Santa Catarina:
Acidente com avião
da FAB mata oito
A aeronave C-98A
Grand Caravan partiu de Canoas-RS às 11h35
com destino ao Rio
de Janeiro levando oito pessoas a bordo.
Da
Redação*
Via
Fanzine
BH-03/08/2011

Aeronave C-98A
Cessna Grand Caravan, semelhante à que se acidentou no interior de SC.
A bruxa parece estar solta na Força Aérea Brasileira (FAB),
que já contabiliza pelo menos 15 mortes por conta de acidentes aéreos
envolvendo suas aeronaves, todos ocorridos em 2011. Na terça-feira,
02/08, o Comando da Aeronáutica informou em nota oficial sobre mais um
acidente ocorrido com uma aeronave militar, vitimando fatalmente oito
pessoas.
Por volta das 13h30 da terça-feira, um avião C-98A Cessna
Grand Caravan do 5° Esquadrão de Transporte Aéreo da Força Aérea
Brasileira sofreu acidente no município de Bom Jardim da Serra-SC, a 135
quilômetros de Florianópolis. Logo após o ocorrido, um helicóptero H-60
Blackhawk do 5°/8° GAV decolou de Santa Maria-RS em direção ao local do
acidente levando a bordo uma equipe de resgate da FAB.
O Comando da Aeronáutica informou que a aeronave C-98A
Grand Caravan partiu de Canoas-RS às 11h35 com destino ao Rio de Janeiro
levando oito pessoas a bordo e que não houve sobreviventes no acidente.
Na mesma data, o Brigadeiro-do-Ar Marcelo Kanitz Damasceno,
chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CECOMSAER) expediu
a Nota Oficial 02, tratando do acidente com o avião C-98A da FAB e
informando os nomes das oito pessoas que estavam a bordo:
Major Antônio Carlos Souza da Silva
1° Tenente Samir de Barros Farias
2° Tenente Arthur Ricardo Carneiro da Silva Júnior
2° Tenente André Dias Alves
Suboficial Marcelo André Rhoden
2° Sargento Helenilton de Souza Schafer
3° Sargento Jarbas Barbosa Mendes (Exército Brasileiro)
Senhora Gracy Quelle Nunes de Oliveira
O Comando da Aeronáutica informou que já iniciou as
investigações para apurar os fatores que contribuíram para o acidente
com o objetivo de prevenir futuras ocorrências.
Acidentes
anteriores
No dia 06 julho de 2011, o Comando da
Aeronáutica publicou uma nota sobre o acidente ocorrido com duas
aeronaves T-25 Universal da Força Aérea Brasileira. Elas se chocaram
durante treinamento na Academia da Força Aérea (AFA), em
Pirassununga-SP, matando quatro pilotos.
Anteriormente, no
dia 12 de maio de 2011, um avião modelo A-29 (Super Tucano) da FAB caiu
na comunidade rural do Manibu, localizada entre as cidades de Pureza e
Maxaranguape, a cerca de 50 quilômetros de Natal, Rio Grande do Norte,
matando o piloto, o Aspirante-a-Oficial Aviador Danilo Bello Seixas, de
24 anos.
* Com informações do CECONSAER.
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Paris:
Caixas-pretas de avião da Air France serão
abertas*
Investigadores que estão analisando o
acidente do voo 447 da Air France, que ocorreu no oceano
Atlântico em 2009, disseram estar
otimistas com a possibilidade de recuperar pelo menos parte dos dados.

Um dos dois gravadores do voo da Air
France que fazia o trajeto Rio de Janeiro.
Os parentes de algumas das 228 vítimas do acidente com o
voo da Air France que fazia o trajeto Rio de Janeiro-Paris tinham
esperanças nesta quinta-feira de que sua espera de dois anos por uma
explicação poderia finalmente chegar ao fim, no momento em que
especialistas se preparavam para abrir os gravadores das caixas-pretas
da aeronave.
Investigadores que estão analisando o acidente do voo 447
da Air France, que ocorreu no oceano Atlântico em 2009, disseram estar
otimistas com a possibilidade de recuperar pelo menos parte dos dados,
mas afirmaram que a interpretação deles pode levar meses.
Os gravadores de dados e de voz, que na verdade são
laranjas, foram recuperados do fundo do mar e mostrados ao público pela
primeira vez nesta quinta-feira, em uma coletiva de imprensa lotada, com
a presença de parentes de algumas vítimas e policiais franceses e
brasileiros.
Os gravadores da aeronave, fabricada pela Airbus, foram
tirados de quase 4 quilômetros de profundidade para a superfície do mar
no começo de maio, após uma longa operação de busca que custou 50
milhões de dólares. Os aparelhos foram enviados em seguida a Paris, onde
chegaram na quinta-feira.
"Estamos esperando há 23 meses, isso é muito tempo", disse
Robert Soulas, que perdeu a filha e o genro no acidente. "Estivemos
frustrados durante esses longos meses e esperamos que essa seja uma nova
saída e que as coisas aconteçam rapidamente."
Os investigadores disseram esperar que até segunda-feira
poderão saber se é possível extrair informações dos gravadores, que
foram exibidos dentro de tanques contendo água desmineralizada para
impedir que fossem danificados pelo contato com o ar.
A polícia também espera saber dentro de dias se uma
identificação de DNA poderá ser realizada em cerca de 50 corpos, que
segundo o promotor público francês Jean Quintard, foram encontrados
entre os destroços.
Dois corpos foram retirados do local na semana passada, mas
os investigadores afirmam que, se não conseguirem retirar amostras de
DNA dos cadáveres para identificá-los, abandonarão os planos de resgatar
os demais corpos.
"Se a identificação for impossível, acreditamos que o
respeito concedido às vítimas e a vocês exige que os corpos permaneçam
em seu último local de descanso", disse Quintard aos parentes.
Cerca de outros 50 corpos também foram recuperados no local
semanas após o acidente, o pior na história da Air France.
PROCESSO COMPLEXO
Os investigadores disseram que pode levar meses para
processar quaisquer informações coletadas e que pode não ser possível
determinar o que deu errado antes do acidente, quando o avião caiu no
mar em meio a uma forte tempestade.
Mas o chefe da investigação, Alain Bouillard, disse à
Reuters estar confiante de que parte dos dados seriam recuperados. "Os
gravadores têm diversos componentes, então estou relativamente confiante
de que conseguiremos alguma coisa, mas até abrirmos (as caixas-pretas)
não podemos dizer com certeza."
Os investigadores disseram que levará no mínimo três dias
para que sejam extraídas cópias dos dados --uma para a equipe que
investiga o acidente e outra para os promotores franceses que analisam o
caso-- das finas placas de memória armazenadas dentro das cápsulas
laranjas.
Mesmo assim, decifrar as provas deve exigir semanas de
trabalho para sincronizar os dados com as gravações de voz.
Dos dois gravadores, aquele que contém os dados extraídos a
partir dos sistemas da aeronave é o mais crucial para descobrir a causa
do acidente. "Sem esses parâmetros será difícil entender o que
aconteceu", disse Bouillard à Reuters.
No melhor cenário possível, um relatório com as descobertas
pode ser divulgado no início de 2012.
A BEA, a agência francesa que investiga acidentes aéreos,
disse que nunca irá divulgar as gravações de voz do cockpit ao público,
mas poderá disponibilizar as transcrições das conversas dos pilotos se
forem necessárias para compreender o acidente.
A aceleração da investigação trará conforto para os cerca
de 2.500 familiares de 32 países, mas poderá ter implicações legais para
as fabricantes e para a companhia aérea.
Bouillard disse que muitos dos principais sistemas do
cockpit foram recuperados, mas os sensores de velocidade do avião,
inicialmente apontados como possível causa do acidente, ainda não foram
encontrados.
* Informações de Tim Hepher e Alexandria
Sage/Reuters, com reportagem adicional de Thierry Leveque.
- Foto:
Reuters.
- Tópico associado:
Dossiê de notícias e histórico do Voo AF-447
* * *
Voo 1907:
Depoimento prestado em videoconferência
Americano diz em depoimento que nunca
havia pilotado um jato Legacy antes do acidente.*

Paladino, na saída da videoconferência,
com os advogados Theodomiro Dias e Joel Weiss.
O piloto norte-americano Jan Paul Paladino confirmou que
nunca havia pilotado um jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer,
antes do acidente que resultou na morte de 154 pessoas que estavam a
bordo de um Boeing da companhia aérea brasileira Gol, em 2006. O piloto
negou que só tivesse ligado o equipamento anticolisão momentos após o
choque, sobre a Floresta Amazônica, com o avião de carreira brasileiro.
Paladino, no entanto, garantiu ter pilotado aviões
similares operacionalmente ao Legacy. As afirmações foram feitas nesta
quarta-feira durante o depoimento pelo sistema de videoconferência do
Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica
Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça.
O outro piloto americano envolvido no acidente, Joseph
Lepore, deve ser ouvido nesta quinta-feira, também por meio de
videoconferência.
Ao juiz federal substituto da Vara Única de Sinop (MT),
Murilo Mendes, Paladino reiterou que, em nenhum momento, os equipamentos
do avião acusaram qualquer tipo de falha, em especial no transponder,
aparelho que informa a posição da aeronave para o controle de trafego
aéreo e outros aviões. A acusação alega que os pilotos teriam desligado
o transponder momentos antes do acidente e religado após a colisão.
- Não houve, da minha parte, nenhuma ação voluntária para
ligar ou religar o transponder - disse o piloto ao afirmar não saber o
motivo de o aparelho ter sido ligado segundos após a colisão.
O piloto também foi questionado sobre o fato de o jato
Legacy estar voando em altitude diferente da estipulada pelo plano de
voo. Paladino disse que a língua - eles não falam português - foi uma
barreira para se comunicar com os controladores de voo.
A secretária-geral da Associação de Familiares e Amigos das
Vítimas do Voo 197 da GOL, Anne Caroline Rickli, espera que os pilotos
do Legacy sejam condenados à prisão e percam o brevê - licença para
pilotar.
- Eles têm que ser condenados pela Justiça brasileira,
independentemente que voltem aqui para cumprir a pena. Eles têm de ser
condenados à pena máxima - disse Anne, pouco antes do início da
audiência.
Essa é primeira vez que um réu é interrogado em uma
videoconferência internacional. O juiz e o promotor do caso estão em uma
sala do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica
Internacional do Ministério da Justiça. Os dois pilotos estão em Nova
York. Ambos continuam trabalhando em companhias aéreas americanas. Se
condenados pelo acidente, eles podem pegar pena máxima de cinco anos de
reclusão por atentado contra a segurança de transporte aéreo.
A denúncia contra os pilotos foi aceita pela Justiça
Federal em junho de 2007. Foram denunciados também quatro controladores
de voo. O magistrado considerou a tese de que os crimes não estão
previstos no Código Militar e que os seis devem ser julgados com base no
Código Penal. No entendimento do juiz, o crime seria 'militar' se as
aeronaves estivessem 'sob a guarda, proteção ou requisição militar', o
que não aconteceu. "Não há portanto, como se acolher a tese - sustentada
no inquérito pelo ilustre Delegado da Polícia Federal que esteve à
frente das investigações - de que o julgamento dos controladores de vôo
pela Justiça Militar estaria autorizado no Código Penal Militar",
justificou o juiz.
*
Informações de O Globo/Agência Brasil.
-
Foto de Fernanda Godoy, O Globo.
* * *
Acidente Gol/Legacy:
Controladores e
pilotos serão ouvidos
Audiência vai ouvir
dois controladores de voo e os dois pilotos norteamericanos
envolvidos no
acidente da aeronave da Gol que vitimou 154 pessoas no Estado do Mato
Grosso.
Da
Redação
AEROvia

Décio, Thiago,
Renata, Sandra, Nerisvan e Rodrigo: tripulação do voo 1907 da Gol.
Nesta terça-feira (29/03) às 13 horas, teve início a
audiência de interrogatório, presencial, dos Controladores de voo
Jomarcelo Fernandes dos Santos e Lucivando Tibúrcio de Alencar,
responsáveis pelo monitoramento do espaço aéreo onde ocorreu o acidente
entre uma aeronave Boeing da empresa aérea Gol (voo 1907) e um jato
Legacy, vitimando 154 pessoas, em 2006.
A audiência foi realizada no auditório da Turma Recursal,
na Justiça Federal, Seção Judiciária do Distrito Federal e tem enfoque à
tragédia, quando o jato Legacy, de fabricação da Embraer, colidiu com o
Boeing da empresa brasileira, matando 154 pessoas no espaço aéreo ao
norte de Mato Grosso.
Na quarta e quinta-feira (30 e 31) acontece às 12 horas,
audiências de interrogatórios, via videoconferência, onde os pilotos
norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, acusados de causarem
o acidente estarão concedendo depoimentos.
Lepore e Paladino serão interrogados por videoconferênciaa
partir do Consulado Brasileiro em Washington (EUA) que serão realizadas
no Shoping ID, Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação
Jurídica Internacional – Ministério da Justiça.
Relembrando o acidente
O voo nº 1907 da Gol, datado de 29 de setembro de 2006, com
saída de Manaus/AM, às 14h30 e que deveria ter pousado em Brasília/DF,
às 18h10 levava 154 pessoas a bordo. Às 16h48, o Boeing desapareceu dos
radares do controle de tráfego aéreo, quando a aeronave estaria a 207
quilômetros do município paraense de Cachimbo - a cidade de porte mais
próxima é São Félix do Araguaia/MT.
Ao que tudo indica, no momento do acidente, passageiros e
tripulação teriam sofrido morte rápida, logo que a fuselagem do avião
começou a se esfacelar em pleno voo. No entanto, alguns podem ter
perdido suas vidas durante os choques sofridos no interior, até que a
aeronave se desintegrasse totalmente.
Ao se desintegrar, numa altitude superior a 30 mil pés,
causando despressurização instantânea de todo o interior da aeronave,
aqueles que porventura ainda estivessem vivos, poderiam ter sido
sufocados pela falta de oxigênio natural naquela altitude. Fatalmente,
ao atingirem o solo, logo após a desintegração do avião, as vítimas já
estariam sem vida.
O Legacy, que se chocou e derrubou o Boeing, levava piloto,
co-piloto e mais três passageiros teve parte das asas esquerdas
danificadas, contudo, conseguiu se sustentar em voo após o choque e, por
intermédio de outra aeronave presente na região (já que não conseguiu
comunicação com nenhuma torre), teve permissão para aterrissar com
segurança na Base Aérea da Serra do Cachimbo, no Estado do Mato Grosso.
Passados quase cinco anos, os familiares
das vítimas não foram devidamente indenizados e o caso segue pendente na
Justiça brasileira.
* Com informações do SNA, VF e agências.
- Colaborou: Vitório Peret (RJ).
- Foto: Arquivo VF.
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