HOME | ZINESFERA| BLOG ZINE| EDITORIAL| ESPORTES| ENTREVISTAS| ITAÚNA| J.A. FONSECA| PEPE MUSIC| UFOVIA| AEROVIA| ASTROVIA

 

 

 Portugal

Comportamento:

Violência doméstica mata cada vez mais*

Em seis meses, o número de mulheres mortas por violência doméstica

em Portugal já ultrapassou mais de metade dos números de 2012.

 

Esquecer a primeira agressão é tão difícil como esquecer o primeiro beijo,

diz a campanha da Associação Mulheres contra a Violência.

Leia também:

Crianças são vítimas de massacre na Síria

Anistia Internacional condena retenção de brasileiro em Londres

Em carta, Snowden fala sobre os EUA

Dilma diz que já tomou providências sobre espionagem

Brasil pede explicações aos EUA sobre espionagem

 

Perguntar a Maria Macedo, diretora técnica da Associação de Mulheres Contra a Violência (AMCV), quantas mulheres morreram este ano em Portugal vítimas de violência doméstica implica receber uma resposta emocionada: "Uma mulher morta que seja é sempre um número altíssimo".

 

Em 2012, as mortes contabilizadas são, por isso, "demasiadas": 37, segundo os dados da GNR e da PSP, que também registraram 26.084 queixas de violência doméstica.

 

Este ano, os números continuam a preocupar. Até junho, já se registraram pelo menos 20 assassínios e 21 tentativas de homicídio relacionados com violência doméstica, de acordo com informações recolhidas pela União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) e fornecidas ao Expresso.

 

Números que podem ser ainda mais graves do que parecem, uma vez que Maria Macedo revela que as autoridades não contabilizam as mortes das vítimas que não falecem no dia e local da agressão, assim como as mortes de pessoas relacionadas com a vítima de violência. "Conheço um caso, no ano passado, de uma amiga de uma mulher agredida que foi assassinada quando foi a casa do casal buscar alguns pertences. Esse tipo de mortes não entra na contagem", diz.

 

Prisão 'não domiciliária'

 

Maria Macedo explica também o funcionamento de uma medida de coação a agressores que tem sido cada vez mais utilizada: a pulseira eletrônica. Até 30 de junho deste ano, 149 arguidos estavam sujeitos a esta vigilância, mais do que os 116 registrados nos 12 meses do ano passado, segundo dados da Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais.

 

"É uma medida de afastamento. Os agressores têm uma pulseira que não podem retirar e as vítimas têm um dispositivo, do tamanho de um celular, que apita quando os agressores estão a menos de 'x' metros delas. A pulseira também avisa o agressor que tem de se afastar e os sinais são enviados para a Cruz Vermelha, que depois articula a situação com as autoridades".

 

"Há 20 anos olhavam para nós como se fossemos de Marte"

 

Prestes a completar 20 anos, a AMCV acompanhou, no ano passado, 9.135 pessoas em situações de violência, numa média mensal de 192 utentes, nos seus centros de acolhimento, casas de abrigo e grupos de ajuda. "De 1993 para cá a situação em Portugal já é completamente diferente, é um tema que as pessoas reconhecem", explica Maria Macedo. "Há 20 anos olhavam para nós como se fossemos de Marte, até relativamente à igualdade sexual."

 

"As mulheres são muitas vezes reféns e aguentam num sistema de sobrevivência, sem se mexerem muito para evitarem mais agressões. O risco de morte é maior na altura em que elas vão sair ou quando estão separadas, por isso é que elas têm de estar informadas, para saberem qual a melhor forma de saírem em segurança", explica, justificando a nova campanha da AMCV, intitulada "Esquecer a primeira agressão é tão difícil como esquecer o primeiro beijo".

 

A AMCV pretende que haja uma maior conscientização sobre a violência doméstica, pelo que, para além da campanha que irá ser divulgada nas televisões, associou-se ao Benfica para realizar uma ação no jogo das "águias" frente ao Gil Vicente, hoje à noite: conseguir que trezentos casais se beijem ao mesmo tempo no Estádio da Luz, num gesto contra a violência sexual. 

 

"As pessoas já têm outra forma de olhar, mas não deixa de ser difícil perceber as coisas e intervir, até por parte das famílias, uma vez que o agressor cria estratégias de isolamento. Às vezes não sabem o que podem fazer, as pessoas perguntam-nos isso. Ainda há muitos mitos em relação à violência doméstica", conclui Maria Macedo.

 

* Informações de Mariana Cabral /Expresso (Portugal).

   26/08/2013

 

- Imagem: AMCV/Divulgação.

 

Leia também:

Crianças são vítimas de massacre na Síria

Anistia Internacional condena retenção de brasileiro em Londres

Em carta, Snowden fala sobre os EUA

Dilma diz que já tomou providências sobre espionagem

Brasil pede explicações aos EUA sobre espionagem

 

 

*  *  *

 

Funchal:

Extorsão a padre acaba em julgamento*

A história aconteceu em 2005 durante umas férias que o então pároco de São Vicente,

na Madeira, fez em Cuba. Iniciou-se em Funchal o julgamento do cubano acusado de chantagem.

 

O julgamento de um cidadão cubano acusado de extorquir 45 mil euros a um padre católico começa hoje no Funchal. Os dois teriam tido um relacionamento íntimo que acabou em chantagem e extorsão.

 

A história remonta a 2005 e a umas férias que o então pároco de São Vicente fez em Cuba. O relacionamento do padre e do arguido teria começado nessas férias em Cuba, mas os dois encontraram-se, de fato, várias vezes até 2007, altura em que começaram os problemas.

 

Segundo a acusação do Ministério Público noticiada quarta-feira pelo "DN-Madeira", o sacerdote arranjou um apartamento e um trabalho na Madeira para o amigo cubano. Até adiantou 15 mil euros para que comprasse uma casa em Cuba.

 

As complicações teriam começado quando o padre decidiu terminar a relação e o arguido não aceitou. Fez exigências, pressionou e ameaçou tornar públicas fotografias comprometedoras.

 

O amigo cubano faria chantagem à distância e durante as viagens à Madeira. Tudo teria se agravado ainda mais quando o arguido casou com um cidadão português e passou a entrar livremente em Portugal.

 

O Ministério Público garante que o arguido teria extorquido ao antigo padre de São Vicente 45 mil euros sem contar as despesas em viagens, celulares e o pagamento da carta de condução. O julgamento começa hoje em Funchal.

 

* Informações de Anabela Natário/Expresso (Portugal);

   09/05/2013

 

 

*  *  *

 

Lisboa:

Relatório europeu: más condições nas cadeias portuguesas*

O Comitê Europeu para a Prevenção da Tortura recomenda melhores sistemas de disciplina

nas prisões e questiona o funcionamento do Hospital Psiquiátrico de Santa Cruz do Bispo.

 

Melhores condições materiais, reforço do número de psiquiatras e de enfermeiros e substituição

de guardas-prisionais por equipes de enfermagem são algumas das medidas propostas.

 

Uma avaliação particularmente crítica do Hospital Psiquiátrico de Santa Cruz do Bispo e a recomendação para que sejam tomadas "medidas urgentes para melhorar as condições" do Estabelecimento Prisional de Lisboa, são algumas das principais conclusões do relatório do Comitê Europeu para a Prevenção da Tortura e das Penas ou Tratamentos Desumanos ou Degradantes sobre a sua última visita periódica a Portugal.

 

O relatório hoje divulgado apresenta os dados da avaliação realizada em fevereiro de 2012 pela delegação do Comitê, que examinou o tratamento recebido pelos presos, destacando que há casos de maus-tratos, que julga deverem ser eficazmente investigados.

 

O documento sublinha ainda a necessidade de serem garantidos os direitos das pessoas detidas, nomeadamente ter "acesso a um advogado", poder "notificar a sua detenção a uma terceira parte" e o "ser informado dos seus direitos".

 

No caso das prisões, é referido o aumento constante da população prisional, sendo recomendado às autoridades portuguesas que adotem uma abordagem multifacetada com vista a erradicar o problema da sobrelotação.

 

Melhorar o sistema disciplinar

 

Além da situação do Estabelecimento Prisional de Lisboa, o relatório destaca as prisões de alta segurança do Linhó e de Paços de Ferreira, recomendando que aí sejam desenvolvidos programas de atividades e que os presos "não permaneçam fechados nas celas por períodos tão longos como 22 horas por dia".

 

Outras recomendações incidem no sistema disciplinar, propondo que o encerramento em solitária "não ultrapasse os 14 dias", além de deverem ser melhorados os serviços de saúde nesses estabelecimentos prisionais.

 

A questão do tratamento médico é outra das questões abordadas no relatório, que considera "inadequada" a prestação do cuidado e tratamento oferecido aos pacientes no Hospital Psiquiátrico de Santa Cruz do Bispo.

 

Melhores condições materiais, reforço do número de psiquiatras e de enfermeiros e substituição de guardas-prisionais por equipes de enfermagem são algumas das medidas propostas.

 

* Informações de Mafalda Ganhão /Expresso (Portugal).

    24/04/2013

 

*  *  *

 

Lisboa:

Governo estuda corte permanente de pensões*

Corte permanente das pensões é uma das medidas que será apresentada

à troika na próxima avaliação, marcada para final deste mês.

 

O Ministério das Finanças está a estudar a hipótese de tornar definitivos os cortes aplicados este ano às pensões de reforma. O projeto, no entanto, só avançará se o Tribunal Constitucional avalizar a Contribuição Extraordinária de Solidariedade, que permitiu a redução das reformas acima dos 1350 euros.

 

É uma das medidas ainda em estudo para redução permanente da despesa do Estado e que será apresentada à troika na próxima avaliação, marcada para final deste mês. No entanto, as dúvidas constitucionais sobre a proposta de redução real das reformas - nomeadamente a possibilidade do TC considerar que ela viola o princípio da confiança dos reformados - trava as intenções do Governo. Fontes governamentais garantiram ao Expresso que, porém, a "proposta continua em estudo e em cima da mesa".

 

Mais avançadas estão as propostas de cortes de 4 mil milhões de euros na despesa do Estado. O Governo quer lançar um programa alargado de rescisões de contratos para funcionários públicos de mais baixas qualificações - e que representam cerca de 36% do total - que será financiado através do recurso ao fundo de pensões do Banco de Portugal. Outras fontes de financiamento deste projeto de emagrecimento da Administração do Estado serão os fundos comunitários de formação e empreendedorismo, assim como receitas extraordinárias provenientes de novas privatizações.

 

* Informações de Rosa Pedroso Lima/Expresso (Portugal).

   17/02/2013

 

*  *  *

 

FMI:

Presidente do Parlamento Europeu critica

contradições do FMI sobre Portugal*

O germânico Martin Schulz estranha que o FMI tenha voltado a uma

receita para Portugal que já haviam considerado errada.

Martin Schulz proferiu as declarações esta noite no início

de um jantar de trabalho com António José Seguro.

 

O presidente do Parlamento Europeu criticou hoje a atuação do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal, dizendo que os responsáveis desta instituição têm primeiro que entender-se sobre o pretendem para os países sob assistência financeira.

 

Martin Schulz, também dirigente social-democrata germânico, falava no início de um jantar de trabalho com o secretário-geral do PS, António José Seguro, num hotel em Lisboa.

 

Confrontado com o teor do relatório do FMI sobre cortes na despesa pública em Portugal em 2013 e 2014, na ordem dos quatro mil milhões de euros, o presidente do Parlamento Europeu criticou o comportamento dos responsáveis desta instituição mundial.

 

O regresso à velha receita

 

"Tomei nota do relatório do FMI [para Portugal], mas também tomei nota de observações do mesmo FMI há alguns dias atrás, concluindo que a receita [de austeridade] estava errada. No entanto, agora parece que voltaram com a velha receita, que consideravam errada no FMI", respondeu o presidente do Parlamento Europeu.

 

Depois, Martin Schulz deixou uma sugestão aos principais responsáveis do FMI.

 

"A minha proposta ao FMI é que, em primeiro lugar, se entendam internamente sobre o que pensam que é a melhor solução" para os países sob assistência financeira, disse.

 

* Informações de António Cotrim/Lusa, via Expresso (Portugal).

   10/01/2013

 

- Foto: Antonio Cotrim/LUSA.

 

*  *  *

 

Moradia:

Há mais de 735 mil casas vazias em Portugal

Excesso de construção e crise econômica contribuiu para um aumento

de 35% do número de alojamentos vagos. Há urbanizações inteiras sem ninguém.

 

Velhas e a cair ou novas e por estrear, há mais de 735 mil casas vazias em Portugal. Nos últimos dez anos, o número de alojamentos onde não mora ninguém aumentou 35%, segundo os resultados definitivos do Censos 2011, divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

Só na última década, foram construídos perto de um milhão de novos alojamentos. Destes, a crise deixou desocupados e sem comprador cerca de 125 mil. Mas não há apenas casas novas entre as mais de 735 mil atualmente desocupadas. Um terço tem mais de 50 anos.

 

* Informações de Joana Pereira Bastos/Expresso (Portugal).

   24/11/2012

 

*  *  *

 

Lisboa:

Netanyahu telefona a Passos

para justificar ofensiva de Israel*

Na sua página oficial do Facebook, Netanyahu revela

o telefonema adiantando que comunicou a Passos Coelho.

 

O chefe do Governo de Israel ligou hoje para o primeiro-ministro português para informá-lo da situação da guerra entre Israel e Gaza. Benjamin Netanyahu telefonou ainda a mais seis governantes europeus.

 

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, recebeu hoje um telefonema do seu homólogo israelita, Benjamin Netanyahu, sobre a ofensiva que Israel está a levar a cabo, desde quarta-feira, contra a Faixa de Gaza.

 

Na sua página oficial do Facebook, Netanyahu revela o telefonema adiantando que comunicou a Passos Coelho que "nenhum país do mundo pode tolerar que a sua população viva sob a ameaça constante de mísseis".

 

Benjamin Netanyahu diz ainda que telefonou igualmente aos primeiros-ministros do Reino Unido, David Cameron, da Polônia, Donald Tusk, e da Bulgária, Boyko Borissov. E acrescenta que espera continuar as suas conversações com os líderes mundiais nos próximos dias.

 

O primeiro-ministro israelita já tinha telefonado, também hoje, à chanceler Angela Merkel, ao chefe do Governo italiano Mario Monti, e aos seus homólogos da Grécia Antonis Samaras e da República Checa Petr Necas.

 

"Durante a sua conversa com a chanceler alemã Merkel, o primeiro-ministro disse que nenhum país do mundo poderá estar de acordo com uma situação em que a sua população viva sob a ameaça constante de mísseis", adiantara horas antes Israel, na página oficial do gabinete de Benjamin Netanyahu.

 

Barack Obama foi o primeiro chefe de Estado a quem Netanyahu telefonou, na quarta-feira à noite. O governante israelita expressou o seu "profundo apreço pelo apoio do Presidente Obama ao direito de Israel se defender".

 

Obama e Netanyahu falaram-se ontem, pela segunda vez desde o início da crise. O israelita agradeceu o apoio dos EUA na compra de baterias usadas no escudo antimissil (Cúpula de Ferro) com que Israel se está a defender dos 'rockets' disparados pelo Hamas desde Gaza.

 

* Informações de Anabela Natário e Margarida Mota/Expresso (Portugal).

   19/11/2012

 

*  *  *

 

Economia:

FMI diz que é preciso cortar mais*

Fundo Monetário Internacional divulga hoje o relatório da quinta revisão do memorando com Portugal,

mas já sublinhou que "são precisos esforços adicionais" para consolidar as contas e impulsionar o crescimento.

 

O Fundo Monetário Internacional considerou que as perspectivas externas e o desemprego em Portugal dificultam o cumprimento dos objetivos do programa de ajustamento, sublinhando que "são precisos esforços adicionais" para consolidar as contas e impulsionar o crescimento.

 

O comitê executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu na quarta-feira o processo da quinta revisão do memorando de entendimento com Portugal, aprovando o pagamento de mais uma tranche de 1.500 milhões de euros em empréstimos.

 

"As fracas perspectivas externas e o aumento do desemprego aumentaram os riscos ao cumprimento dos objetivos do programa. São necessários esforços adicionais, com o apoio dos parceiros da zona euro, para fazer avançar a consolidação orçamental e impulsionar o crescimento de longo prazo", afirmou Nemat Shafik, diretor do FMI, citado num comunicado da organização sobre Portugal divulgado na noite de quarta-feira.

 

O responsável do Fundo alertou ainda para o nível da dívida, que se prevê que atinja os 124% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, o que significa - explicou - que "diminuiu a margem de manobra" das autoridades portuguesas.

 

Para Shafik, a revisão prevista das despesas "iria ajudar a reequilibrar o esforço de ajustamento, que se baseia atualmente sobretudo em medidas do lado da receita".

 

Reformas demoram a dar resultado

 

Reconhecendo que têm sido alcançados "progressos significativos" na gestão das contas públicas, o FMI entende que "são precisos esforços adicionais" também no que se refere à "aplicação das regras da despesa, à fiscalização fiscal, à manutenção das apertadas restrições orçamentais das empresas públicas e à redução dos custos das parcerias público-privadas (PPP)".

 

Quanto à competitividade da economia portuguesa, Nemat Shafit admite que houve evoluções positivas em matéria de reformas estruturais (trabalho, habitação, tribunais), mas adverte para o fato de "estas reformas poderem demorar até darem frutos", pelo que "devem ser consideradas alternativas para aumentar a competitividade do sector não transacionável".

 

Segundo um comunicado do Fundo, o total dos empréstimos feitos pelo FMI a Portugal já atingiu 21.800 milhões de euros, de um total previsto de 28.200 milhões. O montante total do pacote de assistência financeira da troika (que também inclui a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu) ascende a 78 mil milhões de euros.

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulga hoje o relatório da quinta revisão do memorando de entendimento com Portugal e o chefe de missão para Portugal do Fundo, Abebe Aemro Selassie, vai responder a perguntas da imprensa.

 

* Informações da Lusa/Expresso (Portugal).

   25/10/2012

 

*  *  *

 

Lisboa:

Ibéricos protestam contra impostos

Portugueses e espanhóis fazem manifestação contra alta de impostos.*

 

Mais de 150 mil portugueses realizaram manifestações neste sábado contra aumentos planejados de impostos que abalaram o consenso por trás da austeridade imposta por um resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

 

Milhares de pessoas também realizaram manifestações na Espanha, considerado o próximo país a precisar de resgate.

 

As manifestações em Portugal aconteceram praticamente sem incidentes, mas um manifestante de cerca de 20 anos foi levado ao hospital com queimaduras após uma tentativa de se imolar durante os protestos na cidade de Aveiro. Bombeiros afirmaram, segundo a televisão RTP, que ele não corria o risco de morrer.

 

Organizadas pela internet, as manifestações reuniram portugueses que gritavam: "Saia daqui. O FMI é fome e miséria". Eles também pediam a renúncia do governo de centro-direita.

 

"Impeçam esse governo ante que ele pare o país", mostrava um cartaz em Lisboa, onde os manifestantes passaram pelos escritórios do FMI, alguns jogando tomates e garrafas no prédio.

 

A manifestação terminou perto da embaixada da Espanha, para demonstrar solidariedade com os vizinhos depois de eles terem marchado em Madri mais cedo no sábado contra cortes de gastos e aumentos tributários.

 

"As pessoas estão cansadas de serem roubadas pela política deste governo, que agora ameaça nos estrangular", disse o bancário João Pascual, de 56 anos, em Lisboa.

Aumentos de impostos e cortes de gastos adotados desde o resgate do ano passado contribuíram para o desemprego recorde acima de 15 por cento e levaram a economia para sua pior recessão desde a década de 1970.

 

* Informações de Andrei Khalip | Reuters, com reportagem adicional de Miguel Pereira em Lisboa e Sonya Dowsett em Madri.

15/09/2012

 

*  *  *

 

Saúde:

Avaria em hospital obriga doentes a repetirem operação*

O hospital Gama Pinto operou, a laser, doentes que queriam reduzir

a miopia, mas um problema numa máquina levou a uma segunda cirurgia.

 

Uma avaria num aparelho de laser do Hospital Gama Pinto, em Lisboa, obrigou os doentes, que foram operados à miopia, a sujeitarem-se a uma segunda operação, apurou o Expresso.

 

Contatada a diretora clínica do hospital, Luísa Coutinho Santos disse ao Expresso desconher quantos doentes foram afetados e quanto tempo o aparelho esteve avariado, acrescentando que só o chefe de serviço da área, que está de férias, é que tem essa informação.

 

A diretora adiantou apenas que terão sido poucos os doentes afetados. "A primeira operação correu mal, mas depois a segunda correu bem", afirmou.

 

O Expresso sabe, no entanto, que um dos doentes, operado em julho, teve um pós-operatório complicado.

 

O paciente, que prefere manter o anonimato, esteve mais de uma semana à espera da segunda operação e com a mobilidade bastante reduzida. Durante o tempo em que esteve à espera de ser operado, não podia sair de casa sem ser acompanhado, por não poder usar lentes de contacto nem óculos. 

 

O Expresso também sabe que o técnico que, em Julho, podia arranjar o aparelho estava fora de Lisboa, o que obrigou a que os doentes tivessem de esperar ainda mais tempo.

 

"Nem todas as marcas das máquinas que temos têm um representante em Lisboa, isso não é uma escolha nossa", diz Luísa Coutinho Santos.

 

O hospital Gama Pinto faz, durante o ano inteiro, este tipo de cirurgia, denominada lasik, é uma intervenção a laser das mais utilizadas para corrigir diversas doenças oftalmológicas.

 

* Informações de Carolina Reis/Expresso (Portugal).

   15/08/2012

Página inicial  HOME

 

 

 

 

 

 HOME | ZINESFERA| BLOG ZINE| EDITORIAL| ESPORTES| ENTREVISTAS| ITAÚNA| J.A. FONSECA| PEPE MUSIC| UFOVIA| AEROVIA| ASTROVIA

© Copyright 2004-2012, Pepe Arte Viva Ltda.

 

Motigo Webstats - Free web site statistics Personal homepage website counter