Brasil Antigo

 

Norte de Minas Gerais:

A grandiosidade do Vale do Peruaçu - PARTE 3

Em nossas experiências em diversos estados do Brasil conhecendo sítios arqueológicos importantes, não tínhamos visto ainda nada igual ou semelhante, principalmente, no tocante à beleza e grandiosidade do que presenciávamos.

  

 Reportagem de J. A. FONSECA*

Do Vale do Peruaçu/MG

Março/2019

jafonseca1@hotmail.com

 

Inscrições da Lapa do Janelão.

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Em nosso artigo anterior, fizemos questionamentos sobre os grupos de povos mais antigos do Brasil que teriam deixado gravado nas pedras este vasto simbolismo e excepcional ‘trabalho’ em suas manifestações. Qual seria a sua origem e para onde eles teriam ido? Falamos também dos grupos indígenas que habitavam estas terras quando do seu ‘descobrimento’ em 1500. De onde eles teriam vindo?

 

Queremos mostrar que existem outras teorias a respeito da chegada do homem ao Brasil, além da tradicional e regularmente aceita, de que este teria vindo por meio de migrações através do Estreito de Bering.

 

Há teses científicas que apoiam na ideia de que a chegada do homem ao continente sul-americano veio a partir do Sul e muito antes da chegada do mesmo através da América do Norte, pelo Estreito de Bering, conforme rezam as teorias. O arqueólogo Joseph Emperaire adotava este pensamento e juntamente com sua esposa, também arqueóloga, Annette Laming-Emperaire, pesquisaram sítios arqueológicos no Brasil, na Argentina e no Chile. Neste último, Joseph Emperaire vem a falecer num acidente em uma escavação que fazia, quando houve o colapso de uma parede, soterrando-o.

 

Sua esposa Annette Emperaire continuou fazendo pesquisas no Brasil entre 1974 e 1975, em Lagoa Santa, Minas Gerais, onde ela encontrou um abrigo rochoso, no qual foi encontrado o mais antigo fóssil humano do Brasil, que foi datado de cerca de 11 mil anos. O crânio do hominídeo recebeu o nome de Luzia e ficou famoso, tendo sido noticiado por toda a imprensa. Annette Emperaire faleceu também de morte acidental, na cidade de Curitiba, no ano de 1977.

 

O etnólogo francês Paul Rivet teria influenciado Annette Emperaire e seu marido em relação à procedência dos habitantes da América do Sul, pois ele propunha que este continente teria sido povoado por migrantes oriundos da Austrália e da Melanésia. Segundo sua teoria a Ásia teria sido o berço do homem americano, apesar de terem ocorrido também as migrações já aceitas pelos arqueólogos, através do Estreito de Behring.  

 

 

Excepcional painel de inscrições impregnado de simbologia na Lapa dos Desenhos.

 

Também Pedro Ignácio Schmitz, que foi professor, pesquisador e diretor do Instituto Anchietano de Pesquisas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS-RS), em um de seus artigos diz que o povoamento do Brasil continua sendo um assunto em aberto, mesmo depois de anos sendo pesquisado. Diz que “há consenso de que o território brasileiro se encontra povoado desde 9000 anos a. C.”, mas diz também que há dificuldades de se explicar a condição biológica dessa população. Afirma o arqueólogo que “se a primeira migração vinda da Ásia tinha feições negroides, como Luzia de Lagoa Santa, como explicar que os indígenas dos milênios posteriores e os atuais têm feições mongoloides, sem resquícios daquela que seria a primeira leva?” E conclui que, se quisermos aceitar esta troca de população no Brasil, teremos que definir quando ela teria acontecido, e afirmou que existe até mesmo uma hipótese de que esta poderia ter ocorrido entre 7000 e 6500 anos a. C., tempo em que “ocorreram fortes mudanças culturais no planalto brasileiro”, conforme argumenta.

 

Que mudanças seriam estas? Pelo que se pode perceber não teriam sido mudanças simples, não apenas culturais, mas também fisiológicas, e que estas teriam envolvido todo um povo e suas variadas etnias, em toda a vasta extensão do território brasileiro. De moradores de cavernas insalubres e ‘pintores’ persistentes em paredões pétreos, alguns exímios artistas, esses grupos passaram a morar em aldeias construídas de madeira e palhas, e a viver em florestas utilizando-se da sua fauna e da sua flora, cultivando alguns poucos produtos para a sua subsistência. Os registros nas pedras e nos paredões foram definitivamente abandonados por esses sucessores dos homens das cavernas.

 

Parecem-nos mudanças muito profundas na vida de grupos de pessoas, sem frisar a questão marcante do tipo populacional, que deixou de ser uma espécie negroide, como o caso de Luzia, por exemplo, para surgir com as características da raça indígena brasileira, notadamente diferente e que perdura até os dias de hoje. A nosso ver tratam-se de grupos totalmente diferentes os que produziram sua ‘arte’ rupestre em toda a parte, e os indígenas que aqui foram encontrados quando da chegada dos europeus em 1500.

 

 

Mapa de localização dos sítios visitados pelo autor, baseado no roteiro

das principais atrações do Parque aos visitantes.

 

No caso do Vale do Peruaçu, que estamos estudando, temos uma grande variedade de elementos manifestada em sua ‘arte’ rupestre em uma mesma localização, relativamente pequena. Vemos em um sítio como o da Lapa do Caboclo, por exemplo, que não se acha muito distante de Lapa dos Desenhos, mostrando representações pictóricas com estilos completamente diferentes um em relação ao outro. Em ambos os casos, produções aprimoradas guardam uma simbologia complexa e desconhecida, além de exprimirem figuras variadas de caráter desconhecido. O que isto pode nos dizer?   

 

O arqueólogo André Prous disse haver cerca de 60 sítios arqueológicos só nesta região. Esta é uma condição de registros rupestres excepcionalmente relevante, pois encontra-se localizada em um mesmo espaço no norte do estado de Minas Gerais, com uma concentração absolutamente importante, que precisaria ter um foco específico de estudos e analises mais profundas em sua simbologia.

 

Visitei apenas cinco deles e encontrei nos seus complexos artísticos grande quantidade de elementos desconhecidos que precisariam ser estudados. A Lapa do Caboclo e a Lapa dos Desenhos são espetacularmente impressionantes e mostram uma riquíssima variedade de signos, agrupamentos a figuras que identificam ideias e um forte impulso que os direcionam para um campo específico, como se fossem transmissores de alguma mensagem. Não se tratam de ‘trabalhos’ esporádicos ou de caráter aleatório, como podemos ver nas ilustrações fotográficas e como podem ocorrer em muitos casos em outras regiões do Brasil, mas de verdadeiros painéis planejados e executados com discernimento e determinação.

 

A finalidade de nossa exposição, destacando alguns aspectos relevantes destes conjuntos líticos é no sentido de mostrar os elementos que eles contêm agrupados e as figuras e os signos que se acham ali inscritos, muitos dos quais assemelham-se a letras de antigos alfabetos. Muitos dos objetos representados mostram um estilo profundamente abstrato e suas formas de manifestação esboçam figuras de difícil identificação.

 

André Prous disse em seu livro “Arqueologia Brasileira” que “poucas pessoas recusaram às obras rupestres brasileiras um sentido descritivo ou simbólico”. E complementa: “considerá-las simples manifestações ‘artísticas’ é difícil, mesmo porque muitas pinturas foram realizadas em lugares de dificílimo acesso”.

 

Continua Prous em seus estudos justificando que “quaisquer que sejam as hipóteses, costumam carecer de fundamentação suficiente” e que seria também, provável que seus desconhecidos autores teriam de possuir preocupações variadas, diante da grande variedade de estilos que podem ser constatados em toda a parte, representando sua ‘arte’ enigmática.

 

Annette Emperaire, conforme cita André Prous, teria afirmado que “costuma-se dizer que a arte rupestre parece o campo mais fácil de ser estudado na arqueologia”, mas que, em verdade, trata-se do aspecto arqueológico mais complexo “e no qual se cometem os maiores erros”.  

 

Diante disto, nota-se que para os observadores da ‘arte’ rupestre brasileira ocorre, vez por outra, algo de inusitado, uma espécie de ruptura no princípio da lógica perante aquilo que está bem vivo, gravado na pedra, diante de seus olhos, e que revela certa estranheza em relação a muitos dos elementos que se acham registrados e ao seu conjunto gráfico, aparecendo imagens que parecem estar fora do contexto ou representadas de forma extravagante, sem uma lógica aparente ou uma força de ação determinante que justificasse a sua presença.

 

Nota-se, por exemplo, na Lapa do Caboclo uma figura antropomorfa gigantesca deitada que se assemelha à uma forma humanoide de grandes proporções, que está superposta por signos geométricos que deveriam ter sido gravados posteriormente. Não se sabe ao certo o que esta figura enigmática pode estar fazendo em meio aos belíssimos desenhos desta Lapa, que nos parece não se compatibilizar com todo o seu contexto, extensamente representado pelas figuras geométricas de rara beleza e sentido também enigmático.

 

Figuras humanas raras estão também representadas em alguns lugares, mas não em sua parte central, e de forma bem modesta, mais na periferia do conjunto, em tamanho bem menor, levando-nos a entender que aquela imagem simbólica deveria ter um significado bem maior. Assim, as figuras antropomorfas que aparecem se mostram sempre em menor destaque e à margem do conjunto geométrico. Estas foram pintadas de forma mais simples. A grande figura central (há quem diga que são duas) já está bem desgastada e apesar de superposta por outras figuras ainda pode ser observada objetivamente (vide ilustração).

 

 

Figura enigmática no painel central da Lapa do Caboclo.

 

Outra coisa que também chama a atenção é a curiosa apresentação de bastões que aparecem também na Lapa do Caboclo e em grande destaque na Lapa dos Desenhos. Eles possuem um círculo em cada extremidade e aparecem sempre em grupos de dois, três e quatro elementos. Algo assim, a nosso ver, não se trata de uma representação aleatória, mas certamente terá algum significado relevante para quem o produziu, além de tratarem-se de signos característicos gravados em destaque ou acompanhando outras figuras enigmáticas.

 

O arqueólogo alemão Philip Kurt Floerke, radicado no Brasil, que tinha como profissão a engenharia aeronáutica, esteve também na Lapa do Caboclo e diz ter encontrado em suas pinturas a representação de um marciano e de pessoas deitadas que são também vistas na África do norte. Segundo explica, viu também diversas semelhanças nas figuras registradas em Montalvânia (próximo dali) e comparou-as com figuras na ilha de Creta, na Grécia. Na Gruta da Lapinha, em Minas Gerais, diz ter encontrado a pintura de um barco com mastro e vela, semelhante ao de um vaso egípcio de 5000 anos. Disse também que figuras que mostram conhecimentos de astronomia foram vistos por ele na Pedra do Ingá, na Paraíba, em Montes Claros (MG) e em Itapeva, SP, como também na Bolívia e no Peru, em Carnac, na França e em Stonehenge, na Inglaterra. Disse ele que na América e na Europa podem ser vistos traços comuns de culturas como astronomia, matemática, agricultura, irrigação e organização social, indicando assim possuírem uma mesma origem.

 

Os estranhos bastões na Lapa dos Desenhos. 

 

Floerke viajou por vários países fazendo pesquisas e defende a tese de que a origem de todas as culturas é uma só. Segundo ele, sua opinião não é muito aceita entre os arqueólogos em geral, mas diz que tem indícios bem claros que podem dar força a esta afirmação. Depois de viajar por diversos lugares e pesquisar os resquícios arqueológicos encontrados ele retornou ao Brasil, porque acha que aqui encontra-se a chave para a sua teoria comum de todas as culturas.

 

Existem muitos ‘painéis’ no Vale do Peruaçu, em que foram desenvolvidos os diversos registros rupestres e somente percorrendo o vale é que se pode ter uma ideia de sua grandiosidade. Segundo informações, próximo ao cânion encontra-se a Lapa do Malhador, não aberta a visitações, e mais no interior do vale é que fica a Lapa do Caboclo. Dentre a cinco que visitamos a Lapa dos Desenhos é onde podem ser encontrados grandes ‘painéis’ de pinturas com múltiplos motivos e de cores variadas. Alguns destes painéis chegam a possuir até dez metros de altura, com figuras humanas representadas (em menor quantidade), animais e, especialmente, formas geométricas e signos coloridos em vermelho, amarelo e até em preto.

 

A equipe do arqueólogo André Prous encontrou muitos objetos na região, como restos de alimentos e cerâmica, que oferecem elementos para o estudo do homem primitivo que teria vivido naquele ponto do Brasil remoto. Segundo o pesquisador, esta é uma das mais magníficas concentrações de pinturas das Américas e, apesar do difícil acesso em muitos lugares, muitas pessoas chegaram até lá, sendo que alguns destes visitantes as teriam danificado, criminosamente, tirando lascas e escrevendo sobre elas ou pinchando-as. Atualmente, felizmente, estas coisas não acontecem mais na região.

  

Inscrições com motivos desconhecidos na íngreme encosta da Lapa do Caboclo.

 

Diante da complexidade das figuras do Peruaçu, surgiram também ideias sustentando que muitos destes símbolos estejam ligados a cultos religiosos e crenças xamânicas relacionadas aos espíritos da natureza. É o caso do pesquisador e doutor em Ciências Sociais, Joaquim Perfeito da Silva que em seu trabalho “Uma interpretação Levistraussiana das representações rupestres da Gruta do Índio, Vale do Peruaçu, MG”, levanta uma questão importante no estudo da arte rupestre daquela região: a de que “é comum o desconforto, quando se vê na disposição dos motivos e na variação dos tipos de representações algo, não concebível à interpretação imediata com princípio, meio e fim”.

 

Nota-se que a integração entre os elementos encontrados em muitas destas inscrições primitivas e sua variedade de símbolos, não permitem ao estudioso efetuar uma interpretação imediata de seu conteúdo, que possa dar-lhe uma compreensão sustentada na combinação de alguns signos apenas, algo como um conjunto de elementos básicos que possam oferecer-lhe algum sentido mais objetivo ao que vê diante de si. Permanece ainda, a dúvida de que poderia ou não estar nas próprias variações destes arranjos de sinais ali registrados as combinações precisas que possibilitariam a compreensão desejada do significado de toda a estrutura lítica, multivariada e multicor. Ela poderia estar em outro lugar ou dissimulada entre as figuras.

 

Em seu estudo sobre a Gruta do Índio, Joaquim Perfeito afirma que alguns dos motivos foram executados com tinta pastosa vermelha, enquanto que em outros parecem ter sido riscados com um tipo de bastão amarelo, além de que este painel está localizado no teto desta gruta a uma altura de cerca de 2 m, local que não tive acesso, uma vez que este local que não está disponível à visitação regular. Neste conjunto rupestre o arqueólogo encontrou registrados animais, figuras humanoides, signos geométricos e outras figuras, que pensa estarem relacionadas a ritos e cânticos xamânicos e mensagens de cura transmitidas aos curadores por espíritos da natureza.

 

Ao reconstruir o painel Joaquim Perfeito traçou sobre ele dois eixos “x” e “y” que chamou de paradigmático e sintagmático. Esclareceu que estes dois eixos “estruturam a ordem dos elementos em ação”, de forma que no eixo ‘y’ se encontram as “representações pertinentes à classe dos vivos” e no eixo ‘x’ encontra-se a relação que existe “entre os dois mundos – o dos mortos e o dos vivos.” Há também um plano intermediário que define os planos opostos, de modo que sua presença procura harmonizar a oposição dos dois eixos acima, com atributos que possam unir os planos superior e inferior. Citando Lévi-Strauss, o pesquisador afirma que estes dois sistemas levam implicitamente a uma compreensão tríplice dos signos do painel, dividindo-o em dois mundos (dos vivos e dos mortos) que se inter-relacionam através de um nível intermediário.

 

Por intermédio desta divisão o estudo do painel toma uma conotação especial, pois destaca as figuras e os signos do mesmo como elementos que se manifestam em três planos: o mais elevado, o intermediário e o mais baixo. No plano superior (dos mortos) se encontram objetos chamados celestes e uma figura antropomorfa, onde Yapericuli, uma figura mitológica que habita o mundo superior, se manifesta junto ao pajé, para fazer com que este mundo se torne perceptível. No plano intermediário se encontram os elementos de ligação entre os dois mundos como a escada, os astros, o tamanduá, etc. e, no inferior os seres humanos, os animais, as doenças, etc.

 

Esta divisão, segundo nossa opinião, dá ao painel um sentido bem específico, apesar de que a interpretação dada ao mesmo já lhe concede uma avaliação mais ampla da percepção da arte rupestre no Brasil. Por isto, concordamos também com que a parte superior do conjunto venha a representar elementos espaciais, inclusive “objetos voadores” circulares e estranhos, e figuras humanoides, os quais podem conduzir a outras interpretações ou mesmo especulações sobre algo que teria sido presenciado ou vivido por seus autores em passado longínquo.

 

Joaquim Perfeito defende a hipótese de que é relevante considerar que existe muita similaridade entre as narrativas xamânicas e as pinturas rupestres encontradas em muitos lugares. Com isto, também estamos de acordo. O destaque dado a certas figuras representadas no painel bem que poderia estar relacionada a seres mitológicos reverenciados em seus cânticos religiosos, porém, devemos considerar também que outros acontecimentos e percepções importantes influenciaram esses homens de antanho. Não se deve deixar de observar que nos painéis encontrados na parte externa da Gruta do Índio pode-se notar a presença bem intensa de signos conhecidos e muitos outros que não se pode saber, com precisão, o que pretenderam neles representar seus executores.

 

São muitas as ideias que surgem a respeito da magnífica e incompreensível ‘arte’ rupestre, principalmente quando nos deparamos com um caso como o do Vale do Peruaçu, face à sua expressividade, quantidade e qualidade de elementos gravados nas rochas. No caso deste último estudo, que relaciona parte dos elementos a ritos e cânticos xamânicos, temos uma observação a fazer. Em dois locais nos painéis da Gruta do Janelão (vide ilustrações) encontramos duas figuras bem exóticas que nos levam a imaginar tratarem-se de figuras angélicas, uma de aparência feminina e outra de aparência masculina. O que elas poderiam estar representando?

 

 

Figuras gravadas na Lapa do Janelão que sugerem estar relacionadas a seres místicos.

 

Para os arqueólogos o início da ocupação humana no Vale do Peruaçu se deu há cerca de 11.000 anos, quando os seus primeiros habitantes, caçadores e coletores que ali habitaram, deixaram marcado nas pedras e nas cavernas seus registros com seus signos variados e outras representações relacionadas à vida dos mesmos. Sabemos que existem muitos destes lugares ‘encantados’ no Vale do Peruaçu e o que mais nos chama a atenção são os grandes painéis pintados nos seus paredões pétreos, alguns deles alcançando cerca de dez metros do chão. Na Lapa dos Desenhos estes painéis são gigantescos, apresentando conjuntos magníficos com representações de figuras expressivas e variadas, motivos geométricos multicores, figuras antropomorfas, zoomorfas e signos variados e desconhecidos, além de uma rica policromia que dão ao mesmo relevante destaque, beleza e um sentimento de que estariam relatando algo de grande importância.

 

- Leia a parte 4:

A grandiosidade do Vale do Peruaçu - PARTE 4

 

* J.A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e realizado incursões em diversas regiões do Brasil com o intuito de melhor compreender seus mistérios milenares. É articulista do jornal eletrônico Via Fanzine e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA. E-mail: jafonseca1@hotmail.com.

 

- Fotografias: J. A. Fonseca e Margarete Fonseca.

 

- Ilustrações: J. A. Fonseca.

 

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Esta matéria foi composta com exclusividade para Via Fanzine©.

 

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