A sua plataforma de embarque para a Astronáutica, Astrofísica e Astronomia  - Com a qualidade jornalística  Via Fanzine

 

 Satélites

 

 

 

Satélite didático:

Da sala de aula para o espaço

Grupo de alunos motivado por professores vai colocar satélite em órbita.

 

O Tubesat brasileiro vai entrar em órbita brevemente.

Leia também

   Alunos municipais lançam satélite em 2013

   Inpe auxilia alunos municipais a lançar satélite

 

Um grupo de professores e 120 estudantes do quinto ano da Escola Municipal Tancredo Neves, de Ubatuba, litoral norte paulista, em conjunto com empresários e pesquisadores voluntários, estão construindo um satélite artificial que deve ser lançado nos Estados Unidos e entrar em órbita ainda este ano.

 

A iniciativa partiu do professor de matemática Candido Osvaldo de Souza. Em fevereiro de 2010, ele leu em uma revista de divulgação científica que uma empresa dos Estados Unidos, a Interorbital, vendia kits de satélites chamados TubeSats, que permaneciam em órbita a 300 quilômetros de altitude durante três meses. Ousadamente, Souza pensou em construir e lançar um desses. Os alunos aprovaram seu plano, mesmo sabendo que teriam de enfrentar muitas dificuldades, que Souza está superando, uma a uma.

 

Para começar, não tinham como pagar os US$ 8 mil do kit do satélite. Souza, porém, conseguiu o patrocínio de empresas locais que cobriram as despesas. Depois, ele descobriu que somente por meio de uma fundação seria possível enviar o dinheiro à empresa nos Estados Unidos. Conversou com os dirigentes da escola, com os políticos da cidade e conseguiu transformar a Associação de Pais e Mestres em uma fundação. O professor de matemática teve de batalhar também uma licença do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão federal sediado em São José dos Campos, interior paulista, que constrói e gerencia satélites no Brasil.

 

Aos poucos, Souza conseguiu o apoio de outros professores, que mobilizaram os estudantes de todas as classes e promoveram um concurso para selecionar a mensagem que o satélite deve emitir nos três meses em que estiver em órbita.

 

'A edição de janeiro da revista SatMagazine, especializada

em satélites, citou o trabalho realizado em Ubatuba'

 

A equipe coordenada por ele e por Emerson Yaegashi, que também ensina matemática, trabalha agora nos dispositivos eletrônicos do interior do satélite. Receberam os componentes e as instruções para montar os protótipos e a versão definitiva. Vendo que precisava de ajuda, Souza procurou uma empresa de robótica e desenvolvimento de software sediada na cidade de São Paulo, a Globalcode, e teve uma grata surpresa: os diretores, Vinicius Senger e Yara Mascarenhas Hornos Senger, moravam em Ubatuba.

 

“Vencidas as etapas financeira e burocrática, agora o grande desafio é construir o recheio do satélite”, diz Yara. Depois de coordenarem o treinamento sobre eletrônica básica para os professores, Vinicius e Yara começaram voluntariamente a ajudar docentes e alunos a desenhar, corroer e soldar as placas dos protótipos do satélite.

 

“Criamos a placa Ubatubino, que pode ser reutilizada para outras funções e as próprias crianças podem fabricar, usando programas de fonte aberta (open source) e material simples, como um ferro de passar roupa”, diz Vinicius. “As crianças estão fazendo pequenos computadores, com capacidade similar aos que os astronautas usaram na década de 1960 quando pousaram na Lua. É totalmente viável construirmos satélites educacionais inteiramente no Brasil, sem depender de importações, e promover, por exemplo, competições entre escolas.”

 

A edição de janeiro da revista SatMagazine, especializada em satélites, citou o trabalho realizado em Ubatuba: “O TubeSats já é parte do currículo de universidades e escolas ao redor do mundo. Talvez o mais ambicioso projeto esteja no Brasil em um programa coordenado por Candido Osvaldo e Emerson Yaegashi, no qual 120 estudantes criaram 22 maquetes do TubeSats em sala de aula. Os alunos que construírem as melhores maquetes ganharão a honra de montar o TubeSat orbital real”.

 

Sérgio Mascarenhas, coordenador de projetos do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos, tem acompanhado com entusiasmo a construção do satélite de Ubatuba: “O apoio à iniciativa do professor é a saída para melhorarmos a educação no Brasil”, comenta. Em férias, o professor Candido Osvaldo de Souza não foi encontrado para comentar o projeto que ele coordena.

 

Imagens

 

O vídeo “Mão na massa: aprendendo a soldar, criar placas, corroer e fabricar placas no seu escritório” contém etapas do processo de produção das placas pelos professores e pelas crianças – como a impressão, usando ferro de passar roupa.

 

Fonte: Revista Pesquisa/FAPESP.

 

- Imagem: Tubesat.

 

- Colaborou: José Ildefonso Pinto de Souza  (SP).

 

- Tópicos relacionado:

   Alunos municipais lançam satélite em 2013

   Inpe auxilia alunos municipais a lançar satélite

 *  *  *

Concurso:

AAB promove concurso para mini-satélites*

O concurso nacional será composto por propostas nacionais

participantes do concurso da UNISEC, enviadas através da AAB.

 

A Associação Aeroespacial Brasileira (AAB) comunica à comunidade espacial, acadêmica, industrial, pública e privada brasileira o lançamento do seu concurso para a proposição de missões espaciais compostas com satélites de até 50 kg.

 

O concurso tem uma vertente internacional e uma nacional. A primeira será conduzida em conjunto com a "2nd Mission Idea Contest for Micro/Nano Satellites Utilization" organizada pela UNISEC (University Space Engineering Consortium), do Japão.

 

O concurso nacional será composto por propostas nacionais participantes do concurso da UNISEC, enviadas através da AAB.

 

Elabore sua proposta, participe do concurso da UNISEC, e em paralelo do concurso da AAB, e faça sua idéia ir "pro espaço" (literalmente!).

 

Os objetivos, regulamento, calendário, premiação e outras informações podem ser encontradas em:

 

http://www.aeroespacial.org.br/minisat_2012/

 

- Mais Informações pelo e-mail: aab.camms@aeroespacial.org.br.

 

* Informações da Associação Aeroespacial Brasileira (AAB).

 

- Tópicos relacionados:

Satélite ROSAT cai no Oceano Índico

  Satélite alemão cairá na superfície

  Especial: Lixo espacial em queda - TV FANZINE (vídeo)

  Hayabusa: Cápsula retorna após visita histórica a um asteróide

  JAXA confirma que partículas são de asteroide

  Nasa comemora sucesso da sonda Messenger

  Descoberta água no planeta Mercúrio

  Lançamento: mensageiro segue para Mercúrio

  Vídeo - Messenger: informações (em inglês)+animação da Nasa

  Matérias sobre outras sondas espaciais

 Inpe auxilia alunos municipais a lançar satélite 

 Página do projeto do satélite Planck

 Imagens relacionadas no site da ESA Planck

 Página do projeto do satélite Herschel

 Imagens relacionadas no site da ESA Herschel

 Página da Agência espacial Européia com as duas missões

*  * *

 

Europa:

ESA lança dupla de satélites

O foguete Ariane 5 colocará em órbita os satélites Planck & Herschel.

 

Por J. Ildefonso de Souza*

Para ASTROVIA

 

Satélites seguirão acoplados em foguete.

Clique aqui para assistir ao vivo o lançamento às 12h (Brasília) em 14/05.

 

Conforme informações da Agência Espacial Européia (ESA), o lançamento marcado para o próximo dia 06/05, foi adiado para 12/05 (terça-feira). Mas um incidente, adiou novamente o lançamento para a quinta-feira (14/05), às 12h (horário de Brasília). Partem juntos para o espaço dois satélites científicos de grande importância, o Planck e o Herschel.

 

Os satélites serão postos em órbita por um foguete Ariane 5, que por sua vez, será lançado da base de Kourou, na Guiana Francesa, às 12h58 (Horário de Brasília).

 

A Missão Planck vai estudar a anisotropia da radiação cósmica de fundo, um dos resquícios do Big Bang. Com uma gama enorme de aplicações, os dados do Planck devem, principalmente, ajudar a explicar como surgiram as estruturas que formaram os aglomerados e superaglomerados de galáxias observados hoje.

 

Já a Missão Herschel, outro telescópio espacial, com um espelho de 3,5 metros de diâmetro, deve observar em comprimentos de onda no infravermelho distante e submilimétrico. Essa porção do espectro eletromagnético ainda não foi muito explorada e deve ser usada para estudar desde galáxias distantes até estrelas próximas.

 

Para acompanhar o lançamento ao vivo, acesse:
http://www.videocorner.tv/videocorner2/live_flv/index.php?langue=en

 

* José Ildefonso Pinto de Souza é físico em Taubaté-SP.

- Com informações e imagens da ESA.

 

Mais informações:

 

Página do projeto do satélite Planck

Imagens relacionadas no site da ESA Planck

Página do projeto do satélite Herschel

Imagens relacionadas no site da ESA Herschel

Página da Agência espacial Européia com as duas missões

 

- Produção: Pepe Chaves

©Copyright, 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

 

*  *  *

 

 

Comunicações:

Satélite tinha fitinha do Senhor do Bonfim*

O Brasilsat A2 não foi assegurado pelo ministro das Comunicações

que achou por bem, prender uma fitinha de Senhor do Bonfim no mesmo.

 

Brasilsat A2

 

O satélite Brasilsat A2 foi o segundo satélite brasileiro pertencente a antiga empresa estatal Embratel, hoje privatizada, que foi lançado em 28 de março de 1986, por um foguete Ariane modelo 2/3, na base de lançamento de Kourou na Guiana francesa. Este satélite era igual ao Brasilsat A1

 

Tinha uma massa quando do lançamento de 1.243 kg, Perigeu de 35.778 km, Apogeu de 35.794 km e uma inclinação de 0,0 graus. Durante sua vida comercial, esteve estacionado em 70 graus oeste.

 

Construído pela empresa canadense Spar Aerospace, que recebeu US$ 125 milhões de dólares para construir sob licença da Hughes, os dois satélites brasileiros modelo HS 376.

 

Os satélites receberam inicialmente a denominação de Brasilsat 1 e 2 e formaram o início do Sistema Brasileiro de Telecomunicações por Satélite - SBTS. O satélite ficou estacionado sobre o meridiano 105 graus oeste. Posteriormente com o lançamento da segunda geração de satélites, eles passaram a ser denominados de Brasilsat A1 e A2. Este satélite não mais é utilizado pela Embratel e o satélite Brasilsat B4 da Star One, uma subsidiária da Embratel, está estacionado em 70 graus.

 

O satélite tinha a forma de um cilindro, onde no seu topo se situava uma antena direcional que se abriu após o lançamento do satélite, tinha a rotação estabilizada de 50 a 55 rpm, seus empuxadores utilizavam como propelente 136 kg de hidrazina e era alimentado por células solares que forneciam 982 Watts no início de sua fase de operação, utilizando duas baterias de NiCd como reserva de energia. Transportava 24 transmissores de banda C, com 6 transmissores sobressalentes. Forneciam um (Effective Incident Radiated Power - EIRP) poder de radiação incidente efetiva > 34 dBW para a maioria do território brasileiro.

 

Seu tempo de vida contratual era de oito anos, mas o satélite continuou a ser controlado até o final de 2003, com quase 18 anos de vida.

 

Fitinha do Senhor do Bonfim

 

Ao ser lançado em março de 1986, o Brasilsat A2 não foi assegurado, por decisão do então ministro das Comunicações, o baiano Antônio Carlos Magalhães. A razão era o alto custo do prêmio exigido pelas seguradoras.

 

Para “segurar” o satélite, ACM mandou colocar uma fitinha do Senhor do Bonfim. A fitinha parece ter funcionado: o satélite operou até fevereiro de 2004, quase dez anos a mais do que sua vida útil projetada.

 

A fitinha de Senhor do Bonfim é usada no Brasil, sobretudo, no Estado da Bahia, como uma espécie de talismã. Amarrada no braço, a superstição é que a pessoa que usa a fitinha esteja protegida pelo Senhor do Bonfim.

 

* Informações de Wikipedia e blog Panorama Espacial.

 

 

Leia outras matérias na

www.viafanzine.jor.br/astrovia.htm ©Copyright, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

 

 

 

DORNAS DIGITAL

 

 

Motigo Webstats - Free web site statistics Personal homepage website counter