Estação Espacial Internacional - ISS
Missão STS-135: Atlantis se atracou à Estação Espacial Um dos computadores do Atlantis sofreu pane durante atracagem, mas problema foi superado. Perigo eminente: lixo em órbita volta a ser ameaça na rota da Estação Espacial Internacional.
Por Pepe Chaves* De Belo Horizonte Para ASTROVIA 10/07/2011
Missão STS-135, a derradeira do Atlantis, atracou com sucesso à ISS, apesar da falha em um dos seus computares de navegação.
Atracou com sucesso
O ônibus espacial Atlantis, em sua última viagem pela missão STS-135, acoplou com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS) nesse domingo, 10/07 e sua tripulação já se encontra acomodada nas instalações em órbita. Pouco antes de atracar, um dos três computadores da espaçonave sofreu pane e ficou inutilizado. O problema foi superado e não atrapalhou a atracagem da espaçonave.
As manobras de atracagem foram executadas pelo comandante Chris Ferguson, que o Atlantis junto à estação espacial às 12h07 (horário de Brasília) desse domingo. A atracagem foi feita a uma altitude de 370 quilômetros, sobre o oceano Pacífico. Ao desembarcar, os quatro astronautas da missão STS-135 foram saudados pela tripulação da estação.
Perigo eminente de choque
Contudo, um risco eminente preocupa os engenheiros e técnicos da NASA para as próximas horas. Gerentes de missão da agência americana foram alertados para a passagem do fragmento de um velho satélite russo, que pode cruzar com a rota da Estação Espacial Internacional e do ônibus espacial Atlantis (acoplado à mesma), nessa terça-feira, 12/07. Para agravar a situação, para esse mesmo dia está programada a realização de uma caminhada espacial (EVA), quando dois astronautas devem trabalhar do lado externo das instalações.
"A equipe relatou que estamos seguindo o que poderia ser um antigo conjunto, ou seja, pedaços de lixo espacial", disse a titular da gestão de equipe, LeRoy Cain, em coletiva de imprensa nesse domingo, 10/06.
"Parece que o ponto de maior aproximação será durante a EVA. No entanto, nós realmente não temos previsões confiáveis a respeito. Essa probabilidade de colisão ainda precisa ser computada de maneira mais precisa", afirmou Cain.
Lixo espacial
Após décadas de lançamentos de artefatos ao espaço, na forma de experimentos ou satélites atualmente sucateados, um grande volume de lixo espacial se encontra agora na órbita da Terra. Periodicamente, atraídos pela gravidade, esses fragmentos reentram à atmosfera e queimam, podendo ser vistos quando em queda, como bolas de fogo soltando faíscas.
De acordo com a Nasa, os detritos que agora ameaçam a Estação Espacial Internacional ainda são de dimensões desconhecidas. Entre eles, foi identificada uma parte do velho satélite russo Cosmos 375, lançado em outubro de 1970.
"Ainda não podemos afirmar com certeza se realmente temos uma conjunção pela frente, mas há potencial para isso", afirmou Cain. Ela acrescentou que nessa segunda-feira terá acesso a dados mais precisos sobre esta questão.
Computador do Atlantis sofre pane
Outra preocupação foi que o ônibus espacial Atlantis perdeu um dos seus três computadores de navegação, nesse domingo, antes de atracar à Estação Espacial Internacional.
O diretor de voo Kwatsi Alibaruho, da STS-135, afirma que o problema é temporário, "Essencialmente, ocorreu apenas um problema transitório que derrubou um dos computadores durante a acoplagem e tivemos que acoplar sem ele. Isso representou apenas uma perda redundante", explicou.
Ressaltando que a questão não era de grande preocupação, Alibaruho notou uma coincidência "interessante" com relação a um outro fato, "Este mesmo problema, ocorreu pela última vez na STS-122, que também foi uma missão do Atlantis", disse o engenheiro.
E acrescentou, "Há ainda um ou dois pontos em comum entre estas missões, mas vou deixá-los para o lazer dos pesquisadores". Vale lembrar que o especialista de missão Rex Walheim foi quem coordenou ambos os voos do Atlantis. Mas, antes que Alibaruho dedure alguém, ele confirma que Walheim não foi o culpado por esta falha em um dos computadores do Atlantis, durante a missão STS-135.
A última missão
A missão STS-135 ocorre 30 anos após o lançamento do primeiro ônibus espacial, finalizando uma saga de voos tripulados, que teve um custo toal estimado em cerca de US$ 200 bilhões de dólares. Durante o programa foram perdidas 14 vidas de astronautas, quando dos acidades com os ônibus espcaicias Challenger (1986) e Columbia (2022). As três espaçonaves restantes, Atlantis, Discoverey e Endeavoour vão se tornar agora peça de museu espacial nos Estados Unidos.
As futuras missões tripuladas da NASA deverão ser feitas através de parcerias firmadas com a iniciativa privada, o que será efetivado somente a longo prazo. Até lá, as espaçonaves russas Souyz serão arrendadas para os voos de astronautas americanos à Estação Espacial Internacional.
* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine e do portal ASTROvia. - Com informações e imagem da Nasa e tradução do autor.
- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).
- Tópicos relacionados: Última missão: Atlantis é lançado com sucesso Imagens da Nasa mostram derradeiro lançamento do Atlantis Nasa promove tributo aos 30 anos do ônibus espacial Flórida Nasa autoriza lançamento do Endeavour para 16/05 Programa Discovery NASA escolhe novo projeto Mercúrio Nasa comemora sucesso da sonda Messenger Faz 50 anos Gagarin ganhou o espaço Gagarin: Vídeo do pronunciamento da Tripulação 27 da ISS Estação Espacial comemorou a ‘Yuri’s Night’ Página do professor Márcio R. Mendes
- Extras: Clique aqui para assistir vídeo do lançamento (STS-135 Atlantis) Clique aqui para assistir vídeo desse lançamento Clique aqui para assistir vídeo com som original Vídeo mostra o derradeiro pouso do Endeavour
Produção: Pepe Chaves
* * *
STS-134: Astronautas concluem a missão STS-134 Durante a missão de 16 dias, o Endeavour e sua tripulação entregaram o Espectrômetro Magnético Alfa (AMS) e peças de reposição à Estação Espacial.
Por Pepe Chaves* De Belo Horizonte Para ASTROVIA
Parte da cauda do Endeavour acoplado na Estação Espacial, com Terra de fundo. Ao lado, astronautas concluem com sucesso a quarta caminhada espacail.
Os astronautas da missão STS-134 trabalharam na configuração de um purificador espacial para dióxido de carbono. Na quarta e última caminhada espacial (EVA), eles utilizaram equipamentos e suprimentos entre a Estação Espacial Internacional e a nave espacial Endeavour (acoplada na estação) e concluíram com sucesso a missão.
No início da sexta-feira, 27/05, o comandante da missão STS-134, Mark Kelly, o piloto Greg Johnson, juntamente com o engenheiro de voo da Expedição 27, Ron Garan, conversaram com estudantes do ensino médio, professores e outros, que se reuniram na Universidade do Arizona, em Tucson, nos EUA. No início do sábado, 28/05, Johnson respondeu a perguntas de representantes da Gannet, da Houston KPRC-TV e da Voz da América.
Os membros da missão STS-134 do ônibus espacial Endeavour são o comandante Mark Kelly, o piloto Gregory H. Johnson e os especialistas da missão Michael Fincke, Greg Chamitoff, Andrew Feustel e o astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA), Roberto Vittori.
Durante a missão de 16 dias, o Endeavour e sua tripulação entregaram o Espectrômetro Magnético Alfa (AMS) e peças de reposição à Estação Espacial Internacional. O AMS se trata de uma experiência de ponta da física. Esse espectrômetro foi projetado para procurar antimatéria no universo e, além disso, vai procurar desvendar o mistério que compõe a maior parte da massa do universo.
Também foram enviadas duas antenas para comunicações de banda S, um tanque de gás de alta pressão e peças de reposição para o módulo Dextre.
O ônibus espacial Endeavour com sua tripulação de seis astronautas foi lançado na segunda-feira, 16/05/ 2011, às 08:56 EDT, em sua última missão espacial.
* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine e do portal ASTROvia. - Com informações e imagem da Nasa e tradução do autor.
- Links relacionados: Nasa promove tributo aos 30 anos do ônibus espacial Flórida Nasa autoriza lançamento do Endeavour para 16/05 Faz 50 anos Gagarin ganhou o espaço - Gagarin: Vídeo do pronunciamento da Tripulação 27 da ISS - Extra: Vídeo: "First Orbit' - 1h40 no You Tube - produção de Christopher Riley (Com áudio em russo com legendas em inglês, mostra cenas originais de Gagarin com imagens da ISS).
- Produção: Pepe Chaves
* * *
Em órbita: Estação Espacial comemorou a ‘Yuri’s Night’ Tripulação 27 da Estação Espacial Internacional comemorou a “Noite de Yuri”, recordando o gesto solitário do legendário cosmonauta soviético em 1961.
Por Pepe Chaves* De Belo Horizonte Para ASTROVIA
Os membros da Tripulação 27 da Estação Espacial enviaram mensagens de saudações nesse 12 de abril. Leia também: Um concerto em gravidade zero para Gagarin - Ian Anderson&Catherine Coleman Assista: Vídeo do pronunciamento da Tripulação 27 da ISS
Deve ter sido uma sensação única para aqueles quatro astronautas e dois cosmonautas que estavam em órbita terrestre, ao poder reviver em 2011 uma situação semelhante a de Yuri Gagarin em abril de 1961: ver a Terra à sua frente e se sentir absolutamente fora de todo o contexto dela. Quantos comentários e reflexões fizeram entre si e a sós, os membros daquela tripulação, agora, com 50 anos a mais de tecnologia e logística, sobre o velho lobo espacial soviético.
Falar em coragem quando se comenta Yuri Gagarin é pouco, ela não era uma pessoa normal. Na ponta de um foguete da mais alta potência, ele se dispor a subir à orbita terrestre e voltar são e salvo. E conseguiu, para morrer num trágico acidente com uma aeronave caça, bem próximo ao solo, sete anos depois.
Passados 50 anos, flutuando a quase 400 quilômetros da superfície da Terra, a Expedição 27, formada pelos tripulantes a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) comemorava a Yuri’s Night (Noite de Yuri) nea passagem de 12/04/2011. A tripulação enviou uma mensagem especial a todo o mundo para desejar uma “Feliz noite de Yuri”, proferindo frases que poderão ser relembradas no centenário do feito.
A Expedição 27 da Estação Espacial inclui o comandante Dmitry Kondratyev e os coordenadores de voo Andrey Borisenko, Catherine Coleman, Alexander Samokutyaev, Paolo Nespoli e Ron Garan.
Faz 50 anos, os voos espaciais tripulados se tornaram realidade, após o lançamento de uma cápsula em forma de sino, chamada "Vostok 1", pela então União das Repúblicas Socialistas Soviética (URSS), em 12 de abril de 1961.
O feito chamou a atenção de todo o mundo, pois aquela cápsula levava em seu interior o piloto e cosmonauta soviético Yuri Gagarin, que marcaria o seu lugar na história, não somente da astronáutica, mas dessa humanidade, ao se tornar o primeiro ser humano a deixar os limites terrestres e se inserir no espaço exterior.
“Posso ver todo o circuito da Terra de minha nave orbital e estou maravilhado com a beleza do nosso planeta. Pessoas do mundo, vamos salvaguardar e valorizar essa beleza! Não vamos destruí-lo” . Yuri Gagarin - 12/04/1061
Exatamente 20 anos depois do voo do Gagarim, os Estados Unidos iniciavam uma nova era na exploração espacial, com o lançamento inaugural de um novo tipo de nave espacial, O Ônibus Espacial (Space Shuttle), na mesma data comemorativa de Gagarin, porém, em 12 abril de 1981.
Concebidos para transportar uma grande equipe e vasto volume de carga para a órbita terrestre, foram produzidos cinco ônibus espaciais que, entre outros serviços prestados, esses veículos colaboraram sobremaneira para a construção da própria Estação Espacial. Foram eles: Atlantis, Endeavour, Discovery, Challenger e Columbia, sendo que estes dois últimos explodiram na atmosfera terrestre, vitimando suas tripulações.
Os ônibus espaciais ampliaram as possibilidades para as viagens espaciais e se tornaram sinônimo de voos tripulados para toda uma nova geração de jovens. Em tantas escolas do mundo, jovens diziam que queriam voar ao espaço dentro de um ônibus espacial. E sob tais influências, foram crescendo as novas gerações de cientistas e viajantes do espaço, que se alçavam à órbita terrestre a bordo dos ônibus espaciais ou das cápsulas russas Souyz.
E exatos trinta anos depois do lançamento do primeiro veículo "shuttle", quando os ônibus espaciais acabam de se tornar peças de museus, aquela geração de jovens empolgados com o espaço cresceu e alguns membros dela se encontram, em 2011, a bordo da Estação Espacial, na órbita terrestre.
E lá, eles celebraram, em 12/04/2011, a “Noite de Yuri”, em menção ao gesto soviético de 50 anos atrás, que seria o primeiro a tornar viáveis as viagens espaciais e a construção de um dos maiores símbolos da chamada "globalização", a Estação Espacial Internacional, um empreendimento comum entre 15 países.
* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine e do portal ASTROvia.
* Com informações do blog Yuri's Night (http://yurisnight.net) e tradução do autor. - Assista: Vídeo do pronunciamento da Tripulação 27 da ISS
- Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).
- Fotos: Reprodução/ISS.
- Links relacionados: Faz 50 anos Gagarin ganhou o espaço Um concerto em gravidade zero para Gagarin - Ian Anderson&Catherine Coleman ESA Euronews: Yuri Gagarin: o primeiro Homem no espaço - vídeo - Extra: Vídeo: "First Orbit' - 1h40 no You Tube - produção de Christopher Riley (Com áudio em russo com legendas em inglês, mostra cenas originais de Gagarin com imagens da ISS).
- Produção: Pepe Chaves
* * *
Estação Espacial: Europeu comanda ISS pela primeira vez Frank De Winne substitui comandante russo, o cosmonauta Gennady Padalka.
Por J. Ildefonso P. de Souza* De Taubaté-SP Para ASTROVIA
Frank De Winne
O astronauta da Agência Espacial Européia (ESA), Frank De Winne, tornou-se o primeiro europeu a comandar a Estação Espacial Internacional (ISS). Ele ocupou o cargo após o atual comandante russo, o cosmonauta Gennady Padalka, deixar a Estação.
A nave Soyuz irá recolher Padalka no domingo (11/10) à noite. De Winne é a primeira pessoa que não é de nacionalidade americana nem russa a assumir o cargo de comandante da ISS.
Na sexta-feira (09/10) foi realizada na ISS uma cerimônia simbólica de mudança de comando na Estação.
Na terça-feira (13/10), a Agência Espacial Européia irá organizar uma entrevista coletiva. Na oportunidade, jornalistas devem falar com o novo comandante da ISS, no Centro de Controle do Columbus, em Oberpfaffenhofen, próximo a Munique, na Alemanha.
O programa irá incluir apresentações do diretor de voos tripulados da ESA Simonetta Di Pippo, o Diretor de Operações e Infra-estruturas da ESA, Gaele Winters e o presidente do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), Johann-Dietrich Wörner.
* José Ildefonso Pinto de Souza é físico e articulista. Seu blog é http://entrononentro.haaan.com. - Com imagens e informações da ESA. - Tradução do autor.
- Produção: Pepe Chaves © Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.
* * *
EUA: Astrônomo holandês fotografa astronauta na ISS Imagens feitas pelo astrônomo holandês Ralf Vandebergh mostram um astronauta sobre a estrutura da Estação Espacial, situada a 350 quilômetros da Terra. Por Pepe Chaves* Para ASTROVIA
Foto do astrônomo Ralf Vandebergh, feita a partir da Holanda, mostra Joseph Acaba sobre o corpo da ISS.
A imagem de um homem a 350 quilômetros de distância foi notícia recentemente no meio astronômico. Trata-se da imagem de um astronauta durante uma atividade extra-veicular (EVA) na Estação Espacial Internacional (ISS), captada da Terra com uma câmera de vídeo e um telescópio (veja acima).
Duas fotografias, uma colorida e uma P/B foram feitas pelo astrônomo holandês Ralf Vandebergh, que costuma fotografar a ISS durante as passagens sobre o seu país. Ele assegura que “nenhuma outra estrutura brilhante da ISS ocupa a posição indicada no entremeio, e que um astronauta refletido, vestido de branco poderia ser visível contra a treliça e corresponderia ao borrão claro”.
A estação espacial ocupada atualmente (abril/2009) por três tripulantes navega em órbita da Terra a 350 quilômetros de distância e sua posição pode ser monitorada por qualquer pessoa, através de vários sites especializados na internet.
A foto foi feita por Vandebergh no dia 21 de março, durante a visita da equipe da missão STS-119, levada até a estação pelo ônibus espacial Discovery. A fotografia mostra os painéis solares da ISS refletindo a luz solar contra a Terra, cuja claridade, contrasta com o negro céu noturno.
A pequena mancha branca é um astronauta em serviço do lado de fora da estação, numa missão de caminhada extra-veicular. Conforme as informações obtidas por Vanderbergh, baseadas no horário e posição do astronauta, ele seria Joseph Acaba, membro da tripulação STS-119 que aportara na ISS.
No momento em que foi tomada a fotografia, Joseph Acaba estava instalando um equipamento próximo a uma das montagens de treliças da ISS, quando foi flagrado da Terra pelas lentes atentas de Ralf Vandebergh, na Holanda.
* Pepe Chaves é editor do diário digital Via Fanzine (Brasil). - Com informações de http://www.apod.astronomos.com.br/apod.php. - Imagens: Ralf Vandebergh (Holanda). - Colaborou: J. Ildefonso P. de Souza (SP).
- Produção: Pepe Chaves © Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.
Leia outras matérias na www.viafanzine.jor.br/astrovia.htm ©Copyright, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.
|