UFOVIA - ANO 5 

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EXCLUSIVO: 40 anos:

A noite em que Lavras parou para ver um UFO

Cidade do sul de Minas assistiu a um verdadeiro show de um UFO, com direito a um "quase pouso" na periferia.

As fotos do objeto feitas por um médico de Lavras foram confiscadas por agentes do Exército Brasileiro.

 

Por GEUL*

Grupo de Estudos Ufológicos de Lavras-MG

 

Foto feita pelo médico Rêmulo Tourino Furtini

mostra uma luz em movimento no céu.

 

Na noite de 1º de junho de 1969, um UFO sobrevoou a cidade de Lavras, região Sul do estado de Minas Gerais, sendo observado por centenas de pessoas. O fotógrafo amador e médico Dr. Rêmulo Tourino Furtini tirou diversas fotografias do estranho objeto, que chegou a fazer um pouso em um pasto existente na época. O sargento Inocêncio França do Tiro de Guerra local e vários atiradores comprovaram o pouso, constatado tecnicamente após o ocorrido. Na época, o caso foi notícia na mídia de todo o país, despertando o interesse da Nasa e até mesmo do extinto bloco soviético.

 

Ufo é fotografado na madrugada

 

Naquela fria madrugada de 1º de junho de 1969 algumas pessoas encontram-se nas ruas, já que no tradicional Clube de Lavras estava acontecendo um dos seus famosos bailes. Alguns bares encontravam-se abertos e alguns bêbados ziguezagueavam por aquelas ruas tranquilas.

 

Era uma noite comum de inverno, como tantas outras em uma cidade interiorana, quando, de repente, um objeto voador não identificado sobrevoou Lavras de norte a sul, de leste a oeste, deixando em polvorosa os boêmios, os motoristas de táxi, os policiais que faziam a ronda naquela noite e algumas pessoas que transitavam pelas ruas da cidade.

 

Era um disco voador de aproximadamente 50 metros de diâmetro, sendo documentado pelas lentes da câmera do médico Rêmulo Tourino Furtini que depois teve o seu material requisitado pelo Exercito e pela Força Aérea Brasileira (FAB) e, posteriormente, entregue aos cuidados da Nasa, nos Estados Unidos. O material teria sido entregue “para pesquisas”, tanto as fotos, quanto o equipamento utilizado: uma câmera simples e sem recursos técnicos.

 

O fato foi noticiado em todo o mundo, inclusive no Brasil, apesar de a principal foto (que mostrava um prato com uma pequena cúpula em cima e outra maior em baixo, exibindo suas pequenas janelas) não ter sido publicada em nenhum jornal ou revista brasileira, já que o Brasil passava por momentos difíceis com o regime militar que vivia seus momentos áureos.

 

Revista ‘O Cruzeiro’ entrevista

 

Na revista ‘O Cruzeiro’, o mais importante órgão de informação do país naquela época, a matéria, relatando o fato, ocupou duas páginas, com o título “Mistérios nos céus de Lavras” e teve até mesmo uma chamada na capa: “O disco voador mineiro”, dividindo espaço com a atriz Elizabeth Taylor, protagonista do clássico “A Dama das Camélias”. Outros importantes órgãos de imprensa do Brasil também registram o fenômeno, como as revistas Manchete, Fatos&Fotos, Realidade, além de vários jornais.

 

O médico Rêmulo Tourino Furtini que fotografou o objeto, concedeu entrevista à revista O Cruzeiro, onde declarou que, “Passava pouco de meia noite, já 1º de junho. Na sala de minha casa e em minha companhia estavam minha esposa, sua mãe e uma cunhada. Nisso, o telefone toca. Meu sogro me informa que um objeto estranho estava nos céus da cidade. Fui até a varanda, vi o céu nublado e em meio à escuridão, lá estava a coisa, com um brilho alaranjado no centro e branco na periferia. Não poderia ser nenhum satélite e nem uma estrela. Disso tenho certeza.  O objeto não identificado estava mais ou menos 200 metros acima da torre da Rádio Cultura (na época, no bairro Nova Lavras) e distante de mim, uns dois quilômetros”.

 

Por sorte, o médico tinha em seu poder uma câmera fotográfica. Conforme contou a O Cruzeiro, “Lembrei que tinha um filme virgem na máquina. Corri para dentro. Voltei com a máquina e bati a primeira chapa rapidamente, temendo que o objeto sumisse. Sou fotógrafo amador e, portanto, sem maiores conhecimentos técnicos a respeito. Na máquina estavam estes números: distância 1,4: diafragma: 80 e velocidade: 60. O filme tinha a sensibilidade de 125 asas. Pois bem. Depois de fazer a primeira fotografia, voltei até a sala de minha casa, regulei a máquina novamente e bati novas fotos, em várias velocidades e aberturas de diafragma. Assim, consegui pelo fato de o objeto permanecer parado por alguns minutos”.

 

O Dr. Rêmulo contou que após fazer as fotos, o objeto fez movimentos estranhos e desapareceu, “Depois, ele deslocou-se para a direita, para cima, para baixo e foi desaparecendo. Movimentos estes, feitos com bastante velocidade. Não dormi naquela noite. Se contasse para alguém, iam me chamar de Louco. Pedi em casa que ninguém comentasse o fato. Com isso, retive o filme por dois dias em minha casa, aguardando o pronunciamento de outras pessoas que não de minha família sobre a estranha visão”.

 

Fotógrafo fala sobre o filme

 

O conceituado médico Rêmulo Tourino Furtini passou dois dias guardando o filme em segredo, até que percebeu a grande quantidade de pessoas que haviam visto o UFO sobrevoando os céus de Lavras. Nas rodas de conversa não se falava outro assunto. O filme foi então encaminhado ao Foto Flash, estabelecimento do fotógrafo Paulo Vítor Neves, que também falou à reportagem de O Cruzeiro: “De fato, em dias da semana passada fui procurado pelo Dr. Rêmulo que afirmou ter visto um clarão no céu e um objeto estranho, que havia fotografado. Pediu-me para revelar e verificar se continha alguma coisa, pois não tinha certeza se conseguira gravar algo no filme. Entrei para o laboratório e, depois de alguns minutos, levantei o filme ainda molhado e tentei vê-lo através de uma luz. Pensei que estivesse toda branca a chapa. Mas verifiquei mais devagar e observei certos pontos. Chamei o Dr. Rêmulo, mostrei-lhe o resultado e ele saiu dando pulos de alegria. Quanto ao que foi fixado no filme, não posso adiantar o que seja. Apenas acrescento que, qualquer outro objeto não teria condição de ser fotografado em noite escura como aquela, pois o que apareceu na foto foi a luz da coisa. E só”.

 

Dr. Rêmulo Tourino Furtini

 

Outras testemunhas

 

Muitas outras testemunhas puderam observar o fenômeno que, segundo consta, voltou a acontecer nos seguintes dias 02 e 03 de junho. Os repórteres da revista O Cruzeiro chegaram a relacionar até 100 pessoas idôneas que afirmaram ter visto o objeto cintilante cruzando o céu da cidade naquela madrugada. Entre estas pessoas estava o engenheiro civil José Alfredo Unes, então, chefe de setor da Rede Ferroviária Oeste de Minas, que chegou até mesmo a fazer desenhos do que viu para algumas revistas do exterior.

 

Ele conta que regressava do Clube de Lavras com sua família, quando foi surpreendido com aquela estranha visão, e assim, narrou a O Cruzeiro: “O objeto apareceu na minha rua e possuía uma luminosidade tão grande que não dava para vê-lo além da luz que o envolvia. Então apanhei uma garrafa de cerveja, quebrei e vi aquilo através do vidro partido. Fiquei impressionado e com as pernas tremendo, diante do objeto. Tinha uns 50 metros de diâmetro, uma luz vermelho-alaranjada, uma forma elíptica e uma espécie de cabine virada para baixo saindo de seu interior. Quando se movimentava, somente aparecia sua formação elíptica. Era um objeto não identificado. Não tinha condição de ser nenhum fenômeno meteorológico. Depois, pensando que estivesse tendo visões, procurei um medico. Lembrei-me então, que estava acompanhado por minha filha Ana Maria, que viu aquele objeto deslocando-se em toda direção, em sentido vertical, e cujo clarão vinha em nosso caminho. Também o viram, meu vizinho Paulo Araújo e alguns rapazes que voltavam de uma festa”.

 

Sargento e atiradores do TG se aproximaram do objeto

 

O disco voador sobrevoou a sede do Tiro de Guerra, o Colégio N.S. Aparecida, o Jardim São Paulo e chegou até mesmo, a fazer um pouso em um pasto, exatamente onde hoje é a residência do analista de sistemas Mateus Fantazzini, no bairro Centenário.

 

O referido pouso foi testemunhado por seis atiradores do TG e pelo segundo sargento França Ferreira, então comandante do Tiro de Guerra 04-264. O depoimento do sargento França – depois de autorizado pelo Exército Brasileiro – para O Cruzeiro, foi o seguinte: “Estávamos na sede do Tiro de Guerra, quando um amigo nosso parou de carro indagando se havíamos visto o disco. Passaram outros automóveis e então resolvemos ir também. Vimos o objeto e passamos a discutir. Uns diziam que era uma estrela, outros achavam que era uma luz de um carro. Fomos mais adiante, até onde nosso automóvel pudesse andar. Em certo trecho, saímos correndo em direção à coisa. Lá estava ela, à nossa distância, pouco mais de 100 metros. À nossa frente, uma cerca de arame farpado impedia a passagem. O objeto estava quase a um metro do chão, envolvido por uma luz avermelhada muito forte, impedindo que pudéssemos distinguir sua forma. O atirador Carlos Renato de Souza tentou pular a cerca para observar mais de perto. Impedi a manobra. Então resolvemos dar a volta. Aí, o estranho objeto deu uma volta de 80 graus, na altura da estação da Cemig e foi brilhar dezenas de quilômetros mais abaixo, na altura da estrada que liga Lavras a Ijaci, de onde desapareceu”.

 

Dos seis atiradores, três se aproximaram mais do objeto voador, chegando a estar a menos de cem metros de distância do UFO, separados apenas por uma frágil cerca de arame farpado; são eles: Júlio César Vitorino, Ronaldo de Sousa e Carlos Renato de Souza, o conhecido Nanato, irmão do ex-prefeito, ex-deputado e ex-secretário de Estado Maurício Pádua de Souza.

 

Nanato levou os repórteres de O Cruzeiro ao local exato da descida da suposta espaçonave, onde surgiu um enorme círculo que chegou a queimar a vegetação. Lá, constatou-se o tamanho do objeto, medindo a sua circunferência.

 

Fatos despertam interesses

 

O fato, além de ocupar espaço nos principais veículos de comunicação do Brasil e até do mundo, foi alvo de estudos de várias organizações do Brasil, Europa e Estados Unidos. Despertando até hoje, interesse em pesquisadores diversos.

 

O médico Rêmulo chegou a receber correspondências de vários países do mundo, inclusive, do extinto bloco soviético, todos querendo saber da foto desaparecida.

 

Depois de algum tempo e inúmeros estudos de especialistas da Nasa, Exército Brasileiro e FAB, a informação era de que a luminosidade do estranho objeto, não se tratava simplesmente de qualquer luz, mas de uma radiação, descartando de vez o que poderia ser eventualmente taxado fraude pelos incrédulos.

 

Geul conversou com Dr. Rêmulo em 2000

 

Em 02 de janeiro de 2000, a equipe de investigação do Grupo de Estudos Ufológicos de Lavras (GEUL) procurou o Dr. Rêmulo Tourino Furtini com o propósito de obter mais informações sobre o notório avistamento de 1º de junho de 1969. O grupo foi muito bem recebido pelo Dr. Rêmulo que confirmou todas as declarações concedidas na época. Acrescentou que as Forças Armadas enviaram-lhe, através de um agente, um detalhado questionário sobre seus hábitos, costumes e estado de saúde, cujo objetivo era traçar o perfil psicológico, verificando a idoneidade do médico. Ele disse que não sofreu nenhuma espécie de ameaça.

 

Dr. Rêmulo acrescentou também ao GEUL que a foto mais nítida, na qual se podia ver o disco voador, foi confiscada pelo Exército. Nela, notava-se claramente detalhes, tais como, uma janela ao redor da cúpula superior da nave e o mais interessante: uma silhueta de forma aparentemente humana aparecia numa das janelas. Afirmou, que a nave ao partir se posicionou verticalmente e saiu em disparada rumo ao infinito.

 

Quanto ao material confiscado e enviado à Nasa, Dr. Rêmulo disse nunca ter recebido relatório ou dossiê que esclarecesse o seu conteúdo. Contudo, pôde ficar com as fotografias em papel que mostram a luz em movimento.

 

 

Outros registros de UFOs na região de Lavras

 

- O primeiro registro de um UFO em Lavras se deu em 14 de outubro de 1896, quando várias pessoas afirmaram ter visto uma figura cintilante descer próximo a uma mina no local denominado “Água Limpa”. O suposto ser, chamado depois de “Santa” atraiu vários curiosos ao local, porém, a aparição não se repetiu.

 

- Treze dias antes da aparição de 1º de junho de 1969, outra similar foi verificada em 18 de maio e 1969.

 

- Em 24 de novembro de 1970 ocorreu um avistamento, não somente em Lavras, mas também em cidades diversas do Estado de Minas Gerais, sobretudo em Divinópolis, Itaúna na região Centro-Oeste do Estado e Belo Horizonte, na região Central. A imprensa deu total destaque ao assunto no dia seguinte.

 

- No mesmo período ocorreram avistamentos semelhantes em São Thomé as Letras, Ayruoca e Itumirim, cidades do Sul de Minas.

 

  

Apêndice:

O disco voador que decolou**

Por Pepe Chaves

 

O caso ocorrido há exatos 40 anos na cidade de Lavras, no Sul de Minas, reúne muitos elementos comuns a um caso ocorrido na mesma época, em Itaúna, região Centro-Oeste do estado. Além de a época ser a mesma, a descrição do formado objeto, suas luzes, sua velocidade e a forma em que ele decolou e sumiu no espaço, segundo as testemunhas itaunenses, coincidem bastante com as descritas pelo Dr. Rêmulo e demais testemunhas de Lavras. Some-se a isso, o fato de ter ocorrido notórios avistamentos de UFOs na região Centro-Oeste naquele ano de 1969. Isso poderá nos levar a crer que, pode se tratar de um mesmo objeto ou seria muita coincidência que dois discos voadores distintos estivessem a vagar pelas mesmas plagas mineiras naquela época.

 

Porém, o ocorrido em Itaúna, somente duas testemunhas puderam presenciar o legítimo disco voador, diga-se, de uma forma incomum para a maioria dos avistamentos de casos envolvendo UFOs, como veremos adiante. Em verdade, eles presenciaram a decolagem de um disco voador, a qual nos foi descrita com precisão quando estivemos com uma das testemunhas. Ambos são profissionais liberais conhecidíssimos em Itaúna, de idoneidade incontestável e que pagaram um preço alto por tornar pública a experiência que vivenciaram: a ridicularização, inclusive, por parte do prefeito da cidade naquela época.

 

O fato ocorreu numa das margens da Barragem do Benfica, no ano de 1969, cujo mês infelizmente a testemunha não conseguiu se lembrar. Foram protagonistas deste fabuloso avistamento, Clauto Nogueira Araújo, que nos prestou o depoimento a seguir, e o empresário Nico Viana. Noite escura, os dois amigos pescavam na barragem que abastece a cidade, em um aterro, próximo à fonte da Água Viva, água mineral extraída em Itaúna e comercializada em todo o Brasil.

 

Eles se encontravam a cerca de 50 metros de distância um do outro, pescando, quando Nico perguntou ao Clauto se ele havia visto uma luz descer atrás de uma montanha bem próxima deles. Clauto respondeu que não viu nada e Nico afirmou que desceu algo por lá e poderia ser um avião, porém, não ouviram barulho algum. Naquele mesmo instante, quando olhavam para o local onde Nico havia visto a luz descer, eis que surge por lá, curiosamente, um cachorro correndo. O animal, que se encontrava a cerca de uns 200 metros deles, estava latindo e chorando muito alto, como que em pânico total, conforme nos descreveu a testemunha.

 

Para Clauto, aquele cão só poderia ter “apanhado” (atingido de alguma forma), pois parecia chorar de dor, sendo afugentado por algum motivo. Ele nos contou que, “O cachorro saiu feito louco e um negócio, subiu... Aquilo era redondo, espécie de dois pratos juntos, um de boca para o outro, cheio de furinhos no meio dos dois. E o Nico me falou: ‘Nossa Senhora, olha um disco voador ali!’. Nico veio correndo para o meu lado, eu vi aquilo... Parece, que já estava pousado lá, ele foi subindo, uns 20 metros, ficou planando no ar e foi virando, virando (a parte mais fina foi apontando para o alto...) e ele partiu para o céu, numa velocidade que é uma coisa doida. Nessa altura, nós já tínhamos deixado nossas coisas de pescaria lá e estávamos correndo. Já pensou? À noite, você num buraco daquele? Subimos, o carro estava lá em cima”.

 

Apesar do tamanho susto e da pressa em abandonar o local, Clauto afirmou que durante o momento em que “a coisa” foi subindo, deu para reparar determinados detalhes, que ele nos descreveu, “O objeto era enorme, do tamanho de uma casa, a luminosidade interna, vermelho-escura, vazava pelos buraquinhos que ele possuía no meio, tive a impressão que havia uma espécie de forno lá dentro”. Ele disse que não deu para reparar na cor do objeto, porém, a mesma aparentava ser acinzentada, segundo ele.

 

Clauto Nogueira informou que o ufólogo mineiro Húlvio Brant Aleixo esteve em Itaúna (Húlvio também esteve em Itaúna no início dos anos 70, para pesquisar o caso das famosas “Luzes do Sítio do Dr. Virgílio”), poucos dias depois para pesquisar seu caso na época.

 

Ele contou que Húlvio Aleixo lhe mostrou um catálogo com diversos modelos de discos voadores, nele Clauto encontrou exatamente aquele avistado ao lado de Nico, “Eu me arrepio só, de lembrar, veja...”, disse, me mostrando o seu braço arrepiado.  O ufólogo de Belo Horizonte explicou que, provavelmente, eles teriam presenciado a ação de uma nave-mãe, que estaria soltando ou recolhendo sondas naquele local ermo. É interessante lembrar que antes de avistarem a grande nave, Nico havia alertado para uma luz que teria descido por trás da serra, o que pode se tratar de algum tipo de periférico, ou sonda (conforme narrados em diversas ocorrências) retornando à suposta nave-mãe.

 

No entanto, Clauto Nogueira ressalta que, tanto ele, quanto Nico, foram ridicularizados à época, por tornarem pública aquela experiência. “Muita gente nos criticou, falando que estávamos doidos, vendo disco voador. O então prefeito de Itaúna, Sr. Jadir Marinho de Faria (já falecido) foi um dos que mais riu dessa história e nos criticou naquela época”, contou.

 

Ele disse que se pudesse voltar atrás, não teria tornado a experiência pública, pois o preço de o terem feito, fora demasiadamente alto. Enfatizou que foi muito desagradável o fato de terem sido taxados de “loucos ou lunáticos”, por terem visto algo real, embora, notoriamente, ambos sejam cidadãos exemplares na comunidade em que vivem.

 

* A matéria 'A noite em que Lavras parou para ver um UFO' nos foi gentilmente enviada pela GEUL (Lavras-MG) e publicada originalmente na revista UFOMANIA (Pepe Arte Viva Ltda.), nº 02, de maio de 2000. A UFOMANIA era uma revista impressa distribuída aos principais ufólogos em atividade do país e editada por Pepe Chaves, editor de UFOVIA.

 

** 'O disco voador que decolou' – Apêndice: adaptação de trecho do livro “Os UFOs e seus Periféricos” (Pepe Arte Viva Ltda.), de Pepe Chaves.

 

- Fotos: Arquivo pessoal de Rêmulo T. Furtini.

 

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- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

 

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Minas Gerais:

Fenômenos luminosos no interior mineiro

Regiões distintas do interior de Minas Gerais apresentam casos

semelhantes envolvendo objetos voadores luminosos.

 

Por Pepe Chaves

Editor - UFOVIA

 

Bolas de luz de cores variadas são narradas pelas populações interioranas.

 

Através das pesquisas de gabinete, pudemos desenterrar alguns aspectos interessantes do fenômeno UFO no Estado de Minas Gerais, Brasil. Mantivemos contatos com diversas pessoas que não são necessariamente pesquisadores destes fenômenos, mas que se interessam e guardam casos interessantes, ocorridos com eles próprios ou transmitidos por terceiros. Muitas dessas ocorrências merecem registro, pois que elas se coadunam com outras ocorridas em regiões avessas e, como sempre, com um público bastante distinto em termos de formação, educação, crença religiosa e posição social.

 

Ao longo de meu interesse pelos fenômenos luminosos no interior do Estado de Minas Gerais, pude receber diversos relatos, testemunhos e causos inusitados envolvendo a humilde população dos sertões mineiros acerca destes eventos ainda não dirimidos cientificamente. Alguns destes casos estão registrados no meu livro Os UFOs e seus Periféricos, que remonta 10 anos de pesquisa sobre essas esferas luminosas que transitam há décadas pelos céus mineiros, chamadas pelos sertanejos de “Mãe do Ouro”.

 

Muitos desses relatos que nos chegaram foram fornecidos por terceiros que, de alguma maneira ou se interessam pelo assunto ou simplesmente porque os registrou na memória sem maiores pretensões.

 

Uma dessas pessoas que nos narrou algumas passagens consideráveis no tocante aos fenômenos luminosos no interior mineiro foi o mineiro Ronaldo Malta, que conheci pela Internet. Mantivemos contato e ele cordialmente colocou algumas interessantes informações a respeito destes fenômenos na região em que reside.

 

Itabirito

 

Em Rio de Pedra, distrito de Itabirito/MG há uma usina da Cemig e um belo lago artificial cercado por chácaras e um clube. No ano de 1984, Malta esteve acampado nesse local com alguns amigos e parentes que moram naquela região. Ele nos contou que, “Me avisaram para não dormir debaixo de coqueiro porque era perigoso. Estranhei e pensei que fosse por causa de animais peçonhentos, mas não era. Os ‘nativos’ me contaram que na região aparecia uma luz muito forte, do tamanho de uma caixa de laranjas, que voava baixo e em linha reta na altura dos coqueiros e que de vez em quando a luz batia na copa destas árvores quebrando-as”. 

 

Segundo lhe contaram, sempre à noite, com luar ou não, tempo bom ou ruim, a luz movimenta-se erraticamente, como que balançada pelo vento (não necessariamente haveria vento), sempre na altura das copas das árvores. Eram luzes amarelas, por vezes brancas e sempre vinham acompanhadas de um "rastro" da mesma cor e por um zumbido.

 

“Imaginei que poderiam ser ‘raios bola’, mas as pessoas me garantiram que com tempo bom, sem nuvens, o fenômeno também ocorria. E de fato, quando amanheceu, pude ver alguns coqueiros com os troncos quebrados na altura da copa. Como estava na margem oposta do lago e não tínhamos barco, não pude ver de perto as copas das árvores no chão”, disse Malta.

 

Segundo Ronaldo Malta, em Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto, no ano 2000, um amigo observava o crepúsculo vespertino por trás das altas montanhas da região (complexo da Serra do Espinhaço), quando uma luz vermelha lhe chamou a atenção.

 

Esta luz que parecia ser uma esfera em alta velocidade, voou por sobre a serra acompanhando o perfil da mesma. Segundo seu amigo, era como se aquela luz estivesse brincando de redesenhar o perfil dos morros, de um extremo ao outro. O tempo estava bom e ainda iluminado o suficiente para ele perceber a trajetória do objeto. Na mesma região em 1989, Malta conta que ele e alguns amigos presenciaram por algumas noites algo inusitado. Eram dois objetos brilhantes, um vermelho-rubi e outro amarelo-dourado, “pouco maiores que estrelas”.

 

Ele conta que “Os objetos se encontravam em elevada altitude e vinham voando em sentidos opostos, Oeste-Leste, em rota de colisão. Quando se ‘encontravam’, ficavam por alguns segundos parados e retornavam sua jornada pelo caminho que vieram. A luz vermelha sempre vinha e voltava para o leste e a outra do oeste. Sempre as 19h30, este encontro marcado chamou a atenção de vários amigos, mas à noite não tinha jeito de fotografar o encontro, apesar que tentamos, mas a revelação foi negra como a noite”.

 

Profundamente interessado pelo assunto, Ronaldo Malta nos contou também que na cidade de Mariana/MG soube que a “Mãe do Ouro” sai de dentro do rio que corta a cidade. Segundo se informou em Mariana, a terminologia “Mãe do Ouro” naquela região, não designa esferas douradas como em outras localidades interioranas do Brasil, mas sim, uma figura feminina surgida das águas poluídas. “A figura luminosa, que lembra uma mulher, sai do centro do rio, dá algumas voltas por perto e retorna pelo mesmo local. Bom, o que é aquilo ninguém sabe, mas para aguentar a poluição de uma fábrica de alumínio, mais a de Ouro Preto, Passagem de Mariana e de Mariana, esta Mãe dever ser bem vacinada”, brincou.

 

Malta nos contou um caso no mínimo inusitado. Segundo ele, na região rural de Esmeraldas/MG, grande BH, bolas luminosas de várias cores estiveram a atacar os moradores. “Isto mesmo. Inclusive a testemunha e seus parentes mais próximos foram vítimas destas luzes que investem sobre qualquer um que estiver em seu caminho”, disse ele.

 

Malta nos informou que a testemunha dos fatos é um rapaz que, segundo seus amigos, não é de falar muito e só contou o caso para eles por que trabalham juntos há vários anos e ele não sabia a quem recorrer. Acrescentou que o tal rapaz chegou a correr dele, literalmente, quando tentou pegar seu depoimento. “Não sei por que cargas d’água, quando lhe falaram que eu pesquisava o assunto e que poderia pelo menos tentar explicar o que eram estas coisas, o rapaz ficou tomado de pânico por mim”, afirmou.

 

Ouro Preto

 

Malta nos trouxe um dos casos mais recentes de seu repertório, qual ocorreu em agosto de 2005. "Um amigo me relatou em 10/08/2005 uma ocorrência em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, distante 17 km deste município. Não tenho nomes e nem a data correta, mas solicitei o levantamento para futura entrevista, já que trabalhando e estudando à noite e aos sábados, infelizmente não tenho mais tempo", disse ele.

 

Outro caso lhe foi relatado pelo engenheiro elétrico Douglas Pedrosa, que é natural da região e amigo das testemunhas. Ocorreu há poucas semanas antes de falar conosco, quando um casal resolveu namorar por volta das 2h da madrugada na estrada de acesso de um local conhecido como Retiro das Rosas.

 

Neste local há uma pedreira abandonada onde há também um poço que está com água, devido à furação do poço ter atingido o lençol freático. Eles foram de motocicleta e chegando lá, perceberam um clarão vindo de dentro do poço. O rapaz aproximou-se e viu uma luz de azul intenso sobre o lago. A luz era tão intensa que se via o fundo do referido lago e ele não pôde determinar a forma do objeto, já que não havia possibilidade de distinguir devido a forte iluminação. Ficaram com medo e resolveram ir embora. Meu amigo não soube informar como estava o tempo no momento. Porém, ao aproximarem da moto perceberam que havia um vulto perto da mesma. Esconderam-se no mato e ficaram a observar.

 

Em dado momento, tomado de coragem, o rapaz que estava com uma lanterna, começou a iluminar o vulto de baixo para cima e o que mais lhe chamou a atenção é que a ‘cabeça da coisa não tinha fim’, no palavreado da testemunha e antes de acabar de iluminar ‘a coisa’ por inteira, ele saiu em disparada e voltou ao esconderijo com a namorada. Em dado momento perceberam que o vulto tinha sumido e voltaram ‘voando’ para Amarantina, povoado próximo, onde o rapaz deixou a namorada e relatou o ocorrido para uma turma de amigos. Todos resolveram voltar até lá para ver a tal luz e a criatura, mas chegando lá, não havia mais nada de anormal.

 

Também na região de Ouro Preto, diversas pessoas já testemunharam luzes errantes, também chamadas por lá de “Mãe do Ouro”. Constam também, diversos relatos da região, envolvendo UFOs e até criaturas exógenas, geralmente interpretadas como assombrações ou manifestações demoníacas.

 

* Trecho do Livro  Os UFOs e seus Periféricos (Pepe Arte Viva Ltda.), de Pepe Chaves.

- Ilustração: Pepe Chaves.

 

- Leia também, do autor:

Os UFOs e seus Periféricos em Minas Gerais - reportagem

Os UFOs e seus Periféricos - prefácio do livro

 

- Leia mais sobre casos ufológicos do interior mineiro:

http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/ufovia/avistamento.htm

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- Produção: Pepe Chaves.

  © Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.  

 

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Centro-oeste mineiro:

A Luz da Chapada em Minas Gerais

Histórias que atravessam diversas gerações e tentam justificar

as atividades de luzes desconhecidas que vagam no sertão mineiro.

 

Por Alberto F. do Carmo*

De Brasília-DF   

Para UFOVIA

 

Livros de Daniel Rebisso Giese e Bob Pratt

 

A Luz da Chapada era e é um fenômeno muito conhecido na região Centro-oeste do Estado de Minas Gerais. Principalmente na região de Moema, Santo Antônio do Monte, Lagoa da Prata, Divinópolis, Itaúna e Bom Despacho. Por coincidência, há até uma cidade da região que tem o nome de Luz.

 

O fato é que ouço histórias desde pequeno sobre o fenômeno e tenho 66 anos. Na infância, ouvi menções a pessoas que sofreram queimaduras, como no caso de um sujeito, que teria ficado com meio bigode queimado.

 

Uma procissão noturna teria sido dispersada também, segundo ouvi contar, pela aparição da luz. Isto deve ter sido em torno das décadas de 1930 ou 1940, pois quando ouvi isto, devia ter uns sete, oito anos e as histórias eram de coisa bem mais antiga.

 

Um primo meu, médico, não acreditava nisto. Talvez pensasse que fosse coisa de gente supersticiosa e ignorante. Só que, numa noite, voltando de sua fazenda, rumo a Santo Antônio do Monte, viu a luz. Coisa pequena, como um farol de bicicleta. Mudou de idéia, mas não gosta de falar do assunto.

 

Ouvi também menção a uma lenda. Segunda a mesma, a tal luz seria a alma penada de uma filha-de-Maria que morrera e fora enterrada sem a fita que as moças pertencentes à ordem usam e costumam ser enterradas com ela.

 

Muitos anos depois, já na condição de ufólogo, fazendo parte de equipes que pesquisaram surtos de aparições de UFOs no Estado, vi, junto com meus companheiros, que o fenômeno era mais extenso. Na região do Vale do Rio das Velhas, o fenômeno era confundido com a "Mãe-do-ouro" ou o fogo fátuo.

 

O fogo fátuo para quem não sabe, é a combustão espontânea do fósforo dos ossos de animais. Isto é interpretado supersticiosamente como sendo evidência de jazida de ouro no local. Entretanto, as aparições eram muito mais longas, com casos de perseguição a pessoas, rasantes em carros e outras coisas mais. O fogo fátuo dura apenas alguns instantes e não desenvolve movimentos inteligentes.

 

'E falaram que tinham achado uma bolinha prateada. "Deixe-me ver",

disse a mãe. O menino abriu a mão... E a bolinha saiu voando'

 

Para tais luzes, havia também a denominação de "carro-fantasma". Razão: a pessoa vinha de carro pela estrada e via algo como um farol forte adiante. Baixava o farol, às vezes esperava, às vezes continuava em marcha lenta. Só que o carro não aparecia mais...

 

O Centro de Investigação Civil dos Objetos Aéreos Não Identificados tem centenas de relatos sobre tal tipo de casos. Seu fundador, o falecido professor Húlvio Brant Aleixo, durante décadas, recolheu e gravou tais casos. Por tal cruzamento de dados, verificou-se que tais fenômenos são muito antigos na região, bem mais antigos do que o surgimento da expressão "disco-voador" na mídia global.

 

Há casos semelhantes na França, Europa e nos próprios Estados Unidos. Recentemente, o pesquisador Ted Philips nos relatou que teve uma câmara de vídeo desarmada, cuja fita foi ejetada, ante a presença de uma dessas luzes. Há fortes possibilidades de que tais objetos sejam sondas alienígenas, não tripuladas, que são mandadas em missão de espia em nosso meio.

 

Temos por exemplo um caso de 1971, desta vez, ocorrido na cidade de Amarantina-MG perto de Ouro Preto. Uma senhora levantou-se no meio da noite para tomar um copo de água na cozinha, quando sentiu algo passar rápido perto de suas pernas. Pensou que era um morcego ou pássaro. Ao acender a luz deparou-se com algo como um planeta Saturno em miniatura, voando pelo aposento. O objeto subiu rápido e passou por um orifício de ventilação da parede da cozinha. Era uma daquelas aberturas com tijolo falhado, em forma de cruz. Possivelmente a coisa entrou e saiu pelo mesmo buraco, numa manobra de grande precisão, diga-se de passagem.

 

Outro caso, que nunca conseguimos documentar, teria se dado na região de Dores do Indaiá-MG. Uma senhora que lavava roupa, fora de sua casa, teve sua atenção despertada por uma briga dos filhos. Era coisa de "não, é meu, eu vi primeiro". Chegando-se a eles, perguntou-lhes sobre o que está acontecendo. E falaram que tinham achado uma bolinha prateada. "Deixe-me ver", disse a mãe. O menino abriu a mão... E a bolinha saiu voando!

 

Num outro caso, em Caconde, Sul de Minas - pesquisado pelo ilustre e falecido ufólogo Dr. Walter Bühler - um cilindro foi achado por um senhor, no campo. Tinha um mostrador e coisas como números e um ponteiro. Levou-o para casa e colocou-o sobre a geladeira. Foi trabalhar, pois trabalhava à noite. Quando voltou, viu que havia algum tipo de confusão na sua casa. Havia vizinhos e sua mulher (ainda de camisola) estava com os filhos no meio da rua, todos assustados. Resumo: haviam se deitado, quando o "trem" começou a emitir um tique-tique. De repente, houve uma emissão de luz forte e a coisa disparou para cima, arrebentando as telhas por onde passou. A casa era sem forro.

 

Há muitos outros casos em Minas.

 

* Alberto Francisco do Carmo é licenciado em Física e pesquisador ufológico desde os anos de 1950.

 

- Este texto foi publicado originalmente pelo site www.estronho.com.br. Esta atual versão foi atualizada.

 

- Leia também: Luzes no céu dos sertões brasileiros, do autor.

 

- Imagens: Divulgação.

 

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