Aparecida:
Papa visita Aparecida
e
realiza
primeira missa no exterior*
Francisco realiza
sua primeira missa pública no exterior.
Confira a íntegra
da homilia de Francisco na Catedral de Aparecida.
De papamóvel, Francisco cumprimenta fiéis
em Aparecida.
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bem da Igreja
O papa Francisco chegou nesta quarta-feira (24) ao
santuário de Aparecida, no interior de São Paulo, para venerar a
padroeira do Brasil e realizar a primeira missa no exterior de seu
pontificado, no terceiro dia de viagem ao Brasil.
Os organizados aguardavam 150 mil fiéis no complexo
religioso, a 170 quilômetros de São Paulo, para ver de perto o pontífice
argentino, em sua primeira viagem internacional desde que foi eleito em
março.
Milhares de pessoas, algumas envolvidas nas bandeiras de
Argentina e Brasil, enfrentaram o frio e a chuva fina da madrugada para
garantir um lugar na missa.
Cerca de 5 mil policiais e agentes foram mobilizados para
fazer a segurança na região e no Santuário Nacional de Aparecida, onde
no fim de semana uma bomba caseira de baixo potencial lesivo foi
encontrada no banheiro de um estacionamento.
Primeira missa pública no exterior**
Durante sua primeira missa pública,
realizada nesta quarta-feira (24) no Santuário Nacional de Aparecida, no
interior de São Paulo, o Papa Francisco pediu que os pastores do povo de
Deus, pais e educadores sejam responsáveis por transmitir aos jovens
valores para construir “um país e um mundo mais justo, solidário e
fraterno” a partir de posturas “simples”.
Francisco também pediu que a juventude
seja encorajada e considerada um “motor potente para a Igreja e para a
sociedade”. O Papa fica no país até domingo (28), onde participa dos
atos principais da Jornada Mundial da Juventude.
Francisco ergue a imagem de Aparecida.
Leia a íntegra do discurso a seguir:
"Venerados irmãos no episcopado e
sacerdócio, queridos irmãos e irmãs!
Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe de
cada brasileiro, o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. No dia seguinte
à minha eleição como Bispo de Roma fui visitar a Basílica de Santa Maria
Maior, para confiar a Nossa Senhora o meu ministério.
Hoje, eu quis vir aqui para suplicar à
Maria, nossa Mãe, o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude e colocar
aos seus pés a vida do povo latino-americano.
Encorajemos a generosidade que caracteriza
os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da
construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e
para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que
lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração
espiritual de um povo, a memória de um povo"
Queria dizer-lhes, primeiramente, uma
coisa. Neste Santuário, seis anos atrás, quando aqui se realizou a 5ª
Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, pude
dar-me conta pessoalmente de um fato belíssimo: ver como os bispos – que
trabalharam sobre o tema do encontro com Cristo, discipulado e missão –
eram animados, acompanhados e, em certo sentido, inspirados pelos
milhares de peregrinos que vinham diariamente confiar a sua vida a Nossa
Senhora: aquela Conferência foi um grande momento de vida de Igreja.
E, de fato, pode-se dizer que o Documento
de Aparecida nasceu justamente deste encontro entre os trabalhos dos
Pastores e a fé simples dos romeiros, sob a proteção maternal de Maria.
A Igreja, quando busca Cristo, bate sempre à casa da Mãe e pede:
“Mostrai-nos Jesus”. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado.
E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.
Assim, de cara à Jornada Mundial da
Juventude que me trouxe até o Brasil, também eu venho hoje bater à porta
da casa de Maria, que amou e educou Jesus, para que ajude a todos nós,
os Pastores do Povo de Deus, aos pais e aos educadores, a transmitir aos
nossos jovens os valores que farão deles construtores de um país e de um
mundo mais justo, solidário e fraterno.
Para tal, gostaria de chamar atenção para
três simples posturas: conservar a esperança; deixar-se surpreender por
Deus; viver na alegria.
Conservar a esperança: A segunda leitura
da missa apresenta uma cena dramática: uma mulher, figura de Maria e da
Igreja, sendo perseguida por um dragão – o diabo – que quer lhe devorar
o filho. A cena, porém, não é de morte, mas de vida, porque Deus
intervém e coloca o filho a salvo.
Quantas dificuldades na vida de cada um,
no nosso povo, nas nossas comunidades, mas, por maiores que possam
parecer, Deus nunca deixa que sejamos submergidos. Frente ao desânimo
que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em
quem se esforça por viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer
com força: Tenham sempre no coração esta certeza! Deus caminha a seu
lado, nunca lhes deixa desamparados!
Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos
que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se
presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais
forte, e Deus é a nossa esperança! É verdade que hoje, mais ou menos
todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de
tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar a esperança:
o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer.
Frequentemente, uma sensação de solidão e
de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações,
destes ídolos passageiros. Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de
esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade.
Encorajemos a generosidade que caracteriza
os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da
construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e
para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que
lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração
espiritual de um povo, a memória de um povo.
Neste santuário, que faz parte da memória
do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, generosidade,
solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores
que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã.
A segunda postura: Deixar-se surpreender
por Deus. Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a
fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos
surpreende. A história deste Santuário serve de exemplo: três
pescadores, depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do
Rio Paraíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da
Conceição.
Quem poderia imaginar que o lugar de uma
pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem
se sentir filhos de uma mesma Mãe? Deus sempre surpreende, como o vinho
novo, no Evangelho que ouvimos. Deus sempre nos reserva o melhor. Mas
pede que nos deixemos surpreender pelo seu amor, que acolhamos as suas
surpresas. Confiemos em Deus!
Longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho
da esperança, se esgota. Se nos aproximamos d’Ele, se permanecemos com
Ele, aquilo que parece água fria, aquilo que é dificuldade, aquilo que é
pecado, se transforma em vinho novo de amizade com Ele.
A terceira postura: Viver na alegria.
Queridos amigos, se caminhamos na esperança, deixando-nos surpreender
pelo vinho novo que Jesus nos oferece, há alegria no nosso coração e não
podemos deixar de ser testemunhas dessa alegria.
O cristão é alegre, nunca está triste.
Deus nos acompanha. Temos uma mãe que sempre intercede pela vida dos
seus filhos, por nós, como a rainha Ester na primeira leitura. Jesus nos
mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte
foram derrotados.
O cristão não pode ser pessimista! Não
pode ter uma cara de quem parece num constante estado de luto. Se
estivermos verdadeiramente enamorados de Cristo e sentirmos o quanto Ele
nos ama, o nosso coração se “incendiará” de tal alegria que contagiará
quem estiver ao nosso lado. Como dizia Bento XVI, aqui, neste santuário:
“o discípulo sabe que sem Cristo não há luz, não há esperança, não há
amor, não há futuro”.
Queridos amigos, viemos bater à porta da
casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho.
Agora Ele nos pede: “Fazei o que Ele vos disser”. Sim, Mãe nossa, nos
comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança,
confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja."
*
Informações de Esteban Israel e Philip Pullella | Reuters.
**
Informações do G1.
-
Foto: AFP e reprodução.
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* * *
Vaticano
Francisco I: novo
papa é latino-americano
Fumaça branca dá o
sinal de um novo tempo na igreja e argentino
Jorge Mário
Bergoglio,
argentino é o novo papa.
Da Redação*
Via Fanzine
BH-13/03/2013
O sucessor de Pedro foi
anunciado: Jorge Mário Bergoglio, cardeal argentino,
que adotou o nome papal
de Francisco I.
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terão início em abril
Na tarde dessa quarta-feira, 13/03, às
3h05 (Brasília) e 19:05 (Roma) a aguardada fumaça branca rompeu na
chaminé anunciando que a Igreja Católica Apostólica Romana tem um novo
líder espiritual.
O ritual foi irrompido em Roma por
multidões de fieis comemorando freneticamente na Praça São Pedro. Eles
aguardaram agora o nome do novo comandante católico.
O anúncio foi feito instantes depois e
apontou Jorge Mário Bergoglio, argentino e arcebispo de Buenos Aires
como o novo papa. Ele é o primeiro papa latino-americano em toda a
história da igreja. O novo Papa adotou o nome de Francisco I.
A decisão veio após dois dias e cinco
reuniões, onde os 115 cardeais eleitores elegeram o argentino Jorge
Mario Bergoglio, de 76 anos, para assumir o Trono de Pedro. A escolha
surpreendeu os analistas, já que o cardeal de Buenos Aires não constava
em nenhuma das listas dos favoritos. Ele é o primeiro papa
latino-americano e o primeiro jesuíta a ser Pontífice.
Fumaça branca anunciou
que a escolha foi decidida neste 13/03/2013.
Final do conclave
Após ser escolhido e aceitar a missão como novo papa,
Gregório entrará numa sala adjacente à capela Sistina, denominada “Sala
das lágrimas” porque vários papas ali sentiram largas emoções, e
envergará uma das três sotainas brancas, de diferentes tamanhos,
preparadas pelo alfaiate escolhido pelo Vaticano.
Um a um, os cardeais prestaram homenagem ao novo papa,
antes do anúncio aos fieis, que cabe ao “protodiácono” (o cardeal mais
antigo no cargo), atualmente o francês Jean-Louis Tauran, presidente do
Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, que fz também o
anúncio público do novo papa.
Em seguida, o novo papa proferiu a bênção apostólica “Urbi
et Orbi” (à cidade e ao mundo), a partir da varanda da basílica de São
Pedro.
Em sua primeira aparição pública como papa, Francisco I
lembrou que rezou junto com a multidão pelo papa emérito Bento XVI.
Ainda emocionado com a nova missão, o papa rezou a primeira missa do seu
pontificado para o público na Praça São Pedro.
No
Brasil
Em entrevista coletiva, o Bispo Auxiliar de Brasília, Dom
Leonardo Steiner afirmou sobre a eleição de Francisco I que "foi uma
surpresa linda" e não há qualquer frustração da CNBB por conta da não
escolha do arcebispo de São Paulo Dom Odílio Scherer. Ele afirmou que
está feliz com a escolha do primeiro papa latino-americano, e que
Francisco I mostra que a igreja está se abrindo mais para o mundo.
Jorge Mario Bergoglio
Francisco I (em latim: Franciscus),
nascido Jorge Mario Bergoglio em Buenos Aires, em 17 de dezembro de
1936, é um religioso da Companhia de Jesus. Foi o arcebispo da
Arquidiocese de Buenos Aires de 28 de fevereiro de 1998 até a sua
eleição.
Recebeu a ordenação presbiteral no dia 13
de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano. Foi
ordenado bispo no dia 27 de junho de 1992, pelas mãos de Antonio
Quarracino, Dom Mario José Serra e Dom Eduardo Vicente Mirás.
Foi criado cardeal no consistório de 21 de
fevereiro de 2001, presidido por João Paulo II, recebendo o título de
cardeal-presbítero de São Roberto Bellarmino.
Foi escolhido Papa no dia 13 de março de
2013 e adotou o nome de Francisco I, passando a ser o primeiro Papa
nascido no continente americano.
Em breve estaremos atualizando mais
informações nesta página.
- Com imagem e informações de La
Repubblica (Itália) e Wikipedia.
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28 de fevereiro
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* * *
Pontificado:
Bento XVI vai renunciar ao pontificado em
28 de fevereiro*
Ele fez o anúncio
pessoalmente nesta segunda-feira (11).
Pontífice disse que
deixa o cargo por não ter mais forças para exercê-lo.
O
Papa Bento XVI lê nesta segunda-feira (11) o anúncio de sua renúncia,
durante reunião de cardeais no Vaticano.
A
imagem foi divulgada pelo jornal ' L'Osservatore Romano', do Vaticano.
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Bento XVI vai renunciar ao pontificado em
28 de fevereiro
O Papa Bento XVI vai renunciar a seu pontificado em 28 de
fevereiro. Bento XVI anunciou a renúncia pessoalmente, falando em latim,
durante um encontro de cardeais.
O discurso foi feito entre as 11h30 e 11h40 locais (8h30 e
8h40 do horário brasileiro de verão), segundo o Vaticano.
O Vaticano afirmou que o papado, exercido pelo teólogo
alemão desde 2005, vai ficar vago até que o sucessor seja escolhido, o
que se espera que ocorra "o mais rápido possível" e até a Páscoa,
segundo o porta-voz Federico Lombardi.
Em comunicado, Bento XVI, que tem 85 anos, afirmou que vai
deixar a liderança da Igreja Católica Apostólica Romana devido à idade
avançada, por "não ter mais forças" para exercer as obrigações do cargo.
O Vaticano negou que uma doença tenha sido o motivo da
renúncia.
O pontífice afirmou que está "totalmente consciente" da
gravidade de seu gesto.
"Por essa razão, e bem consciente da seriedade desse ato,
com total liberdade declaro que renuncio ao ministério como Bispo de
Roma, sucessor de São Pedro", disse Joseph Ratzinger, segundo comunicado
do Vaticano.
Na véspera, Bento XVI escreveu em sua conta no Twitter:
"Devemos confiar no maravilhoso poder da misericórdia de Deus. Somos
todos pecadores, mas Sua graça nos transforma e renova".
Sucessor de João Paulo II, Bento XVI havia assumido o
papado em 19 de abril de 2005, com 78 anos.
O Vaticano afirmou que a renúncia vai se formalizar às 20h
locais de 28 de fevereiro (17h do horário brasileiro de verão).
Até lá, o Papa estará "totalmente encarregado" dos assuntos
da igreja e irá cumprir os compromissos já agendados.
O Papa Bento XVI lê nesta segunda-feira (11) o anúncio de
sua renúncia, durante reunião de cardeais no Vaticano. A imagem foi
divulgada pelo jornal ' L'Osservatore Romano', do Vaticano (Foto: AP)
O novo Papa será escolhido pelo conclave de cardeais, como
de costume.
Decisão
surpreendente
O porta-voz do Vaticano disse que a decisão do Papa
surpreendeu a todos do seu círculo mais próximo.
Ele afirmou que, após a renúncia, Bento XVI vai à
residência papal de verão, em Castel Gandolfo, próximo a Roma, e depois
irá morar em um mosteiro dentro do Vaticano, que vai ser reformado para
recebê-lo.
Lombardi também disse que Bento XVI não vai participar do
conclave, a reunião a portas fechadas que vai escolher seu sucessor.
O porta-voz afirmou que Bento XVI mostrou "grande coragem"
no seu gesto, e descartou que uma depressão tenha sido o motivo da
renúncia.
Lombardi descartou que Bento XVI vá interferir no papado de
seu sucessor.
Aparência frágil
Nos últimos meses, o Papa parecia cada vez mais frágil em
suas aparições públicas, muitas vezes precisando de ajuda para caminhar.
Em seu livro de entrevistas publicado em 2010, Bento XVI já
havia falado sobre a possibilidade de renunciar caso não tivesse
condições de continuar no cargo.
Entre 2007 e 2012, o papa teólogo
publicou três livros sobre a vida de Jesus.
Crises no
pontificado
Bento XVI, ou Joseph Ratzinger, foi eleito para suceder
João Paulo II, um dos pontífices mais populares da história.
Ele foi escolhido em 19 de abril de 2005, quando tinha 78
anos, 20 anos mais idoso do que seu predecessor quando foi eleito.
O papado do conservador alemão foi marcado por algumas
crises, com várias denúncias de abuso sexual de crianças e adolescentes
e acobertamento por parte do clero católico em vários países, que abalou
a igreja, por um discurso que desagradou muçulmanos e também por um
escândalo envolvendo o vazamento de documentos privados através de seu
mordomo pessoal, o chamado "VatiLeaks", que revelou os bastidores da
luta interna pelo poder na Santa Sé.
Os escândalos de pedofilia o levaram, em várias ocasiões, a
expressar um perdão público às vítimas desses crimes e a reconhecer,
durante sua viagem a Portugal, em maio de 2010, que a maior perseguição
que sofria a Igreja não vinha de seus "inimigos externos" e sim de seus
"próprios pecados". Na ocasião, ele prometeu que os culpados
responderiam "ante Deus e a justiça ordinária" pelos crimes.
Como Papa, Bento XVI tomou medidas que confirmaram o seu
perfil conservador,, como autorizar a missa em latim, em setembro de
200.
Em janeiro de 2009, ele suspendeu a excomunhão de quatro
bispos integristas do movimento ultraconservador de Marcel Lefebvre,
entre eles o britânico Richard Williamson, que nega a existência do
Holocausto nazista.
A primeira em maio de 2007, para assistir à assembleia
geral da Conferência Episcopal da América Latina e do Caribe (Celam),
celebrada na cidade de Aparecida, São Paulo.
Nessa ocasião, ele negou nessa ocasião que a religião
católica tivesse sido imposta pela força aos povos americanos, o que lhe
valeu duras críticas de religiosos e laicos que recordaram as
atrocidades cometidas pelos conquistadores da América em nome da fé.
Em março de 2012, ele visitou o México e Cuba, onde
defendeu a liberdade e os direitos da Igreja e recordou a primeira e
histórica visita de João Paulo II à ilha comunista em 1998.
Entre 2007 e 2012, o papa teólogo publicou três livros
sobre a vida de Jesus, a partir de dados fundamentais oferecidos nos
Evangelhos e em outros escritos do Novo Testamento.
Neles, reflete sobre a figura de Jesus Cristo na qualidade
de teólogo, não como sumo pontífice da Igreja Católica, um imponente
exercício intelectual, que, além disso, foi um êxito internacional de
vendas.
Bento XVI escreveu três encíclicas: "Deus caritas est"
(Deus é caridade, 2005), sobre a caridade e o amor divino, "Spe salvi"
(Salvos pela esperança, 2007), na qual faz uma autocrítica ao
cristianismo moderno e analisa principalmente o pessimismo e o
materialismo que sacode os europeus, e "Caritas in veritate" (Na
caridade e na verdade, 2009).
Repercussão
A chanceler da Alemanha, país natal do Papa, Angela Merkel,
disse que está "emocionada" com a decisão e que vai se pronunciar mais
tarde.
*
Informações do G1 (SP).
-
Fotos: AP.
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