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Animais

'Made in Brazil':

Exportação de jegues gera polêmica

China deseja comprar para o abate, animais que se tornaram símbolo do Nordeste brasileiro,

que agora estão sendo deixados à míngua, depois que foram substituídos por motocicletas.

Chineses são denunciados também por pesca irregular na região Norte do Brasil.

 

Por Pepe Chaves*

Para Via Fanzine

BH-24/03/2012

 

 

Chineses querem aproveitar tudo do nosso jegue.

 

Os jegues ou jumentos, resistentes animais cargueiros que, ao longo dos últimos séculos participaram efetivamente do progresso brasileiro em inúmeras localidades do país, parece ter sido - de alguma maneira - reconhecidos pelos chineses.

 

Com o passar dos tempos, a maior parte destes animais foi se concentrando em estados do Nordeste brasileiro, onde tornaram símbolos de toda uma região e seus vários povos.

 

E, recentemente, tem sido veiculado por parte da imprensa nordestina, que cerca de 300 mil jegues brasileiros seriam exportados para serem abatidos na China. A suposta medida causou celeuma e atiçou à ira dos defensores desses animais no país. Em diversos espaços da internet, pessoas contrárias ao comércio internacional de jumentos já se manifestam e pedem que autoridades impeçam a transação.

 

De acordo com informações do Meio Norte, o portal Petição Pública veicula um abaixo assinado solicitando que os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente vetem o que consideram ‘verdadeira carnificina’. Também clama “Por um tratamento digno aos jegues, que ajudaram a erguer muitas das grandes cidades nordestinas”.

 

Segundo a fonte, o portal Acorda Cordel destaca o que chama de ‘massacre do jumento nordestino’, apresentando o poeta Cancão de Fogo conclamando os parceiros a se mobilizarem em defesa do ‘nosso irmão’ jegue.

 

Redução acentuada de animais

 

Ainda de acordo com Meio Norte, os jumentos, antes companheiros do agricultor do semiárido nordestino, estão sendo substituídos por eficazes motos no trabalho de cercar o gado, buscar água e transportar materiais e pessoas. O portal afirma que esta mudança que tange à tradição dos povos do Nordeste tem se acentuado, especialmente, depois da política de distribuição de renda do governo federal e facilidades de crédito para compra do veículo motorizado.

 

O portal informou que, de acordo com dado divulgado em junho de 2011 pela Associação Brasileira de Fabricantes de Motociclos, Ciclomotores, Motomotores, Bicicletas e Similares, a frota de motos no Nordeste cresceu 486% entre 2000 e 2010. Em 1967, o Nordeste tinha 7 milhões de jegues. Hoje, estima-se que tenha 1,2 milhão. Mesmo com a forte redução, a região é ainda superpovoada de jumentos, por causa da subutilização.

 

Também informou que, para o secretário adjunto de Agricultura do Rio Grande do Norte, José Simplício Holanda, a exportação para a China criaria uma nova cadeia econômica no Estado, ao mesmo tempo em que seria uma solução para os jumentos que têm sido abandonados por donos de terra, que “fecham as porteiras ao animal”.

 

Autoridades potiguares acreditam que a exportação dos animais será a solução

para o problema daqueles que estão sendo abandonados por seus proprietários.

 

Intenções de abate

 

Em julho do ano passado, o secretário assinou um protocolo de intenções com a Empresa Shan Dong Dong E.E. Jiao Co. Ltda., visando à criação do animal para produção, comercialização e industrialização da carne e derivados. “Por enquanto, nada há de concreto, só intenção”, adiantou Holanda.

 

Segundo o representante da empresa, Xiangquing Meng, a China abate 1,5 milhão de jegues por ano – 300 mil produzidos no país e o restante importado da Índia e da África. Espera-se aumentar o abate em 550 mil/ano.

 

De acordo com o protocolo, a empresa chinesa ficaria encarregada de dar assistência técnica com melhoria da genética e alimentação, enquanto o governo do Rio Grande do Norte buscaria linhas de crédito. A mão de obra local seria utilizada e o preço do animal, compatível com o mercado. Agricultores familiares seriam organizados e inseridos como produtores de jegues.

 

O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Jumento Nordestino, Fernando Viana, aprova a proposta, desde que o preço seja “justo”. O interesse da China é pelo animal completo, que seria vendido abatido, tanto para consumo humano como para a indústria de cosméticos e de medicamentos.

 

A informação é a de que os chineses teriam visitado, em 2011, todos os Estados do Nordeste com a mesma proposta feita ao Rio Grande do Norte.

 

Tudo indica que em breve teremos salame chinês no mercado brasileiro.

 

Mais denúncias contra chineses

 

Informações exclusivas obtidas pelo diário digital Via Fanzine, através de uma fonte que não deseja se identificar dá conta que pescadores que estiveram recentemente na Ilha de Marajó comentaram que barcos chineses estão fazendo pesca ilegal de um peixe daquela região, o chamado "Gurijuba".

 

De acordo com as informações, deste peixe é retirada uma película que envolve o estomago do animal, utilizada como matéria prima para a produção de cola sintética do tipo "Super-Bonder".

 

Segundo os pescadores, além disso, os chineses são acusados de matar botos para servirem de isca.

 

Nosso alerta é para que as autoridades responsáveis pela fiscalização, entre elas o recém empossado ministro da Pesca, Crivela, façam uma apurada averiguação dessa denúncia.

 

* Com informações de Meio Norte.

 

- Imagens: Divulgação.

 

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Amiga da Onça:

Ibama multa dona de fazenda em R$ 105 mil por crime*

As imagens impressionam. Ao longo do safári o grupo atira também em várias capivaras.

Beatriz Rondon foi presidente da SODEPAN, Sociedade para a Defesa do Pantanal,

uma organização não governamental com atuação reconhecida em Mato Grosso do Sul.

  

Beatriz Rondon: ela devia preservar, mas coordenou

uma covarde matança de animais.

 

O escritório Regional do Ibama de Corumbá em Mato Grosso do Sul multou a proprietária da fazenda Santa Sofia que fica no município de Aquidauana pelo crime ambiental de caça ilegal de animais silvestres. O volume total das multas chegam a R$ 105 mil e foram definidas com base no laudo pericial da EMBRAPA Pantanal feito nos dois crânios de onças apreendidos na Operação Jaguar II. As 16 galhadas de cervos do pantanal e a pele de uma sucuri encontrados na fazenda de Beatriz Rondon também foram objetos da multa por parte do Ibama. Nesse caso as multas foram em dobro por se tratar de abate de animais silvestres para fins turísticos.

 

Outro agravante que elevou o valor da punição foi o fato da fazenda Santa Sofia ser uma Unidade de Conservação. As armas encontradas na fazenda pela operação conjunta do Ibama e da Polícia Federal realizada na fazenda na tarde do dia 5 fazem parte do inquérito da Polícia Federal.

 

A operação jaguar II foi deflagrada após investigações conjuntas do Ibama e da Polícia Federal. Um vídeo feito durante uma das caçadas que foi enviado anonimamente para a PF também faz parte do inquérito. No vídeo, todo narrado em inglês um grupo de estrangeiros ladeados pelo caçador de onças Antonio Teodoro de Melo Neto e pela proprietária da Fazenda Santa Sofia, Beatriz Rondon acuam uma onça parda no topo de uma árvore e atiram, o animal cai morto e é ladeado pelos cães.

 

Na sequência eles acuam uma onça pintada, considerada um troféu mais valioso de acordo com a narrativa. Ouve-se um disparo e a onça pintada é abatida por um tiro certeiro; o animal cai e agoniza, os cães se aproximam. Um dos caçadores do grupo dá mais um tiro à queima-roupa na cabeça do animal matando de vez a onça. Nessa cena aparece a proprietária da fazenda, Beatriz Rondon que fala para a câmera que” é uma fêmea muito linda mas estava matando o meu gado”. O grupo comemora o final da caçada.

 

As imagens impressionam. Ao longo do safári o grupo atira também em várias capivaras. Beatriz Rondon foi presidente da SODEPAN, Sociedade para a Defesa do Pantanal, uma organização não governamental com atuação reconhecida em Mato Grosso do Sul. A fazenda Santa Sofia fica no pantanal do Rio Negro, uma das regiões das mais preservadas dentro do pantanal e considerado um dos mais belos dos 7 pantanais que formam a planície pantaneira. A fazenda é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural – uma RPPN, o que levou o Ibama de Mato Grosso do Sul a considerar como agravante na definição das multas aplicadas à proprietária.

 

O superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, David Lourenço diz que esse tipo de crime ambiental não é a única agressão ao pantanal que está em curso. “ Vamos continuar as investigações em todas as fazendas que tenham envolvimento direto ou indireto com esse crime”.

 

David acrescenta que a preocupação do Ibama é enorme diante do desafio de preservar o conjunto da planície pantaneira que está sofrendo agressões também de outras forças econômicas como a minero-siderúrgica que provoca o desmatamento de remanescentes do bioma cerrado para a produção de carvão usado nesse complexo industrial. “temos constatado assoreamento de rios como o Taquari e o Paraguai e novas pressões sobre as matas nativas do pantanal”. Isso tudo somado sem que tenhamos uma legislação especial de proteção para  pantanal”, conclui.

 

- Clique aqui para ver o vídeo da caçada às onças (contém cenas fortes de assassinato de animais indefesos).

 

* Informações do Correio da Manhã (Campo Grande-MS).

- Imagem: rede Globo/reprodução.

 

- Link relacionado:

  Jornal Nacional denuncia safáris ilegais

 

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Ásia:

Coreia do Sul pode enterrar um milhão de porcos vivos*

País tem sido fortemente criticado por enterrar até um milhão de porcos vivos, por causa de um

surto de Febre Aftosa. O governo sulcoreano tem se recusado a vacinar porcos contra a doença

 

Crueldade: animais são despejados de caminhão em fossa e enterrados vivos.

 

Desde que o primeiro caso da doença foi confirmado em novembro de 2010, o país deu início a um abate em massa de suínos. A Febre Aftosa atinge todos os animais com cascos, tais como suínos, bovinos e caprinos. Qualquer país que tenha casos de contaminação não pode exportar carnes desses animais, pois a doença é transmissível e fatal aos seres humanos.

 

O governo sul-coreano tem se recusado a vacinar porcos contra a doença e agora está abatendo-os em números recordes, apesar dos pedidos para que cesse os cruéis sacrifícios. Em 04 de janeiro de 2010 em uma área de Gangwon-Do, 33,9 mil suínos foram enterrados vivos, segundo informou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

 

A Compassion in World Farming (CIWF) disse à Sky News Online que as ações da Coréia do Sul violam as diretrizes internacionais de proteção e abate animal. Michele Danan da organização disse: "as vacinas são o melhor caminho, mas se eles não a têm, nós preferiríamos que os animais fossem pelo menos humanamente abatidos".

 

Um governo 'espírito de porco'

 

De acordo com as informações, o custo estimado do abate é alto, considerando o custo bastante inferior de um programa para vacinação em massa dos suínos no país. Alguns ativistas dos direitos dos animais têm criticado o governo por adotar ações econômicas à frente do bem-estar animal.

 

Equipe do governo enterra milhares de porcos vivos.

 

A República sulcoreana começou a inoculação de gado em algumas áreas do país e a OIE iniciou em janeiro a vacinação de porcas e javalis, mas apenas em alguns locais. Acredita-se que o enterro de suínos vivos começou no Natal passado e a estimativa provável é que passe da marca de um milhão.

 

Joyce D'Silva, diretora de Assuntos Públicos para a CIWF, afirmou que, “A Compassion in World Farming está consternada com a República da Coreia, que está jogando suínos em poços e enterrando-os vivos”.

 

D'Silva, também acrescentou que, “Isso é totalmente contrário às orientações internacionais em matéria de abate humanitário, que o governo coreano aprovou faz cinco anos. Instamos o governo sulcoreano a acabar com esta prática horrenda de vez e para garantir que, se os animais continuarem sendo abatidos, que isso seja feito de forma humana”.

 

* Informações e imagens da Sky News HD.

- Com Tradução e adaptação de Rita Shimada Coelho (SP).

 

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Direito:

Os animais em condomínio

ONG lança documentário inédito sobre os direitos dos animais em condomínios.

 

 

A ONG Terra Verde Viva está lançando um documentário orientador e educativo sobre os Direitos dos Animais em Condomínios.

 

O documentário - que é comercializado no formato de dvd - reúne diversas informações sobre o assunto. O vídeo aborda a orientação de profissionais da área jurídica, além de providências adotadas para assegurar os direitos.

  

- Contato para aquisição e mais informações: terraverdeviva@yahoo.com.br

  Tel.: 55 (71) 3266-1215

- Imagem: divulgação.

 

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Vivissecção:

Os Animais nas Universidades

Nos Estados Unidos as principais escolas também já aboliram estas práticas e na Itália

os estudantes têm o direito de negarem-se a participar de procedimentos vivisseccionistas.

 

Por Rildo S. Carvalho*

De Caxambu-MG

Para Via Fanzine

 

Na Coreia do Sul, cientistas clonaram gatos angorá com uma proteína

fluorescente que permite a eles emitir um brilho quando expostos à luz ultravioleta.

 

São vários os experimentos realizados com animais nas universidades e entre as suas finalidades, está o estudo da miografia, sistema nervoso, cardiorrespiratório, psicológico, habilidades cirúrgicas, anatomia, farmacologia, dentre outros. Estes experimentos são comuns em diversos cursos universitários, na área das ciências biológicas.

 

Entretanto, essas práticas vêm recebendo críticas e uma resistência por parte de muitos educadores, onde argumentos de ordem ética e, algumas vezes, técnica, são levantados em favor de uma educação mais humanitária e ecológica, já que boa parte dos experimentos possui alternativas.

 

Simulações em computadores, modelos anatômicos, vídeos interativos, pesquisas de campo em voluntários humanos, culturas de células, modelos químicos de pele e de borracha. A ciência tem provado que a maioria dos medicamentos testados em  animais não surtem o efeito desejado no homem.

 

Também, um número crescente de estudantes brasileiros vem se opondo a esses experimentos, por considerá-los cruéis e invasivos, já que muitos animais são mantidos durante toda sua vida em condições de experimentos. São condicionados à fome e sede, queimados, envenenados, eletrocutados, afogados, privados de sua  alimentação e comportamento natural.

 

Também são forçados a ingerir substâncias  tóxicas e são sacrificados devido às condições extremas de estresse ou quando se tornam “inúteis” não podendo mais ser reutilizados. A eutanásia é uma prática comum após os experimentos.

 

Nos países desenvolvidos, como nas universidades alemãs, já não utilizam a vivissecção como técnica didática. Nos Estados Unidos as principais escolas também já aboliram estas práticas e na Itália os estudantes têm o direito de negarem-se a participar de procedimentos vivisseccionistas assegurado por Lei. Na Inglaterra já foram abolidos por lei.

 

A busca de soluções para os problemas humanos deve continuar e é imprescindível, no entanto, deve passar necessária e conjuntamente pela busca de novas alternativas ao uso de animais.

 

Se na sua Escola ou Faculdade existirem laboratórios de  experimentação animal, fale com seus colegas, professores, coordenadores e diretores sobre o respeito à vida e as alternativas existentes.

 

Embora a compaixão seja mais difícil de ensinar que anatomia, não se sinta desestimulado, mas encorajado a despertar para uma nova consciência.

 

* Rildo Silveira Carvalho é natural de Cruzília,-MG, professor da Rede Municipal de Ensino de Caxambu-MG e Personal Trainner. Formado em Educação Física pela Unincor de Caxambu e Pós-Graduado em Fisiologia e Nutrição Esportiva pela Unincor de Três Corações. Vegetariano há 18 anos e palestrante sobre o tema. Contato: rildosilveira@yahoo.com.br.

 

- Foto: Divulgação .

 

- Clique aqui para ler mais sobre Proteção Animal

 

- Produção: Pepe Chaves.

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