Internacional

Argel:

Dezoito morrem em última ação na Argélia, diz agência estatal*

Sete reféns estrangeiros mantidos como reféns foram mortos pelos sequestradores. 

Forças especiais da Argélia lançaram neste sábado uma ação final contra os islâmicos que mantinham reféns estrangeiros em uma usina de gás no deserto argelino, matando 11 dos combatentes ligados a al Qaeda, disse a agência de notícias oficiais do país APS.

Sete reféns estrangeiros mantidos como reféns foram mortos pelos sequestradores.

* Informações da Reuters.

   19/01/2013

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Ancara:

Turquia fecha espaço aéreo a aviões civis da Síria*

A Síria informou, também no sábado, que decidiu fechar o espaço

 aéreo do país para aviões comerciais de origem turca.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, afirmou neste domingo que o país fechou seu espaço aéreo para aviões civis sírios. Segundo o ministro, a Turquia tomou a decisão porque o regime sírio, que está em conflito com insurgentes, tem "abusado" dos voos civis para transportar equipamento militar. Ele informou que o governo sírio foi informado da decisão no sábado (13).

A Síria informou, também no sábado (13), que decidiu fechar o espaço aéreo do país para aviões comerciais de origem turca, conforme informou a agência estatal de notícias Sana com base em um comunicado do Ministério das Relações Exteriores. A decisão síria foi "baseada no princípio da reciprocidade", tomada em retaliação à decisão turca de interceptar um avião de passageiros sírio que fazia um voo de Moscou para Damasco na quarta-feira, concluiu a agência estatal síria.

Depois de interceptar a aeronave, a Turquia confiscou o que declarou ser equipamentos militares a bordo da aeronave. A Síria denunciou o ato como pirataria aérea e a Rússia disse que a carga era composta de peças de radares que não violavam as leis internacionais.

* Informações de Associated Press.

   14/10/2012

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Teerã:

Ameaça de guerra se acirra no Irã

Comando militar do Irã diz que ataque israelense causaria III Guerra Mundial.*

Um ataque israelense ao Irã provocaria a Terceira Guerra Mundial, segundo afirmou neste domingo o general Amir Ali Hayizadeh, comandante da Divisão Aeroespacial do Corpo de Guardiões da Revolução da República Islâmica.

Em entrevista à televisão oficial em árabe "Alalam", citada pelo canal iraniano em inglês "PressTV", Hayizadeh disse que, no caso de uma guerra, na qual "é inimaginável" que Israel não fosse apoiado pelos Estados Unidos, "a situação poderia sair de controle".

"Esse conflito causaria a Terceira Guerra Mundial, o que significaria que muitos países entrariam na disputa a favor ou contra o Irã", comentou o comando militar iraniano.

Por sua parte, a Força Aérea do Irã anunciou hoje que realizará manobras de grande envergadura no sul do país em março de 2013, informou a "PressTV".

"As manobras programadas pela República Islâmica são pacíficas e provam que o Irã e os países da região são capazes de salvaguardar a segurança na região", declarou aos jornalistas locais o general Aziz Nasirzadeh, comandante da Força Aérea do país.

Para Nasirzadeh, a presença de forças estrangeiras, em referência aos EUA e seus aliados, nas áreas do Oriente Médio, do Golfo Pérsico e da Ásia Central é "ilegítima" e "não é necessária".

As Forças Armadas e os Guardiões da Revolução do Irã realizam todos os anos vários exercícios e manobras, em sua maioria destinados a prevenir um eventual ataque de EUA ou Israel.

Israel e EUA ameaçaram atacar o Irã se o país não freasse seu programa nuclear, ao que Teerã respondeu que não interromperá suas atividades atômicas pacíficas e que, caso seja agredido, dará uma resposta arrasadora.

* Informações da EFE.

   23/09/2012

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Washington:

EUA confirmam lançamento de foguete norte-coreano*

Segundo outra emissora, a "NBC", a Casa Branca vai emitir

em breve uma declaração em relação ao lançamento.

Fontes do Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmaram hoje o lançamento do foguete norte-coreano que era alvo de inúmeras críticas por parte da comunidade internacional.

Segundo a rede de televisão "CNN", que cita funcionários do governo americano, o foguete Unha-3 teria fracassado em seu objetivo de pôr em órbita o satélite Kunmyongsong-3.

O Pentágono e a CIA, assim como outras agências americanas, seguem muito de perto há dias todas as circunstâncias que cercam o lançamento.

As fontes citadas não dão detalhes ainda sobre a trajetória ou onde caíram as duas fases das quais constava o projétil, que deveria sobrevoar águas sul-coreanas, japonesas, taiuanesas e filipinas.

Segundo outra emissora, a "NBC", a Casa Branca vai emitir em breve uma declaração em relação ao lançamento, que aconteceu poucos minutos depois das 7h30 locais de sexta-feira (19h30 de quinta-feira em Brasília) a partir de uma base no oeste da Coreia do Norte, onde recentemente o foguete havia sido abastecido de combustível.

Os Estados Unidos e seus aliados sul-coreanos e japoneses consideram este lançamento uma provocação do regime comunista de Pyongyang, já que, segundo eles, mascara o teste de um míssil balístico de longo alcance.

* Informações da EFE.

   12/04/2012

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Toulouse:

Atirador francês está morto e cerco acaba*

O gabinete do presidente francês, Nicolas Sarkozy,

não emitiu nenhum comentário imediatamente.

Mohamed Merah

Um atirador inspirado pela Al Qaeda que matou sete pessoas na França está morto, depois que a polícia invadiu o seu apartamento em Toulouse, no sul do país, informou a mídia francesa nesta quinta-feira.

Três fontes de um sindicato policial disseram à Reuters que Mohamed Merah, cidadão francês de 23 anos de origem argelina e que confessou ter matado três crianças judias e quatro adultos, foi morto, mas não havia confirmação oficial.

O gabinete do presidente francês, Nicolas Sarkozy, não emitiu nenhum comentário imediatamente. Reportagens da mídia local afirmaram que três policiais foram feridos no tiroteio com o suspeito.

A troca de tiros durou cerca de quatro minutos, enquanto forças especiais entravam no prédio de cinco andares onde Merah estava escondido desde a manhã de quarta-feira, mas o tiroteio terminou em seguida, disse uma testemunha da Reuters.

* Informações de John Irish/Marcello | Reuters.

   23/03/2012

- Foto: Getty Image/reprodução.

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Reação:

Irã testa mísseis de longo alcance, capazes de atingir Israel*

Em resposta à pressão ocidental às ambições nucleares iranianas, o país começou um exercício naval

na semana passada e ameaçou fechar o Estreito de Ormuz se sofrer sanções em suas exportações de petróleo.

O Irã anunciou nesta segunda-feira ter testado com sucesso dois mísseis de longo alcance durante um exercício naval, mostrando que tem capacidade de atingir Israel e bases americanas na região em caso de um ataque ao país. No domingo, o país havia anunciado os testes bem sucedidos com mísseis de médio alcance e a fabricação inédita de barras de combustível nuclear.

- Hoje, nosso míssil terra-terra Noor (Luz) também foi lançado com sucesso - declarou o vice- comandante Mahmoud Mousavi à TV estatal iraniana.

Em resposta à pressão ocidental às ambições nucleares iranianas, o país começou um exercício naval na semana passada e ameaçou fechar o Estreito de Ormuz se sofrer sanções em suas exportações de petróleo. Nesta segunda-feira, porém o chefe da Marinha, Habibollah Sayyari, afirmou que o país não tem intenções de impedir a circulação no estreito, mas que tem simulado o exercício de fechamento da via:

- Nenhuma ordem foi dada para o fechamento do Estreito de Ormuz. Mas nós estamos preparados para vários cenários.

A quinta frota americana, baseada no Bahrein, afirma que não vai permitir que a navegação seja interrompida no canal, que é estratégico para o transporte de petróleo.

O anúncio da capacidade militar iraniana ocorre num momento de crescente tensão por causa do programa nuclear do país, que potências ocidentais dizem ter como objetivo a fabricação de armas atômicas. O Irã afirma que sua meta é apenas o uso pacífico da energia nuclear. Estados Unidos e Israel não descartam uma ação militar contra o Irã, caso a diplomacia não consiga resolver a disputa nuclear.

* Informações de Agência O Globo, com agências internacionais.

   02/01/2012

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Carolina do Norte:

Obama declara o fim da guerra do Iraque

A Carolina do Norte, Estado em que Obama venceu com estreita

diferença as eleições de 2008, também é importante para a eleição presidencial

de 2012, sobretudo, porque será o anfitrião da convenção democrata.

Por Pepe Chaves*

De Belo Horizonte-MG

Para Via Fanzine

15/12/2011

Obama: "Mas nós estamos deixando para trás um Iraque soberano".

Assista clipe exclusivo em homenagem às vitimas da Guerra do Iraque.

“Estou orgulhoso de finalmente dizer estas palavras: bem vindos ao lar”, com essa frase, o presidente dos EUA, Barack Obama, marcou o fim da guerra do Iraque, prestando homenagem aos seus soldados, na quarta-feira, 14/12, em Fort Bragg, na Carolina do Norte.

Acompanhado por sua esposa Michelle, o presidente viajou a Fort Bragg para comunicar pessoalmente aos membros do serviço e suas famílias que a guerra do Iraque chegou ao fim.

Falando para uma multidão presente, Obama destacou o lado humano da guerra, refletindo sobre a bravura e sacrifícios das forças dos EUA e agora do seu retorno para casa. Somente a base da Carolina do Norte contou mais de 200 integrantes mortos ao longo de quase nove anos de combates no Iraque.

O presidente afirmou que 30 mil soldados saíram feridos do conflito e 4,5 mil morreram, acrescentando que o esforço não foi em vão. “Claro, o Iraque não é um lugar perfeito”, disse ele. “Mas nós estamos deixando para trás um Iraque soberano, estável e auto-suficiente, com um governo representativo que foi eleito por seu povo. Estamos construindo uma nova parceria entre nossas nações”, afirmou Obama.

As Tropas das Forças Especiais de Fort Bragg, da Carolina do Norte foram marcantes na invasão ao Iraque. Soldados de Fort Bragg estavam entre os primeiros que chegaram ao Iraque durante a invasão de 2003 e seus pára-quedistas ajudaram a liderar o substancial aumento das tropas de ocupação em 2007.

A Carolina do Norte, Estado em que Obama venceu com estreita diferença as eleições de 2008, também é importante para a eleição presidencial de 2012, sobretudo, porque será o anfitrião da convenção democrata.

Todas as tropas dos EUA devem estar fora do Iraque até 31/12, embora Obama prometeu que seu país vai continuar a ajudar o Iraque, uma vez que enfrenta um futuro incerto em uma região volátil do mundo.

Sangue e petróleo

A guerra que teve início por conta de uma discussão sobre o trajeto de dutos petrolíferos em solo iraquiano se tornou um dos conflitos mais sangrentos dos nossos tempos. Iniciada por George Bush nos início da década de 1990, o conflito foi ressuscitado pouco mais de 10 anos depois por seu filho e substituto à presidência, George W. Bush.

Estima-se que ao longo desses, mais de 350 mil civis iraquianos perderam a vida durante os conflitos gerados pela invasão dos EUA ao Iraque. No ápice da ocupação, o governo americano chegou a colocar 75 mil soldados no território saudita, além de outros muitos milhares das tropas aliadas.

A invasão ao Iraque culminou na fuga e posterior captura pelas forças americanas do mandatário daquele país, o ex-aliado do governo dos EUA e da OTAN, Saddam Hussein. Após ser capturado, Saddam teria sido julgado pelas leis iraquianas e foi enforcado, sob a alegação de ter cometido diversos crimes, incluindo, largas matanças. As imagens do seu enforcamento correm a internet até hoje, soando como uma espécie de “exemplo” aos desafiadores da coalizão.

Apesar de o governo americano reconhecer que foram gastos mais de US$ 1 trilhão, alguns analistas defendem que os custos com as despesas bélicas da guerra no Iraque beiram os US$ 3 trilhões e influenciou, sobremaneira, na atual crise econômica ocidental.

Após a declaração do presidente americano sobre a retirada de suas últimas forças do Iraque, num ato solene foi realizado em Bagdá pelo atual governo, eleito democraticamente. Nesse ato histórico em 14/12/2011, foi retirada a bandeira da OTAN, substituída agora pela do Iraque, que volta a ser hasteada oficialmente em todo o país.

* Com informações de agências internacionais.

- Imagem: Getty Images.

- Extra:

Assista clipe exclusivo em homenagem às vitimas da Guerra do Iraque.

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Ramallah:

Pedido de Palestina à ONU gera tensão

Solicitação na ONU deixa palestinos orgulhosos, mas desconfiados.*

"Com nossa alma e nosso sangue, nos sacrificamos pela Palestina," cantavam milhares de pessoas que se reuniram numa praça no centro de Ramallah para assistir ao presidente Mahmoud Abbas fazer o principal discurso de seu governo.

Mas o orgulho sentido pela multidão enquanto Abbas fazia a solicitação em nome do Estado palestino na Organização das Nações Unidas (ONU) foi temperado pela desconfiança proveniente da dura oposição feita pelos Estados Unidos e por Israel a qualquer mudança no status internacional da Cisjordânia ocupada pelos israelenses e da Faixa de Gaza.

"Viemos participar com nosso povo na solicitação por nossos direitos," disse Mohammed Hamidat, de 40 anos, que assistiu ao desenrolar dos eventos em uma tela gigante ao lado da mulher e dos quatro filhos agitando bandeiras palestinas.

"Com os atuais horizontes fechados, é a única coisa que podemos fazer, mesmo que o resultado seja o fracasso. Há anos que não vemos nada novo: este é um primeiro passo."

Alguns criticaram a ameaça do presidente Barack Obama de vetar qualquer proposta de Estado palestino apresentada no Conselho de Segurança da ONU, sem um acordo de paz com Israel, com o apoio dele aos levantes populares no mundo árabe.

"Há um grande orgulho. Nós apoiamos o presidente. Obama falou sobre liberdade no mundo árabe, mas esqueceu que o povo palestino está sob ocupação," disse Tawfiq Nimr, de 63 anos.

Aplausos, assovios e gritos ecoaram quando Abbas apresentou a solicitação formal ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e acenou à Assembleia Geral.

"Ele foi forte, o primeiro líder árabe a desafiar Obama. Este é um momento histórico na vida dele," disse Badr Abdel Razeq, de 35 anos, que também levou seus três filhos para testemunhar o momento.

Não havia sinal de violência organizada palestina na Cisjordânia, como temido por alguns israelenses que estavam preocupados de que a oposição de Israel à maior iniciativa diplomática palestina em anos pudesse deflagrar confrontos com as forças de segurança de ocupação.

* Tom Perry /Reuters.

   23/09/2011

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Europa:

Al Qaeda ao avesso debuta na Noruega

Movimento radical de direita vai ganhando corpo por toda a Europa.

Por Isaac Bigio*

ESPECIAL, de Londres

Para Via Fanzine

Tradução: Pepe Chaves

26/07/2011

Ataque no centro de Oslo atingiu a sede do governo norueguês.

O massacre na Noruega, em 22/07, está sendo considerado o pior já realizada por um indivíduo contra jovens indefesos neste milênio. Similar à uma ocorrência de 10 anos antes nos EUA, esta atacou o principal centro do poder naquele país e tentou eliminar, indiscriminadamente, a maior quantidade possível de elementos civis.

Por isso, inicialmente, a imprensa acreditou que tal atrocidade teria assinatura da Al Qaeda. Contudo, a verdade dos fatos mostrou que não estavam tão equivocados. Enquanto o autor desse massacre é um jovem local cristão e maçom, ou seja, o inverso dos árabes que chegaram do exterior para se matar em nome de Alá no dia 11 de setembro de 2011, essa nova doutrina e organização evidencia uma nova Al Qaeda "ao avesso", pronta para lutar exatamente contra objetivos opostos: a religião de Bin Laden.

Breivik, o autor do massacre norueguês de 22 de julho de 2011, não é um caso isolado. Ele escreve um livro que já conta com cerca de 1.500 páginas, no qual demonstra um nível político parecido com o de uma das primeiras manifestações armadas de uma nova internacional terrorista (PCCTS ou “Cavleiros Templários”). Ele foi o mais jovem de seus fundadores, em abril 2002, na cidade Londres e conta atualmente com uma rede de células que busca promover uma “guerra santa” cristã para deportar os muçulmanos e exterminar os marxistas da Europa: uma verdadeira “Al Qaeda” invertida, na qual há vários militares sérvios que guerrearam contra muçulmanos.

Seu livro é um manifesto de preparo a uma guerra civil continental que culminaria na redenção da Europa, visando que este continente, no ano de 2.083, celebre quatro séculos da derrota aos turcos em Viena. Mostra os detalhes mais íntimos de sua vida pessoal e de como ele foi adquirindo e montando suas bombas e armas para construir uma espécie de “império cristão” que atualmente abriga muitos milhares de militantes “islamofóbicos” no mundo.

Nesse seu livro, o suspeito conta que, faz 17 anos, sua madrinha de batismo foi uma refugiada allendista chilena, Amelia Jiménez, e que ele tem dois bons amigos chilenos: Natalie e Pablo. Também conta que, semanalmente, se reúne com chilenos integrantes de seu movimento de “revolução conservadora nacionalista” internacional. Demonstra conhecer a situação interna de muitos países do mundo, incluindo Peru, Brasil, México e Espanha - estes dois últimos, visitados por ele.

Um dos grupos que ele reivindica ter ajudado a formar ideologicamente é a União de Defesa da Inglaterra, a qual conta com média de cinco a sete mil ativistas prontos para mobilizar marchas por diferentes cidades britânicas.

Em 5 de fevereiro presenciei que Luton - cidade próxima a Londres - estava totalmente isolada por milhares de atiradores, enquanto o comércio fechou e antifascistas e muçulmanos se preparavam para um enfrentamento. Surpreendeu-me ver ali muitas bandeiras israelenses, uma divisão gay, além do fato de o orador final ser um rabino que chamava àquela unidade de “judeu-cristã e anti-muçulmana”.

Esta é a ideologia da “nova direita” multirracial e multi-religiosa que integra Breivik, a qual se diferencia de outros movimentos como o neo-nazismo antisemita, os movimentos anti-ciganos e ultra-machistas, mas prega uma supremacia branca, pois propõe uma santa aliança entre cristãos, judeus, budistas, ciganos e hinduístas contra os muçulmanos da Europa, para assim, desintegrar o Islã dentro de suas respectivas nações.

* Isaac Bigio é professor e analista internacional em Londres.

- Foto: AFP.

- Leia outros artigos de Isaac Bigio em português: www.viafanzine.jor.br/bigio.htm.

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Caracas:

Hugo Chávez assume que luta contra um câncer*

O presidente venezuelano chegou a Cuba no dia 08/06, onde permanece.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, pôs fim na noite desta quinta-feira à incerteza que há semanas cercava a sua saúde, revelando que um tumor foi extraído do seu corpo e que está sendo tratado de um câncer em Havana, onde já está há três semanas.

Em mensagem lida à nação, aparecendo no vídeo acompanhado por uma imagem do libertador Simón Bolívar e pela bandeira da Venezuela, Chávez usou um tom de voz em muitos momentos emocionado para dar a notícia de que foi detectado um tumor com a presença de células cancerígenas, contra as quais continua a ser tratado.

O presidente venezuelano chegou a Cuba no dia 08/06, onde a previsão, disse, era fazer apenas uma revisão de um problema que tivera no joelho nas últimas semanas.

No entanto, foi diagnosticado um abscesso pélvico que o obrigou a passar pela sala de cirurgia no dia 10. Após essa intervenção cirúrgica, e apesar da "propícia evolução geral", apareceram "suspeitas" de "outras formações celulares não detectadas antes", afirmou.

Foi o líder cubano, Fidel Castro, quem lhe deu a má notícia do câncer, explicou Chávez, que apesar de sua destacada capacidade de improvisação e oratória não saiu da linha do texto que tinha em suas mãos.

O diagnóstico o obrigou a passar por uma segunda intervenção cirúrgica que "permitiu a extração total do tumor", segundo indicou o governante de 56 anos, vestido de azul e com o cabelo curto, ao especificar que "se tratou de uma intervenção maior realizada sem complicações".

"Continuei evoluindo satisfatoriamente, enquanto recebo os tratamentos complementares para combater os diversos tipos de células detectadas e assim seguir o caminho da minha plena recuperação", assinalou, em alusão ao câncer diagnosticado, cuja localização não revelou.

Chávez disse que a doença não o afastou do seu cargo de presidente, pelo que se manteve "informado e no comando das ações do Governo bolivariano", e em contato permanente com o vice-presidente da Venezuela, Elías Jaua, e sua equipe de Governo.

Falando dos "erros fundamentais" por não ter cuidado da saúde e se mostrar durante muito tempo "renuente" às revisões médicas, Chávez reconheceu a dificuldade do momento pelo qual está atravessando e sua esperança de já haver superado a parte mais complicada do processo.

Chávez agradeceu pelas expressões de solidariedade, tanto do povo venezuelano como de outras nações e presidentes, e também pela ajuda de Cuba.

"Todo esse amor e toda essa solidariedade constituem a mais sublime energia que impulsionam minha vontade de vencer esta nova batalha que a vida nos pôs à frente", assinalou.

Chávez mencionou o dia 4 de fevereiro de 1992, quando houve a tentativa fracassada de golpe de Estado contra Carlos Andrés Pérez, o momento do seu "ocaso", além da "aziagas horas" do golpe de Estado que durante 48 horas o tirou do poder, em 2002.

"Agora, neste novo momento de dificuldade, e sobretudo, desde que o próprio Fidel Castro em pessoa veio anunciar a dura notícia do câncer, comecei a pedir a meu senhor Jesus que me concedesse a possibilidade de falar a vocês não desde outro caminho abismal", disse.

A mensagem de Chávez acaba com as conjeturas sobre o alcance de sua doença, que dispararam depois que o Governo anunciou a suspensão da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac).

A decisão de suspender o evento, programado para o dia 5 de julho em coincidência com os atos comemorativos do Bicentenário do país, que para a Venezuela tem uma enorme importância simbólica, deixou evidente que, apesar do vídeo transmitido esta semana com Chávez e Fidel, a saúde do presidente venezuelano estava mal.

"Com minha esperança suprema por enquanto e para sempre, viveremos e venceremos. Muito obrigado, até o meu retorno", encerrou o presidente.

* Informações da EFE.

- Tópico associado:

   Chávez, sua saúde e a Celac - Bigio, de Londres

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Polêmica da morte:

Suposta foto de Osama morto já circula na rede

Foto mostra o paquistanês morto ao lado de um policial com uniforme americano,

mas sua autenticidade não pode ser assegurada.

A imagem duvidosa foi postada no site LiveLeak, enquanto isso,

os EUA não liberam as anunciadas fotos oficiais.

Nova imagem de Osama morto já roda o mundo

Uma suposta foto mostrando Osama bin Laden morto já está circulando na internet. A imagem monocromática que foi reproduzida em tons esverdeados e também em P&B mostra o que seria Bin Laden morto, após ter recebido ataque de militares americanos em sua residência no Paquistão, no domingo, 1º/05.

Na noite da terça-feira, 03/05, a imagem foi postada no LiveLeak como que “vazada” da administração americana. Mas, o próprio Liveleak afirma não pode confirmar a autenticidade desta imagem que mostra Osama Bin Laden falecido.

Aparentemente, a imagem sugere que o empresário paquistanês teria recebido um tiro no olho direito e uma aparente ferida se destaca na sua testa. Ao seu lado, aparece um oficial com uniforme militar dos EUA, sem as insígnias.

É possível que também essa foto seja fake (falsa) ou uma bem elaborada montagem, a partir de imagens desconexas e "maquiadas". Anteriormente, uma outra imagem de Osama morto chegou a ser divulgada e considerada autêntica por parte da imprensa internacional.

Observações atentas

Falando conosco, Fábio Bettinassi, pesquisador e consultor de estratégia para Via Fanzine, assinalou, “A cor verde suave da imagem sugere que ela possa ter sido feita através de uma espécie de webcam, conectada na mira dos fuzis usados pelos mariners americanos”.

Ele também considerou que, pelos reflexos emitidos e o tipo de contraste da imagem, ela pode ter sido tomada de um aparelho celular que poderia ter fotografado um monitor de tevê tamanho grande. “Isso pode sugerir que a pessoa que tomou a foto estava presente em alguma sala de comando da Casa Branca ou de alguma base da CIA”, disse.

Bettinassi também observa que o uniforme do soldado não tem na manga seu nome e suas divisas, o que seria correto, pois, em operações secretas, eles retiram todo tipo de identificação, deixando somente a bandeira dos EUA. Para Bettinassi, “Se fosse uma fraude barata o uniforme poderia estar completo, por possível esquecimento desse detalhe”.

Outro fato observado pelo pesquisador é que na orelha do soldado aparece um fone auricular. Para ele, “Isso sugere o que o militar estava em contato com uma central”.

“Observe o braço do soldado, que vai até sobre o corpo do Bin Laden. Repare que ele está segurando um pequeno bastão com uma luz na ponta. Na realidade, ele segura uma ‘stick camera’ e fotografa a ele mesmo ao lado do corpo”, declarou.

EUA relutam em divulgar imagens oficiais

Na terça-feira, 03/05, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, declarou que a foto do corpo de Osama bin Laden é "horrível". Após ter aventado que a foto seria divulgada, o porta-voz ressaltou que o governo americano ainda não decidiu se divulgará imagens do corpo do líder da rede Al-Qaeda.

Em declarações à coletiva de imprensa, Carney afirmou quem, “Serei franco, a divulgação de fotos de Osama bin Laden após ter sido abatido é sensível, e avaliamos a necessidade de fazê-lo”, reproduziu a AFP.

“Estamos analisando a situação. Vamos abordar isso de forma metódica e tentamos tomar a melhor decisão”, afirmou.

Divulgação, só em prol de interesses americanos

Para Carney, a questão agora é saber se uma eventual divulgação "serve ou não aos nossos interesses, não apenas aqui, mas no mundo inteiro". Perguntado sobre a natureza da foto, Carney respondeu: “posso dizer que é uma foto horrível”. Carney se recusou a dizer se viu a imagem.

Na terça-feira, 04/05, a CIA emitiu nos EUA um alerta solicitando às pessoas para não abrirem mensagens de e-mails que tragam anexos das fotos de Osama bin Laden morto, pois, certamente, tais anexos devem conter vírus de computador.

Polêmica segue bem alimentada

Enquanto as imagens com a chancela de Washington não são liberadas (se forem), em todo o mundo a polêmica da morte de Osama bin Laden tenderá a ser alimentada por muita dúvida e desconfiança às declarações do governo americano.

E, acreditamos, mesmo que as imagens sejam liberadas pelo governo dos EUA – já tardiamente –, as mesmas poderão se tornar alvos de severas críticas com relação à sua autenticidade, sobretudo, nesses tempos atuais, onde os efeitos visuais convencem mais do que a própria realidade.

* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine.

- Com informações de LiveLeak, Infowars, AFP e Fábio Bettinassi.

- Tradução: Carlos Tebecherani Haddad.

- Imagem: Al Jazeera/reprodução.

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