Brasil Antigo
Histórias e registros: Nosso passado tem muito a desvelar Nessas terras onde se localiza o Brasil, especialmente, estamos convictos de que existe algo oculto nas brumas do tempo, algo ainda desconhecido nestas vastas regiões, ou seja, que o nosso passado tem ainda muito a desvelar.
Por J. A. FONSECA* De Itaúna-MG Dezembro/2017
Monumento lítico em Chapada dos Guimarães - MT. Confira também:
O passado é visto, muitas vezes, como algo que deve ser esquecido integralmente ou que não serve como referência em muitos dos seus aspectos, principalmente no que tange ao seguimento científico e tecnológico, que por vezes se nega olhar para traz e ver certos feitos do homem em tempos variados de nossa história. Apesar disto, não se pode olvidar que no passado, os povos que nos precederam tiveram também uma condição presente e que muitos de seus elementos vitais e importantes naquele momento teriam sido devorados pela voragem do tempo, da mesma maneira como ocorre hoje e cotidianamente.
De qualquer forma, a busca da compreensão de como poderiam ter se dado alguns aspectos importantes da vida nesse passado longínquo não deveria conduzir-nos a adotar atitudes de menosprezo em relação ao nosso presente e às conquistas que temos tido nos diversos campos do conhecimento, mas de procurar compreender mais profundamente os seus aspectos mútuos para que venhamos traçar melhores perspectivas para o futuro. A reflexão sobre momentos relevantes da vida do homem na Terra seria, pois uma espécie de reencontro com sua própria identidade no pretérito, de forma a encontrar explicações para os inúmeros mistérios que cercam o próprio homem e a sua evolução. No caso específico que iremos abordar, a tônica recai sobre do antigo povo da terra do Brasil, ou outro nome que estas velhas e vastas regiões tenham recebido em tempos remotos, face aos seus inúmeros enigmas que veem se aflorando e se acumulando no âmbito das pesquisas realizadas, das quais pouco têm se ocupado os pesquisadores.
No caso dessas terras onde se localiza o Brasil, especialmente, estamos convictos de que existe algo oculto nas brumas do tempo, algo ainda desconhecido nestas vastas regiões, ou seja, que o nosso passado tem ainda muito a desvelar. A arqueologia brasileira tem tratado destes assuntos, mas conforme já escrevemos em inúmeros artigos neste site, acreditamos que muito mais se tem a dizer sobre a história destas terras brasilis e dos povos que aqui teriam vivido em épocas mais antigas e até mesmo em relação aos próprios silvícolas que aqui viviam quando de sua ‘descoberta’.
Os estudos da arqueologia no Brasil tiveram início no ano de 1834, por intermédio do pesquisador dinamarquês Peter Wlhelm Lund. Em 1833 ele se mudou para o Brasil, especialmente, para Minas Gerais, onde fez diversificadas escavações em grutas calcárias no vale do rio das Velhas por um período de cerca de dez anos. Ao chegar a Minas Gerais, Lund iniciou suas pesquisas espeleológicas em grutas calcárias e fossilíferas desde Curvelo até Lagoa Santa, onde culminaram suas pesquisas paleontológicas da América. Foi aí, em Lagoa Santa que ele encontrou vestígios do homem pré-histórico e de animais, cuja datação chegou a cerca de 20 mil anos. Lund foi o iniciador desses estudos no continente sul-americano.
No reinado de D. Pedro II foram criados os primeiros institutos de pesquisa no Brasil como, por exemplo, o Museu Nacional do Rio de Janeiro e também o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Após isto, nos anos subsequentes, surgiram outras organizações de interesse em nosso país e estudos diversos foram feitos desde então.
Misteriosas e sofisticadas inscrições da Pedra do Araguaia – Barra do Garças/MT.
Muitos pesquisadores estrangeiros estiveram no Brasil explorando sítios arqueológicos em diversos lugares e muitos pesquisadores brasileiros também se preocuparam com esse magnífico acervo histórico de nossa terra, desvelando importantes achados e mostrando a antiguidade dos povos que aqui viveram, com registros relevantes de sua estada por estas extensas regiões.
Nos dias atuais, importantes pesquisas também foram feitas e muitos artigos foram publicados, mostrando esta tão variada e complexa, quanto misteriosa ‘arte’ rupestre brasileira, recheada de elementos extravagantes e de difícil compreensão. Em nossos artigos neste site abordamos muitos destes aspectos que julgamos nebulosos em nossa história, e em nossas viagens por diversos lugares constatamos a existência de muitos registros de difícil explicação, se viermos considerá-los puramente dentro do conceito acadêmico.
Pretende-se compreender que a chamada arte rupestre representa uma espécie de manifestação com representações do mundo real, utilizando-se em muitos casos de formas simbólicas e outras pouco compreensíveis. Para muitos arqueólogos tal comportamento poderia tratar-se apenas de um meio de comunicação ou poderia representar aspectos rudimentares de crença e de magia. Para outros poderia tratar-se de arte somente, enquanto alguns poucos ousaram pensar que tais grafismos possam estar relacionados a ideias específicas e a um tipo de pré-escrita ou remanescentes de uma escrita mais antiga.
É nosso pensamento que o estudo da arqueologia não deveria focar sua atenção somente no conjunto da arte rupestre que pode ser encontrada em todas as regiões do Brasil e que, apesar de apresentarem algumas diferenças entre si, sempre enfocam uma considerável gama de figuras simbólicas que se mostram semelhantes em muitos lugares. Apesar do esforço da arqueologia no sentido de procurar compreender o que pensavam os autores desses grafismos, suas crenças, medos e anseios, além de tentar penetrar nos seus conteúdos ideológicos, pouco pôde constatar até o presente momento diante das dificuldades inerentes a tal empreendimento e à variedade de elementos existentes e observáveis nestes conjuntos de arte pré-histórica. Daí, percebemos a necessidade de focar o seu conjunto nas diversas regiões do país de forma diferenciada, respeitando o âmbito da estrutura desses registros, do seu conteúdo e da sua feitura. Desta forma, sugerimos que venhamos distribuí-los dentro de três aspectos distintos, a saber: os mais simplórios e, portanto, originários de um grupo mais primitivo; os intermediários, que estariam relacionados a um grupo mais adiantado, com melhor nível de discernimento; e os mais sofisticados, que inevitavelmente, deveriam ser classificados dentro de um grupo mais específico, que os incluiria em um nível de maior conhecimento, os quais não poderiam estar no alcance dos demais outros grupos mencionados.
Explicando esta posição, quer o autor deste artigo dizer que os conjuntos rupestres do Brasil como um todo, demonstram e permitem a constatação da existência de diferentes grupos atuando nestas regiões pesquisadas, que exigem a discriminação dos registros mais simples dos intermediários e estes dois, dos que contêm maior grau de sofisticação. Ou seja, há os registros mais simples que mostram animais gravados em tinta, riscos indiscriminados nas rochas e mãos carimbadas, além de outras manifestações de caráter corriqueiro; há também os registros que demonstram um maior grau de percepção das coisas, onde seus autores procuraram produzir uma ‘arte’ mais rebuscada, apresentando figuras desconhecidas e conjuntos de gravações de conteúdo relativamente complexo, sendo que alguns destes parecem reportar a uma linguagem que se teria perdido; e há ainda um terceiro grupo de registros observados nas inscrições rupestres brasileiras que demonstram um elevado grau de complexidade e simbolismo, tanto no que se refere ao seu conteúdo, quanto à sua feitura sendo, portanto, elaborados com maior precisão e engenhosidade. A nosso ver estes, especialmente, deveriam ter um tratamento diferenciado dos demais e até mesmo muitos dos considerados intermediários, que não poderiam ser medidos com a mesma régua analítica com que o são os registros do primeiro grupo.
Inscrições rupestres que têm relações com o primeiro grupo, de conotações mais simples e com menor grau intelectivo.
Inscrições rupestres que têm relações com o segundo grupo, de caráter mais elaborado e maior grau intelectivo.
Inscrições rupestres que têm relações com o terceiro grupo, de conotações mais sofisticadas e elevado grau intelectivo.
Estes últimos mostram figuras estranhas não ajustáveis a um a realidade premente, segundo os parâmetros que temos hoje para medi-los, além de mostrarem significativas representações de figuras semelhantes a caracteres que lembram uma escrita e ainda por se mostrarem muito ricos em elementos simbólicos, alguns conhecidos e outros desconhecidos, mas justificados com cuidados muito especiais na feitura dos mesmos.
Já mostramos muitos destes em nossos artigos precedentes e demonstramos semelhanças estruturais em muitos deles com alfabetos antigos, como se quisessem mesmo representar ideias ou uma coisa equivalente para todos aqueles povos que os reproduziram.
Neste sentido é que estamos convictos que o nosso passado tem muito mais a ser desvelado, além do que foi pesquisado e concluído pelos estudiosos. Neste artigo queremos chamar a atenção para estes aspectos diferenciados da primitiva cultura brasileira e suas características exclusivas em certas regiões, monumentos pétreos diferenciados (já vistos em outros artigos), culturas ceramistas muito avançadas (também já tratadas aqui) e outros aspectos importantes que fazem parte da história destas milenares terras sul-americanas, mesmo que estejam estes alijados do contexto geral, como fator de interesse e não sejam considerados no seu devido grau de importância. Insistimos nisto, porque diante do que já vimos e pesquisamos, há muito mais a ser dito e estudado sobre o passado do Brasil do que o que já foi pesquisado e acreditamos que no momento em que conseguirmos desmistificar a poderosa máscara do intelectualismo enceguecido por suas diversas teorias e hipóteses, poder-se-á ver nos ‘documentos milenares’ gravados na rocha, à semelhança de ‘mudos falantes’, a prova inconteste desta outra realidade que nos mostra algo que ainda não podemos compreender.
Mostramos neste artigo apenas alguns exemplares da rica arqueologia brasileira e nos três grupos que destacamos, indicamos tão somente algumas poucas referências dentre as muitas que existem e que precisariam receber atenção especial, especialmente as do terceiro grupo, que não são raras e percorrem toda a vasta extensão do nosso país.
Já insistimos na tese da antiguidade dos povos mais primitivos do Brasil e também na própria longevidade destas terras sul-americanas, especialmente o planalto central. Na corroboração de nosso pensamento queremos citar o que o ilustre pesquisador dinamarquês, Dr. Lund, escreveu sobre isto em carta endereçada ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, em 21/04/1844. Primeiramente, ao tratar de suas pesquisas feitas nos caracteres etnográficos dos crânios analisados por ele, a respeito dos homens que ele chamou de raça Americana, afirmou que “a América já era habitada em tempos em que os primeiros raios da história não tinham ainda apontado no horizonte do velho mundo, e que os povos que nessa remotíssima época habitavam nela eram da mesma raça que os que no tempo do descobrimento aí habitavam.”
Em se tratando da antiguidade das terras onde se assenta o planalto central brasileiro (que Lund chamou de plateau central do Brasil), afirmou o pesquisador que a explicação deste fenômeno que expõe a antiguidade destas terras, não chamava tanto a atenção dos geólogos como deveria chamar. Mas mesmo assim ele, nesta mesma carta ao Instituto Histórico falou sobre o assunto, assim dissertando: “A ausência de depósitos secundários no referido plateau prova que já se achou elevado em cima do mar numa época anterior ao tempo em que principiou a formação destes depósitos submarinos, ou em outros termos, que já existia como um continente extenso a parte central do Brasil, quando as mais partes do mundo estavam ainda submergidas no seio do oceano universal, ou surgiam apenas como umas ilhas insignificantes, tocando assim ao Brasil o título de ser o mais antigo continente no nosso planeta.”
Também um outro estudo de grande interesse sobre o homem americano sugere a antiguidade da raça sul-americana. Foi feito pelo editor da Revista THOT, Basílio Pawlowicz e pelo redator da mesma, Zildo Trajano de Lucena, e publicado na edição nº 18, de 1979, da referida revista, onde levanta a questão sobre a existência desses povos da América e sua questionável origem asiática, decorrente de migrações através do estreito de Behring. Apesar de estudos feitos em ossadas e em instrumentos de sílex encontrados na América afirmarem que o homem americano é proveniente dessas migrações, até o presente momento não foram feitos estudos mais aprofundados no continente americano para confirmarem a origem desse povo. Segundo estudos estatísticos levantados na época havia cerca de 16 milhões de habitantes ameríndios somente na América, sendo que cerca de 15 milhões desses somente na América Latina, sendo sua região mais povoada a América do Sul.
Isto significa dizer que os imigrantes asiáticos teriam preferido penetrar no seio da densa floresta da América Central e se estenderem pela Amazônia, pelos Andes e pela Patagônia, do que se estabelecerem nas regiões férteis do Canadá e dos Estados Unidos. Os autores mencionam também que outro fator que deve ser observado é que tais imigrantes não se estabeleceram na Oceania, cujas ilhas se localizavam no percurso natural de seu transito para a América.
Os estudos feitos na região do estreito de Behring, em busca de constatações de migrações intercontinentais, dizem os pesquisadores, revelam que há semelhança no sílex trabalhado encontrado no nordeste da Sibéria, no Alaska e na América do Norte. Estranhamente, porém, o material da Sibéria pertence ao período Neolítico e o americano, ao Paleolítico, o que significa dizer que se houve migração esta ocorreu em sentido contrário.
Inscrições enigmáticas em um paredão de Chapada dos Guimarães – MT.
Outro ponto que estes autores incluíram no estudo, trata-se do que chamaram de argumentação serológica, com a determinação dos grupos sanguíneos dos homens em todas as regiões da Terra. Foi utilizado o sistema de grupos sanguíneos A, B, AB e O, constatando-se que o grupo O encontra-se presente em todas as regiões e em grandes percentagens, sendo que os de menor frequência seriam o A, com predomínio na Europa e o B na Ásia. Ao se fazer a projeção desta frequência para o tempo das descobertas, aparecerá uma predominância maciça do grupo O no continente americano, uma vez que as estatísticas da época (1979) apontavam índices de 98 a 100% do grupo sanguíneo O para os silvícolas americanos do Norte e do Sul. Explicam que o tipo sanguíneo tipo O tem caráter recessivo, ou seja, manifesta-se somente de forma homozigótica (indivíduos que recebem genes do grupo O tanto do pai quanto da mãe), o que leva-nos a concluir que os silvícolas americanos tiveram uma origem distinta dos povos que sustentam os grupos sanguíneos A, B e AB.
Tratando-se de transmissão genética dos tipos sanguíneos, o individuo que recebe os genes do tipo O, tanto da parte do pai quanto da mãe, terá sangue tipo O. isto nos faz entender porque os indígenas que viviam nas Américas teriam de ser autóctones e que sua origem não poderia estar ligada a nenhum dos demais povos conhecidos da Europa, da Ásia e da África, daí, concluindo-se que os povos americanos seriam, em tese, mais antigos ou que já estariam estabelecidos na América desde tempos imemoriais.
De fato, nosso passado guarda ainda muitas incógnitas a serem resolvidas, pois encontra-se ainda recheado de muitos registros estranhos e de remanescentes de antigos povos que são a prova disto. Há excessiva complexidade em muitos achados arqueológicos no Brasil e é nosso pensamento que estes precisam ser tratados com maior deferência. Como já dissemos, já tratamos de muitos destes enigmáticos documentos líticos em nossos artigos e queremos neste momento consolidar o nosso apreço pelos mesmos e fortalecer nosso intento de que sejam vistos com maior interesse por nossos contemporâneos e recebam melhor atenção dos nossos pesquisadores.
Inscrições na pedra como as encontradas na Amazônia, felizmente esbarraram no forte respaldo patriótico do ilustre amazonense Bernardo Azevedo da Silva Ramos, que culminou na edição de duas obras excepcionais de sua autoria: “Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica, especialmente do Brasil”, volume I, publicado em 1932 e volume II, publicado em 1939. Mesmo que muitos não venham concordar com as conclusões e decifrações feitas pelo insigne autor e pesquisador, não se pode deixar de afirmar que tratam-se ambas de obras de peso na pesquisa da pré-história brasileira e de valor histórico inestimável, além de relevante e de real importância para a compreensão do passado da América e especialmente do Brasil. Além do mais o valoroso autor deu destaque a um grande número de registros arqueológicos, mostrando a riqueza do passado de nossa terra.
Neste sentido tivemos também, mais recentemente, o magnifico trabalho executado pela arqueóloga Edithe Pereira no Pará e em outras regiões da Amazônia, com sua culminação na publicação de duas grandes obras: “Arte Rupestre na Amazônia – Pará” e “Arqueologia da Amazônia”, de grande conteúdo, valor histórico e elucidativo. Nestas obras a autora mostrou muitos dos enigmáticos signos gravados na rocha, à beira de rios e no meio da floresta densa, indicando a presença de uma cultura ou de culturas avançadas na região. Não iremos citar todos os grandes artífices e intelectuais que desenvolveram trabalhos inestimáveis nesta região e, são muitos, mas gostaríamos de lembrar também o trabalho da arqueóloga Denise Pahl Schaan, especialmente, no que se refere “A Linguagem Iconográfica da Cerâmica Marajoara”, entre outros trabalhos de grande peso.
No nordeste brasileiro temos uma infinita coletânea de mistérios arqueológicos que percorrem toda a vastidão desta região inóspita em alguns pontos, mas excepcionalmente rica em muitos outros. Ali também floresceram muitos autores preocupados em registrar e preservar o que se encontra gravado em toda a sua extensão. E muitos enigmas se afloraram então a partir destas pesquisas, sendo que muitos deles permanecem ainda sem uma explicação consistente para a sua perturbadora realidade.
Exemplares da sofisticada simbologia da Pedra do Ingá – PB e sua excepcional forma de gravação da rocha.
A região centro-oeste guarda também seus inúmeros mistérios líticos e eu mesmo já fui testemunha ocular de muitos deles, notadamente no que se refere à sua rica simbologia gravada nas petrogravuras que se espalham por regiões diversificadas. Muitas destas itacoatiaras permanecem desafiando com sua muda linguagem a perspicácia dos pesquisadores ávidos por descobertas e interpretações que, em geral, permanecem indecifráveis. Também tratamos de muitos destes registros em nossas publicações neste site e sabemos que existem muitos mais a serem encontrados.
As regiões sudeste e sul também se mostram presentes neste contexto indecifrável do passado misterioso do Brasil, onde diversos autores também se aprofundaram em seus estudos, procurando trazer luz sobre muitos enigmas encontrados em diversas de suas localidades. Fica patente, que em todo o território brasileiro vamos nos deparar com uma grande quantidade de elementos comprobatórios que mostram a existência de algo mais além do que um contexto histórico regular, isento de mistérios, pois algumas peças desajustadas surgem em toda a parte, mostrando uma outra realidade que foge dos princípios que regularmente regem o entendimento coerente que o analista utiliza-se para dar-lhes uma explicação.
Daí, extraindo-se do contexto geral estes elementos diferenciados e que se mostram com grande intensidade, e procurando-se examiná-los sob a lupa transparente da verdade, não nos sobra alternativa plausível que venha permitir que estes possam ser incluídos em nenhuma das condições estipuladas para as demais observações e pesquisas feitas, de forma a ajustá-los a um entendimento convencional. Isto obriga-nos, queiramos ou não, a ter de deixá-los de lado e não levá-los em consideração em nossos estudos (o que é uma lástima), por causa de sua inexplicável transcendência ou excessiva estranheza em relação aos demais itens pesquisados. Em face disto, sentimo-nos levados a concluir o nosso raciocínio de que o passado do Brasil é deveras desconhecido em muitos de seus aspectos e isto nos conduz a adotar uma espécie de aceitação intelectiva da sua imponderabilidade, dentro da lógica usual de análise que o momento pode oferecer. E esta não seria a conclusão que gostaríamos de ter diante de sua franca realidade histórica.
* J.A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e realizado incursões em diversas regiões do Brasil com o intuito de melhor compreender seus mistérios milenares. É articulista do jornal eletrônico Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA. E-mail: jafonseca1@hotmail.com.
- Fotografias e ilustrações: J. A. Fonseca.
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