Espionagem à
Presidência:
Governo quer
explicação formal dos EUA
Brasil manifesta
indignação e cobra explicações formais
dos EUA sobre
espionagem a Dilma e autoridades.*
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Depois da comprovação de espionagem à
Presidência da República,
ministro diz que Brasil vai cobrar
explicações formais dos Estados Unidos.
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Monde
O governo do Brasil reiterou hoje (2) a indignação às
autoridades dos Estados Unidos em meio às denúncias de espionagem de
agências norte-americanas sobre dados da presidenta Dilma Rousseff e
assessores, conforme divulgado ontem (1º) no programa Fantástico, da TV
Globo. Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luiz Alberto
Figueiredo Machado (Relações Exteriores) reiteraram ser inadmissível
aceitar qualquer tipo de violação, mas evitaram mencionar futuras
providências que deverão ser tomadas contra os Estados Unidos.
Cardozo e Figueiredo cobraram dos Estados Unidos
explicações, por escrito e formais, sobre as denúncias. “A violação da
soberania não pode acontecer sob nenhum pretexto", disse Cardozo,
lembrando que a indignação foi exposta aos norte-americanos. “Nós
confrontamos com aquilo que foi revelado.”
Em seguida, o ministro da Justiça reiterou que “a violação
da soberania não pode acontecer sob nenhum pretexto”. Segundo ele, a
situação se agrava quando a violação ocorre “sob o ponto de vista
político e empresarial”. “Isso fica, sem sombra de dúvidas, piorada”.
Na semana passada, Cardozo esteve em Washington, nos
Estados Unidos, para reuniões com o vice-presidente Joe Badin, a
assessora para Assuntos de Contraterrorismo, Lisa Monaco, e o chefe de
Departamento de Justiça, Eric Holder. O ministro disse que apresentou
como sugestão a adoção de protocolo de entendimento entre Estados Unidos
e Brasil para a investigação em caso de suspeitas de terrorismo ou atos
ilícitos.
Cardozo disse que a proposta se baseia na fixação de regras
que a interceptação de dados só pode ser feita em território nacional,
com ordem judicial e sob presunção de inocência. “Diante de indícios, se
existirem práticas, o governo norte-americano poderia solicitar dentro
do protocolo um acesso a essas informações”, disse. “Nós dissemos que
não nos furtaríamos ao diálogo, desde que a questão não se colocasse de
forma meramente retórica.”
Figueiredo acrescentou que a violação da privacidade e
dados pessoais, sejam de autoridades, como a presidenta da República, e
dos cidadãos em geral é “incompatível” com a parceria existente
atualmente entre Brasil e Estados Unidos. “É uma violação inconcebível e
inaceitável da soberania brasileira”, ressaltou.
Pela manhã, Dilma convocou ministros para duas reuniões de
emergência no Palácio do Planalto para discutir as denúncias de
espionagem. As reuniões ocorreram em duas etapas: a primeira, que
começou por volta das 10h, teve a presença dos ministros Cardozo, José
Elito (Gabinete de Segurança Institucional), e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral
da Presidência).
A segunda reunião ocorreu logo depois, com Cardozo e os
ministros Paulo Bernardo (Comunicações), Celso Amorim (Defesa) e Luiz
Alberto Figueiredo Machado (Relações Exteriores). Antes das reuniões,
Figueiredo convocou o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas
Shannon, para prestar esclarecimentos formais ao governo brasileiro e
cobrou explicações por escrito das autoridades norte-americanas.
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Informações de Renata Giraldi e Carolina Sarres/Agência Brasil.
02/09/2013
- Imagem: EFE.
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