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 holofote

 

 

 

Brasília:

Governo decide acionar Forças Armadas

contra mortes no campo*

As forças trabalharão para evitar novas mortes e irão ajudar na apuração

imediata dos assassinatos já ocorridos, afirmou o ministro.

 

O governo decidiu enviar as Forças Armadas e a Força Nacional para Amazonas, Rondônia e Pará para frear a violência no campo após ser divulgada mais uma morte na região nesta quinta-feira, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

 

A presidente Dilma Rousseff recebeu os governadores Omar Aziz (PMN-AM), Confúcio Moura (PMDB-RO) e Simão Jatene (PSDB-PA), avaliou a gravidade da situação e determinou o início de uma operação nos Estados para investigar os assassinatos e evitar novas mortes.

 

"O primeiro tipo de ação é uma ação policial, que vai envolver a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e as Forças Armadas que entrarão, a partir da solicitação dos governadores, numa ação importante e significativa nestes Estados a partir de áreas a serem definidas", disse Cardozo a jornalistas ao apresentar a Operação em Defesa da Vida.

 

As forças trabalharão para evitar novas mortes e irão ajudar na apuração imediata dos assassinatos já ocorridos, afirmou o ministro.

 

No Pará, está sob investigação a morte de um trabalhador rural em Eldorado dos Carajás. Esta pode ser a quinta morte nas últimas duas semanas envolvendo agricultores e ambientalistas na região.

 

Outras três mortes foram confirmadas no Pará na semana passada e uma em Rondônia.

Cardozo e os ministros Nelson Jobim (Defesa) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) visitarão os Estados na próxima semana para acompanhar a situação.

 

Outra frente de ação será discutir a "situação de impunidade nestes Estados", disse Cardozo. Ele defendeu rigor e cuidado nas investigações para garantir punição "exemplar" e rápida aos envolvidos nos assassinatos.

 

Segundo o governador de Rondônia, Dilma reconheceu que "do Mato Grosso para cima é o abrigo de uma fronteira agrícola nova, onde muita gente vem de fora para ir lá, justamente para impactar seus desejos de riqueza com a realidade da Amazônia".

 

Na segunda-feira, o governo federal já havia liberado verba para o deslocamento e diária de fiscalizadores no Pará e no Amazonas e anunciou a intensificação do combate ao desmatamento ilegal como medidas para conter a violência na região.

 

* Informações de Hugo Bachega/Reuters.

 

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Belo Horizonte:

MPF quer comercial dos Correios fora do ar

Ministério Público Federal em Minas Gerais instaurou inquérito civil público para investigar irregularidades

em anúncio publicitário veiculado em emissoras de televisão pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

 

Da Redação*

Via Fanzine

 

Falcão cobre garota, para infelicidade dos demais.

 

Uma publicidade da campanha dos Correios foi denunciada pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais e poderá ser retirada do ar. Um promotor quer processar os Correios por causa da propaganda com o jogador de futsal, Falcão.

 

Em seu site, o MPF informa que instaurou inquérito civil público para investigar irregularidades em anúncio publicitário veiculado em emissoras de televisão pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. O MPF criticou a publicidade da estatal, e alega que, apesar de o atleta cobrir a atriz, o comercial desrespeita a legislação brasileira e o Estatuto da Criança e do Adolescente.

 

De acordo com declarações do promotor Antônio Martins numa reportagem da TV Alterosa, no comercial, “As crianças ficam revoltadas com a cena, o que passa a ideia que eles têm uma atração pela moça nua”.

 

No comercial, a moça tira a blusa para Falcão autografá-la e este tira seu agasalho e a cobre rapidamente, frustrando asa expectativas de alguns garotos que, supostamente, desejariam vê-la nua.

 

O Ministério Público determinou que a publicidade seja retirada do ar e informou que vai processar Correios por danos morais. Em seu site, o MPF publicou uma nota esclarecendo as medidas tomadas.

 

Segundo a TV Alterosa, a empresa estatal informou que não foi notificada pela justiça e não ia se pronunciar sobre o caso.

 

* Com informações do MPF-MG e TV Alterosa (BH).

- Foto: Reprodução/Correios.

 

- Tópicos associados:

   Assista o comercial dos Correios

   MPF/MG investiga abuso em propaganda dos CorreiosNota do MPF-MG

 

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Salvador:

Caetano Veloso diz que Lula é golpista e Serra é burro*

Ele disse enxergar risco de um populismo perigoso em torno do presidente Lula e sua candidata Dilma.

 

Caetano Veloso

 

O compositor e cantor Caetano Veloso classificou como golpismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizer que é preciso extirpar o DEM da vida pública nacional. Já o candidato do PSDB, José Serra, para ele é “burro”, por ter tentado associar seu nome ao do petista, no início do horário eleitoral.

 

As declarações do artista – que já manifestou preferência pela candidata Marina Silva e apareceu no programa do PV pedindo votos para ela – foram dadas em entrevista a uma emissora de rádio em Santo Amaro, onde esteve para comemorar o aniversário de 103 anos da mãe, Dona Canô.

 

“Não pode. O povo brasileiro não pode ouvir isso (Lula dizer que o DEM deve ser extirpado) e não reclamar. E se uma pessoa da imprensa reclamar vem um idiota dizer que a imprensa é golpista. Golpista é dizer que precisa destruir um partido político que existe legalmente. O presidente da república não tem o direito de dizer isso”, criticou.

 

Caetano Veloso cobrou explicações sobre a quebra ilegal de sigilo fiscal na Receita Federal, que atingiu pessoas ligadas ao PSDB e a José Serra. À medida que falava, ele foi se exaltando e acabou sobrando para o próprio candidato tucano, criticado porque tentou vincular sua imagem à do presidente. “Serra é um idiota que apareceu com Lula, querendo dizer que tá do lado, que é igual a Lula. É burro”, decretou o polêmico artista baiano.

 

Questionado sobre o atual momento político, Caetano disse enxergar risco de um populismo perigoso em torno do presidente Lula e sua candidata Dilma. “É como se fosse assim uma população hipnotizada. As pessoas não estão pensando com liberdade e clareza”, analisou.

 

Para ele, a aprovação a Lula é acrítica e isto é um atraso que remete aos anos 40 e 50, quando a América Latina teve lideranças populistas como Getúlio Vargas no Brasil e Perón (Juan Domingo Péron) na Argentina. “É um atraso. O Brasil não podia estar mais nessa”, lamentou.

 

Caetano citou como exemplo desse "atraso" o fato dos candidatos não divulgarem os próprios partidos em sua propaganda, mas fazerem questão de posar com Lula. “Isso é chato, acho que é pobre”, definiu.

 

Apesar de tudo, fez a ressalva de que admira Lula e reconhece no presidente uma figura histórica importante no Brasil.

 

* Por Glauco Wanderley, da Agência A Tarde (Salvador-BA).

- Foto: A Tarde.

 

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Decisão:

STF livra Heráclito Fortes de lei Ficha Limpa*

Gilmar Mendes concedeu efeito suspensivo a um recurso extraordinário

do senador contra a decisão do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI).

 

Gilmar Mendes

 

Uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitirá que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) possa fazer registro de sua candidatura para as próximas eleições. Gilmar Mendes concedeu efeito suspensivo a um recurso extraordinário do senador contra a decisão do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) que condenou o parlamentar por "conduta lesiva ao patrimônio público".

 

Com essa decisão, segundo nota divulgada pelo STF, "ficam suspensos os efeitos da condenação imposta ao senador para efeitos da Lei Complementar 135", a chamada Lei da Ficha Limpa, até que a 2ª Turma do STF conclua o julgamento do recurso extraordinário apresentado pelo senador, que foi interrompido em novembro do ano passado por um pedido de vista do ministro Cezar Peluso, hoje presidente do STF. "Assim, não podem ser impostas a ele as condições de inelegibilidade previstas na nova legislação", afirmou a nota do STF.

 

A Lei da Ficha Limpa definiu que a condenação judicial por órgão colegiado torna inelegível o candidato, e, recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu que a lei tem aplicação imediata, valendo para as eleições deste ano.

 

* Informações do Estadão.

- Foto: Arquivo VF.

 

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Nassau/Bahamas:

Venezuela é bi-campeão do Miss Universo

País sulamericano foi o único a conquistar dois títulos consecutivos.

 

Da Redação*

Via Fanzine

Stefania Fernández, Miss Universo 2009.

 

O concurso Miss Universo 2009 elegeu uma venezuelana, pela segunda vez consecutiva. A Venezuela é o único país a conseguir com que suas representantes arrebatassem dois títulos consecutivos de Miss Universo.

 

Stefania Fernández, de 18 anos, foi eleita Miss Universo 2009, no dia 23/08, em solenidade em Nassau, nas Bahamas. Após se destacar entre 84 concorrentes, a jovem venezuelana disputou a final com a dominicana Ada Aimee de la Cruz. A emoção causou um pequeno e inédito incidente: ao receber a coroa Stefania acabou por derrubá-la no chão.

 

Este foi o sexto título da beleza universal conquistado pela Venezuela, que fica atrás somente dos Estados Unidos, que detém sete. A brasileira Larissa Costa não se classificou ente as 15 finalistas.

 

*  Com informações das agências internacionais.

- Foto: divulgação.

 

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São Paulo:

Potiguar é eleita miss Brasil 2009

A bela Larissa Costa será a representante brasileira no Miss Universo.

Da Redação*

Via Fanzine

Larissa Costa é a miss Brasil 2009. No detalhe a mineira Rayanne Morais.

 

O concurso Miss Brasil escolheu a representante do país em 2009, no sábado (09/05). A nova rainha da beleza brasileira é Larissa Costa, de 25 anos, representante do Rio Grande do Norte.  

 

Vencedora do concurso Miss Brasil 2009, a potiguar Larissa Costa, além de receber diversos prêmios, vai representar o Brasil no concurso Miss Universo 2009, que acontece no dia 23/08 nas Bahamas.

 

Rayanne Morais, representante de Minas Gerais, ficou em segundo. Denise Ribeiro (Distrito Federal) ficou em terceiro, Raiana Breda (Pará) em quarto e Krisley Karlen (Ceará) em quinto.

 

A vencedora recebeu a garantia de R$ 200 mil (duzentos mil reais) em contratos de trabalhos, além de um automóvel, jóia, roupas e estrutura para a participação no Miss Universo.

 

As candidatas classificadas do 2º ao 5º lugares receberão, cada uma, jóia do Joalheiro Ricardo Vieira.

 

- Com informações e fotos: http://www.missbrasiloficial.com.br.

 

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Roger Waters no Morumbi:

Um show de música, tecnologia e natureza

 Show de Roger Waters em São Paulo parecia aliar a tecnologia de ponta apresentada no palco,

com os desígnios da natureza paulista: Lua se põe no horizonte e reaparece no telão do show...

 

 Por Márcio R. Mendes

De São Paulo-SP

Para Via Fanzine

 

Waters e banda dentro de um cenário que enganou o público.

 

MORUMBI - Pelo segundo ano consecutivo vamos ao estádio do Morumbi, em São Paulo, ver algo muito diferente do futebol: o show de um dos ícones da música pop moderna. Desta vez, impecavelmente produzido e conduzido pelo ex-integrante do Pink Floyd, Roger Waters e sua competente equipe.

 

Ano passado assistimos o U2, mas é difícil fazer comparações válidas, pois além de estilos diferentes, o público alvo também é ligeiramente diferente. Além disso, este escriba está longe de ser um crítico à altura para este fim, no entanto, garanto que deixei o estádio extasiado a ponto de me arriscar a escrever as presentes impressões que tive.

 

Na verdade, deixei o estádio com a sensação de que, mesmo os críticos mais severos, também estiveram convencidos da excelente performance musical apresentada naquela noite. Se houve pequeno contra-tempo de ordem técnica na apresentação no Rio de Janeiro, em São Paulo, beirou a perfeição. O único (e mínimo) incidente técnico que pude perceber envolveu uma rápida e única interferência de “microfonia”, o que não resultou qualquer paralisação do show.

 

Novamente, estive em companhia de minha irmã, chegamos ao estádio por volta de 18h, sem complicações no trânsito. Nosso acesso foi pelo portão seis. Nos arredores havia os costumeiros ambulantes com todo tipo de lanches, bebidas e souvenir (principalmente camisetas), registrando o evento em São Paulo.

 

Ao adentrar o estádio, logo nos acomodamos em nosso setor, situado a uma certa distância do palco. Quando chegamos, ainda havia alguma luz do dia e cientes da longa espera pela frente, ficamos a observar o local. Com binóculos era possível ver o trabalho de técnicos no palco, quase todos trajando roupa preta: bermuda e camiseta um logotipo branco.

 

Waters e um coral de crianças brasileiras cantam em "Another brick in the wall" - parte 2. 

 

TELÕES DE LEDS - Confesso que as dimensões dos telões causaram uma certa frustração a princípio. Havia dois deles, um de cada lado do palco e um terceiro no centro do estádio, com a finalidade de servir às arquibancadas mais distantes. O cenário nos pareceu que seria fixo: uma enorme garrafa de uísque cheia pela metade, ao lado de um pequeno copo com uma dose, postos em frente a um enorme painel de rádio com um dial. Como será que foi colocado aquele enorme vidro com líquido no palco? À distância, esta era impressão que tínhamos.

 

Usando binóculos, vimos alguns dos operadores tomar posição em refletores suspensos sobre o palco, enquanto outros ajustavam diferentes instrumentos musicais. Um pequeno grupo, parecendo bastante animado, estava ao fundo do palco e sendo constituído por integrantes femininos, sugeriu-nos que poderia ser as backing vocals da banda a se divertir antes do início do show. Difícil saber.

 

Exatamente às 20h50 houve o anúncio de que o show começaria em dez minutos e então veio uma das surpresas. Diferente da tradicional fumaça de gelo seco, uma outra, de filamentos avantajados, parecia surgir do nada no palco e então, entrou em cena uma enorme mão humana, perfeita em todos os seus detalhes (pêlos, poros etc.) e girou o dial do rádio, ajustando uma outra estação para a música que enchia o ambiente.

 

ILUSÕES - Finalmente então, caiu a ficha! Estivemos olhando para um cenário, por quase três horas que, na realidade, era apenas uma imagem e não objetos tridimensionais sobre o palco. Ouve-se então o murmúrio por todo estádio, denunciando que não fomos os únicos iludidos! Na verdade a grande maioria estava testemunhando o significado de um dos mais recentes avanços da tecnologia: a imagem de alta definição.

 

O grupo do Roger Waters estava “desculpado” pelos modestos telões. Aquilo compensava tudo: criar a ilusão no palco, através de imagem de alta definição, com os objetos ali colocados. A mudança no ambiente, da luz diurna para a iluminação pelos grandes refletores do estádio, em nada alterou à aparência do que a maioria julgava se tratar de objetos enormes sobre o palco.

 

Tal perfeição da imagem não poderia ser uma projeção. De fato, não era, pois, todo o fundo do palco foi composto por um telão em LEDs (Light Emission Diode), onde cada LED atuava como um pixel. Assim, produziram uma imagem que jamais poderia ser obtida com recursos de projeção.

 

Fiquei surpreso com a artimanha, pois a mão que, vez ou outra, parecia sintonizar uma estação (além de dar conta do drink) acabara por encontrar a estação desejada e então, finalmente, entrou em cena numa profusão de luzes e cores, o protagonista, Roger Waters, acompanhado pelo seu grupo, saudados vigorosamente pela totalidade dos presentes no estádio. Um delírio, uma viagem, um sonho... Foi algo único.

 

O porco lembrou que Educação é essencial.

 

WATERS EM CENA - Por um momento, máquina fotográfica e os binóculos foram esquecidos. Apesar da distância em que nos encontrávamos, a figura de Roger Waters, era inconfundível: elegante, trajando roupas escuras, cabelos grisalhos, andando calmamente de um extremo ao outro do palco, a saudar sua platéia. Ele conseguiu recriar a atmosfera dos tempos Floydianos - para delírio e emoção de muitos outros cabelos grisalhos ali irmanados e momentaneamente arrebatados para outros tempos.

 

Os primeiros acordes de cada nova música eram recebidos com enorme empolgação. Os integrantes da banda eram destacados freqüentemente nos telões e o principal (de LEDs), hipnotizava pela forca das imagens, ora trazendo motivos espaciais, ora psicodélicas ou ainda, deflagrando mensagens anti-bélicas. Os telões também mostravam “balões de HQ” contendo os textos cantados pelas backing vocals. Era como se estivéssemos lendo história em quadrinhos.

 

A noite na capital paulista estava especial e proporcionou um cenário único: no momento do espetáculo a iluminação de todo estádio era exclusivamente a do show. Sob um céu claro, sem nuvens, inúmeros helicópteros rondavam o local com seus holofotes. No horizonte Norte, avistado rente às arquibancadas do estádio, estacionadas estavam algumas poucas e distantes nuvens que cooperaram com espetáculo ao adicionar relampejares adequados ao clima da noite.

 

A Oeste, sob o setor vermelho das arquibancadas, uma visão espetacular e providencialmente arranjada para o momento. Nada poderia ter sido mais propício para aquele instante, quando o estádio todo ouviu o trecho, quase murmurado por Waters, de The Fletcher Memorial Home: “...they can polish their medals and sharpen theirs. Smiles, and themselves playing games for a while… Boom boom, bang bang, he down you’re dead…”.

 

O estádio do Morumbi quase veio abaixo, pela intensa manifestação dos presentes, quando, simultaneamente, no telão principal, Bush fazia companhia a Bin Laden, seguido por seleto cortejo de parias da humanidade; tudo testemunhado por uma lua quase gibosa, amarelada, suspensa sobre o estádio, se aproximando do poente por entre os prédios. A natureza parecia fazer questão de participar do cenário daquela inesquecível noite musical.

 

A primeira parte do show se encerra com a cacofonia de Sheep, do álbum Animals, quando o imenso porco cor de rosa passeia por todo estádio, trazendo inscrições de protesto ao maior mal na Humanidade: a ignorância, que pode e deve ser combatida a todo custo, através da Educação. O porco voador se aproximou bastante de nosso setor e pude fazer uma foto (acima), onde pudemos ler no corpo do mesmo, em inglês: "Todos nós precisamos de educação".

 

Waters impressionou a todos com sua performance. (Foto do Arquivo).

 

SHOW DE NATUREZA & TECNOLOGIA - Um intervalo britânico de quinze minutos acontece e as luzes do estádio são ligadas para que todos voltem a se situar, depois de quase entrar em órbita, propelidos por som, luz, ritmo e mensagens de conteúdo reflexivo. Durante o intervalo, o telão central permaneceu com um intrigante ponto claro central. Seria o resíduo de algum efeito eletrônico, depois de horas de funcionamento?

 

Não precisamos esperar muito para a resposta. A natureza de fato, parecia estar aliada a tecnologia naquela noite. O show tecnológico daria continuidade ao show da própria natureza, por uma enorme coincidência (?). Tal fato se deu quando a Lua crescente acabara de se por no horizonte paulista ao final dos acordes de Sheep e, “magicamente”, reapareceu no telão central do palco, ganhando tamanho durante quinze minutos e terminando cheia.

 

Recomeça o show com a coleção de músicas do consagrado e eterno álbum The Dark Side of the Moon para nosso delírio. Especialmente no meu caso, pois, custava-me crer que pela primeira vez estava ouvindo essas músicas, executadas pelo seu mentor.

 

O autor deste artigo, professor Márcio Mendes e sua irmã, Drª Carlota,

ao fundo, uma visão panorâmica do palco e platéia no Morumbi.

 

MEMORÁVEL - Com certeza, cada um guardou para si suas impressões, mas para mim foi algo mais que especial: uma quase confirmação de que podemos viajar no tempo. Ao menos, senti novamente, o vigor da minha adolescência, tão marcada pelo prisma Floydiano, agora reproduzido a laser e suspenso sobre o palco. O show evolui, o tempo voou e chegamos a esquecer que estávamos a quase seis horas sentados em uma arquibancada de concreto.

 

A coletânea do álbum The Wall deu mostras de que seria a apoteose do show. Já entorpecidos pelo belo espetáculo, pela excelente qualidade sonora, equilibrada e considerável potência do som e impecável execução, fomos brindados, já perto do final, pelo coral infantil que acompanhou o grupo em uma de suas mais tradicionais músicas desse álbum.

 

Pelos binóculos, avistei alguns carros e viaturas se posicionarem em uma dos corredores adjacentes ao palco. Certamente, o grupo sairia por ali. Era mais um sinal de que o show estava em seus momentos finais. Após a volta para o tradicional “bis”, Confortable Numb foi a canção derradeira.

 

Com a pompa de que são merecedores, os músicos deixaram seus instrumentos e de mãos dadas, reverenciaram à platéia que tanto aplaudiu. Com breves acenos, Roger Waters deixou o palco envolto com a bandeira nacional brasileira. Hora de voltarmos para casa. Hora de voltarmos a sonhar...

 

Márcio R. Mendes é físico, professor, simpatizante musical e articulista de Via Fanzine.

 

- Fotos: Márcio R. Mendes e Arquivo Via Fanzine.

 

- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2006,

   Pepe Arte Viva Ltda.

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 Atentado:

Anos depois, as seqüelas são muitas

Com o passar do tempo, o maior atentado da história e a política

de Bush apenas aumentaram o terror, dentro e fora dos EUA.

 Por Antônio Siqueira

e Sandra Britto

Do Rio de Janeiro-RJ

Para Via Fanzine

 

Terror em Nova Iorque não foi produção cinematográfica.

 

Os ataques às Torres Gêmeas do WTC em 11 de setembro de 2001, em conjunto com a série de ataques programados a alguns centros de poder, foram quase todos, bem sucedidos. Os fatos, mudaram a face política e ideológica do planeta, ao ferir profundamente o tão proclamado “orgulho norte-americano”, deixando no inconsciente coletivo um marco histórico da decadência do capitalismo das Américas com a incessante imagem do Centro Econômico e Financeiro do Mundo indo pelos ares como a Torre de Babel. Fortalecendo de vez a reação terrorista do saudita e líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.

 

Isso deixou quase 70% dos integrantes das equipes de resgate e socorro às vitimas dos ataques, com graves problemas de saúde e equilíbrio. O estudo foi  lançado no dia 05/09 e denuncia, principalmente, o abandono a que foram relegados estes homens e mulheres. Praticamente todos estes cidadãos não têm mais condições de arcar com as despesas dos tratamentos e o governo estadunidense não moveu um dólar sequer para indenizar ou ajudar no tratamento dessas pessoas.

 

O Orçamento para Segurança, liberado pelo congresso é da casa dos US$100 bilhões. Imaginemos, brasileiros e já “curtidos” de tanta patifaria, o que não se passa na cabeça de um ser humano nesta situação. Grande parte era de voluntários, além dos, então famosos, bombeiros americanos e algumas empresas de transportes pesados que foram contratados pela União (lá, tudo gira em torno da União, inclusive essas patifarias, geralmente atribuídas a nós “terceiromundistas”).

 

A revolta é geral, tanto que está aí em qualquer publicação impressa ou digital. Mas fica a pergunta: até quando George W Bush? Até quando a “camarilha de vampiros” dos Republicanos e sua sede de sangue e conquistas lendárias dominarão o mundo? A frustração destas famílias é grande e o patriotismo estadunidense foi jogado aos porcos.

 

Lembremo-nos que os fatos que antecederam os atentados mostraram bem a verdadeira face de Bush. A desconsideração com o tratado de Quito sobre emissão de gases; as tentativas, aparentemente sádicas pela supremacia no planeta.

 

Desta vez o bem parece ter imperado, pois os EUA fracassaram ao “sabotar” o plano de distribuição de medicamentos retro-virais contra o HIV, a fim de delegar plenos poderes às “parasitarias” industrias de medicamentos. Tudo isso, amplificou o ódio de milícias muito bem preparadas e um anti-americanismo jamais visto.

 

Teria Bush que cuidar desses heróis como obrigação da União? Ele mesmo relegou ao abandono as vítimas do Catarina em Nova Orleans que, até então, se encontram em estado de calamidade.

 

Quem facilitou para que aqueles eventos se sucedessem de tal forma foi ele mesmo, o próprio Bush. Pois, quem tem um jornalista com a respeitabilidade e a confiabilidade de Gore Vidal nos seus calcanhares, não se mantém invulnerável à veracidade dos fatos por muito tempo.

 

*Antônio Siqueira e Sandra Britto são colaboradores de Via Fanzine no Rio de Janeiro.

- Foto: Arquivo Via Fanzine.

- Produção: Pepe Chaves.

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U2 no Brasil:

U2 faz apresentação emocionante em SP

Banda destilou clássicos e canções recentes num espetáculo de mais de duas horas de duração.

 

Por Pepe Chaves*

Editor

Via Fanzine

Bono e Adam

 

O primeiro dos dois shows do U2 em São Paulo, realizado em 20/02/2006, transmitido ao vivo pela Rede Globo foi marcado por canções emotivas e apelos por uma humanidade melhor. Bono Vox, The Edge, Adam Clayton e Larry Millen Jr., encantaram o público que lotou o estádio Morumbi. Uma banda formada por apenas quatro pessoas (baixo, guitarra, bateria - às vezes, piano), detonou som suficiente para entorpecer milhares de almas.

 

Mostrando uma simpatia natural, Bono falou em português por algumas oportunidades, e disse “O Brasil é um país muito bonito”. Chegou a cantar “Ai, ai, ai, está chegando a hora, o dia já vem raiando meu bem...”. Disse também, que deseja ver a seleção buscar o hexa. E brincou, citando incisivamente nas letras de uma canção os Estados brasileiros: Santa Catarina, Bahia, Amapá, Amazonas e São Paulo.

 

O show que reuniu 75 mil pagantes, integra a turnê de Vertigo (Vertigem) teve duração de 2h15min. Pontos altos foram as canções One, Pride, Sunday Bloody Sunday e Miss Sarajevo. Num dos blocos do espetáculo, Bono entrou com uma faixa na testa na qual estava escrito em inglês: Coexist (coexista), onde a letra “X” era a estrela de David, da bandeira de Israel. Enquanto o vocalista pedia a coexistência pacífica de Israel com o Estado Palestino, um telão no fundo exibia a palavra “coexista” em letras garrafais.

 

'Para combater a pobreza todos têm que agir como um só'

BONO VOX show em São Paulo

 

O U2, uma banda católica da Irlanda, mostra um amadurecimento notável, desde seu início na estrada nos já longínquos anos 80. Continua fiel aos ideais de luta pela paz, por uma humanidade mais justa e menos sofrida. Suas canções com apelos políticos, soam como verdadeiros protestos que batem de frente com as revoluções civis que mataram milhares de pessoas na Irlanda, sobretudo, contra os diversos atentados patrocinados pelo grupo IRA. Este comportamento pode ser visto dentro do mundo pop como uma marca registrada “pós-Lennon” pela paz.

 

A primeira apresentação dos dois shows em São Paulo foi salpicada de momentos emocionantes, sobretudo, para aqueles que há anos, acompanha a trajetória da banda. De fato, além de músicos competentes o pessoal do U2 parece ser também pessoas preocupadas com o bem estar social das populações. Ao contrário de muitos pop stars que visitam o Brasil, Bono fez questão de manter contato com o público, desde que chegou ao país, agindo de forma desprendida e cordial. Mostrando uma preocupação social pelos locais em que passa, numa de suas falas em português durante o show, disse que “para combater a pobreza todos têm que agir como um só”.

 

Nas evoluções da apresentação nota-se o carisma do vocalista, que por diversas vezes, arriscou a falar português e interagir com o público; puxou um menino e uma garota para o palco e ao fechar o espetáculo, pendurou um terço católico, ostentando um pequeno crucifixo, no pedestal do seu microfone.

 

* Com informações da Rede Globo.

- Foto: AP. 

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U2 no Brasil:

São Paulo recebe os irlandeses U2

Presidente Lula, na companhia do ministro da Cultura, oferece um churrasco a Bono Vox.

 

Por Ademir Pascale*

De São Paulo

Para Via Fanzine

U2

 

'LUGARES PODEM FALTAR, VOCÊ NÃO’ - Esta é a chamada no site da BENQ-SIEMENS (www.euvounou2.com.br) que está patrocinando o show da banda irlandesa U2 que desembarcou neste domingo "19/02" no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo.

 

"A banda irlandesa U2 desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 5h deste domingo. Bono Vox e companhia driblaram um grupo de fãs que aguardava a chegada dos músicos [...]" informou a rádio CBN.

 

 A banda Irlandesa está hospedada em um hotel da zona Sul de São Paulo e evitou falar com os jornalistas durante o trajeto do Aeroporto até o hotel.

 

LULA: CHURRASCO PARA BONO VOX - O Presidente Luis Inácio Lula da Silva, preparou um churrasco especial para a banda U2 na Granja do Torto em Brasília. Os fãs fizeram plantão em frente à Granja do Torto com grande euforia, aguardando a tão esperada chegada da banda irlandesa.

 

Parece que o Presidente conseguiu impressionar o vocalista Bono Vox, que disse animadamente: "É um grande sonho estar aqui".  Bono Vox disse admirar o presidente Lula e fez comentários  sobre a sua luta contra a fome não somente no Brasil, como também em todo o mundo. Também participou do almoço que teve cerca de 2 horas de duração, o ministro da Cultura, Gilberto Gil.

 

Muitos imaginam que este foi o primeiro encontro entre o presidente Lula e o vocalista Bono Vox, mas na verdade foi o segundo, o primeiro ocorreu em 2005 no Fórum Econômico Mundial na cidade de Davos, na Suíça.

 

OS FÃS - Os fãs do rock no Brasil começaram o ano de 2006 com o pé direito, recebendo duas das maiores bandas de Rock do mundo - U2, que se apresenta Morumbi nestas segunda e terça-feira  (20 e 21/02) e Rolling Stones que se apresentaram no dia 18/02 na praia de Copacabana no Rio de Janeiro. 

 

Está previsto um forte esquema de segurança para as apresentações, envolvendo cerca de 1,5 mil policiais da civis, militares e da Guarda Metropolitana paulista. Os policiais que atuarão junto ao público durante os shows da banda U2 no Estádio do Morumbi  tem por objetivo evitar comércio de ambulantes em uma distância de 300 metros da imediações do estádio; impedir o acesso de pessoas portando drogas e embriagadas; além de manter a segurança do público.

 

A CET - Companhia de Engenharia de Tráfego, também estará presente e irá monitorar o trânsito nas imediações do estádio.   

 

* Ademir Pascale Cardoso é o Presidente dos portais Cranik (www.cranik.com) e Conspirações (www.conspiracoes.com), administrador do Buscador www.buscador.com.br  e articulista de Via Fanzine & UFOVIA - Contato:  webmaster@cranik.com.

 

- Foto: Divulgação.

 

- Stones no Rio: EXCLUSIVO: Siqueira nos conta como foi o mega-show dos Stones LEIA!

 

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Homenagem:

Carlos Drummond de Andrade

Por Gustavo Dourado*

 

Drummond

 

Carlos Drummond de Andrade renovou a literatura brasileira do Século XX com maestria e criatividade. Influenciado pelos modernistas de 22, redesenhou a cena poética tupiniquim, a partir de 1930, com o livro Alguma Poesia. Com habilidade e perspicácia, conseguiu retirar as pedras do meio do caminho literário, fato que possibilitou um grande salto qualitativo na poesia brasileira contemporânea.

 

Drummond bebeu em luminosas fontes, de outros grandes poetas como Manuel Bandeira, Mário e Oswald de Andrade, além dos clássicos canônicos da Poesia.

 

O poeta itabirano, festejado vivo e post-mortem, agora em seus 103 anos de nascimento, destaca-se entre os maiores poetas da língua portuguesa, nivelando-se a Camões, Pessoa, Bandeira, Cabral, Cecília Meireles, Vinícius de Moraes, Gregório de Matos, Castro Alves e Augusto dos Anjos. No cenário internacional seu nome ecoa no mesmo ritmo de Yeats, Neruda, Rimbaud, Pound e Eliot.

 

Nosso poeta foi grande em todos os sentidos. Tornou-se um mestre da poesia, pois soube como ninguém, aliar tradição e modernidade, erudição e simplicidade.

 

Popularizou-se com a crescente divulgação de seus textos nos jornais, no rádio e na televisão. Sua poesia, pela singeleza e objetividade, conquistou o gosto popular e ganhou notoriedade. Poesia simples e de qualidade. Poesia que toca a alma e expande o sentimento.

 

O poeta de Claro Enigma foi fecundo em sua produção. Deixou-nos uma obra que ultrapassa mais de 40 livros, entre poesia, crônicas e artigos. Foi generoso com o mundo e com os leitores. Um exemplo a ser seguido pelas novas gerações e pelos poetas do futuro.

 

É bom recordar o muito conhecido poema da pedra no meio do caminho...

 

"No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha uma pedra no meio do caminho/tinha uma pedra/ no meio do caminho tinha uma pedra" .

 

Para comemorar a data faço uma homenagem ao grande poeta, com a linguagem de cordel que ele tanto apreciava: 

 

Cordel para Carlos Drummond de Andrade

 

A Vida Passada a Limpo

Casa: Morte do Leiteiro

A Puta... A Morte a Cavalo

A Palavra Minas por inteiro...

Carlos Drummond de Andrade:

Bom-DiaAmante brasileiro...

 

Poeta do Meio do Caminho

Para o que der e vier...

Alguma Poesia: Infância

Numa Cidadezinha Qualquer

Carlos Drummond de Andrade:

Quadrilha: Pintor de Mulher. ..

 

Mundo Grande: Nudez bela...

Esquecer para Lembrar...

Os Ombros Suportam o Mundo:

Sou Fã.zen.deiro do Ar...

Boitempo a Rosa do Povo :

Num Galope à Beira-Mar...

 

José: Sentimento do Mundo...

Vence o Medo, O Lutador...

Os Mortos de Sobrecasaca

Drummond vate-criador...

Além da Terra...Além do Céu...

Reconhecimento do Amor...

 

Poema de Sete Faces

Soneto da Perdida Esperança

Desdobramento de Adalgisa...

Poeta foi desde Criança...

Confidências do Itabirano:

Mãos Dadas:Boa Lembrança...

 

Nosso Tempo: Claro Enigma

No Correio...Indagação...?

As Impurezas do Branco :

Patrimônio - Comunhão...

Estrambote Melancólico:

Ao Redator de Plantão...

 

Menino Antigo...Elegia...

O Retrato Malsim e Não...

Os Cantores Inúteis na Noite:

A Consciência Suja do Ladrão...

A Paixão Medida de Maria:

A Travessia da desilusão...

 

Brejo das Almas...Amor...

Tu? Eu?...Um Quarto Escuro

O Quarto em Desordem Ficou:

Amar - Amaro atrás do muro...

Mineração do Outro e do Eu:

De repente: o ouro impuro...

 

A Metafísica do Corpo

Amar...A Máquina do Mundo

Qualquer Tempo: Falta Pouco

Biblioteca Verde num segundo

José, Nós... Maria, João...

Carlos, Teresa e Raimundo...

 

Vestido...Em Favor da Paz:

Apelo a Meus Dessemelhantes...

Prece do Mineiro no Rio:

Lição de Coisas distantes...

Discurso de Primavera:

Chave de BHelôrisontes...

 

Deu-se O Fim no Começo

Canto Esponjoso da Arte

Quase tudo: Igual-Desigual...

O Outro... Corpo, A parte...

Canção Amiga e Áporo:

Aqui na Terra e em Marte...

 

A Luís Maurício, Infante...

Primeiro Conto: Legado...

Os Últimos Dias na Memória...

Viola de Bolso toca o gado

A Carlos Drummond de Andrade:

O Nosso Muito Obrigado...

 

Reler a Falta que Ama

Sonhar com a Vida Terna...

Construir a Casa sem Raiz

Lá no Fim da Casa Paterna:

Carlos Drummond de Andrade:

Poeta de Luz Eterna...

 

Amor...Um Sinal Estranho

Amor tórrido, Amor brando

Viver Amor e o seu Tempo

Aqui-Agora... Até Quando?

Não se Mate: Salve o Boi:

Amar se Aprende Amando...

 

* Gustavo Dourado. Baiano de Recife dos Cardosos-Ibititá-Chapada Diamantina. No DF há 29 anos,atua nos movimentos poéticos, ecológicos, populares, estudantis(UnB), socioculturais. www.gustavodourado.com.br  www.phalabora.ta-na.net  http://cordel.zip.net  Sites selecionados pela Unesco/Google/Yahoo.

  

*  *  *

 

Lampião:

O rei do cangaço

O reino de Lampião durou de 1914 a 1938. Atraiu muitos jagunços e coiteiros

de todo o Nordeste numa época crítica, sem muitas opções de trabalho.

Por Gustavo DOURADO*

Lampião nasceu das contradições e conflitos da terra, da violência do campo imposta pelos coronéis latifundiários, políticos corruptos e do clero aliado da aristocracia sertaneja e da burguesia litorânea.

 Eternizou-se como mito da cultura popular. Virou lenda no Brasil de Sul a Norte, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

Influenciou a música popular nordestina.  Apimentou os acordes de Luiz Gonzaga e de centenas de sanfoneiros, violeiros, repentistas e cordelistas.

Seu sangue corre nas veias do xaxado (dança dos gangaceiros), no xote, no baião e no forró.

Lampião e  Maria Bonita: verdadeiros mitos do

sertão brasileiro. A dupla é hoje destaque em

portais e jornais de todo o mundo.

“É Lamp, é Lamp, é Lamp. É Lamp é Lampião. Seu nome é Virgulino, o apelido é Lampião”. Este é o hino consagrado ao rei do cangaço pelo Brasil. Um canto que eclode nas caatingas, no agreste, no Raso da Catarina, na Serra do Apodi, nos cariris, Serra Talhada, tabuleiros, lugares por onde passou o célebre cangaceiro.

'Aos 23 anos, após o assassinato do pai, Lampião tornou-se cangaceiro.

Levou consigo os irmãos Ezequiel, Antônio e Livino'

Virgulino Ferreira da Silva nasceu em Vila Bela, atual Serra Talhada – alto sertão pernambucano – no ano de 1897. Ano trágico do massacre de Canudos, onde foram assassinados milhares de camponeses. Da estirpe de Antônio Conselheiro, o famoso beato e líder político-religioso que inspirou Os Sertões, obra-prima de Euclides da Cunha, Lampião foi cangaceiro, uma categoria acima de jagunço. Com ele, muitos jagunços – vassalos dos coronéis – ascenderam à posição de cangaceiro que era símbolo de independência e individualidade. O soldo do cangaceiro dependia do que se conseguia em saques, sequestros, assaltos a fazendas e cidades. Lampião era generoso e bom pagador. Franqueava aos cabras do bando ações individuais que rendiam alguma remuneração.

O reino de Lampião durou de 1914 a 1938. Atraiu muitos jagunços e coiteiros de todo o Nordeste numa época crítica, sem muitas opções de trabalho. Calcula-se que seu grupo tinha em torno de 120 membros.

Lampião viveu todos os conflitos de seu tempo quando o sítio de seu pai, José Ferreira, em Vila Bela, foi invadido pelo fazendeiro João Nogueira e seus capangas. Invadiram as terras dos Ferreiras, cortaram orelhas dos animais. Fizeram emboscadas e trapaças, em 1911. Os Ferreiras fugiram para um sítio no interior de Alagoas e se desentenderam com o subdelegado da região que invadiu o local e matou o pai de Lampião.

'A caçada a Lampião e seu bando terminou no dia 12 de agosto de 1938.

O cangaceiro foi morto aos 40 anos, a 3 quilômetros do Rio São Francisco,

na grota da fazenda Angico'

Aos 23 anos, após o assassinato do pai, Lampião tornou-se cangaceiro. Levou consigo os irmãos Ezequiel, Antônio e Livino. O apelido de Lampião foi dado pelos homens do bando de Sinhô Pereira que iniciou o jovem Virgulino no cangaço. Reza a lenda que Virgulino atirava muito bem e que o seu fuzil parecia iluminado. Atribui-se a ele a frase: “Meu fuzil não nega fogo”. A frase foi retrucada por outro cangaceiro que disse: Então não é fuzil, é lampião”. O apelido pegou e virou mito no sertão de Deus-dará. Lampião herdou o comando do bando de Sinhô Pereira aos 25 anos. A partir de 1926 algumas mulheres foram incorporadas ao bando. Lampião conheceu Maria Bonita em 1929, então mulher de um sapateiro. Fez a corte à bela Maria que abandonou o marido e optou pelo cangaço.

A caçada a Lampião e seu bando terminou no dia 12 de agosto de 1938. O cangaceiro foi morto aos 40 anos, a 3 quilômetros do Rio São Francisco, na grota da fazenda Angico. Época em que o rei do cangaço estava distraído, preocupado com a sua Maria Bonita que vivia o drama da tuberculose. A tropa do tenente João Bezerra recebeu o serviço do coiteiro de Lampião Pedro de Cândido que, segundo consta, teria levado bebida envenenada para os cangaceiros. Não houve luta. Os homens estavam bêbados e dormentes. Onze cangaceiros foram mortos, incluindo Lampião e Maria Bonita. Vinte e quatro cangaceiros fugiram pelo sertão. Acabou-se, aí, o reinado de Lampião. Mas a lenda continua.

* Gustavo Dourado é escritor baiano radicado em Brasília/DF.

- Visite o seu site: www.gustavodourado.com.br

 

- Imagens:

www.blasderobles.com/ Varia/Kircher/Atoz.htm

www.militantehp.hpg.ig.com.br/ julga6.htm

 

*  *  *

Crônica:

Triangulo amoroso

Faz quase um ano que o conheci. De súbito, encantei-me.

 Por Kelly LIMA*

 

Não que ele fosse muito belo. Pelo menos não com essa beleza comum, que encontramos por aí, em qualquer lugar.

 

Antes, o que chamou a atenção foi o exalar de um certo charme maduro, apesar de sua juventude. Na verdade, esse encanto veio justamente da mescla entre a maturidade, o senso de responsabilidade, e o fulgor da juventude, a alegria quase pueril.

 

Mas acima disso tudo, me apaixonei perdidamente pela inteligência e cultura que senti transbordando de sua alma.

 

Com ele aprendi um pouco de música e teatro, idéias e conceitos, pessoas e história. Aprendi lugares e culturas, povos e informação. Aprendi ufologia e coisas para além da compreensão.

 

Quando já estava completamente entregue à sua atração, quando entendi que sem ele não mais ficaria, fui apresentada à sua companheira.

 

Em princípio, foi quase um choque. Igualmente bela e culta era ela. E me mostrou o valor da amizade, a importância do respeito.

 

Enveredei-me de tal modo na existência dos dois que não fui capaz sequer de hesitar em com eles formar um triângulo amoroso.

 

E desde então tem sido uma relação simbiótica. Sem eles eu não sou completa, assim como incompletos eles estão sem mim, pelo que a eles represento. Porque como disse uma vez um grande sábio: 'ninguém passa pela nossa vida sem levar um pouco de nós, e sem deixar conosco um pouco de si'.

 

Para o Via Fanzine e sua companheira, a lista UFOVIA, meu mais profundo sentimento de admiração e amor, pelo que são capazes de me ensinar e proporcionar.

 

Que nossa relação se mantenha nesta eterna dependência mútua.

 

* Kelly Lima é bancária, cursando Administração de Empresas na Universidade de

Brasília (UnB). É cronista de Via Fanzine e UFOVIA.

 

 
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