Rio de Janeiro:
Justiça decide sobre Legião Urbana
A partir de agora, os co-fundadores da
banda, Dado e Bonfá,
não podem usar o nome "Legião Urbana".
Por
Pepe Chaves*
Para
Via
Fanzine
BH-03/08/2013

Legião Urbana
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Mais uma batalha envolvendo músicos e direitos autorais foi
dirimida pela Justiça, agora na cidade do Rio de Janeiro. A 5ª Câmara
Cível cassou na última quinta-feira a liminar concedida aos músicos Dado
Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, que permitia o direito de uso comercial do
nome "Legião Urbana", pertencente à família de Renato Russo. A decisão
foi tomada pelo desembargador Milton Fernandes de Souza e as informações
são do colunista de O Globo, Ancelmo Goes.
De acordo com as informações, o advogado Luiz Edgard
Montaury, representante de Giuliano, filho do falecido vocalista Renato
Russo, contesta os argumentos dos músicos que desejavam recuperar o
direito de explorar a marca. Ele diz que "na década de 90, Dado Villa
Lobos e Marcelo Bonfá venderam a participação deles na empresa, sem
fazer qualquer ressalva quanto ao uso comercial dela".
Até então, uma liminar concedida pelo juiz da 7ª Vara
Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, Fernando Cesar Ferreira
Vianna, no dia 18/07, permitia o uso do nome "Legião Urbana", pelos dois
ex-integrantes da banda.
Com a nova decisão Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá,
ex-integrantes e co-fundadores da banda, estão desvinculados da marca
Legião Urbana.
Em meados da década de 1980, a Legião
Urbana se consagrou como uma das maiores bandas da história da música
brasileira. Após a morte do vocalista e compositor Renato Russo, a
Legião Urbana não voltou a se apresentar mais com esse nome. A banda
deixou uma grande legião de fãs e, atualmente, os seus álbuns e outros
produtos lançados pela marca da banda ainda obtém considerável retorno
comercial.
Bandas & tribunais
Outros casos envolvendo direitos autorais de bandas e seus
integrantes já foram assunto na imprensa global. Quando deixou o Pink
Floyd no final da década de 1970, o co-fundador Roger Waters deu uma
cartada judicial para impedir que os demais companheiros seguissem
gravando e se apresentando com o nome original da banda. No entanto,
Waters foi vencido nos tribunais britânicos e o Pink Floyd pôde seguir
com o mesmo nome, gravando e se apresentando publicamente.
Antes disso, ao deixar o Supertramp o vocalista e
co-fundador da banda Roger Hodgson tentou por via judicial impedir que a
banda (que continua com o mesmo nome sem a presença dele) agora
encabeçada pelo tecladista Rick Davis não apresentasse as músicas de sua
autoria em seus shows. Nesse caso, a Justiça britânica deu ganho de
causa ao Supertramp, que pôde apresentar em seus shows os clássicos
compostos por Hodgson e então gravados pela banda.
*
Com informações de O Globo (RJ).
03/08/2013
- Foto: Divulgação.
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