Capital:
Corcovado um tempo só
Um tributo aos 80
anos do Cristo Redentor carioca.
Por Fabiano Mauro Ribeiro*
Do Rio de Janeiro-RJ
para Via
Fanzine
16/10/2011
O Cristo Redentor, emoldurado pelas
matas da Tijuca.
Termina 2011 e faz mais um aniversário, agora dos oitenta
anos, o Cristo Redentor carioca. Nesse morro de 710 metros, nascente no
centro das matas da Tijuca, sobe a estátua do Redentor, com seus 38
metros, incluído a sua base.
Escrever sobre o Cristo, do engenheiro Heitor da Silva
Costa, projetado em 1923 e, pedra fundamental em 4 de abril de 1926, é
um bocado arriscado – Cristo Redentor é um dos assuntos que esgotaram as
artes e a literatura –, mesmo que, falar dele é falar na paixão do povo,
na esperança, na admiração, na fé no colosso de concreto armado, que lá
dos 710 metros sobre o Rio, com braços abertos, recebe gente sem conta.
Lembrança teve a minha geração, naqueles anos 50, até
início dos 60, quando, no final da linha do bonde, havia o Restaurante
Silvestre. Descia-se do bondinho com a família e numa clareira imensa,
jardim final súbito e permanente se abria na Mata – o restaurante tinha
cadeiras tradicionais, algumas austríacas.
Garçons tradicionalíssimos, vestidos com esmero em seus
smokings se alvoroçavam quando chegavam os bondes – o trem vermelho
vindo do Cosme Velho, rumo ao alto do Cristo e dava ali uma ligeira
parada - então embarcavam os provenientes de Santa Teresa, Rio Comprido
ou Centro, via Largo da Carioca.
Havia pipoqueiros tradicionais, alguns vendedores de
churros, baleiros com suas raquetes de bate-bate, algodões doces em
cores, maçãs envernizadas na ponta das varas de bambu, cheiro dos
amendoins torrados. Eram visões que se projetavam no ar de neblina
constante da mata do fim, na Rua Almirante Alexandrino. Isso tudo,
agora, como um toque de um Klingsor, desencantou e desapareceu
fisicamente.
Pouco antes da chegada à parada do Silvestre começava a
verdadeira rodovia, até o Cristo. Por ali, iam os que pretendiam chegar
ao cimo, de carro, bicicletas, motocicletas ou a pé. Lembrar desse
acesso ao Cristo, era lembrar do Rio, ainda Capital, com a Nunciatura
Apostólica bem no início da estrada, um castelinho, que ainda lá
permanece, onde ficava o Núncio, representante do papa no país.
Lembro-me, menino, do Cardeal D. Jayme de Barros Câmara, de longa
permanência nesse posto no Rio. Eu gostava muito de andar a pé e, muitas
vezes, o encontrei em várias partes.
Eu aí, embotado de inocência, ia tomando a benção, e ouvia
uma palavra amável. Por ali, perto estava o único túnel que ligava as
zonas norte e sul, o túnel Rio Comprido-Laranjeiras. Como os carros que
lá passavam, naquele tempo eram somente os americanos importados, o
Cardeal, usava uma chapa nº 1 de bronze, se não me engano, da marca
Mercury ou Lincoln.
Tempos do início das favelas, dos malandros sem armas de
fogo, de ‘soltança’ de balões sem campanha contra – morros nascentes,
Salgueiro, Querozene, Escondidinho, Dos Prazeres. A Mata do Sumaré, em
baixo, com enormes borboletas rodeando a residência oficial do Cardeal,
que de lá via os bairros, ascendendo as luzes em série no inicio da
noite.
O Cristo, esse parte integrante de esperança incrustada nos
maciços, segue estátua componente, ofertada, aclamada, reiluminada,
tentada ser maravilha do mundo, e sendo sem ter sido.
* Fabiano
Mauro Ribeiro é pesquisador, colaborador de várias publicações sobre
História e Arte.
- Foto: Caetano Mauro (RJ).
- Produção: Pepe
Chaves.
* * *
Queimados:
Folhaleaks mostra
enriquecimento de prefeito
Negócio intermediado por prefeito no RJ tem lucro de R$ 9 mi em 5 dias
A venda de terreno para instalação de uma fábrica austríaca
em Queimados (RJ) rendeu lucro de R$ 9,2 milhões em apenas cinco dias a
uma empresa fornecedora do município da Baixada Fluminense. Neste
período, o valor da área passou de R$ 2,5 milhões para R$ 11,7 milhões.
Os contatos para a negociação foram intermediados pelo
prefeito da cidade, Max Lemos (PMDB).
A companhia austríaca RHI comprou por R$ 11,7 milhões da
empresa Jogasus a área de 980 mil m² para instalar fábrica de peças para
a indústria siderúrgica, em novembro de 2010.
Cinco dias antes, o mesmo terreno havia sido comprado pela
Jogasus - que é uma pequena empresa de construções de Duque de
Caxias-por apenas 21% desse valor.
A Folha tomou conhecimento da transação por meio do
Folhaleaks, canal criado pelo jornal para receber informações e
documentos.
O prefeito afirma que a valorização dos preços dos terrenos
na região é muito rápida e que a área vale hoje cinco vezes mais do que
o valor pago pela empresa austríaca.
A Jogasus diz que acertou a compra do terreno cinco meses
antes, mas só formalizou na véspera de revendê-lo. A RHI diz que o valor
pago foi semelhante ao de terrenos vizinhos.
COMPRA E VENDA
A história da triangulação comercial começou em abril de
2010, quando João Ferreira de Jesus, procurador da Jogasus, foi
apresentado pelo prefeito -seu conhecido desde a década de 90- a um dos
donos do terreno, José Augusto Vereza.
O representante da Jogasus afirmou que tinha interesse em
criar um espaço para logística na área. Segundo Ferreira, ele e Vereza
acertaram que o terreno seria vendido por R$ 2,5 milhões. Quando a venda
seria registrada, no início de junho, Vereza morreu. A família manteve
interesse na venda, condicionada à resolução dos entraves de testamento
e inventário.
No fim de junho, a austríaca RHI procurou o prefeito Max
Lemos pedindo que indicasse um terreno para instalar sua fábrica. O
político indicou o mesmo terreno que havia apontado à Jogasus, cuja
compra ainda não havia sido formalizada.
Algumas semanas depois, João Ferreira entrou em contato com
a empresa austríaca para iniciar as conversas.
As negociações começaram antes de a Jogasus se tornar
proprietária do terreno.
As duas partes afirmam, no entanto, que a família Vereza já
estava comprometida com a venda e o preço acertado pelo patriarca.
Representantes dos antigos proprietários negam a informação
e dizem que desconheciam a participação da RHI na negociação.
A primeira venda, para a Jogasus, foi formalizada em 4 de
novembro, por R$ 2,5 milhões. Em 9 de novembro, foi feito o repasse à
RHI, por R$ 11,7 milhões.
Em abril de 2011, o terreno foi beneficiado pela ampliação
do distrito industrial de Queimados, o que concedeu benefício fiscal à
empresa, como isenção de IPTU e redução na alíquota de ICMS.
A empresa Jogasus, com sede em Duque de Caxias, passou a
ter contratos com a prefeitura de Queimados a partir da gestão de Lemos.
*
Informações de FOLHA.com (SP).
09/10/2011
* * *
Rio:
Tenente acusado da morte de juíza
herdaria 'espólio'
Tenente-coronel
preso como mentor da execução de juíza é acusado de ficar com 'espólio'
do tráfico.*
Em depoimento à Justiça, um cabo da Polícia Militar preso
pela morte da juíza Patrícia Acioli admitiu ter atirado na magistrada e
disse que o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira recebia parte
das apreensões feitas irregularmente por policiais durante as operações
do Grupamento de Apoio Tático (GAT). O ex-comandante do 7º BPM (São
Gonçalo), que está preso sob a acusação de ser o mentor do crime, é
suspeito de ficar com o "espólio" do tráfico nas favelas onde realizava
operações. O cabo decidiu colaborar com a polícia em troca do benefício
da delação premiada. O GLOBO teve acesso ao depoimento, que durou cerca
de duas horas.
O cabo disse que a execução foi tramada pelo tenente Daniel
Benitez, que chegou a propor a contratação de uma milícia do Rio para
cometer o crime. A ideia não foi adiante. De acordo com o militar,
Benitez era o homem de confiança do tenente-coronel Cláudio, com quem
atuou em três unidades da PM antes de os dois serem lotados no 7º BPM. O
policial disse à Justiça que o tenente era o responsável por repassar ao
ex-comandante a caixinha do tráfico das favelas do Salgueiro e da
Coruja. O valor era pago semanalmente aos policiais do GAT do 7º BPM.
Ainda de acordo com o delator, as armas usadas no
assassinato da juíza eram "espólio" de operações em favelas de São
Gonçalo. Uma delas, a de calibre .40, foi apreendida no Morro da Coruja.
Segundo o PM, parte da munição utilizada era do 7º BPM e parte fora
apreendida em favelas. Outra arma do crime, o revólver calibre 357,
ficou com Benitez, que, segundo o depoimento, também adquiriu a moto
usada na emboscada contra Patrícia. O carro utilizado no crime, um Palio
vinho, foi incendiado na mesma noite, no bairro Santa Luzia.
O cabo contou ainda que o GAT atuava nas favelas mais
perigosas de São Gonçalo. A cada 24 horas, eles eram cobrados para que
fizessem grandes apreensões de drogas e armas. De acordo com o
depoimento, o grupo não apresentava o material à delegacia. O dinheiro
arrecadado ficava com a equipe. O réu colaborador disse ainda que
Benitez convidou os integrantes do GAT a se transferirem para o 14º BPM
(Bangu), para onde o tenente-coronel Cláudio estava cotado para assumir
o comando. Segundo o cabo, o comentário no quartel era que "em Bangu o
espólio seria maior".
De acordo com o cabo, a juíza escapou de duas tentativas de
emboscada montada pelos policiais. Numa, ocorrida uma semana antes do
assassinato, ela escapou por não ter ido ao Fórum de São Gonçalo. O cabo
acrescentou em seu depoimento que, dias antes do assassinato, um dos
policiais envolvidos no plano havia perdido o rastro da juíza. O PM
estava incumbido de seguir Patrícia, mas acabou perdendo a magistrada de
vista no Centro de São Gonçalo.
Considerado pela DH fundamental por indicar a participação
do tenente-coronel na trama, o depoimento cita ainda a participação de
um policial do 12º BPM (Niterói), que levou o tenente Benitez até a casa
da juíza, em Piratininga, durante o planejamento do crime. O policial do
batalhão de Niterói ainda não foi preso, e por isso não teve o nome
divulgado.
O cabo afirmou ainda que, após ter sido preso, juntamente
com o tenente Benitez e outro cabo, o tenente-coronel Cláudio esteve no
batalhão Prisional Especial (BEP) para conversar com os três. Na visita,
no domingo do Dia dos Pais, que não foi registrada no livro de entrada
da prisão, o então comandante do 7º BPM se comprometeu a ajudar os três,
inclusive indicando um advogado para defendê-los.
O presidente do TJ, desembargador Manoel Rebêlo dos Santos,
ressaltou que a prisão de um mandante de crime é um fato raro no país.
- Sempre chegamos aos executores, mas poucas vezes no
Brasil se consegue chegar ao mandante - frisou o desembargador.
Perguntado se a prisão de um comandante de batalhão
afetaria a posição do comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio
Duarte, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que o
oficial continua gozando de sua "plena confiança". Beltrame disse ainda
que a transferência de Cláudio para o 22 BPM uma semana após a morte da
juíza não significou uma proteção ou promoção.
O presidente da Associação de Magistrados do Rio de
Janeiro, Antônio César de Siqueira, lamentou que um comandante esteja
sendo acusado de ser mandante do crime:
- É lamentável que pessoas que ocupam cargo de comando
estejam à frente de um ataque à democracia.
*Vera Araújo e Sérgio Ramal/Agência O Globo (RJ).
-
28/09/2011
* * *
Judiciário:
TJRJ vai aumentar
segurança para juízes
Após reunião com
Cabral, presidente do TJ diz que governo vai aumentar segurança de
juízes.*
O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Manoel
Alberto Rebêlo, deixou no início da tarde desta quarta-feira, 17/08, o
Palácio Guanabara, após se reunir com Sérgio Cabral. Ele anunciou que o
governo tomará providências para auxiliar os juízes ameaçados de morte.
Entre as medidas, foi anunciado o aumento de mais 30 policiais no
departamento de segurança institucional do TJ. Além disso, a segurança
do fórum será reforçada.
O presidente do TJ disse ainda que vai entregar ao
governador uma lista de todos os policiais militares que estão sendo
processados em São Gonçalo para que sejam afastados de seus batalhões.
Rebêlo acrescentou também que vai comprar mais dez carros blindados para
a segurança de juízes.
Participaram do encontro o presidente da Associação de
Magistrados Brasileiros, Nelson Calandra, o secretário geral da Comissão
Nacional de Justiça, Fernando Marcondes, e outros magistrados.
*
Informações de Ana Cláudia Costa/Agência O Globo.
17/08/2011
* * *
Capital:
Barco fica à deriva com três crianças
holandesas*
Corpo de Bombeiros conseguiu resgatar e
levar as crianças até o Iate Clube, onde se encontravam os pais.
De acordo com informações do jornal O Globo, um barco com
crianças holandesas ficou à deriva no mar, enquanto os pais estavam no
Iate Clube, no Rio de Janeiro, ao anoitecer dessa terça, 26/07.
As informações dão conta que um casal holandês deixou os
três filhos dentro de um veleiro usado pela família durante viagem pelo
mundo, enquanto foi frequentar o Iate Clube do Rio de Janeiro, na Urca.
Segundo informou o jornal, o barco teria se soltado das
amarras e entrado à deriva pelo litoral carioca. Pescadores teriam
avistado o barco e após ouvirem o choro das crianças, acionaram o Corpo
de Bombeiros para salvá-las.
Estavam a bordo do barco, um menino de quatro anos, uma
menina de dois anos e um bebê de seis meses de idade. O Corpo de
Bombeiros conseguiu fazer o resgate e levou as crianças até o Iate
Clube, onde se encontravam os pais.
* Da
Redação VF, com informações do jornal O Globo (RJ).
26/07/2011
* * *
Campos dos
Goytacazes:
Petrobras anuncia ‘principal descoberta’
do pré-sal*
O consórcio está
analisando os resultados obtidos no poço, antes de
continuar com o
processo de exploração e avaliação da área.
A Petrobras (PETR3 e PETR4) anunciou hoje em seu site o que
chamou de "principal descoberta" no pré-sal da Bacia de Campos (o
pré-sal é uma região profunda de exploração de petróleo).
Segundo a estatal, foram descobertos "dois níveis de
petróleo de boa qualidade no poço exploratório informalmente conhecido
como Gávea". Os estudos foram feitos por um consórcio formado por
Petrobras, Repsol Sinopec e Statoil.
"Esta descoberta é a principal realizada no pré-sal da
Bacia de Campos", diz nota no site da Petrobras.
O poço, localizado a 190 quilômetros da costa do Rio de
Janeiro, foi perfurado pelo navio sonda de última geração Stena Drillmax
I, em águas de 2.708 metros e atingiu a profundidade final de 6.851
metros, disse a Petrobras.
O consórcio está analisando os resultados obtidos no poço,
antes de continuar com o processo de exploração e avaliação da área.
O consórcio tem participação de 35% da Repsol Sinopec, mais
35% da Statoil e os restantes 30% da Petrobras.
As autoridades brasileiras foram informadas da existência
de indícios de hidrocarbonetos no poço exploratório Gávea em março de
2011, para o primeiro nível, e em abril do mesmo ano, para o segundo
nível.
A Repsol Sinopec é a companhia estrangeira líder em
direitos de exploração nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo,
participando em 16 blocos, dos quais é operadora em seis.
*
Informações de UOL Economia (SP).
28/06/2011
* * *
Rebelião:
Justiça manda soltar os 439 bombeiros
presos*
A decisão é do desembargador Cláudio
Brandão.
Os deputados federais Alessandro Molon (PT-RJ), Protógenes
Queiroz (PC do B-SP) e Doutor Aluizio (PV-RJ) conseguiram na madrugada
desta sexta-feira o habeas corpus para os 439 bombeiros que estão
presos, após invadirem o Quartel Central da Corporação, há uma semana. A
decisão é do desembargador Cláudio Brandão. Os deputados estão seguindo
para Niterói para comunicar aos familiares dos presos a decisão da
Justiça.
Durante um evento em São Paulo nesta quinta-feira, o
governador Sérgio Cabral disse ao site G-1 que a decisão sobre a
libertação dos 439 bombeiros não cabe ao governo do estado:
- Cabe à Justiça Militar decidir sobre isso: se eles
permanecem presos ou se eles não permanecem presos. Nós estamos
cuidando, vamos cuidar depois do processo disciplinar. O Executivo
estadual não tem o que fazer, nem libertá-los, nem mantê-los presos.
Isso é uma questão da Justiça.
De acordo com cientistas políticos e deputados de oposição
ouvidos pelo GLOBO, o governador tem cometido erros políticos durante as
negociações com os bombeiros. Chefe do Departamento de Ciência Política
da UFF, Marcus Ianoni acha que faltou ao governo habilidade para
insistir nas negociações:
- Era preciso buscar ao máximo a negociação e evitar que o
caso chegasse à invasão do quartel e à truculência. A meu ver, faltou
habilidade ao governador ao não considerar legítima a reivindicação dos
bombeiros.
Para o professor da PUC Ricardo Ismael, a situação só
chegou ao ponto de o QG ser invadido porque o governo não apresentou uma
proposta que desmobilizasse os bombeiros:
- As propostas apresentadas agora (criação de uma
secretaria e antecipação do reajuste) mostram que as anteriores eram
realmente muito ruins e que o governo tinha contraposta melhor a
oferecer.
O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) aponta três
erros:
- Ele (Cabral) errou ao subordinar os bombeiros à
Secretaria de Saúde em 2007 e não deu importância quando o movimento dos
bombeiros surgiu há alguns meses. E o governo como um todo foi muito
lento para perceber que a mobilização dos bombeiros era para valer.
*
Informações de Agência O Globo (RJ).
* * *
Realengo:
Governo confirma 11 mortes em tiroteio na
escola*
O atirador,
identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos,
é ex-aluno da
escola. Ele se matou com um tiro na cabeça, depois de trocar tiros com
um policial.
Policial se sujou
com sangue de aluno que ajudou a socorrer.
O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio
Côrtes, informou hoje que estão confirmadas as mortes de 11 pessoas na
Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste), onde um
atirador abriu fogo contra os alunos nesta manhã. Segundo o secretário,
entre os mortos estão dez crianças - nove meninas e um menino, com
idades de 12 a 14 anos - e o atirador. Mais cedo, o Corpo de Bombeiros
informou que 13 pessoas haviam morrido.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que há ainda 18
feridos, 12 meninos e seis meninas. Eles foram levados para o Hospital
Estadual Albert Schweitzer, Hospital Estadual Adão Pereira Nunes,
Hospital Universitário Pedro Ernesto, Instituto Nacional de
Traumatologia e Ortopedia e Hospital da Polícia Militar. Ainda segundo a
secretaria, assistentes sociais e psicólogos estão prestando atendimento
aos familiares das vítimas.
O atirador, identificado como Wellington Menezes de
Oliveira, de 24 anos, é ex-aluno da escola. Ele se matou com um tiro na
cabeça, depois de trocar tiros com um policial. Segundo as primeiras
informações, Wellington teria invadido a escola por volta das 8h30, e
disparado de forma aleatória contra as pessoas que estavam no local.
Ainda não há informações precisas sobre o que teria
motivado o crime. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação do
Rio, cerca de 400 alunos, divididos em 14 turmas, estudam no local no
período da manhã. De acordo com os pais e vizinhos, muitos professores
salvaram os estudantes ao trancar a porta das salas de aula e travar as
maçanetas com cadeiras. Os alunos saíram apenas após o fim dos disparos.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), se dirigiu para a escola e já
chegou ao local.
A presidente Dilma Rousseff está "chocada e consternada"
com o episódio. Segundo o porta-voz da Presidência, Rodrigo Baina, a
presidente conversou por telefone com o prefeito Eduardo Paes e o
governador Sergio Cabral, para saber mais detalhes. Ela também
determinou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que entre em
contato com as autoridades locais para tomar as providências
necessárias.
*
Informações e imagem da Agência Estado (SP).
- Tópico relacionado:
Assassino em série era portador do
HIV
* * *
Vista de Obama:
Polícia reprime manifestação contra Obama*
Polícia diz que manifestantes jogaram
artefato incendiário contra Consulado.
Manifestação foi organizada pelo PSTU,
que nega a acusação.
Manifestantes correm durante repressão a
protesto contra Obama no Rio.
A Polícia Militar reprimiu no início da noite desta
sexta-feira (18) a manifestação no Centro do Rio contra a visita do
presidente norte-americano, Barack Obama, ao Brasil. Obama deve chegar
ao Brasil neste sábado. Ele passa o dia em Brasília e depois segue para
o Rio de Janeiro, onde fica até segunda-feira (21).
Segundo o relações públicas da PM, coronel Lima Castro, os
manifestantes jogaram um artefato incendiário no consulado americano,
por isso houve necessidade de intervenção. A assessoria de imprensa do
PSTU, partido organizador do protesto, informou que nada foi jogado.
De acordo com a PM, duas pessoas foram detidas e levadas
para a 5ª DP (Gomes Freire), no Centro. A chefe de Polícia Civil, Martha
Rocha, esteve na delegacia para acompanhar a ocorrência. O PSTU afirma
que 15 manifestantes foram detidos, sendo 10 integrantes do partido.
Dois representantes da OAB estão na delegacia para
acompanhar o depoimento de um dos detidos, que seria advogado.
A Polícia Civil confirmou que um vigilante do consulado
americano sofreu queimadura após ter sido atingido por um coquetel
molotov. O vigilante ferido recebeu atendimento e prestou depoimento na
5ª DP. Ele deixou a delegacia por volta das 22h, e não quis falar com a
imprensa.
Agentes do Esquadrão Antibombas e do Instituto de
Criminalística Carlos Éboli (ICCE) fazem uma perícia no entorno do
consulado americano.
Segundo o coronel Lima Castro, os manifestantes estavam
bastante “exaltados”. Policiais do Batalhão de Choque e do 13º BPM
(Tiradentes) reagiram para "conter os ânimos dos manifestantes”, disse o
coronel. Segundo a PM, a situação no consulado já está sob controle.
Manifestante nega
uso de coquetel molotov
Márcia Lopes, da direção do PSTU no Rio de Janeiro, negou
que os manifestantes tenham jogado um coquetel molotov contra o
consulado. “A polícia reagiu com violência contra um protesto pacífico”,
disse ela ao G1.
Ela afirmou, no entanto, que houve fogo durante a
manifestação. “Teve fogo vindo da polícia. Se isso [o coquetel molotov]
aconteceu foi coisa de infiltrado. Não era a orientação do partido”,
disse ela.
Márcia também disse que a “polícia acompanhou a
manifestação o tempo todo”. Após a confusão, segundo ela, cerca de 150
pessoas foram colocadas sentadas na Candelária para serem revistadas.
A militante afirmou que “um grupo imenso” de pessoas foi
detido. Entre elas estariam membros da direção estadual e da juventude
do PSTU.
“Nossa intenção era protestar contra o Obama, contra a
presença de tropas brasileiras no Haiti e contra esse ataque que está
para acontecer na Líbia”, disse ela.
"Por tradição, fazemos manifestação e não concordamos com
qualquer tipo de violência. Não queremos desmoralizar nossos atos",
afirmou o assessor do partido, Rodrigo Noel.
* Informações do G1.
-
Foto: Antônio Scorza/AFP.
* * *
Carnaval 2011:
Beija-Flor vence o Carnaval no Rio de
Janeiro*
O título de 2011 foi disputado por nove
escolas, das 12 escolas de samba.
Cercado por
crianças num belo carro alegórico, Roberto Carlos saudou a multidão.
A Beija-Flor é a campeã
do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro de 2011. A escola de
Nilópolis homenageou o Rei Roberto Carlos e foi a última a se apresentar
na manhã da segunda-feira (7), no segundo dia de desfiles.
Esse foi o 12° título
da Beija-Flor. A agremiação recebeu 299, 8 pontos dos jurados. Com 298,4
pontos, a Unidos da Tijuca foi a vice-campeã.
A apuração começou com
a Estação Primeira de Mangueira na frente, mas depois do quesito
conjunto, a Beija-Flor assumiu a ponta. No final da contagem dos pontos,
os diretores da Mangueira começaram a se retirar da Praça da Apoteose.
A ordem de leitura dos
quesitos foi: harmonia, mestre-sala e porta-bandeira, conjunto,
evolução, comissão de frente, fantasias, alegorias e adereços, enredo,
bateria e samba-enredo. O critério para o desempate foi o samba-enredo.
O título do Carnaval do
Rio de Janeiro foi disputado por nove escolas. Devido ao incêndio que
atingiu a Cidade do Samba em fevereiro, nenhuma escola foi penalizada
com o rebaixamento para o Grupo de Acesso. As três escolas prejudicas
pelo acidente, União da Ilha, Grande Rio e Portela, ficaram de fora da
competição. Entretanto, a Portela recebeu multa de R$ 100 mil pelo
atraso na Sapucaí.
Em 2012, 13 escolas —
as 12 atuais e a campeã de 2011 do Grupo de Acesso — vão desfilar no
Grupo Especial, e o número de agremiações rebaixadas no próximo ano
aumentará de uma para duas escolas.
Além de Beija-Flor e
Unidos da Tijuca, da rainha Adriane Galisteu, voltam ao Sambódromo, no
sábado (12), para o desfile das campeãs, as seguintes escolas: Unidos de
Vila Isabel, Mangueira, Mocidade Independente de Padre Miguel e
Salgueiro.
Fantasiado de si
mesmo o cantor esbanjou alegria na passarela.
Roberto Carlos foi um talismã**
Com um enredo abordando
vida e obra do cantor e compositor Roberto Carlos, a escola de samba da
Baixada Fluminense se impôs do início ao fim do desfile, bem como do
julgamento.
Desfilando num carro alegórico, Roberto
Carlos acenou emocionado para o público e mexeu com toda a arquibancada
da Sapucaí. Seu semblante estava tranquilo, transparecendo a alegria de
um dia especial que, pouco depois, seria coroado com a vitória da
Beija-Flor.
O “rei” Roberto Carlos
que foi o principal destaque do desfile, se declarou emocionado com a
experiência de desfilar na Sapucaí, ainda mais, sendo ele próprio o tema
da escola para o Carnaval 2011. “Eu já vivi muitas emoções e, esta, se
não foi a maior, foi uma das maiores emoções”, declarou o músico
capixaba à imprensa.
* Informações e
imagem de Yahoo! Brasil.
** Da Redação VF,
com agências.
* * *
Segurança:
Nova chefe da
Polícia Civil anuncia sua equipe*
Martha Rocha nomes
de sua equipe.
A nova chefe da Polícia Civil do Rio, Martha Rocha,
anunciou neste sábado, 19/02, os nomes de sua equipe. Vão permanecer
nos cargos a delegada Elizabeth Cayres na Comissão de Controle Fiscal de
Controle; Candisa Andréia, na Assessoria Jurídica; Andréia Menezes, na
Coordenadoria de Informação e Inteligência Policiais; Flávio Brito, no
Departamento Geral de Administração e Finanças; André Drumond, no
Departamento Geral Técnico da Informática e Telecomunicação; Marcos
Castro, na coordenadoria de Recursos Especiais; Sérgio Henrique, no
Departamento Geral de Polícia Técnico e Cientifico.
Martha Rocha também anunciou novos nomes. A delegada
Jéssica Oliveira assumirá a Academia de Polícia; Fabíola Willians vai
para a Assessoria de Planejamento; Renata Costa será Presidente
Permanente de Licitação; Marcia Pitter fica na Secretaria de Promoções;
Marcia Noely, para Divisão de Polícia de Atendimento a Mulher; Danton
Moreira fica na Assessoria Técnica Administrativa; Flávio Porto
integrará o Núcleo de Lavagem de Dinheiro e Paulo Valentim assumirá a
Coordenadoria das Delegacias de Acervo Cartorário.
*
Informações do jornal Estado de S.Paulo.
* * *
Drogas:
PF faz ação contra policiais ligados ao
tráfico*
O chefe de Polícia
Civil Alan Turnowski foi chamado para prestar esclarecimentos.
Um dos mandados
seria contra o ex-subchefe de Polícia Civil Carlos Oliveira.
A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Secretaria de
Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro e o Ministério Público
Estadual do Rio (MP-RJ), deflagrou nesta manhã a Operação Guilhotina, a
fim de cumprir 45 mandados de prisão preventiva contra 11 policiais
civis e 21 policiais militares, além de 48 mandados de busca e
apreensão.
O chefe de Polícia Civil Alan Turnowski foi chamado para
prestar esclarecimentos. Um dos mandados seria contra o ex-subchefe de
Polícia Civil Carlos Oliveira. Ele foi delegado titular da Delegacia de
Repressão às Armas e Explosivos (Drae), que era o órgão responsável pelo
material bélico apreendido de diversas quadrilhas de traficantes e
também foi subsecretário operacional da Secretaria de Ordem Pública da
prefeitura do Rio.
Duas delegacias distritais - a 17.ª Delegacia de Polícia de
São Cristóvão e a 22.ª da Penha -, responsáveis por investigar o tráfico
nas favelas do Complexo da Penha, foram fechadas pela PF e pela
Corregedoria da Polícia Civil.
A operação da PF começou após o vazamento de informações da
ação denominada Paralelo 22, deflagrada para prender o traficante
Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, em Macaé, no norte fluminense, que
forneceria drogas para o traficante Antônio Carlos Bonfim, o Nem, chefe
do tráfico na Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul carioca.
Roupinol foi morto em março do ano passado em ação da Polícia Civil, no
Morro do São Carlos. Nem permanece foragido.
Em nota, a PF informou que, a partir do vazamento de
informações, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da
Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio e outra
da Superintendência da Polícia Federal do Rio. A troca de informações
entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao
trabalho conjunto desta manhã.
De acordo com a PF, o objetivo da Operação Guilhotina é
colocar fim à atuação de um grupo criminoso formado por policiais civis
e militares, além de informantes envolvidos com o tráfico ilícito de
drogas, armas e munições, com a segurança de pontos de jogos
clandestinos (máquinas de caça-níqueis e jogo do bicho), venda de
informações policiais e com milícias.
Uma das principais atividades do grupo era o chamado
"espólio de guerra", que é a subtração de produtos de crime encontrados
em operações policiais, como ocorrido na recente operação de ocupação do
Complexo do Alemão, para revender as apreensões às quadrilhas rivais. As
forças estaduais destacaram hoje 200 homens, além de dois helicópteros e
quatro lanchas. As equipes da PF empregam um efetivo de 380 homens.
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Informações do jornal O Estado de S.Paulo.
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Tornado:
Fenômeno climático assusta população
Ventania deixa casas destelhadas e ruas
sem luz no Rio e na Baixada.
Bangu, Campo Grande, Nova Iguaçu, Belford
Roxo e Caxias foram afetados.
Segundo meteorologistas, fenômeno seria
um tornado de baixa intensidade.*
Tornado de baixa intensidade gerou pânico em vários bairros do Rio.
A formação de uma nuvem, que segundo meteorologistas seria
um tornado de baixa intensidade, provocou uma ventania no início da
noite desta quarta-feira (19) que deixou várias casas destelhadas e ruas
sem luz na Zona Oeste do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense.
A Defesa Civil de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense,
registrou alguns chamados de moradores que tiveram as casas destelhadas,
além de ocorrência de quedas de galhos e árvores. Não houve feridos.
O Corpo de Bombeiros do Rio também afirmou ter recebido
alguns chamados de moradores assustados com a ventania.
De acordo com a Light, concessionária responsável pelo
fornecimento de energia elétrica na região, trechos dos bairros de Nova
Iguaçu, Belford Roxo e Caxias, na Baixada Fluminense, estão sem luz
nesta noite. Além disso, algumas ruas de Bangu e Campo Grande, na Zona
Oeste, também seguem sem energia desde a ventania no início da noite.
Técnicos da companhia estão no local, mas não há previsão para o
restabelecimento do serviço.
Cariocas e fluminenses se assustaram com a formação de uma
nuvem vista no início da noite desta quarta em vários pontos do Rio de
Janeiro. A formação foi vista por pessoas em Nova Iguaçu e Seropédica,
na Baixada Fluminense, e em Bangu e Campo Grande, na Zona Oeste da
capital. Leitores enviaram vídeos para o VC no RJ e fotos para o VC no
G1.
Para a meteorologista Marlene Leal, do Instituto Nacional
de Meteorologia (Inmet), o fenômeno pode ser chamado de tornado,
provocado pelo aquecimento e umidade do ar. Se estivesse sobre a água,
seria uma tromba d'água.
"São as mesmas células de nuvens que causam ventos fortes,
granizos e tempestades. O tornado ou tromba d’água se rompe da nuvem,
sai em forma de espiral e suga o que estiver na água (tromba d´água) e
ou na terra (tornado)”, explicou a meteorologista, também depois de ver
imagens da formação enviadas pelo G1.
Ainda de acordo com Marlene Leal, o tornado de baixa
intensidade se dissipa. “É ótimo que não tenha tocado o solo ou a água”,
completou.
De acordo com o meteorologista Fernando de Almeida Tavares,
do Instituto de Pesquisas Meteorológicas (IPMet), da Unesp, o fenômeno
visto nos céus do Rio de Janeiro parecia um tornado. “Parece ser um
tornado de fraca intensidade, talvez o início da formação de um
tornado”, disse o especialista, após ver imagens da formação enviadas
pelo G1.
A estudante de biologia Ana Flávia Boechat Bertolini estava
dentro de um ônibus quando percebeu uma formação de nuvens diferente no
céu de Nova Iguaçu. "A nuvem tinha um bico que foi aumentando e fez uma
roda bem grande. Parecia um tornado, um vento muito forte, e o bico foi
crescendo, tipo um cone, quase chegou ao chão", contou a estudante.
"Os passageiros ficaram muito assustados e o motorista
chegou a reduzir bem a velocidade", disse Ana Flávia, acrescentando que
a formação durou alguns minutos e após a passagem da nuvem começou a
chover forte no local. "Caiu uma chuva muito forte, mas o céu continuava
claro".
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Informações do G1.
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Foto: Janaina Suzano.
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Chuvas:
Ministério envia materiais às vítimas
Ministério da Saúde envia 7 toneladas de
medicamentos e insumos ao Rio.*
O Ministério da Saúde está enviando cerca de 7 toneladas de
medicamentos e insumos para atender às vítimas da tragédia das chuvas na
Região Serrana do Rio. Segundo o ministério, ao todo serão mandados 30
kits às cidades atingidas, com capacidade de atender a 45 mil pessoas
por um período de um mês. O material será embarcado ainda nesta
quinta-feira, com kits compostos por antibióticos, antiinflamatórios,
antiparasitários, analgésicos, antitérmicos, anti-hipertensivos,
ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras, cateteres e seringas, entre
outros componentes.
O ministério informou ainda que foi montada um esquema
especial nos hospitais federais para atender às vítimas. O Departamento
de Gestão Hospitalar Federal no Rio de Janeiro (DGH) colocou à
disposição parte das 75 salas cirúrgicas dos hospitais federais
(Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Lagoa, Ipanema e dos Servidores),
e por isso há a possibilidade de suspensão das cirurgias eletivas
marcadas para permitir o atendimento dos casos urgentes provocados pelas
enchentes.
Também serão disponibilizados nesta quinta leitos para
internação e profissionais de saúde para auxiliar in loco no atendimento
das cidades atingidas. Será definido ainda o envio de médicos e
enfermeiros para a Região Serrana.
Na manhã desta quinta-feira, o ministro Alexandre Padilha
acompanha a presidente Dilma Rousseff em vistoria às áreas atingidas.
Em Teresópolis, segundo informações do ministério, a UPA
(Unidade de Pronto Atendimento) voltou a funcionar, após falta de
energia elétrica. Hospitais Filantrópicos que atendem a região, segundo
o ministério, terão ajuda financeira para ampliar o atendimento.
Em Nova Friburgo será montado um hospital de campanha pelo
governo estadual. O Ministério da Saúde participará do financiamento do
custeio da operação, que será definido e solicitado pelo Governo do
Estado, nesta quinta-feira.
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Informações da Agência Globo.
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Polícia Civil:
Ação contra milícias prende dois
vereadores*
A ação contou com a participação de cerca
de 200 policiais, que também
estouraram uma central clandestina de TV
a cabo no bairro do Pantanal.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou nesta manhã uma
operação para desarticular uma quadrilha de milicianos de Duque de
Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com a Assessoria de Imprensa da
corporação, foram presas 20 pessoas, entre elas dois vereadores do
município: o policial reformado Jonas Gonçalves da Silva, o "Jonas é
Nóis", e Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como "Chiquinho Grandão".
A ação contou com a participação de cerca de 200 policiais,
que também estouraram uma central clandestina de TV a cabo no bairro do
Pantanal. A operação começou nesta madrugada, com o objetivo de cumprir
34 mandados de prisão e 54 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça.
Entre os procurados, 13 são policiais militares na ativa e outros cinco
são ex-militares.
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Informações do jornal O Estado de S.Paulo.
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Guerra contra o tráfico:
Mais de 20 mortos em
operação da PM*
Vai a 21 o total de
mortos em operações da PM no Rio.
Subiu para 21 o número de mortos em confronto com as polícias Civil e
Militar no Rio de Janeiro, na reação do governo do Estado aos ataques
incendiários por parte do tráfico de drogas. Pelo menos dois PMs foram
feridos. Só nesta quarta-feira (24), 13 pessoas morreram e outras 25
foram detidas para averiguação, segundo a Polícia Militar (PM). Todos os
41 batalhões do Estado estão realizando operações ou efetuando blitze.
No total, 29 veículos foram incendiados e 153 pessoas presas ou detidas
desde o início dos ataques criminosos no Rio, no domingo.
Do total de mortes, oito ocorreram em confronto com policiais em Belford
Roxo, na Baixada Fluminense. Até agora foram apreendidos: dez armas
entre pistolas e revolveres, um fuzil AR-15, uma espingarda calibre 12,
uma submetralhadora, uma granada, duas bombas caseiras, cinco litros de
gasolina e uma garrafa pet com material inflamável. O Bope também
apreendeu uma tonelada de maconha.
As operações da polícia são uma resposta aos ataques que vêm ocorrendo
nos últimos dias na capital e na Baixada fluminense. Desde domingo,
criminosos incendiaram cinco ônibus, nove carros e uma van; além de
alvejarem duas cabines da PM.
As ações de traficantes continuaram mesmo após o reforço no
patrulhamento e se intensificaram na madrugada desta terça para quarta.
Por isso o Comando Geral da PM determinou que todo seu efetivo entrasse
em estado de prontidão. Nenhum policial pode retornar para casa e todos
os que estão de folga estão sendo chamados a seus batalhões.
Operações policiais
Os ataques de terça aconteceram poucas horas depois de o secretário de
Segurança, José Mariano Beltrame, anunciar que a policia do Rio iria
endurecer ainda mais com os bandidos. O secretário revelou que há uma
suspeita da união de duas facções criminosas. Por isso, a secretaria
pediu à Vara de Execuções Penais (VEP) a transferência de oito presos de
uma lista de 13, que seriam suspeitos de planejar os ataques.
A Secretaria de Defesa do Estado do Rio de Janeiro confirmou que os
presos podem ser transferidos para Porto Velho, em Rondônia, onde há
disponibilidade de vagas. Após a confirmação por parte de Rondônia, o
caso será passado para a Secretaria Estadual de Administração
Penitenciária, que deverá cuidar da transferência dos presos.
Na manhã de hoje, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, afirmou que
já colocou à disposição do Rio cerca de 50 vagas nos quatro presídios
federais, Catanduva, no Paraná, Campo Grande, em Mato Grosso do Sul,
Porto Velho, em Rondônia, e Mossoró, no Rio Grande do Norte, para a
transferência dos detentos.
Ônibus
Segundo a Rio-Ônibus, cinco coletivos foram incendiados nos últimos
dias, causando um prejuízo de R$ 1,2 milhão. Ao todo, 15 veículos foram
incendiados no Rio.
*
Informações da Agência Estado.
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Guerra contra o tráfico:
Polícia Militar entra em estado de
prontidão*
Policiais civis de várias delegacias
especializadas fazem uma operação na Favela de Manguinhos.
Diante dos
inúmeros ataques de traficantes que estão aterrorizando a população do
Rio, a Polícia Militar entrou em estado de prontidão a partir de agora
por determinação do Comando Geral. Nenhum policial pode retornar para
casa e todos os que estão de folga estão sendo chamados a seus
batalhões. O comandante geral da PM, Mário Sérgio Duarte, assinou a
mensagem na manhã desta quarta-feira (24). A determinação é válida para
todos os batalhões do estado.
Na terça-feira, a
PM já estava no sistema Fecha Quartel, no qual os policiais militares
que trabalhavam no hospital e na banda, mecânicos e até policiais
lotados em serviços burocráticos passaram a integrar o patrulhamento nas
ruas. As atividades administrativas foram suspensas e todos os policiais
em condições médicas e físicas foram para as ruas.
Nesta manhã,
policiais civis de várias delegacias especializadas fazem uma operação
na Favela de Manguinhos. Segundo o delegado titular da Delegacia de
Combate às Drogas (Decod), Pedro Medina, não há confronto na comunidade.
A operação faz parte da estratégia da Secretaria de Segurança para dar
uma resposta aos ataques de traficantes que estão causando pânico à
população. Na terça-feira, as polícias militar e civil realizaram
operações em várias favelas do Rio.
Os ataques
continuaram entre a noite de segunda-feira e a manhã desta quarta, mesmo
após o reforço no patrulhamento. Nesse período, já são cinco ônibus e
dez carros incendiados, e uma cabine atacada no Centro de Caxias.
Na manhã desta
quarta (24), um ônibus da Viação Três Amigos foi queimado em Vicente de
Carvalho perto da estação do Metrô. As chamas consumiram todo o veículo.
Segundo um motorista que estava em uma barraca próxima ao local onde o
ônibus foi incendiado, dois rapazes, aparentemente menores, pediram ao
dono da barraca um pedaço de papel. Eles estavam com duas garrafas de
dois litros cheias de combustível. Logo depois, o ônibus parou no ponto
para desembarcar e embarcar passageiros.
Ataques de madrugada
Na madrugada, no
bairro Jardim Redentor, em Belford Roxo, dois ônibus da viação Regina
foram queimados. Os bombeiros controlaram as chamas. Poucas horas
depois, bandidos incendiaram um ônibus da viação Expresso São Geraldo,
na Via Dutra, na pista sentido Rio, também na Baixada. Os três ônibus
ficaram totalmente destruídos, mas não houve vítimas.
Em Duque de
Caxias, um Fiat Palio foi incendiado na Rua França Junior, no Parque
Lafaiete. Os criminosos tentaram atacar os ocupantes, que correram para
dentro de casa. Ninguém ficou ferido.
Na região central
de Niterói, nos bairros do Fonseca e São Lourenço, quatro carros foram
incendiados, depois de atingidos por coquetéis molotov. Outros dois
carros também foram queimados em São Gonçalo. No Recreio dos
Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, um carro foi incendiado, sem deixar
vítimas.
Por volta das 23h
de segunda, bandidos abandonaram e atearam fogo a um carro na Avenida
Paulo de Frontin, na pista sentido Centro, esquina com a Rua Santa
Amélia. De acordo com a Polícia Militar, o carro havia sido roubado no
município de São João de Meriti, em outubro.
Operações policiais
Os ataques
aconteceram poucas horas depois de o secretário de Segurança, José
Mariano Beltrame, anunciar que a policia do Rio vai endurecer ainda mais
com os bandidos. Beltrame afirmou que duas facções criminosas estariam
se unindo. Por isso, oito presos serão transferidos para o Presídio
Federal de Porto Velho. No mesmo local, já estão os dez traficantes
presos depois da invasão do Hotel Intercontinental, em São Conrado, em
agosto passado.
Beltrame afirmou
ainda que há informações de que Marcinho VP está por trás dos ataques. O
secretário revelou que há uma suspeita da união de duas facções
criminosas. Por isso, a secretaria está pedindo à Vara de Execuções
Penais (VEP) a transferência de oito presos, de uma lista de 13, que
seriam suspeitos de planejar os ataques. A VEP ainda não decidiu a
respeito.
Total de mortos em operações da PM chega a 12
Doze pessoas morreram durante as ações da Polícia Militar
(PM) no Rio de Janeiro desde a noite de ontem, segundo balanço da
corporação. Deste total, oito morreram em confronto com policiais em
Belford Roxo, na Baixada Fluminense, um em Tuiuti e três na comunidade
Faz Quem Quer, em Rocha Miranda. Um policial foi baleado no braço e está
fora de perigo.
A Secretaria de Defesa do Estado do Rio de Janeiro
confirmou hoje que os presos que teriam participação na onda de crimes
nos últimos dias podem ser transferidos para Porto Velho, em Rondônia,
onde há disponibilidade de vagas. Após a confirmação por parte de
Rondônia, o caso será passado para a Secretaria Estadual de
Administração Penitenciária, que deverá cuidar da transferência dos
presos.
Na manhã de hoje, o ministro da Justiça, Luiz Paulo
Barreto, afirmou que já colocou à disposição do Rio cerca de 50 vagas
nos quatro presídios federais, Catanduva, no Paraná, Campo Grande, em
Mato Grosso do Sul, Porto Velho, em Rondônia, e Mossoró, no Rio Grande
do Norte, para a transferência dos detentos.
Ônibus
Segundo a Rio-Ônibus, cinco coletivos foram incendiados nos
últimos dias, causando um prejuízo de R$ 1,2 milhão. Ao todo, 15
veículos foram incendiados no Rio.
*
Informações da Agência Globo.
**
Informações da Agência Estado.
* * *
Copacabana:
Parada Gay reúne 800 mil pessoas*
A
organização tenta aliar seu caráter festivo - que atrai muitas famílias,
turistas e casais heterossexuais
simpatizantes - com os discursos em defesa de direitos
como a união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Gays e simpatizantes
participaram da festa carioca.
A chuva fina não arrefeceu a animação das 800 mil pessoas,
aproximadamente, segundo cálculo dos organizadores, que participaram da
15ª Parada do Orgulho LGBT, ao longo de quase toda a extensão da Avenida
Atlântica, em Copacabana, no Rio, esta tarde. A parada, considerada a
quinta maior do mundo, é realizada pelo Grupo Arco-Íris, pioneiro na
luta pelos direitos dos gays, lésbicas, bissexuais, travestis e
transexuais, e tem apoio dos governos estadual e municipal, que enviaram
seus representantes.
Ano após ano, a organização tenta aliar seu caráter festivo
- que atrai muitas famílias, turistas e casais heterossexuais
simpatizantes - com os discursos em defesa de direitos como a união
civil entre pessoas do mesmo sexo e, este ano em particular, a
aprovação, no Senado, do projeto de lei 122, que criminaliza a
homofobia. "Dançar e beijar na boca é muito bom, mas não podemos
esquecer de falar que a homofobia atinge a todos. Quando chamam o menino
na escola de 'veadinho', a família toda é afetada, os amigos sofrem por
tabela."
As intervenções feitas do púlpito lembraram também a
violência física contra homossexuais. A cada dois dias, um brasileiro é
assassinado por causa de sua opção sexual. A discriminação também é
preocupante. Segundo pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo (FPA)
no ano passado, 26% dos brasileiros admitem seu próprio preconceito.
Chamaram atenção na parada faixas com dizeres como "Sou
gay, e pela graça de Deus sou o que sou" e "Homossexualidade - A Bíblia
não condena" e alusões ao "obscurantismo que marcou as últimas
eleições", no tocante à causa homossexual e da mulher.
O ativista Claudio Nascimento, desbravador da militância
gay, lembrou das dificuldades que marcaram os primeiros anos da parada.
"Eu tinha apenas 25 anos e vi que precisávamos mostrar que éramos
muitos. Fomos à Prefeitura e eles não queriam deixar que a parada fosse
em Copacabana, tinha que ficar escondida. Saímos de baixo do tapete."
Participante da Parada Gay é baleado por militares
O estudante Douglas Igor Marques Luiz, de 19 anos, foi
baleado na barriga, no início da madrugada desta segunda-feira, nas
pedras do Arpoador. De acordo com a mãe do jovem, a universitária
Viviane, de 37 anos, o filho e um grupo de amigos, todos homossexuais,
estavam conversando e alguns namorando nas pedras, quando foram
abordados por militares do Exército, por volta de meia noite e meia.
Segundo a sala de polícia do Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde o
jovem foi atendido, o disparo foi feito de um fuzil e o atingiu de
raspão.
O grupo de jovens tinha participado da 15ª Parada do
Orgulho LGBT (Lésbicas Gays Bissexuais e Travestis), que aconteceu
domingo, em Copacabana, e depois seguiu para a Praça Arpoador, na praia
do Arpoador.
- É um caso de intolerância, com certeza. Eles agrediram
meu filho, jogaram ele no chão e deram um tiro. Fico assustada em saber
que isso aconteceu - contou Viviane.
Morador de Campo Grande, Douglas foi levado, por policiais
militares, para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. O tiro perfurou a
barriga e saiu pelas costas do estudante. Apesar do ferimento, ele não
corre risco de vida.
Policiais civis da 14ª DP (Leblon) estiveram no hospital e
registraram a ocorrência. Douglas, no entanto, não teve condições de
prestar depoimento.
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Informações da Agência Estado e Agência Globo.
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Foto: Agência Estado.
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