insignificante, mexe com a vida diária de cada cidadão. Deveriam ter consultado o povo e não agir segundo os caprichos de seu autor. Quiseram fantasiar e criar medidas estrambóticas, notas que não cabem na carteira e, quando as recebemos, já as colocamos para serem as primeiras a ir embora, pois são por demais incômodas. Quiseram copiar os países do Euro com pretexto de ajudar os deficientes visuais, sendo que, para isso, não precisavam recorrer ao tamanho, existem muitos outros recursos. Mas, se Deus quiser, essas notas terão o mesmo fim das últimas e famosas cédulas plásticas de R$ 10 que todos detestávamos e que emporcalhavam nossos bolsos. Todas essas coisas são frutos da arbitrariedade administrativa, em que de um lado só se banqueteia e ao povo só é servido PF (prato feito). Por isso, eu digo: precisamos de reformas, de instituições exemplares, para construir uma nação moderna, um modelo mundial de sociedade justa e democrática. As verdadeiras reformas, extremamente importantes, precisam de “patriotas” corajosos!

 

Quem sabe, brevemente possamos dizer: demorou, mas conseguimos! E por iniciativa de quem menos esperávamos!

 

* Giuseppe Tropi Somma é empresário e presidente da ABRAMACO.

giuseppe@cavemac.com.br

 

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WikiLeaks

A verdade ganhará sempre

Quase um século depois, o Wikileaks também publica sem medo fatos que precisam ser tornados públicos.

 

Por Julian Assange*

 

Em 1958 um jovem Rupert Murdoch, então proprietário e editor do The News de Adelaide (Austrália), escreveu: "Na corrida entre o segredo e a verdade, parece inevitável que a verdade sempre vença."

 

Sua observação talvez tenha sido um reflexo da revelação de seu pai, Keith Murdoch, sobre o sacrifício desnecessário de tropas australianas nas costas de Gallipoli, por parte de comandantes britânicos incompetentes. Os britânicos tentaram calá-lo, mas Keith Murdoch não seria silenciado e seus esforços levaram ao tÉrmino da desastrosa campanha de Gallipoli.

 

Quase um século depois, o Wikileaks também publica sem medo fatos que precisam ser tornados públicos.

 

Eu cresci numa cidade do interior do estado de Queensland, onde as pessoas falavam de maneira curta e grossa aquilo que pensavam. Eles desconfiavam do governo (big government) como algo que poderia ser corrompido caso não fosse vigiado cuidadosamente. Os dias sombrios de corrupção no governo de Queensland, que antecederam a investigação Fitzgerald, são testemunhos do que acontece quando políticos impedem a mídia de reportar a verdade.

 

Essas coisas ficaram comigo. O Wikileaks foi criado em torno desses valores centrais. A ideia concebida na Austrália era usar as tecnologias da internet de maneira a reportar a verdade. O Wikileaks cunhou um novo tipo de jornalismo: o jornalismo científico. Nós trabalhamos com outros suportes de mídia para trazer as notícias para as pessoas, mas também para provar que essas notícias são verdadeiras. O jornalismo científico permite que você leia as notícias, e então clique num link para ver o documento original no qual a notícia foi baseada. Desta maneira você mesmo pode julgar: esta notícia é verdadeira?, os jornalistas a reportaram de maneira precisa?

 

Palavra crítica

 

Sociedades democráticas precisam de uma mídia forte e o Wikileaks faz parte dessa mídia. A mídia ajuda a manter um governo honesto. Wikileaks revelou algumas duras verdades sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, e notícias defeituosas (broken stories) sobre corrupção corporativa.

 

As pessoas afirmaram que sou antiguerra: que fique registrado, eu não sou. Algumas vezes, nações precisam ir à guerra, e simplesmente há guerras. Mas não há nada mais errado do que um governo mentir à sua população sobre estas guerras, e então pedir a estes mesmos cidadãos que coloquem suas vidas e o dinheiro de seus impostos a serviço dessas mentiras. Se uma guerra é justificável, então diga a verdade e a população dirá se deve apoiá-la ou não.

 

Se você leu qualquer um dos relatórios de guerra sobre o Afeganistão e o Iraque, qualquer um dos telegramas das embaixadas estadunidense ou qualquer uma das notícias sobre as coisas que o Wikileaks tem reportado, considere quão importante é que toda a mídia possa reportar tais fatos livremente.

 

O Wikileaks não é o único que publicou os telegramas das embaixadas dos Estados Unidos. Outros suportes de mídia, incluindo o britânico The Guardian, o The New York Times, o El País e o Der Spiegel na Alemanha publicaram os mesmos telegramas. Porém é o Wikileaks, como coordenador destes outros grupos, que tem sido alvo dos mais virulentos ataques e acusações por parte do governo estadunidense e seus acólitos. Eu tenho sido acusado de traição, mesmo sendo cidadão australiano e não estadunidense. Tem havido inúmeros sérios clamores nos EUA para que eu seja capturado por forças especiais estadunidenses. Sarah Palin diz que eu deveria ser "caçado como Osama Bin Laden". Uma lei republicana tramita no Senado norte-americano buscando declarar-me uma "ameaça transnacional" e tratar-me correspondentemente. Um assessor do gabinete do primeiro-ministro canadense clamou em rede nacional de televisão que eu fosse assassinado. Um blogueiro americano clamou para que o meu filho de 20 anos de idade aqui na Austrália fosse sequestrado e ferido por nenhum outro motivo além de um meio de chegar até mim.

 

E os australianos devem observar sem orgulho a desgraçada anuência a estes sentimentos por parte da primeira-ministra australiana Guillard e a secretária do Estado dos EUA Hillary Clinton, as quais não emitiram sequer uma palavra de crítica às demais organizações midiáticas. Isto por que o The Guardian, The New York Times e Der Spiegel são velhos e grandes, enquanto o Wikileaks é ainda jovem e pequeno.

 

Decisão histórica

 

Nós somos os vira-latas. O governo Guillard está tentando atirar no mensageiro porque não quer que a verdade seja revelada, incluindo informações sobre as suas próprias negociações diplomáticas e políticas.

 

Houve alguma resposta por parte do governo australiano às inúmeras ameaças públicas de violência contra mim e outros colaboradores do Wikileaks? Não me parece absurdo supor que a primeira-ministra australiana deveria estar defendendo os seus cidadãos de ações dessa natureza, porém, de sua parte, tem havido apenas alegações infundadas de ilegalidade. A primeira-ministra e especialmente o procurador-geral deveriam levar a cabo suas obrigações com dignidade e acima das disputas. Que fique claro que esses dois pretendem salvar a própria pele. Eles não conseguirão.

 

Toda vez que o Wikileaks publica a verdade sobre abusos cometidos pelas agências dos EUA, políticos australianos entoam o coro provavelmente falso com o Departamento de Estado: "Você colocará vidas em risco! Segurança nacional! Você colocará em perigo as nossas tropas!" E então eles dizem que não há nada de importante no que o Wikileaks publica.

 

Mas as nossas publicações estão longe de serem desimportantes. Os telegramas diplomáticos dos EUA revelam alguns fatos inquietantes:

 

** Os EUA pediram à sua diplomacia para que roubassem material humano (personal human material) e informações de oficiais da ONU e grupos de direitos humanos, incluindo DNA, impressões digital, scans de íris, números de cartão de crédito, senhas da internet e fotos de identificação, em violação a tratados internacionais. É provável que diplomatas australianos da ONU também sejam alvos.

 

** O rei Abdullah da Arábia Saudita pediu aos oficiais dos EUA na Jordânia e Bahrein que interrompam o programa nuclear iraniano a qualquer custo.

 

** A investigação britânica sobre o Iraque foi adulterada para proteger "interesses dos EUA"

 

** A Suécia é um membro secreto da OTAN e a inteligência dos EUA não divulga suas informações ao parlamento.

 

** Os EUA está forçando a barra para tentar fazer com que outros países recebam detentos libertados de Guantanamo. Barack Obama concordou em encontrar o presidente esloveno apenas se a Eslovênia recebesse um prisioneiro. Nosso vizinho do Pacífico, Kiribati, foi oferecido milhões de dólares para receber detentos.

 

Em sua decisão histórica no caso dos Documentos do Pentágono, a Suprema Corte Americana disse: "Apenas uma imprensa livre e sem amarras pode eficientemente expor fraudes no governo". A tempestade turbulenta em torno do Wikileaks hoje reforça a necessidade de defender o direito de toda a mídia de revelar a verdade.

 

* Julian Assange é fundador do WikiLeaks. Este texto foi publicado originalmente em 9/12/2010, pelo jornal ‘The Australian’ (Austrália). Reprodução do Esquerda.net, com tradução de Paula Sequeiros, intertítulos do OI.

 

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Tecnologia digital nas eleições:

As urnas eletrônicas e a zerézima

'Se você acredita que a tecnologia pode resolver seus problemas de segurança,

 então você não conhece os problemas e nem a tecnologia'.

Bruce Schneier

 

Por Davi Castiel Menda*

De Gravataí-RS

Para Via Fanzine

 

O Titanic, em sua viagem inaugural, ao zarpar de seu porto de origem, ostentava o título de insubmergível, e era tanta a autoconfiança do engenho humano, que os jornais da época afirmaram que "Nem Deus poderia afundar esse navio". Bill Gates, o papa da informática, em 1981, nos brindou com a pérola "640 kb de memória é mais do que suficiente para qualquer um". Thomas Watson, presidente da IBM, em 1943: "Penso que há talvez no mundo um mercado para cinco computadores". Mas a campeã das afirmações estapafúrdias deva ser creditada a Charles Duell, Diretor do Departamento de Patentes dos Estados Unidos, em 1899: "Tudo que podia ser inventado, já o foi", propondo inclusive o fechamento dos escritórios que dirigia. Pelos exemplos, concluímos, já no início do artigo, de que afirmações exageradamente desmedidas tendem, com o passar do tempo, a mostrar-se equivocadas, quando não beirando ao ridículo.

 

Implantada no Brasil em 1996, a votação eletrônica, segundo o TSE, baniu de vez a possibilidade de fraude eleitoral, com a afirmação dogmática de que o sistema é seguro, indevassável. Entretanto, estas condições até hoje são questionadas por estudiosos, programadores, os próprios partidos, e porque não, por boa parcela da população brasileira.

 

Alguns defensores das urnas eletrônicas, na ânsia de afirmar que o sistema é infalível, declaram com ares de ufanismo simplório que o Brasil, ao comercializá-las para outros países, está exportando democracia (!), embaralhando comércio e tecnologia com patriotada. Paulo Gustavo Sampaio Andrade, editor do site Jus Navigandi, traduz de forma muito simples e direta a opinião de quem põe em dúvida a assertiva governamental: "Se o sistema eletrônico eleitoral é imune a fraudes, considerada uma suposta perfeição técnica e a natureza biológica das pessoas envolvidas" - compara ele - "o sistema financeiro já teria adotado o projeto e contratado as pessoas que criaram e utilizam o sistema eleitoral eletrônico para pôr fim aos inúmeros golpes existentes, por exemplo, nos caixas eletrônicos e nos bancos via internet".

 

A desconfiança baseia-se em dois pontos cruciais. O primeiro, é saber se realmente o voto digitado a um determinado candidato é efetivamente computado e creditado a ele. O segundo questionamento é a probabilidade de violação da identidade do eleitor, a exemplo do acontecido em certo episódio no Senado, quando determinado grupo teve acesso a quem votou em quem.

 

O Eng. Amílcar Bruzano Filho, um especialista na área, compara a urna eletrônica à "uma máquina de votar inauditável, uma verdadeira caixa preta da qual nenhum partido político, fiscal ou auditor externo ao TSE, jamais teve acesso para conferir sua integridade". E complementa Bruzano: "o que o TSE chama de auditoria é colocar alguém em frente à urna. Isso não é o processo de exame de um sistema, mas um artifício. Um show".

 

O povo em geral - onde eu me insiro - pouco acesso tem ao assunto, mas pesquisando, toma-se conhecimento de que existem dois Sistemas Operacionais vigentes: o VirtuOs (que pertence a uma empresa privada) e o Windows CE, com mais de seis mil programas e dois milhões de linhas de código, tornando muito difícil a sua análise, se é que estão disponíveis. Esta falta de transparência é que compromete o primeiro pilar de um legítimo processo eleitoral: a votação. Os outros dois são a apuração e a fiscalização.

 

A fase de apuração nos remete às eleições de 1982 no Rio de Janeiro e a famigerada Operação Proconsult, nome da empresa encarregada de proceder à apuração e que teve como objetivo "virar" os resultados de uma eleição já ganha por Leonel Brizola sobre o candidato do Governo federal na época, Moreira Franco. A sistemática consistia em sonegar os resultados da capital (dois terços do eleitorado), onde Brizola alcançara 70% dos votos, e só divulgar uma média da apuração no interior do estado, onde Moreira era majoritário. Não fosse a pronta intervenção de Brizola, exigindo falar à nação pela Rede Globo - que insistia em divulgar a vitória de Franco - a história seria diferente. Quanto à fiscalização, é totalmente inócua - se é que existe - fator que provoca a incredulidade no sistema.

 

Existem “n” maneiras possíveis de fraude na votação, o TSE tem a obrigação de conhecê-las e toda a comunidade digital espera que as coíba com sucesso, mas nada impede de enumerá-las: clonagem de urnas; engravidamento da urna, com mesários em conluio na ausência de fiscais; fraude na apuração, já que o boletim de urna impresso quando do encerramento da eleição nem sempre é entregue ao fiscal; possibilidade de fraude no programa implantado na urna; adulteração dos programas originais implantados nas urnas; e por último, o maldito vírus - e por trás dele os crackers - que tanto mal tem causado em todas as áreas de atuação onde o computador está presente.

 

Mas afinal, o que é zerézima, presente no título deste artigo? É o neologismo criado pelos técnicos do TSE para indicar que cada candidato, no início do processo eleitoral, tem na verdade zero votos. É a garantia de que todos partem realmente do zero. Lamentavelmente, não é garantia nenhuma, já que qualquer programador, mesmo principiante, sabe perfeitamente que é possível digitar algo, a impressora reproduzir este algo, mas armazenar "o que se quer" na memória do computador. É uma pena que toda a garantia que o TSE nos ofereça seja apenas a zerézima, ou seja, zerézima garantia.

 

* Davi Castiel Menda, 65 anos, é programador na área de matemática e reside em Gravataí-RS.

 -  Seus blogs são http://davicm.blog.terra.com.br e http://matematico.blog.terra.com.br

- Clique aqui para ler mais sobre Urnas Eletrônicas.

 

 

Reflexões:

Indagações acerca de nossa imaginação

Afinal, você quer ser autor apenas de sua vida, ou personagem na vida de milhares de outras pessoas?

 

Por Samir Antunes*

De Ouro Preto-MG

Para Via Fanzine

 

 

Você já inventou estórias para seus amigos tão maravilhosas, fantásticas e geniais, que em determinados momentos chegou a se perguntar se elas realmente eram fantasiosas ou a mais pura verdade? Já ouviu casos curiosos, mas que, com a devida pitada de imaginação poderiam ficar bem mais apreciáveis aos ouvidos da platéia presente? Você já leu um livro ou assistiu a um espetáculo teatral, que de tão formidável a história passou a se sentir uma personagem dela e acreditar que era possível realizar todos aqueles feitos heróicos, descomunais, vis, extraordinários, e até mesmo patéticos, criados por seu autor?

 

Se fizermos todas estas indagações a uma criança, provavelmente ela saberá muito bem do que elas se tratam, mas terão dificuldade em compreender qual a razão de inúmeras questões, visto que seria óbvio e – o que é ainda melhor – extremamente divertido poder ser mais que uma simples pessoa, que trabalha para pagar suas dívidas todo o fim de mês, poder ser fantástico; ser vilão e mocinho; acreditar que é o pirata ou mesmo o garoto perdido que não queria crescer. Que estupendo poder se encontrar no País das Maravilhas só para poder ficar minúsculo, como uma formiga, e de repente gigante, como moinhos de vento! A criança é um contador de estórias em potencial; um verdadeiro pescador que joga a sua isca, e quando menos esperamos, estamos fisgados por sua pureza.

 

Diante de tudo isso, me deparo em mais uma indagação: Por que os adultos não conseguem ter este tipo de imaginação? Ou melhor: Por que lhes é vedado ter uma mente ainda tão infantil? Não o infantil das irresponsabilidades ou da imaturidade, mas o infantil do divertimento; da fantasia; da beleza nas coisas pequenas; da alegria que transforma a vida daquele que caiu em tristeza. A seriedade do dia-a-dia bloqueou a sensibilidade adulta. Construímos muros ao invés de pontes.

 

Se você é adulto e suas respostas para todas aquelas indagações iniciais são um SIM, não perca esta luz que você carrega e dissemine-a por todos ao seu redor, para que eles também aprendam como é bom enxergar além dos concretos que nos cercam. Agora, se suas respostas forem um não... Conviva mais com as crianças. Aprenda com elas como podemos ser vários e continuar sendo nós mesmos. Veja como a vida pode ser mágica sem perder a seriedade. Afinal, você quer ser autor apenas de sua vida, ou personagem na vida de milhares de outras pessoas?

 

* Samir Antunes é ator e diretor teatral.

 

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Refletindo:

Chuva no Rio e gente estúpida*

O problema é a diferença entre o que fazemos, dizemos fazer e pensamos ter feito.

Por Beto Canales*

De Porto Alegre-RS

Para Via Fanzine

 

Se você está caminhando e vê uma formiga, desvia o pé para pisar na tal formiga ou desvia para salvá-la?

 

Pergunto sem nenhuma segunda intenção e sem levar em conta particularidades. Um budista, por exemplo, certamente protegeria o inseto - até porque poderia ser ele próprio lá embaixo carregando um pedaço de folha enorme - enquanto um menino arteiro de nove anos condenaria sumariamente o bicho à morte. Falo assim, em algo casual, excetuando os extremos. Budistas e crianças, portanto, não prossigam à leitura. Falo de pessoas como eu me imagino (e certamente me engano), enfim, pessoas normais.

 

Voltemos à pergunta, feita de outra forma: se uma pessoa está caminhando e vê uma formiga, ela desvia o pé para matar ou para salvar? Observe que a diferença entre uma e outra está no sujeito. Na primeira, pergunto diretamente a você, qual seria sua reação. Na segunda, pergunto o que você acha que outra pessoa faria.

 

Essa possivelmente seja a forma mais estúpida que eu encontrei para afirmar o óbvio: a coisa não está fácil. Entenda-se por "coisa" a situação em geral. Caso as respostas - independente de qual - para a maioria das pessoas fossem a mesma para as duas perguntas, metade dos nossos (quando falo em "nossos" falo da humanidade) percalços estariam resolvidos.

 

O problema é a diferença entre o que fazemos, dizemos fazer e pensamos ter feito. Além, é claro, do que projetamos para o outro. Simples: eu não pisaria na formiga. Minha resposta seria desviar o pé para salvá-la. Mas, claro, o outro a mataria sem dó e muito menos necessidade. Eu seria o mocinho da história; ele, o bandido. O estranho nisso tudo é que se ele respondesse as mesmas perguntas, certamente aconteceria a inversão. (Somos aquilo que imaginamos ser e o contrário de como nos veem?).

 

Resumindo de maneira definitiva: ruim e errados são os outros.

 

Um exemplo magnífico disso, aconteceu com o senhor excelentíssimo governador do lindíssimo estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. No auge de toda sua sapiência, depois das chuvas e de mais de uma centena de mortes, ele afirmou que, em parte, a culpa dos óbitos é da própria população que mora em áreas de risco. Claro, eles estão lá porque querem. Existe lugar na Vieira Souto para todos, mas esse povo insiste em morar em perigosos barrancos. Não foram as dezenas de anos de absoluta pobreza, de governantes autoritários e corruptos, de falta de investimento em educação e (óbvio) habitação, além de tantas outras deficiências que causaram isso. Eles estão lá por opção, por gosto. E mais: garanto que estão morrendo somente para prejudicar o governador. Essa gente é capaz de tudo.

 

Acho que os anos vão nos roubando a paciência. Tenho cada vez menos. Fosse a singela formiguinha abaixo do meu sapato um sujeito como esse, ela seria esmagada impiedosamente. Torço para que os budistas tenham razão. Assim, talvez algum dia, um menino de nove anos possa me dar esse prazer.

 

* Beto Canales é editor do blog Cinema e bobagens.

 

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Em busca do tesouro enterrado:

Mega Sena & Petróleo

“O pré sal é nosso!”, pois analisando bem, quatro trilhões de dólares divididos

por 200 milhões de brasileiros proporcionariam a cada um de nós algo em torno de US$ 20,000.00.

 

Por Davi Castiel Menda *

De Gravataí-RS

Para Via Fanzine

 

 

Um dos meus passatempos preferidos é, nas reuniões de família, estabelecer de que forma será dividido o prêmio da Mega Sena que pretendo ganhar no próximo sorteio. Confesso (e me penitencio), num mea culpa à la Oprah, que se trata de uma discussão unilateral: só eu estabeleço as regras. Fico a pensar como – sem falsa modéstia - uma pessoa sensata, inteligente, estudiosa, com profundos conhecimentos de estatística e probabilidades gera acaloradamente, parâmetros delimitadores sobre um improvável prêmio cuja chance de acontecer é de apenas uma em 50 milhões.

 

Pensei que era só eu a fantasiar, mas pela imprensa, descubro que o país inteiro, principalmente a classe política, também gosta de brincar de partilhar o butim, mesmo que ainda virtual. Estou me referindo, se é que você ainda não adivinhou, ao petróleo da camada pré-sal.

 

Pelo que se lê e ouve, são reservas de petróleo estimadas em 50 bilhões de barris. Considerando o preço do barril em torno de 80 dólares, chegaríamos a nada desprezível soma de quatro trilhões de dólares. É muito dinheiro e reembolsaria inúmeras vezes a nossa dívida externa. Mas há um pequeno senão: intercalado entre esse petróleo e toda essa dinheirama, sete mil metros de profundidade nos separam. Ele está muito bem enterrado, absconso e protegido; em linha reta e numa superfície plana, esse intervalo não representaria muito, mas escavar verticalmente um poço de sete quilômetros para extraí-lo seria uma proeza inédita e, pelo que se sabe e conhece, nenhum país ou empresa conseguiu até hoje realizar essa façanha - quando muito a metade desta distância. Acrescente-se o inconveniente de não ser em terra firme – a facilidade com que a natureza beneficiou aos árabes – pois é em pleno mar! E mais um fator complicador: o valor de um projeto tecnológico para se atingir este objetivo é um tanto salgado (com perdão do trocadilho): em torno de um trilhão de dólares, cinco vezes a nossa dívida externa.

 

É sabido que, no momento em que for criada uma nova empresa, se é que já não foi, para administrar a exploração desse petróleo, os “de sempre” vão faturar dinheiro alto, além das benesses oficiais e oficiosas. Candidatos não faltarão: diretores, conselheiros, consultores, assessores e aspones, além dos tradicionais chuchadores de plantão. E quem vai pagar esta conta antecipadamente? Você presume quem seja?

 

Sem a menor possibilidade de se retirar uma gota sequer de todo esse manancial, pelo menos por enquanto, hipotético e de qualidade ainda incerta, políticos já discutem por antecipação royalties, analisam lucros e perdas, ameaçando lacrimosamente com obras atuais que não serão realizadas pelo desarraigamento e distribuição equitativa dos recursos (mas que recursos?) e outras pérolas do gênero. Por favor, isso é politicagem eleitoreira explícita e uma afronta à nossa inteligência.

 

Resumindo, os arautos da boa nova - os donos do bilhete premiado - estão omitindo da população que o prêmio, na verdade, é um cheque pré datado e vai depender de tecnologia ainda a ser desenvolvida para ser cobrado. Quanto tempo vai demorar? Cinco, dez anos?

 

No meu íntimo, gostaria que fosse amanhã. Tenho ganas de sair gritando pelas ruas “O pré-sal é nosso!”, pois num cálculo rudimentar, quatro trilhões de dólares divididos por 200 milhões de brasileiros proporcionariam a cada um de nós um valor em torno de U$ 20,000.00. Considerando o valor da minha aposentadoria e idade, projeções atuariais de expectativa de vida, somando prós e contras, negocio a minha parte pela metade. Quem se habilita?

 

* Davi Castiel Menda é matemático.

 

*  *  *

 

Exército Brasileiro:

General Santa Rosa, um líder da Força Terrestre

"A profissão militar é um completo estilo de vida (…) marcado essencialmente

pelo espírito de missão, código de ética e mecanismos de decisão".

(Morris Janowitz)

 

Por Hiram Reis e Silva,

De Porto Alegre-RS

Para Via Fanzine

 

Mais uma vez o “Desgoverno Companheiro” tenta calar o grande líder por falar a verdade. Teoricamente, apenas para agradar os PeTralhas, o General foi exonerado do cargo. Na verdade permanece na sua função, despachando normalmente, até 31 de março de 2010, quando completa 12 anos de generalato, e conforme preconiza o regulamento militar, não os tresloucados palacianos, será compulsoriamente transferido para a reserva.

 

“Não! E ainda que mande: conheço o exército, sei que nenhum soldado se prestará a exercer o ofício miserável de capitão-de-mato.” (A Conquista – Coelho Neto)

 

O General-de-Exército Maynard Marques de SANTA ROSA já havia sido exonerado da Secretaria de Política e Estratégia e Assuntos Internacionais, em 2007, por ter em depoimento ao Congresso Nacional discordado do emprego do Exército Brasileiro em ação de força ou em apoio aos milicianos da Gestapo de Tarso travestidos de Policiais Federais. A Gestapo foi usada pelo ‘Ministério da INJustiça’ contra os fazendeiros residentes na Reserva Raposa e Serra do Sol causando inúmeros transtornos à população do estado de Roraima por sua truculência, falta de ética profissional e leviandade.

 

- General critica Plano de Direitos Humanos

 

A verdade dói e incomoda aos PeTralhas. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, encaminhou no dia 10 de fevereiro ao presidente Lula o pedido de exoneração do General Santa Rosa, que havia afirmado em nota pública, que o governo federal estava criando uma ‘comissão da calúnia’ para investigar os crimes de violações aos direitos humanos durante o regime militar. O General, atual chefe do Departamento Geral do Pessoal do Exército, disse que o colegiado defendido pelo governo era formado por ‘fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime para alcançar o poder’. O General não podia, absolutamente, ser mais objetivo, verdadeiro e claro nas suas afirmações.

 

- A Maçonaria se manifesta

 

O Grão-Mestre Adjunto do Grande Oriente do Distrito Federal Lucas Francisco Galdeano fez um manifesto veemente

 

“O General-de-Exército Maynard Marques de SANTA ROSA foi punido com exoneração do cargo de Chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Comando do Exército, por haver criticado o Programa Nacional dos Direitos Humanos, aprovado por decreto do Presidente da República - que, segundo suas próprias declarações, assinou sem ler.

 

Não há ressalvas aos incisos apresentados e, portanto, o General não poderia ser punido por haver declarado, por exemplo, que a Comissão da Verdade corria o risco de torna-se uma ‘Comissão da Calúnia’ porque é constituída pelos ‘mesmos fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o seqüestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime, para alcançar o poder’.

 

Outra aberração é a ‘subordinação dos militares aos civis’, da forma como está sendo interpretada. Os militares devem ser subordinados às leis e aos poderes constituídos, como qualquer outro cidadão. E assim estão. E assim aceitam. Não ‘subordinados aos civis’, pressupondo que os militares não devem ser instituídos como autoridade pública, em cargos de natureza política.

 

Nossas homenagens públicas ao General SANTA ROSA e a todos os militares que não aceitam a condição de ‘cidadãos de segunda classe’.”

 

* Hiram Reis e Silva, Coronel de Engenharia, Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS), Acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB), Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS), Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional.

Site: http://www.amazoniaenossaselva.com.br

E-mail: hiramrs@terra.com.br

 

*  *  *

 

Reflexão:

O futuro dessa civilização é o islamismo

Como a cultura islâmica se impõe e se espalha pelo mundo.

 

Por Fábio Bettinassi*

De Araxá-MG

Para Via Fanzine

 

Um painel com o Aiatolá Khpmeini, líder religioso no Irã.

 

Estes dias recebi um vídeo intituladoMundo Islâmico muito interessante e um tanto profético (no bom sentido) falando  que nos próximos 20 anos o mundo será dominado pelos islâmicos.

 

O argumento se baseia no fato científico de que para uma etnia se manter ativa e se perpetuar através dos tempos, é preciso que o índice de crescimento populacional (ICP) seja em torno de 2.11 ao ano, em termos de nascimentos de crianças em função do total populacional de um país.

 

De acordo com aferições feitas através dos séculos viu-se que com um ICP abaixo de 1.9 nenhuma população sobreviveu; hoje em 31 países da União Européia, o ICP está na média de 1.33, fazendo com que em poucos anos, a Europa como a conhecemos hoje, deixe de existir.

 

Hoje as maiores nações desenvolvidas possuem o ICP em torno de 1.3, enquanto o ICP das colônias imigrantes islâmicas para estes mesmos países opera na média de 8.8, criando assim, um modelo estatístico bem perto da realidade, mostrando que o mundo está fadado a pertencer aos islâmicos.

 

Para engrossar o caldo, a quantidade de cristãos no mundo vem caindo assustadoramente e em países como o Canadá, EUA e outros da Europa, muitas igrejas antigas foram compradas por organizações muçulmanas e convertidas em mesquitas.

 

Estudos da Onu mostram que a quantidade de mesquitas construídas recentemente ao redor do mundo vem crescendo progressivamente, mesmo em países que até dez atrás estavam isentos do movimento islâmico.

 

O fator petróleo

 

A expansão do islamismo no mundo é financiada pelo petróleo, do qual todas as nações estão viciadas em todos os aspectos. Até mesmo a economia mundial se tornou petrolífera, pois a maioria das transações vultosas entre países é paga com o ouro negro.

 

O petróleo é monopolizado pelo mundo árabe e para se ter uma idéia do tamanho de tal vício, basta trazer em pauta o discurso de Robert Kennedy Junior, feito no programa The Late Show, do apresentador David Letterman. Ele afirmou que “A conta paga mensalmente pelos EUA pelo petróleo árabe está na faixa astronômica de novecentos bilhões de dólares. Até quando a economia americana irá suportar esta transferência da capital? Que é paga através de dinheiro, ouro, royalties, bons, brands, transferência de tecnologia, armas e bens de produção”.

 

“Os EUA há anos pararam de acumular riquezas, pois toda o esforço produtivo do país está sendo somente dirigido para o pagamento da conta do petróleo, estamos transformando um país sólido e poderoso em fumaça que sai dos escapamentos dos carros”, completa Robert Kennedy Junior.

 

Segundo o corajoso Kennedy, “O preço pago pelo petróleo é o fator principal que está levando o mundo à falência generalizada em forma de guerras e crises financeiras bem como patrocinando o socialismo e os governos autoritários”.

 

Tais valores envolvidos no comércio do ouro negro explicam porque magnatas árabes que há três décadas criavam cabras, hoje possuem frotas particulares de até vinte jatos Boeing 747 e queimam incenso de vinte mil dólares a vareta. Esta vida obscena e nababesca, inimaginável até mesmo para os mais criativos contistas árabes da antiguidade, foi levantada através do petróleo, ao preço do sofrimento e escravização da população mundial, cuja maioria vive com menos de US$ 2 ao dia.

 

Esta voracidade de poder e capital segue de encontro aos preceitos do alcorão que pregam uma vida de abundância para todos, sem que para isso, exista a opressão dos fortes sobre os fracos. Isso revela que uma verdadeira força satânica vem ajudando a promover sultões modernos, cujo objetivo é dominar o mundo, implantando suas ideologias tirânicas, arcaicas e repletas dos mais sórdidos e atrasados rituais, que nada tem a ver com a verdadeira compreensão de Deus e de toda a Criação.

 

Os braços se estendem

 

Para entendermos como funciona a expansão islâmica basta considerarmos que a guerra do Oriente Médio é, na realidade, uma grande farsa, que entre diversos motivos, um deles é justificar o êxodo de dezenas de milhares de islâmicos que “oprimidos pela violência da guerra” conseguem cartão verde na maioria dos países. Se utilizando de acordos feitos pela ONU com o objetivo de dar guarida à fugitivos, tudo é conseguido rapidamente e sem burocracia, bem diferente do que acontece com um profissional honesto que precisa de anos e uma infinidade de documentos para se conseguir um visto de permanência em um destes mesmos países.

 

Parte do dinheiro arrecadado pelos magnatas do óleo, é distribuída às mesquitas de todo o mundo, que possuem a tarefa de comprar imóveis em suas localidades, para atender a diversas finalidades, desde a especulação imobiliária, abrigo de imigrantes, renda etc. Tudo em nome da luta entre Alá e os “profanos” que merecem ser “erradicados” do planeta.

 

Com o passar do tempo, comerciantes árabes começam a se instalar e dominar o comércio local, praticando preços desleais e ditando os salários. Como a maioria trabalha entre família, quando contratam brasileiros, pagam o mínimo possível, pois se beneficiam da pobreza local, desvalorizando a mão de obra especializada e fazendo o capital girar entre seus próprios conterrâneos.

 

A maioria da imigração islâmica conserva seus costumes, assim passamos a ver nas ruas mulheres trajando a ultrajante burca, vestimenta que em minha opinião relega à mulher a um nível inferior ao dos animais. Não raro, nós brasileiros, acostumados à liberdade dos costumes, somos censurados por eles, quando se sentem ‘ofendidos’ por alguma frase mal colocada ou hábito ‘pecaminoso’, bem como outras situações que podem ser interpretadas como um profundo desrespeito e que para nós não passam de características de nossa cultura e cotidiano.

 

Assim como outros grupos religiosos extremistas, os islâmicos em sua maioria são hipócritas, pois enquanto vivem sob o medo e a opressão de seus regimes político-religiosos, dominados pelos Aiatolás da guerra, levam uma conduta aparentemente casta e longe das ‘paixões diabólicas do mundo ocidental’. Mas basta eles mudarem de país para que caiam na farra: compram carrões de luxo, roupas da moda, muito ouro, mansões, tevê a cabo, internet e desfrutam das mais “pecaminosas” comidas e bebidas.

 

Enquanto isso no mundo deles, uma jovem mulher vai levar seis chibatadas em praça pública somente porque tomou um gole de cerveja em público.

 

Água, o novo petróleo

 

Toda essa expansão do islamismo sobre o mundo vem sendo sistematicamente planejada há anos, através de uma eficiente cadeia de estrategistas que dariam inveja ao próprio General George Patton.

 

O petróleo - como sabemos - um dia vai esgotar, mas os árabes já resolveram esse problema, pois sabem que o futuro do mundo é cada vez mais dependente da água. Água é vida, é pão na mesa, saúde, dinheiro no bolso, é indústria funcionando, sem água tudo morre. Por este ponto de vista podemos imaginar que as populações carentes deste recurso estarão dispostas a tudo para conseguir água. Quem tiver armas, ganhará pelas armas, quem tiver dinheiro será pelo dinheiro, e quem não tiver ambos para se defender, servirá de escravo.

 

A indústria automobilística vem pesquisando novos motores movidos a hidrogênio, combustível este que é extraído da água. Então, achar que a tecnologia do futuro baseada no hidrogênio é algo que vai salvar a humanidade é outro engodo, pois a partir do momento que a água for usada para se produzir hidrogênio em grande escala, e este tomar o lugar do petróleo, será aí que ela vai se tornar ainda mais escassa e seu valor irá atingir patamares jamais vistos. Sem falar nos grupos de interesses, que usarão este precioso bem natural, como moeda mercantil para financiar guerras e o enriquecimento nababesco de governos totalitários, como os que vemos hoje instalados na América do Sul, na Ásia e no Oriente Médio.

 

A tal ‘energia limpa’ do hidrogênio é mais uma armação vinda dos monopolizadores do petróleo que pretendem nos escravizar através da água e isso explica porque o Brasil, país possuidor de imensuráveis recursos hídricos, vem sendo o alvo preferido da imigração islâmica. Muitos deles estão comprando fazendas e terras exatamente nas regiões mais propicias ao cultivo de alimentos e à abundância de água, porque os sultões sabem que controlando o “líquido da vida”,  também se controla a produção de alimentos. E tendo a água e a agropecuária sob domínio, eles obtém o controle da política, da indústria e da população.

 

Posso garantir que até mesmo em minha pacata cidade do Triângulo Mineiro, a influência  árabe se tornou uma realidade, pois eles dominaram o comércio e agora estão comprando fazendas e investindo na agropecuária. Até mesmo o prefeito da cidade, foi eleito com tal apoio e isso, para o bom entendedor, meia palavra basta. Essa onipresença árabe bem como sua imigração repentina, era um fato inimaginável dez anos atrás.

 

É claro que a população também coopera nesta situação. O povo brasileiro venal e ignorante, facilmente se deixa enganar com promessas e falsos sorrisos amáveis, deixando claras as marcas da escravidão e da colonização exploratória que até hoje persiste no subconsciente desse povo, que se acostumou a se curvar diante os poderosos.

 

Estas coisas estão acontecendo porque os gringos possuem uma coisa que o brasileiro não tem que é a união. Generalizadamente, brasileiros são cada um por si; um querendo passar a perna no outro. Enganamos-nos diariamente sob aquela fajuta bravata “brasileiro é um povo pacato, fraternal e que não aprecia conflitos”.  Isso soa para os estrangeiros como “um povo frouxo e preguiçoso que não valoriza e defende o que tem”. E por isso, merece ser vilipendiado e escravizado. A situação se agrava em vista da “democracia”, porque agora o país entregue às mãos da massa popular ignorante, se fazendo ainda mais venal e desprotegido.

 

A bomba atômica divina

 

Como não bastasse o controle absoluto sobre as fontes de energia, alimentação e propriedade dos povos ocidentais, os islâmicos estão produzindo sua própria bomba atômica. É certo que o Irã com suas centrífugas estão mesmo é construindo um dispositivo nuclear bélico que, ora ou outra, será usado lançado sobre alguma republiqueta adversária, com a finalidade de mostrar quem é que manda nesses novos tempos.

 

Já o Paquistão, com seu arsenal nuclear, está sob governo de um grupo extremista islâmico que não vê a hora de apertar botões para que seus foguetes subam aos céus. Até porque, o pai do programa nuclear paquistanês, um físico terrorista com tendências pedófilas, é o mesmo que está passando tecnologia para o Irã e também dando consultoria para mineradoras clandestinas que exploram urânio no norte do Brasil e na Amazônia venezuelana. Tudo isso, em conluio com empresas de fachada da América do Sul, além de políticos eleitos pelo voto popular,  os mesmo que vemos na televisão falar de paz e de um mundo melhor para todos.

 

A bomba atômica islâmica é apenas questão de tempo e ela representa o desejo sanguinário de uma religião em destruir seus oponentes. Afinal, eles pregam o acerto de contas e o dente por dente. Como há anos acumulam agressões da  “tirania ocidental”,  só mesmo uma bomba atômica bem poderosa será capaz de quitar os débitos e promover o respeito que eles se julgam merecedores.

 

Eles enxergam a arma atômica como um presente de Deus, capaz de limpar o mundo da maldade profanadora do Islã. E esta maldade nada mais é do que o nosso simples estilo de vida, biquínis, cervejas geladas e tudo aquilo que, segundo eles é “a manifestação do demônio, que nos usa para contrariá-los”.

 

O que estes líderes do mal não consideram, é que, talvez, Deus não pense dessa forma e diante de tanta discórdia e destruição perpetrada por eles, o “julgamento divino” poderá ser mais poderoso do que muitas bombas atômicas, mas isso só o tempo mostrará.

 

Nota do autor: Quero deixar claro que o vídeo apresentado no You Tube reproduz uma realidade político-científica em forma de projeção social, referente a um fenômeno que ocorre em todo o mundo. Por isso, estou utilizando-o como base referencial para ilustrar meu ponto de vista que é  independente de religião ou crença pessoal.

 

Para as mentes atrofiadas e desinteressadas da reflexão profunda que se faz, pode parecer que meu ponto de vista seja alicerçado no preconceito religioso, o que é completamente errôneo considerar isso. Na posição de brasileiro e preocupado com o destino do país e de sua população, recorro à crítica, utilizando os poderes a mim assegurados pela liberdade de expressão e de imprensa, asseguradas por nossa Constituição. Direitos estes, que encontram eco nos direitos de liberdade de crença religiosa, porém, que não isentam tais instituições da responsabilidade sobre seus atos, sejam eles de cunho político, religioso ou econômico.

 

* Fábio Bettinassi é publicitário e colaborador do jornal Via Fanzine.

 

- Imagem: Arquivo VF.

 

- Clique aqui para assistir o vídeo “Mundo Islâmico”.

 

- Produção: Pepe Chaves

© Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.

 

*  *  *

 

Noruega:

Um país que se entende com sua riqueza

O bem sucedido modelo norueguês.

 

Por Alberto F. do Carmo*

De Brasília-DF

Para Via Fanzine

 

Oslo, Noruega: fontes a jorrar.

 

Naquela de sentir-me livre e sem o que fazer, liguei a TV, e fui até a TV5- programação francesa via Sky. Estava sendo exibido um documentário franco-canadense. A TV5 apresenta não apenas programas franceses, mas também belgas-valões, franco-canadenses e até outros fracófonos, africanos, por exemplo.

 

O tema era a Noruega ante o súbito enriquecimento do país, depois da descoberta do petróleo do Mar do Norte. Não sei se vocês sabem, mas os estereótipos eram: suecos, industriais ou intelectuais ‘fossentos’; dinamarquês, o bon vivant; norueguês, o peão bem alimentado, bem vestido, mas peão, entre os três.

 

A súbita descoberta desse petróleo do Mar do Norte (eles e os britânicos são cobras nisto, como a Petrobras) fez com que o país, altamente educado em todos os sentidos, pensasse duas vezes, antes de esbanjar a súbita riqueza. E o está fazendo muito bem.

 

Desmentindo todo esse discurso neo-capitalista, o estado norueguês é muito forte, continua forte, porque administrado eficaz e racionalmente. Social-democracia lá é social democracia mesmo, nunca mais um rótulo.

 

Então, o país iniciou uma excelente política de bem-estar, melhorando o já existente em todos os sentidos, mas guardando e poupando o máximo que pode, pois um dia, esse petróleo também se esgotará. O país - como estado e povo - torceu o nariz para o consumismo.

 

'Além de nos livrar do pesadelo atômico e nos prover com as

delícias de um bom bacalhau, a Noruega nos aponta um caminho'

 

Antes, uma ex-colega de banco, que lá esteve disse que o escandinavo, em geral, não é "exibido", de jeito nenhum. E pelas cenas do documentário, se vê gente tranqüila, bem vestida - mas sem a obsessão da elegância ou da moda a qualquer custo - vivendo confortavelmente, mas sem exageros. Melhor dizendo, recusando o exagero. Nas cenas, por exemplo, não vi nada parecido com uma "perua". Pode ser que existam, ainda mais com o país tão bem, mas não vi nenhuma. Granfinagem, zero.

 

O povo paga caro pelo que bem ganha, mas sabe que aquele dinheiro poupado, dará conforto às próximas gerações, pois será gasto de forma humana,racional e honestamente.

 

Apesar dos arrepios de um partido de direita, a maioria dos cidadãos prefere tudo como está e daí para melhor. Acham que é uma sorte poderem viver na Noruega. Segundo um jornalista norueguês entrevistado:"aqui não temos potentados milionários, reis do petróleo, essas coisas" Em suma: têm juízo, e muito.

 

No documentário, entretanto, se mencionou um tal de "mal holandês" que a Noruega fez o máximo para evitar, diante do estrago que o tal transtorno causara nesse país próximo. De fato, constatei, a Holanda teve um "boom" de enriquecimento com a descoberta, mas de gás natural, em seu mar territorial. Mas aí, a coisa não andou bem, levando a um descontrole econômico.

 

Fiquei aliviado, pois evidentemente o Brasil corre esse risco ante o enriquecimento via Pré-Sal. Mas, ao que parece, o pessoal do governo já está se voltando para o modelo norueguês. Se for assim, muito bem. Vamos ver no que dará.

 

Temos de ter juízo, muito juízo. E a lição da Noruega, vai muito além do bacalhau ou da bravura de seu povo. Algo a lembrar, para quem não sabe, é que graças a guerrilheiros noruegueses, a Alemanha nazista não conseguiu viabilizar uma bomba atômica.

 

No tempo da Segunda Guerra Mundial, a Noruega tinha desenvolvido a técnica de separar a "água pesada" da água normal. Sim, como o hidrogênio tem três isótopos (hidrogênio, leve, deutério e tritério, este muito raro) a água pesada é aquela cuja fórmula é de dois átomos de deutério (hidrogênio contém um próton e um neutron, ao contrário do hidrogênio leve que só tem um próton) que é imprescindível na pesquisa de Física Nuclear, inclusive para produzir as bombas atômicas, ou as primeiras delas.

 

Invadida e ocupada, a Noruega foi forçada a fornecer água pesada para a Alemanha, através de sua usina da empresa Norsk Hydro. Mas num atentado bem planejado, onze noruegueses mandaram tudo pelos ares. O episódio foi narrado num filme com Kirk Douglas, Os Heróis de Telemark.

 

E é sempre bom lembrar Grieg, Ibsen e Liv Ullmann, todos noruegueses de boa cepa. Agora, além de nos livrar do pesadelo atômico - que seria uma Alemanha nazista com bomba atômica nas mãos? - e nos prover com as delícias de um bom bacalhau, a Noruega nos aponta um caminho. Acho que temos de cerrar fileiras em torno disto.

 

Obrigado. Ou em norueguês, tak, a todos.

 

* Alberto Francisco do Carmo é licenciado em Física-Técnico em Assuntos Educacionais e colaborador do jornal Via Fanzine.

 

- Foto: Arquivo VF.

 

- Produção: Pepe Chaves

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