Brasil Antigo
Simbologia Desconhecida Na ‘Arte’ Rupestre do Brasil – Parte III Carl G. Jung interessou-se pelos símbolos, mas disse que um psicanalista se interessa muito mais pelos símbolos que eles mesmos chamam de naturais do que os que chamam de culturais.
Por J. A. FONSECA* De Itaúna/MG Abril/maio-2020
Detalhe das inscrições teogônicas na Pedra do Araguaia – MT.
Há estudos que abordam a questão dos arquétipos, ou seja, os modelos que habitam o inconsciente coletivo e se acham presentes nas mentes das pessoas expressando-se como depositários da vivência dos homens através dos tempos. E sabemos que estas figuras arquetípicas são elementos muito fortes que se manifestam na vida comum das pessoas, nos sonhos, nos mitos e em todo o processo de vida de um indivíduo ou grupo, mesmo que elas não saibam disto ou venham aceitar tal fato como realidade.
Carl G. Jung interessou-se pelos símbolos, mas disse que um psicanalista se interessa muito mais pelos símbolos que eles mesmos chamam de naturais do que os que chamam de culturais. Segundo acreditam, os primeiros teriam se originado dos conteúdos inconscientes da psique, enquanto que os outros têm sido utilizados para expressar regularmente ‘verdades eternas’ e se acham presentes especialmente nas religiões. Segundo o psiquiatra, estes símbolos culturais conservam dentro de si uma certa magia e podem provocar reações emocionais em muitas pessoas e “constituem-se em elementos importantes da nossa estrutura mental e forças vitais na edificação da sociedade humana”, afirma.
Os símbolos naturais, pelo fato de se derivarem dos conteúdos da psique, conforme Jung, costumam representar um grande número de variações nos elementos arquetípicos que os sustentam. Isto leva-os às suas condições mais primitivas e podemos ver que eles são encontrados e também representados de forma mais simplória em registros bem mais antigos, apesar de que sua sofisticação pode ser notada em muitas manifestações que devem ter ocorrido em épocas bem mais recentes.
Neste estudo sobre a simbologia desconhecida na ‘arte rupestre’ do Brasil, identificamos muitos elementos arquetípicos destes dois grupos abordados pela Psicologia e os estamos expondo numa tentativa de melhor compreendê-los e às culturas que os produziram.
O grau de dificuldade que encontramos para compreender estas coisas escora-se na necessidade de termos de conhecer aspectos importantes da vida dos grupos daqueles homens primitivos e em que condições desta vida e cultura suas expressões foram gravadas na pedra, muitas das quais, são de difícil entendimento nos dias atuais.
Em suma, seria essencialmente importante que pudéssemos saber aspectos dos pensamentos e das crenças destes artistas pré-históricos (o que é praticamente impossível) e que, geralmente, não poderiam ser detectados nos vestígios que são encontrados próximos às pinturas, uma vez que nada nos pode garantir que estes venham ter relação com os grupos que poderiam ter sido os executores desta vasta simbologia que se acha gravada naquele lugar.
Inscrições em Montalvânia (MG), mostrando símbolos teogônicos.
Em geral estes registros apresentam-se como um agrupamento de ideias, muitas delas perfeitamente compreensíveis por causa do conteúdo que eles apresentam, apresentando animais, pessoas, alimentos, árvores, aves, etc., enquanto que outros, não podemos negar, se mostram caracterizados por um estilo deliberadamente artístico, alguns simbólicos, outros abstratos e outros semelhantes a uma escrita primitiva.
Neste trabalho estamos abordando os aspectos simbólicos destas manifestações artísticas e, apesar de não termos delas compreensão adequada, pensamos ser importante destacá-las e mostrar a sua complexidade perceptível e, em decorrência, abrir o questionamento em relação aos motivos que os impulsionaram a fazê-lo, que metodologia teria sido utilizada na criação e na produção de sua arte e procurar identificar a época real de tais feitos e quem teriam sido os seus verdadeiros autores.
Em Montalvânia, por exemplo, temos evidentemente, um monumental trabalho rupestre gravado em grutas e cavernas da região, com a utilização do processo de picoteamento, em grande parte, e pinturas em cores variadas. Como dissemos, em uma grande parte destas inscrições rupestres, o trabalho foi feito por meio do picoteamento, o que pode ser notado pela falta de uniformidade nos traços das figuras ali representadas. Neste caso, permanece o mistério que envolve o próprio picoteamento na dura pedra calcária, que teria de ter sido produzido por meio de um instrumento cortante de grande resistência para retirar lascas na rocha e dar forma às figuras, além de que a grande quantidade de registros e de elementos estranhos gravados nas paredes e nos tetos de algumas grutas conduzem-nos ao raciocínio lógico de que estes teriam de ter sido elaborados por meio de um planejamento bem definido e com a utilização de instrumentos adequados. Teríamos também de atribuir este trabalho a um grupo ou grupos de pessoas pertinazes, com ideias voltadas para um objetivo comum e com uma ‘necessidade’ insistente de gravar o seu ‘relato’ na pedra dura, como se fosse uma escrita ideográfica e de real importância para eles na sua preservação. Como poderíamos compreender com naturalidade uma coisa como esta?
Se encontrássemos desenhos nas pedras de forma esporádica, poderíamos aceitar que viessem tratar-se de algo comum e natural, e que tal fato viesse a ser uma prática natural entre os povos primitivos e que, ocasionalmente, ocorrem, mas o que dizer dos casos complexos como estes que acabamos de citar? E nos demais outros que já foram demonstrados neste trabalho e nos que vamos mostrar adiante?
Como já dissemos, esta rica expressão simbólica está por toda a parte e apesar de já termos destacado elementos importantes encontrados na região norte do Brasil, julgamos que seria relevante neste momento incluir mais alguns símbolos de natureza desconhecida e que poderiam estar relacionados aos aspectos naturais e culturais da psicologia junguiana. Estes que vamos mostrar foram encontrados pela arqueóloga Edithe Pereira, no estado do Pará e em Tocantins, e constam de seu livro ‘Arte Rupestre na Amazônia – Pará’.
Vasta simbologia teogônica no estado do Pará.
Na Ilha Dos Martírios, em Tocantins as insculturas ali encontradas são conhecidas desde o século XVIII. Entretanto, somente em 1888 é que as primeiras figuras destas inscrições foram publicadas, quando o antropólogo alemão Paul Ehrenreich visitou o local e as reproduziu. Assim ele escreveu sobre elas: “as figuras as quais copiamos somente as mais importantes em rápido bosquejo, encontram-se espalhadas em forma de grupos e de modo bastante irregular sobre uma superfície extensa. São ou nítidos desenhos de contorno, representando animais, homens e figuras estilizadas, por meio de linhas de 1 a 2 centímetros de largura e alguns milímetros de profundidade, ou então simples gravações de traços cruzados e linhas arqueadas sem forma explicável.”
Edithe Pereira comenta que o que mais pode se admirar em Martírios e suas múltiplas figuras na pedra é que muitas delas teriam sido gravadas numa rocha severamente inclinada, tendo logo abaixo uma forte correnteza produzida pelo afunilamento do Rio Araguaia no meio das paredes rochosas do local. Segundo ela, trata-se de um feito verdadeiramente espantoso.
Na região de Monte Alegre, no baixo Amazonas, foram encontradas grandes concentrações de pinturas rupestres, muitas delas também de caráter enigmático. Destacamos algumas delas para mostrar a sua evidente estranheza e complexidade simbólica dos componentes de seu conjunto de figuras. Na Serra do Ererê podem ser vistos estes conjuntos não muito compreensíveis, mesmo sendo observados sob a percepção do intelecto modernista. Figuras geométricas associadas com rostos humanos e outras figuras circulares, mostram signos que foram também encontrados em outras regiões do Brasil. Uma das figuras mostra um grande círculo nas cores vermelho e amarelo, acompanhado de outros círculos menores (ver destaque de parte deste painel) e logo abaixo acham-se registrados diversos outros signos que compõem um extenso conjunto de inscrições simbólicas.
Na Serra do Paituna destacamos também um conjunto de três signos que, constitui-se, por sua vez, de elementos incomuns e mesmo de difícil explicação.
Simbologia estranha nas gravuras às margens do rio Erepecuru e Xingu – Pará.
O Rio Erepecuru é afluente do Rio Trombetas e localiza-se a noroeste do estado do Pará, sendo este último afluente do Rio Amazonas. Às suas margens foram encontradas inúmeras gravuras em baixo relevo, gravadas em rochas e que são conhecidas, em parte, desde o século XIX. Edithe Pereira, em seu livro já citado anteriormente, fez uma longa exposição destas inscrições e mostra uma grande quantidade delas em quase toda a sua extensão. São, em geral, insculturas de caráter enigmático, dentre as quais, damos destaque a algumas delas no quadro abaixo, justificando a abordagem que estamos fazendo neste artigo sobre a rica simbologia desconhecida presente na ‘arte rupestre’ do Brasil.
Já havíamos demonstrado em trabalhos anteriores algumas destas enigmáticas figuras, mas julgamos que seria importante mostrá-las novamente e algumas outras da mesma região, insistindo na sua elevada incidência e complexidade dos elementos que se acham gravados naquele local. A questão maior que se levanta é a real estranheza destas figuras e a falta de elementos convincentes para explicá-las, além da não identificação clara de seu provável criador e executor, para que pudéssemos justificar ideias como estas, carregadas de abstração e de referências tão diferenciadas, com graus de dificuldades relevantes e inexplicáveis na sua produção, em muitos casos.
Também anexamos, a título de estranheza, algumas destas manifestações de ‘arte’ na Bacia do Rio Xingu, também no estado do Pará. A gravura encontrada na chamada Ilha Belo Horizonte é espantosa e nos remete a uma especulação que não podemos deter: a de que ela venha tratar-se mesmo um tipo de escrita. Também a gravura encontrada no local denominado Estreito São Félix do Xingu, possui traços significativos que nos lembram caracteres alfabéticos.
Na continuidade deste trabalho insistiremos na abordagem sobre a vasta simbologia teogônica que está presente em toda a parte. Manifestações como estas mostram que no Brasil existe um vasto repositório de elementos valiosos neste sentido e que, certamente, teriam pertencido a uma cultura muito antiga e cuja simbologia encontra-se fortemente representada em muitos lugares, identificando arquétipos de grande expressão que teriam habitado as mentes de seus habilidosos e incansáveis autores.
A simbologia teogônica certamente estará relacionada aos aspectos religiosos desses antigos povos, porque podemos encontrá-la registrada em muitos lugares, de norte a sul de nossos país, demonstrando preocupações com o agrupamento de certos símbolos importantes que pudessem representar as suas crenças. No quadro abaixo fiz o agrupamento destes símbolos em inúmeras regiões e destaquei os variados elementos representativos deste tipo de manifestação lítica, onde se podem ver semelhanças marcantes ou mesmo uma identidade única nestas figuras, que se acham gravadas nas localidades mais longínquas do Brasil.
Símbolos teogônicos diversos encontrados em várias regiões do Brasil.
Em algumas regiões vamos notar uma maior intensidade em sua representação, uma vez que se encontram reunidas em agrupamentos de grande expressividade, o que lhes concede uma tendência de designar-lhes elevado grau de importância. Nota-se esta característica pela forma com que elas foram determinadas (ver nas ilustrações da Pedra do Araguaia e no Lajedo JK adiante), diferentemente de outras localidades em que elas costumam mostrar-se mais isoladas ou associadas a outros signos que parecem ter menor relevância, como já vimos anteriormente.
Rica simbologia teogônica em destaque na Pedra do Araguaia – MT.
Destacamos neste sentido a famosa Pedra do Araguaia, localizada em Barra do Garças, Mato Grosso, que hoje encontra-se praticamente abandonada numa pequena praça, próximo ao rio de mesmo nome e que corta a cidade. Seus símbolos se acham bastante desgastados, mas este autor possui fotografias mais antigas desta pedra que os mostram com maior destaque e um desenho de suas inscrições que será mostrado adiante. Ver foto com destaques de parte de suas figuras em uma de suas faces.
Vamos encontrar este tipo de manifestação intensa também na região chamada de Lajedo JK, no estado de Goiás, onde esta simbologia teogônica pode ser encontrada em grande profusão. Na ilustração abaixo (anexa) o autor destacou parte de um de seus conjuntos líticos, mostrando esta vasta simbologia gravada em baixo relevo na encosta do lajedo. Podem-se constatar ainda com clareza inúmeras gravações, agrupamentos abstratos e uma variadíssima quantidade de signos insculpidos na pedra, determinando elementos associados entre si de forma sofisticada. Tal fato acaba-nos conduzindo a imaginar que parte deles possam tratar-se de caracteres relacionados às suas antigas crenças e até mesmo a uma espécie de escrita primitiva, associada a uma rica simbologia teogônica.
Conjunto de caracteres teogônicos no Lajedo JK – Goiás.
Quando percebemos que esta rica manifestação rupestre pode ser vista sob a ótica teogônica, nosso pensamento se volta para a questão das antigas tradições da Terra e voa aos tempos mais remotos de nossa história. Vamos então descobrir que existe uma forte conexão entre esta simbologia do Brasil, notadamente a dos povos guarani, com a antiga tradição esotérica universal, conforme vamos descrever a seguir.
Primeiramente, vamos observar esta ligação com a Doutrina Secreta das Idades, desvelada, em parte, pela escritora espiritualista Helena P. Blavatsky, em sua obra magna, onde no seu primeiro volume sobre a Cosmogênese, ela descreve os signos sagrados da antiga tradição dos mestres de outrora. Como vamos ver, é, talvez, motivo de se espantar que esta simbologia se encontra também gravada em diversas regiões do Brasil, ora por meio de pinturas, ora por meio de insculturas em lajedos e paredões pétreos.
A autora espiritualista relata em sua obra que tinha diante de si um manuscrito muito antigo, constituído de folhas de palma, que mostravam figuras que sintetizavam a criação do Universo e simbolizavam o Criador e os Criadores, segundo a antiga tradição. Na primeira página, diz, havia um disco totalmente branco, destacando-se num fundo negro. Logo após havia um outro disco, como o primeiro, somente que com um ponto no centro. Logo vieram outros símbolos, um disco com um diâmetro e um disco com uma cruz. O primeiro disco, explica a autora, representava o Cosmos na Eternidade, a Consciência de Deus ainda não manifestada. O segundo, a aurora da diferenciação na raiz, da qual se desenvolvera o Universo, o Grande Alento, o Espaço potencial no Espaço Abstrato. O disco com um diâmetro se liga ao simbolismo da Mãe Natureza, abrangendo todas as coisas e, o disco com a cruz, o Universo manifestado.
Em síntese, estas representações podem ser explicadas da seguinte maneira:
Já vimos que todos estes símbolos ligados ao conhecimento esotérico se encontram gravados nas milenares pedras, grutas e lajedos do Brasil, alguns deles de forma isolada ou junto de outros símbolos, sendo que alguns deles acham-se interligados entre si. Pela intensidade com que estes signos foram representados em todos os lugares, não concordamos com a ideia de que eles não venham estar ligados a estas antigas tradições da Terra e que nossos antepassados não teriam noção destas coisas.
Curiosamente, uma simbologia semelhante é também encontrada na antiga tradição dos povos indígenas Mbya-guarani do Brasil e do Paraguai. Tal mistério foi desvelado pelo pajé Kaká Werá Jecupé em seu livro Tupã Tenonde, onde ele fala sobre a linguagem secreta desta antiga gente, onde os anciães da tribo relatam a criação do Universo, da Terra e do Homem.
O primeiro a escrever sobre esta antiga tradição foi o pesquisador da cultura guarani, o paraguaio León Kandogan que, depois de muitos anos na tribo, foi-lhe confiado o segredo da tradição oral guarani, o Ayvu Rapyta (os fundamentos da linguagem humana), que foi publicado em 1953 pela Universidade de São Paulo.
Kaká Werá Jecupé seguiu os caminhos de Kandogan e também lhe foi confiado o segredo da tradição oral, que ele publicou no seu livro acima citado. Segundo ele o símbolo milenar que representa o Grande Mistério, Namandu, é um círculo com um ponto no centro. Na sua descrição feita na linguagem original relata: “Nãnde Ru Pa-pa Tenonde guere rã ombo-jera pytu yma gui”, que se traduz da seguinte maneira: “Nosso Pai Primeiro criou-se por si mesmo na Vazia Noite iniciada.” A Vazia Noite iniciada poderia, por analogia, ser simbolizada pelo círculo puro, representado na cultura esotérica retro apresentada.
A tradição Mbyá-guarani considera que a primeira manifestação do Imanifestado, o círculo com um ponto, é o Fogo-Mãe, Kuaracy, que tem como representação o símbolo milenar de um círculo dentro de outro círculo maior. No esoterismo este aspecto da Criação é representado pelo círculo dividido por um diâmetro. Em seguida, vem o terceiro símbolo que é grafado por meio de dois círculos concêntricos e um ponto no centro e representa a divindade Tupã e o desdobramento do Todo. Este aspecto teogônico é simbolizado na tradição esotérica por um círculo com uma cruz no seu interior e identifica o Terceiro Logos, a Ideação Cósmica (ver quadro abaixo).
A antiga tradição guarani contada no Ayvu Rapita descreve a seguir a representação do Mundo Material, o Quatro, a Terra, que vem simbolizada pelo símbolo dos três círculos concêntricos. Este símbolo é também encontrado no Brasil na forma de três círculos concêntricos e um ponto no centro em algumas localidades pesquisadas.
Kaká Werá Jecupé relata a seguir a criação da Terra, dizendo: ‘os Seres Trovões estabelecem almas espirituais nas quatro direções e agora recebem a responsabilidade de gerarem palavras almas (os seres humanos), tonalidades de sua essência, para encarnarem na Terra”, conforme relata a tradição.
Quando o autor residiu na cidade de Barra do Garças (MT) há alguns anos, reproduziu as inscrições que existem em três das quatro faces da Pedra do Araguaia, podendo-se ver a sua complexidade e com maiores detalhes os signos que ali se encontram gravados e que nos dias de hoje, muitos deles já não podem mais ser vistos, com exceção dos que têm cortes mais profundos e que também revelam uma simbologia abstrata. Na figura abaixo mostramos as três faces desta pedra na sua integralidade para que possamos ver a sua real importância neste cenário teogônico primitivo e a constatação de que existe ali uma vasta simbologia relacionada ao pensamento dos antigos povos no Brasil. Fizemos destaque daqueles símbolos que foram acima mencionados, tanto no conceito esotérico quanto no da tradição guarani. Mais abaixo acrescentamos uma outra ilustração com representações rupestres em Santa Catarina, mostrando também uma grande concentração de símbolos teogônicos que se acham associados a outros signos que apresentam também um caráter abstrato. Neste último podemos ver com maior destaque a representação da simbologia Mbyá-guarani.
Simbologia teogônica esotérica e guarani na Pedra do Araguaia – MT.
Simbologia teogônica guarani na Ilha do Coral – SC.
Não iremos nos estender muito nestas antigas tradições, porque este não é o objeto deste trabalho, mas apenas evidenciar que por detrás desta rica simbologia teogônica do Brasil existe algo maior dando suporte a estas figuras enigmáticas, podendo este mistério estar relacionado a povos muito antigos que conheciam o seu significado, o qual teria se perdido no avassalador correr das eras, sobrevivendo apenas nos escritos mais velados e nas lendas que alimentam a história de todas as raças.
Em nossas observações e destaques feitos em nossa exposição negamo-nos aceitar que tais elementos possam estar relacionados a simples coincidências ou ao acaso, ou que venham tratar-se de resultado da ociosidade dos antigos povos do Brasil. Ao considerarmos que a incidência destas manifestações foram importantes para os seus autores e que esta real relevância, escancarada na elaboração sistemática destes símbolos milenares presentes em toda a parte, deduzimos que ela agiu como um lema estrutural consciente na mente desses antigos povos de antanho que, certamente, pretenderam mantê-los preservados de forma mais perene na pedra para que não viessem a ser jamais esquecidos.
Estamos vendo que a questão da chamada ‘arte rupestre’ no Brasil e de seus autores continua se mostrando controversa e não explicada convenientemente.
* J.A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e realizado incursões em diversas regiões do Brasil com o intuito de melhor compreender seus mistérios milenares. É articulista do jornal eletrônico Via Fanzine e membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA. E-mail: jafonseca1@hotmail.com.
- Fotografias e ilustrações: J. A. Fonseca.
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- Produção: Pepe Chaves © Copyright 2004-2017, Pepe Arte Viva Ltda.
Esta matéria foi composta com exclusividade para Via Fanzine©.
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