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Internacional

Washington:

Obama anuncia assassinato de Osama

Da Casa Branca, o presidente americano Barack Obama fez

anúncio oficial da morte de Osama Bin Laden, nesse domingo.

 

Por Pepe Chaves*

De Belo Horizonte

Para Via Fanzine

02/05/2011

 

Na Casa Branca, Obama anuncia a morte de Osama.

 

Osama está morto

 

Pegando toda a comunidade global de surpresa, o presidente americano Barack Obama anunciou na noite de domingo, 1º/05, que Osama bin Laden, líder da Al Qaeda e responsável pelos ataques de 11 de setembro às Torres Gêmeas, foi morto num tiroteio durante operação das forças americanas na mesma data, no interior do Paquistão.

 

O anúncio em tom de "missão cumprida", foi pronunciado por um presidente de semblante sério, demonstrando ter efetuado um considerável em sua administração. A morte do líder terrorista encerra uma caçada humana por quase 10 anos ao mais procurado terrorista do mundo. Após efetuar gastos astronômicos do orçamento americano com a chamada "guerra antiterrorismo" no Afeganistão - incluindo no governo Bush -, Obama parece agora acenar para a retirada de suas forças militares daquele país.

 

De acordo com as declarações de Obama, o corpo de Osama está sob responsabilidade de autoridades americanas. “Em noites como esta, podemos dizer que a justiça foi feita”, disse o presidente, em tom de comemoração contida.

 

O destino de Ayman al-Zawahiri, o número dois no comando da Al Qaeda permanece incerto.

 

Osama, após milhões e milhões de dólares gastos, foi assassinado.

 

O anúncio da morte de Bin Laden ocorre num momento decisivo na guerra liderada pelos EUA contra o terrorismo, sobretudo, no Afeganistão. Também, num momento em que a economia americana transparece sua fragilidade fazendo com que gastos bélicos se tornem alvos de profundas críticas por parte da a sociedade, bem como da oposição. Cobranças parecidas ocorrem em alguns dos países que compõem o eixo aliado estadunidense, cujas populações também clamam pelo desligamento dos conflitos afegãos.

 

Agora resta saber se a morte do líder da Al Qaeda não levará seus seguidores a transformá-lo em mártir, inflamando ainda mais o seu movimento ou se fará virar definitivamente página da guerra do Afeganistão. A princípio, esta missão que culminou na morte de Bin Laden assinala uma possível retirada das tropas americanas das cercanias de Osama.

 

O presidente Obama também informou que uma pequena equipe de agentes dos EUA agiu de assalto sobre um alvo na cidade paquistanesa de Abbottabad, após meses de trabalho da inteligência, que localizou Bin Laden e constatou que ele estava vivo. Obama disse que Bin Laden teria sido morto após um tiroteio, e que as suas tropas tomaram a custódia de seu corpo.

 

Emissoras americanas e do Oriente Médio  veicularam rapidamente a notícia da morte do líder da Al Qaeda. Nos EUA, multidões se reuniram em frente à Casa Branca, torcendo para que fosse verdade, enquanto aguardavam o presidente confirmar a notícia.

 

Durante muitos anos, Bin Laden conseguiu se safar da perseguição acirrada que sofreu dentro de seu próprio território. Para tanto, ele foi capaz de se esconder nas montanhas do Afeganistão e outros locais de difícil acesso. Inicialmente, ele escapou da localidade de Tora Bora, nas montanhas do leste do Afeganistão, após a invasão americana que derrotou os talibãs, considerados os seus protetores.

 

Enquanto se encontrava em "paradeiro", Bin Laden gravou cerca de 30 mensagens em áudio, vídeo ou texto eletrônico. Nelas, por vezes, provocava e, por vezes, exultava-se, ou ainda, às vezes, incitava novos ataques terroristas.

 

Autoridades da inteligência americana acreditam que tais mensagens foram passadas de mão em mão por várias vezes, até apagar qualquer rastro de seu esconderijo. Mesmo na clandestinidade, ele permaneceu como uma figura simbólica e potente.

 

As autoridades americanas acreditam - com base em comunicações interceptadas - que Bin Laden também ajudou a moldar toda estratégia operacional da Al-Qaeda.

 

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine.

- Com informações e imagens do The New York Times e tradução do autor.

 

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Líbia:

Palácio de Kadafi é bombardeado

Aviões da coalizão bombardeiam palácio do complexo de Kadafi em Trípoli.*

 

Os aviões da coalizão internacional bombardearam nesta quarta-feira um palácio do coronel Muammar Kadafi no complexo militar de Bab el Azizia, ao sul da capital, informou a rede árabe "Al Arabiya".

 

Kadafi compareceu na noite de terça-feira neste palácio perante seus partidários em um ato divulgado pela rede de televisão estatal líbia em que reiterou sua intenção de permanecer no país.

 

O canal também informou que os carros de combate das tropas do coronel dispararam nesta quarta-feira sobre um dos principais hospitais de Misrata, ao leste da capital, segundo um médico com o qual falaram por telefone.

 

* Informações da EFE.

 

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Inglaterra:

Corte britânica aprova extradição de Assange*

Promotores dizem que a segunda acusação se enquadra na menos grave das

três categorias de estupro previstas na lei sueca, com pena de até quatro anos de prisão.

 

Um tribunal britânico decidiu nesta quinta-feira extraditar Julian Assange, fundador do WikiLeaks, para a Suécia, onde ele é acusado de cometer crimes sexuais contra duas ex-voluntárias do site, o que ele nega.

 

Um advogado de Assange disse que irá recorrer.

 

Na Suécia, uma porta-voz disse que a promotoria sueca colocará em breve uma nota em seu site se manifestando sobre a decisão.

 

O australiano Assange, de 39 anos, se diz vítima de uma perseguição política por ter irritado os Estados Unidos com a divulgação de milhares de documentos diplomáticos sigilosos.

 

Uma das mulheres acusa Assange de ter ignorado pedidos dela para que usasse preservativo em uma relação sexual. A outra diz que ele fez sexo com ela - também sem preservativo - enquanto ela dormia.

 

Promotores dizem que a segunda acusação se enquadra na menos grave das três categorias de estupro previstas na lei sueca, com pena de até quatro anos de prisão.

 

Durante três dias de audiências neste mês, advogados de Assange argumentaram que ele não teria direito a um julgamento justo na Suécia, e que promotores do país nórdico tinham cometido erros técnicos no caso.

 

Alegaram também que o australiano, especialista em informática, poderia acabar sendo enviado para os EUA, onde poderia até ser executado pela divulgação dos segredos.

 

Segundo os advogados do réu, o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, criou uma "atmosfera tóxica" em seu país, tratando Assange como "inimigo público número 1" e reduzindo as chances de que ele tenha um julgamento justo.

 

Mas o juiz britânico Howard Riddle rejeitou esse argumento e ordenou a extradição.

 

* Informações de Michael Holden/Reuters.

 

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EUA:

Declarado o fim da Guerra do Iraque

Obama declara o fim da guerra no Iraque e afirma que "é hora de virar a página".*

 

No salão oval da Casa Branca, Obama anunciou o fim

da guerra do Iraque. que durou mais de sete anos.

 

O presidente norte-americano, Barack Obama, declarou formalmente o fim da operação militar no Iraque afirmando que, após sete anos de guerra e mais de 4.400 “vidas americanas” perdidas, é “hora de virar a página”. Obama discursou nesta terça-feira (31) em rede nacional no salão oval da Casa Branca.

 

“Os Estados Unidos pagaram um alto preço para colocar o futuro do Iraque nas mãos de seu povo", afirmou. "Nós persistimos por causa de uma crença que compartilhamos com o povo iraquiano. A crença de que a partir das cinzas da guerra, um novo começo pode ter nascido".

 

Obama lembrou aos americanos que, ao dar a responsabilidade pela segurança do país para os iraquianos, está cumprindo uma promessa feita durante a campanha presidencial.

 

Obama elogiou a coragem e determinação das tropas americanas e disse que é hora de se concentrar em "sua responsabilidade central" como presidente: "a restauração a saúde econômica da nação".

 

Obama disse que a atenção deve ser voltada à guerra no Afeganistão e para os problemas mais urgentes “de casa”. O presidente admitiu que os americanos, “compreensivamente”, estão fazendo perguntas sobre o Afeganistão, mas pediu ao país para ficar ao seu lado nessa guerra.

 

Segundo o presidente norte-americano, agora o país pode aplicar mais recursos no Afeganistão devido ao fim do conflito no Iraque. De acordo com Obama, o ritmo da retirada norte-americana do Iraque dependerá das condições em terra, mas começará na data prevista, em julho de 2011 e deve terminar até o fim do ano que vem.

 

Soldados

 

Mais cedo, Obama viajou a Fort Bliss, no Texas, para se reunir com os soldados que retornaram do Iraque e cumprimentá-los pelos trabalhos em combate. No entanto, o líder lembrou que a luta continua em outro lugar, no Afeganistão, e isso requer novos "sacrifícios" dos militares e de suas famílias.

Em seu discurso aos soldados, o presidente afirmou que "não pretende cantar vitória e que ainda resta muito trabalho a fazer para garantir que Iraque se transforme em um aliado efetivo".

 

"Embora a verdade seja que, graças ao extraordinário serviço que todos vocês prestaram, o Iraque tem agora a oportunidade de criar para si um futuro melhor e os Estados Unidos são agora mais seguros que antes", disse Obama.

 

Ele indicou que, apesar do fim das missões de combate no Iraque, os EUA continuarão trabalhando junto aos iraquianos, realizando treinamento e também colaborando na luta contra o terrorismo.

 

Segundo os planos do Governo americano, durante essa fase de transição, permanecerão no Iraque cerca de 50 mil soldados americanos. Está previsto que eles deixem totalmente o país árabe até dezembro de 2011.

 

Obama agradeceu explicitamente os "sacrifícios" dos soldados e de suas famílias nos sete anos e meio de guerra do Iraque. "Buscaremos servir vocês, tão bem como vocês serviram o país".

 

O presidente reconheceu que muitos dos militares que retornaram sofrem lesões cerebrais e estresse pós-traumático, mas ressaltou que, nos últimos dois anos, aumentaram os serviços que prestam assistência aos veteranos de guerra.

 

* Informações e imagem de UOL Notícias.

- Assista o vídeo:  Homenagem às vítimas da Guerra do Iraque - Produção: Pepe Arte Viva.

 

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Oriente Médio:

Irã rejeita enviar condenada

à morte para asilo no Brasil*

Lula, que tem relações amistosas com Ahmadinejad, ofereceu asilo a Sakineh neste mês.

 

Em todo o mundo pessoas se manifestaram contra a condenação.

 

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, disse que Sakineh Mohammadi Ashtiani, a mulher condenada à morte por apedrejamento pelo crime de adultério, não será enviada ao Brasil, apesar da oferta de asilo feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

A sentença imposta a Sakineh causou comoção internacional e se tornou um surpreendente tema de discussão na atual campanha eleitoral brasileira.

 

Lula, que tem relações amistosas com Ahmadinejad, ofereceu asilo a Sakineh neste mês. A proposta já havia sido anteriormente rejeitada por um porta-voz da chancelaria iraniana, segundo a qual o presidente brasileiro "não havia recebido suficiente informação" sobre o caso.

 

Em entrevista à Press TV, canal estatal iraniano em língua inglesa, Ahmadinejad disse: "Acho que não há necessidade de criar problemas para o presidente Lula e levá-la ao Brasil."

 

"Estamos interessados em exportar nossa tecnologia para o Brasil, em vez de (exportar) uma questão dessas", acrescentou ele na entrevista, transmitida na segunda-feira à noite. Ahmadinejad falou em farsi e sua voz foi coberta pela tradução para o inglês.

 

"Há um juiz, afinal de contas, e os juízes são independentes. Mas conversei com o chefe do Judiciário, e o Judiciário não concorda com isso (o asilo da ré)."

 

Pela lei islâmica vigente no Irã, os crimes de homicídio, adultério, estupro, assalto, apostasia e narcotráfico estão sujeitos à pena de morte.

 

Em entrevista coletiva, Ramin Mehmanparast, porta-voz da chancelaria, disse que o Ocidente criou todo o furor em torno de Sakineh para prejudicar o Irã.

 

"Isso é mais um complô a fim de criar problemas nas estreitíssimas relações (do Irã) com Brasil e Turquia", afirmou.

 

Em maio, Brasil e Turquia convenceram o Irã a aceitar um acordo de intercâmbio de material nuclear, na esperança de que isso afastasse as preocupações ocidentais de que o país estaria tentando desenvolver armas nucleares -- o que o Irã nega. O acordo acabou não sendo levado adiante porque logo em seguida a ONU anunciou um novo pacote de sanções ao Irã.

 

Sakineh foi condenada em 2006 a 99 chibatadas por ter uma "relação ilícita" com dois homens, segundo a entidade Anistia Internacional. Posteriormente, foi condenada à morte por apedrejamento, acusada de "adultério enquanto estava casada", o que a Anistia diz que ela nega. Depois, surgiu também uma acusação de envolvimento no homicídio do seu marido.

 

A sentença por apedrejamento foi suspensa, à espera de uma revisão judicial do caso, mas ainda poderá ser aplicada.

 

Na semana passada, uma mulher identificada como Sakineh deu uma entrevista à TV iraniana, falando de sua relação com um homem que matou seu marido.

 

A Anistia Internacional diz que o Irã é o segundo país do mundo que mais recorre à pena de morte, atrás apenas da China. Em 2008, a República Islâmica realizou pelo menos 346 execuções.

 

* Por Robin Pomeroy, para a Reuters.

- Foto: Arquivo VF.

 

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Exportações:

Sanções dos EUA ao Irã podem afetar a Petrobras*

A interpretação da lei, após aprovada, tende a ser flexível.

 

O projeto de lei de sanções unilaterais dos Estados Unidos contra o Irã, por enquanto, deixa a salvo a Petrobras, mesmo em caso de exportações de etanol ao mercado iraniano. Mas o setor empresarial brasileiro já foi alertado por senadores americanos de que, diante de qualquer gesto de fornecimento do produto ao Irã, uma emenda será facilmente agregada para permitir a punição.

 

A proposta começou ontem a tramitar no Congresso e deve ser aprovada. Assim como outras empresas do setor, a Petrobras sofreria sanções em caso de fornecimento de petróleo e derivados, especialmente gasolina, e se tivesse mantido o investimento no país, abandonado em 2009. Mas companhias brasileiras de outros segmentos estarão sujeitas às represálias unilaterais dos EUA se fornecerem bens, serviços e tecnologia aos setores petroleiro e nuclear do Irã. O Brasil exportou US$ 1,2 bilhão no ano passado ao país.

 

A interpretação da lei, após aprovada, tende a ser flexível. O Brasil já foi advertido pela Casa Branca, na época da aprovação das sanções do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU), que seria punido se fossem registrados embarques de etanol ao Irã.

 

O projeto Dood-Berman amplia as sanções unilaterais de 1996 contra o Irã ao atingir também companhias estrangeiras que não atuam nos EUA. Para especialistas, o texto é menos agressivo que as versões originais, mas terá impacto, sobretudo, na população iraniana.

 

* Informações do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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Rússia:

Iniciada identificação dos corpos

Russos e poloneses tentam identificar corpos de tragédia aérea.*

 

Russos depositam flores no local do acidente.

 

Investigadores russos e poloneses trabalhavam nesta segunda-feira na identificação dos restos de cerca de 100 pessoas mortas no acidente aéreo que matou o presidente da Polônia e outras autoridades do país.

 

O caixão com o corpo do presidente Lech Kaczynski chegou a Varsóvia no domingo, mas os restos de outras vítimas foram enviados a Moscou para identificação.

 

O acidente com o avião Tupolev do governo polonê ocorreu no sábado perto do aeroporto de Smolensk, no oeste da Rússia. Sob forte nevoeiro, o piloto teria ignorado ordens da torre de controle para não pousar. Todas as 97 pessoas que estavam a bordo morreram.

 

O presidente, sua mulher e uma comitiva com altas autoridades do país, entre eles o presidente do Banco Central, viajavam à Rússia para participariam de uma cerimônia para marcar o 70o aniversário do massacre de oficiais poloneses por forças soviéticas em uma floresta próxima.

 

Em Moscou, a ministra da Saúde Tatyana Golikova disse que o processo de identificação dos corpos levaria de dois a três dias.

 

A ministra polonesa Ewa Kopacz esteve em Moscou e afirmou que o procedimento não é fácil. "Em muitos casos só é possível fazer a identificação com ajuda de expertise genética."

 

O Conselho de Política Monetária do país tinha uma reunião prevista para esta segunda-feira.

 

* Por Gareth Jones, para a Reuters.

- Foto:Reuters.

- Leia também: Avião polonês cai: morre presidente e mais 95

 

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Zurique:

Enterrado menino brasileiro morto pelo pai na Suíça*

O assassinato de Florian aconteceu em um quarto do hotel Krone,

na cidade de Winterthur, a 26 quilômetros de Zurique.

 

O jovem brasileiro Florian Mutter, morto pelo pai na Suíça.

 

O menino brasileiro Florian Mutter, 4 anos, foi sepultado no dia 05/03 em um cemitério da cidade de Kloten, a 12 quilômetros de Zurique, norte da Suíça. Em 26 de fevereiro, ele foi vítima de uma overdose de soníferos seguida de asfixia, em um quarto de hotel no qual passara a noite com o pai, identificado pela polícia local apenas como Gustav G. O menino, filho de brasileira, teria sido morto pelo próprio pai, que a seguir teria tentado se suicidar, sem sucesso.

 

O homem, um contador de 60 anos, já havia sido condenado há 20 anos por tentar matar seu primeiro filho. Depois de deixar a prisão, Gustav havia vivido por cinco anos com a brasileira Márcia Mutter, de 35 anos, a quem conhecera havia pouco mais de cinco anos em Valência, na Espanha.

 

O assassinato de Florian aconteceu em um quarto do hotel Krone, na cidade de Winterthur, a 26 quilômetros de Zurique. Segundo a apuração policial, funcionários do estabelecimento foram alertados pelo alarme anti-incêndio do quarto. Ao entrarem, encontraram dois corpos caídos ao chão e recobertos pela poeira branca de um extintor de incêndio. Os paramédicos tentaram reanimar Florian, que chegou a ser levado de helicóptero a um hospital local, antes de falecer. Gustav, por sua vez, pôde ser salvo e está preso.

 

Separação

 

As circunstâncias do crime ainda não estão esclarecidas pela polícia. A hipótese mais provável é que Gustav temesse que Márcia fugisse com o filho para o Brasil. Desde a separação, em fevereiro de 2008, o casal disputava a guarda do menino, que foi atribuída ao pai pelo Conselho Tutelar de Bonstetten, cidade na qual a família morava. "Ao longo das últimas três semanas, o pai rejeitou o direito de visita da mãe ao filho", informou à imprensa suíça o ex-advogado de Márcia, Burkard Wolf. "Gustav argumentava que o filho estava doente e precisava ficar em casa."

 

A polícia estima ainda que o temor de ter o filho sequestrado fosse na realidade uma crise de paranoia de Gustav. Isso porque o histórico judiciário e psiquiátrico do suspeito é taxativo. O pai de Florian já havia cumprido pena de 10 anos de prisão pela tentativa de homicídio de Reto, seu primeiro filho, então com 13 anos. Em 1990, o menino foi jogado de um despenhadeiro, depois de ser espancado a pauladas. Reto sobreviveu com paralisia severa.

 

Segundo seu histórico psiquiátrico, Gustav era um paciente narcisista, egocêntrico e com perfil psicopático.

 

A morte de Florian desperta polêmica na Suíça. Uma investigação foi aberta pela diretor de Justiça da cidade, Markus Notter, para apurar porque a guarda do menino foi atribuída ao pai, e não à mãe brasileira, mesmo com a ficha policial de Gustav.

 

* Informações da Agência estado.

- Foto: www.blick.ch (Suíça).

 

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Cartum/Sudão:

Trigo estragado faz mais de 100 pessoas

rirem sem parar no Sudão*

Trigo chegou a Kordofan vindo da vizinha Darfur.

 

Mais de 100 pessoas começaram a rir de forma histérica no Sudão depois de terem consumido trigo contaminado na província de Kordofan Norte (oeste), anunciou hoje o secretário de Saúde da região, Abdel Hamid Mansur.

 

Mansur explicou que 104 pessoas ficaram enjoadas e começaram a rir sem parar depois de terem comido trigo estragado por más condições de armazenamento.

 

Segundo o secretário, que afirmou que os infectados já estão bem, o trigo chegou a Kordofan vindo da vizinha Darfur.

 

Após o incidente, as autoridades locais formaram uma comissão investigadora para saber como os grãos chegaram à região. Além disso, apreenderam grandes quantidades do trigo que era vendido em mercados da região.

 

* Informações da EFE.

 

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Brasília:

Brasil busca saída para reconhecer

novo governo de Honduras*

O objetivo é encontrar um espaço de recuo e fugir do potencial isolamento.

 

Jogado à condição de protagonista na crise política em Honduras, o Brasil agora busca uma saída para reconhecer o novo governo do país. Está disposto a acompanhar os países da região e retomar o diálogo com Tegucigalpa.

 

O objetivo é encontrar um espaço de recuo e fugir do potencial isolamento. Já há até uma oportunidade à vista: a reunião no México entre nações da América Latina e do Caribe -- o Grupo do Rio -- no fim de fevereiro, onde se espera um sinal da região favorável a Porfirio "Pepe" Lobo, eleito pelas mãos do governo de facto em novembro passado.

 

Pelo menos quatro membros desse grupo -- Colômbia, Panamá, Peru, Guatemala e Costa Rica -- passaram a atestar a legitimidade do recém-eleito chefe de Estado.

 

"Nós, evidentemente, estamos avaliando a situação e esperando as iniciativas do novo governo", afirmou à Reuters Marco Aurélio Garcia, assessor para Assuntos Internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

"Como tomamos decisões coletivas naquele momento (pós-golpe), obviamente queremos analisar (essa hipótese conjuntamente)", acrescentou.

 

Deposto e expulso de Honduras em 28 de junho do ano passado, Manuel Zelaya buscou abrigo na embaixada brasileira em Tegucigalpa depois de voltar clandestinamente ao país, em setembro. Deixou a representação diplomática na última quarta-feira, mesmo dia em que Lobo tomou posse.

 

Funcionários de Honduras impediram nesta sexta-feira o ingresso no país da cônsul brasileira em Tegucigalpa, e por conta disso foi destituído o diretor de Imigração. Após o incidente, Honduras pediu desculpas ao Brasil, disse Africo Madrid, ministro de Interior e Justiça.

 

"É um erro grave, que põe em perigo a posição internacional de Honduras que abriu suas portas ao mundo", acrescentou.

 

TROCA DE POSTURA

 

Organizações internacionais, assim como o Brasil, afirmaram que não reconheceriam um governo eleito por um outro ilegítimo. Roberto Micheletti comandou o governo de facto por meses, assim como as eleições nacionais que deram vitória a Porfirio Lobo.

 

Mas à medida que diversas nações dão marcha à ré, o governo brasileiro se convence mais e mais de que é necessário descomprimir, disse um interlocutor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Reuters.

 

A situação, porém, é delicada, pois o Brasil, ao mesmo tempo em que não quer autenticar um golpe de Estado, teme ser um dos únicos países sem relação com Tegucigalpa. A Venezuela de Hugo Chávez, por exemplo, disse que não dará nenhum passo para trás.

 

"O Brasil não pode ficar isolado", disse Marco Aurélio. "Por isso a decisão tem de ser tomada em conjunto."

 

Apesar da disposição, "não há pressa", assegura ele.

 

O embaixador do Brasil em Honduras --retirado no momento mais agudo da crise política-- não voltaria ao país imediatamente após esse eventual reconhecimento.

 

Segundo a fonte, o restabelecimento completo das relações ocorreria aos poucos, a depender dos sinais dados por Lobo ao longo dos próximos meses.

 

* Por Natuza Nery, com reportagem adicional de Miguel Angel Gutiérrez em Tegucigalpa, para a Reuters.

 

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Porto Príncipe:

Presidente do Haiti vê destruição

similar a dias de guerra*

Autoridades do Haiti, a nação mais pobre do Ocidente, dizem acreditar

que o número de mortos possa chegar a 200 mil mortos.

 

O presidente do Haiti, René Préval, agradece ao mundo pela ajuda enviada ao país o devastador terremoto desta semana, cujo efeito destruidor ele comparou a dias de bombardeio em tempos de guerra.

 

"Os danos que vi aqui podem ser comparados aos danos que você veria se o país fosse bombardeado por 15 dias. É como em uma guerra", afirmou o presidente à Reuters, em uma entrevista do lado de fora da delegacia de polícia que se tornou sua casa e gabinete na capital Porto Príncipe.

 

Falando calmamente, mas visivelmente abalado, Préval afirmou que conversou na manhã de sexta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e com o secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, para discutir as iniciativas de ajuda que estão sendo enviadas para o Haiti.

 

"Eles ofereceram simpatia e disseram que farão tudo o que podem para ajudar. Agradeço pela atenção que eles estão dando à situação no Haiti", afirmou Préval.

 

Autoridades do Haiti, a nação mais pobre do Ocidente, dizem acreditar que o número de mortos possa chegar a 200 mil mortos, enquanto três quartos da capital precisarão ser reconstruídos. Préval, de 66 anos, que como muitos compatriotas pareceu atordoado com a enormidade da catástrofe, afirmou que não dormiu por dois dias após o terremoto. Ele prefere não dizer quantas pessoas podem ter morrido na tragédia.

 

Questionado sobre quais itens são prioridade - se comida, água, comunicações ou polícia nas ruas -, ele disse: "Todos, meu amigo. Todos."

 

Nações Unidas

 

O terremoto que devastou a capital do Haiti é "uma catástrofe histórica" e "a pior situação que que ONU teve de enfrentar", disse neste sábado uma fonte da organização. Elizabeth Byrs, porta-voz da Ocha (sigla em inglês para Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários), disse à agência Efe que "nunca a ONU teve de enfrentar circunstâncias similares".

 

"Estamos em um país decapitado, sem estruturas políticas ou governamentais nas quais possamos nos apoiar" para levar adiante os trabalhos de ajuda e resgate, acrescentou.

 

Para a porta-voz, nem mesmo o tsunami que atingiu a ilha indonésia de Sumatra e outros países do Sudeste Asiático em dezembro de 2004, deixando mais de 300.000 mortos, provocou tanto caos.

 

Novos tremores

 

Um pesquisador do Instituto de Geofísica da Universidade do Texas, em Austin (EUA), Paul Mann, advertiu na sexta-feira que o Haiti e os países vizinhos devem se preparar para mais terremotos violentos. Segundo Mann, a redução na tensão geológica ao longo da área de Porto Príncipe pode ter aumentado a tensão em segmentos adjacentes dessa falha geológica.

 

Pesquisadores já começaram a trabalhar em modelos para tentar predizer como as mudanças resultantes do terremoto de magnitude 7,0 estão afetando segmentos próximos da falha geológica. "Esse sistema de falhas tem centenas de quilômetros de largura e o segmento que se rompeu para gerar o terremoto é de apenas 80 quilômetros", explicou o especialista, em entrevista por telefone, à agência Dow Jones.

 

* Da Redação Yahoo! Brasil, com agências.

 

- Leia também: Terremoto arrasou o Haiti

 

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