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Sem limite
Expedição chinesa: Xuelong, a caminho da Antártida Navio levará suprimentos a duas das três estações antárticas da China, e também transportará a equipe de pesquisadores que trabalhará na Estação Antártica Kunlun, que se localiza no ponto mais alto do continente antártico
Por J. Ildefonso P. de Souza* Para Via Fanzine 02/11/2011
Xuelong: embarcação segue para uma importante e longa missão no continente gelado.
O navio de investigação e quebra-gelo chinês Xuelong ("Dragão de Neve") partiu no sábado (29/10) de Shanghai para o setentrional porto de Tianjin, de onde zarpará nos próximos dias para levar a cabo uma expedição de seis meses pela região antártica.
Xuelong, um quebra-gelo da classe A2, capaz de abrir caminho através de camadas geladas de até 1,2 metros de espessura, partirá de Tianjin no dia 03/11 para realizar sua viagem número 28, desde quando entrou em serviço, em 1984.
Seus 220 tripulantes trabalharão em 31 tarefas de investigação científica, de acordo com uma fonte do projeto em Shanghai.
O navio levará suprimentos a duas das três estações antárticas da China, e também transportará a equipe de pesquisadores que trabalhará na Estação Antártica Kunlun, que se localiza no ponto mais alto do continente antártico, a 4.093 metros sobre o nível do mar, segundo informou a mesma fonte.
Durante o curso da expedição, o Xuelong cobrirá cerca de 31 mil milhas náuticas, e regressará a Shanghai somente em abril de 2012.
A China planeja lançar entre 2011 e 2015, cinco expedições de investigação antártica e três para o Ártico, as quais se concentrarão no estudo das mudanças ambientais naquelas regiões polares.
- Foto: News.CN.
- Tópico associado: China lança Shenzhou-8 e inicia sua estação espacial
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ROSAT: Satélite alemão cairá na superfície Como já dizia Abracourcix, o chefe da aldeia gaulesa nas histórias de Asterix: “o céu está caindo sobre nossas cabeças!?”.
Por J. Ildefonso P. de Souza* Para Via Fanzine 19/10/2011
O telescópio ROSAT carregando seus grandes espelhos.
Menos de 24 horas da reentrada do satélite americano UARS, em 24/09/2011, a agência espacial alemã (DLR), vinculada à Agência Espacial Europeia (ESA), informava que o telescópio espacial desativado ROSAT (Röntgen Satellite) deve atingir a Terra no início de novembro.
Atualizando as informações, com dados do acompanhamento orbital do artefato espacial, os técnicos prognosticam que o ROSAT reentrará na atmosfera terrestre no próximo final de semana, entre os dias 22 e 23/10.
O telescópio espacial de raios X, ROSAT foi construído pelo laboratório alemão DLR e lançado ao espaço pela NASA em 1990. O equipamento pesa 2,4 toneladas, e segundo seus fabricantes, ao menos 30 peças, com uma massa total de 1,6 toneladas cairão sobre a superfície do planeta.
Ainda de acordo com a DLR, a parte mais perigosa do satélite a cair na Terra poderá ser os seus espelhos, além de um suporte mecânico feito de fibra de carbono muito resistente.
O ROSAT foi lançado ao espaço em 1º/06/1990 por um foguete Delta II a partir do Cabo Canaveral, nos Estados Unidos.
As partes do ROSAT que deverão cair na Terra são:
- Um telescópio de raios X; - Quatro espelhos Wolter de 83cm, com comprimento focal de 2,4m; - Detectores: dois sensíveis para contadores proporcionais e um detector para Placa de Alta Resolução HRI; - Câmara de campo amplo para observações na faixa ultravioleta.
O projeto ROSAT foi uma missão conjunta entre o Centro Aeroespacial Alemão (DLR), e agências espaciais dos Estados Unidos e Grã Bretanha.
Em 1991, um de seus contadores detector e um filtro do grupo de investigação britânica foram destruídos por superaquecimento e, em 1994, o combustível do artefato espacial acabou. Mesmo assim as observações por fontes de raios X prosseguiram através das imagens de alta resolução HRI dos Estados Unidos.
Em 1998 ao apontar diretamente para o Sol o telescópio se queimou, culminando no seu abandono em 1999.
Imagem: Max-Planck-Institut für extraterrestrische Physik (MPE) .
- Tópicos associados: Hayabusa: Cápsula retorna após visita histórica a um asteróide JAXA confirma que partículas são de asteroide Nasa comemora sucesso da sonda Messenger Descoberta água no planeta Mercúrio Lançamento: mensageiro segue para Mercúrio
- Extra: Página oficial da missão ROSAT: http://heasarc.nasa.gov/docs/rosat/rosgof.html
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Marte: Fim da sonda Phoenix? A sonda Phoenix, que se encontra em Marte deixou de emitir sinais desde novembro de 2008. Por José Ildefonso Pinto de Souza* Para Via Fanzine
Reconstituição da Phoenix em Marte.
Nesse momento, os pesquisadores não podem receber mais informação por culpa do gélido inverno do planeta vermelho que não permite que a sonda recarregue suas baterias e conquanto se sabia que o mais certo é que não conseguisse sobreviver, todos tinham esperanças.
Lamentavelmente essas esperanças foram em vão e agora a NASA anunciou que deixará de buscar contatos porque considera a missão perdida. A sonda pousou em Marte no dia 25/05 de 2008 e funcionou dois meses além do esperado.
Ao todo foram realizados três contatos com a Phoenix antes de declará-la perdida. O primeiro foi em janeiro de 2010, depois em fevereiro e este foi o último. Nenhum deles obviamente teve resposta. “Seguirão pesquisando o planeta vermelho? Estas foram as palavras de Chade Edwards, chefe engenheiro de telecomunicações para o Programa de Exploração de Marte.
- Foto: Nasa.
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De volta ao espaço: Nasa busca alternativas para voos espaciais Através do programa Commercial Orbital Transportation Services a Nasa dar sequencia aos seus lançamentos espaciais.
Por José Ildefonso Pinto de Souza* Para Via Fanzine
Depois da "aposentadoria" do ônibus espacial e agora que a Comissão Augustine deu seu parecer desfavorável ao foguete Ares I, e o substituir por um lançador privado, restaria à Agência Espacial Norte-americana (Nasa) depender da Rússia para enviar astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS).
Mas parece que está surgindo uma luz no fim do túnel, esse "farol" tem nome, é o programa Commercial Orbital Transportation Services (COTS). Talvez, o COTS seja uma medida para minimizar todo esse imbróglio político, já que é um programa que deve garantir a independência dos norte-americanos no transporte de cargas à ISS, graças à colaboração da Nasa com o setor privado. Os protagonistas do COTS são, as empresas Orbital e SpaceX.
A aposta da Orbital passa pelo foguete Taurus II, que usará em sua primeira etapa o veterano motor NK-33. Este motor foi desenvolvido nos anos 60 por Nikolai Kuznetsov para o foguete lunar soviético N1. O Taurus II será lançado desde o porto espacial "Virginia" (atual centro de lançamento de Wallops Island) e terá capacidade para colocar, em órbita baixa, entre 4750 e 6250 kg. O Taurus II, por sua vez, porá em órbita o cargueiro espacial Cygnus. Esta nave, com uma massa de 5300 kg, consta de um módulo pressurizado de 3800 kg baseado nos MPLM empregados pelo ônibus espacial nas missões de serviço à ISS. Este módulo pressurizado será construído em colaboração com a empresa Thales Alenia Space. O Cygnus é projetado para levar até 2700 kg de carga até a Estação Espacial Internacional.
Já do lado da SpaceX, os planos são mais ambiciosos e consistem no potente foguete Falcon 9, que tem capacidade para 10,45 toneladas em órbita baixa ao ser lançado desde Cabo Canaveral, e a nave Dragon. Esta nave é mais complexa que a Cygnus, da Orbital, pois inclui uma cápsula de retorno, com capacidade para transportar até 3600 kg da ISS. Além disso, a SpaceX mantém os planos para construir uma versão tripulada da Dragon com capacidade para sete astronautas, mas essa parte da história fica para uma outra vez.
A Nasa outorgou recentemente com a Orbital, o contrato para oito missões da Cygnus no período que vai de 2011 a 2015. A partir daí, a empresa planeja lançar naves Cygnus em missões comerciais à ISS, independentemente da Nasa.
A SpaceX, por sua vez, deve lançar nada mais, nada menos, que três cápsulas Dragon no ano que vem em voos de demonstração do COTS. Se estes voos forem bem sucedidos, a empresa espera poder lançar 15 missões entre 2011 e 2015.
Agora, como diz o ditado popular, a bola está com o presidente Barak Obama.
* Com informações e imagem da Nasa.
- Leia mais: Relatório Augustine - Viagens tripuladas à Lua e Marte são adiadas.
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Agência Espacial Europeia: Satélite GOCE é acionado com sucesso Nave européia não-tripulada vai mapear a gravidade da Terra com precisão sem precedentes.
Por José Ildefonso Pinto de Souza* Para Via Fanzine
Croqui mostra o posicionamento do satélite em órbita.
O sofisticado sistema de propulsão iônica do satélite Gravity field and steady-state Ocean Circulation Explorer (GOCE), da Agência Espacial Européia (ESA), foi acionado, e confirmou-se que está operando normalmente, dessa maneira mais um passo importante foi dado para o êxito da missão.
O sucesso das medições gravitacionais ultra-precisas de GOCE depende de um controle muito fino de sua órbita e de sua velocidade. O empuxo de seu sistema propulsor deve ser exatamente o necessário para compensar a pequena resistência aerodinâmica produzida pelos débis restos de atmosfera existentes à altura da órbita do satélite.
Durante 24 meses, o satélite irá recolher dados de gravidade tridimensionais em todo o planeta. Os dados em bruto serão processados em terra para produzir o mapa mais preciso de sempre do campo gravitacional da Terra e aperfeiçoar o geóide: a verdadeira forma de referência do nosso planeta.
O conhecimento preciso do geóide, que pode ser considerado como a superfície de um oceano global ideal em repouso, terá um papel muito importante em estudos futuros do nosso planeta, dos oceanos e da atmosfera.
Servirá de modelo de referência para medir e modelar as alterações do nível do mar, a circulação dos oceanos e a dinâmica das calotes de gelo polares.
A GOCE deverá fazer intensas leituras de diversos aspectos do nosso planeta.
Como foi
Na tarde de 17/03/2009, o satélite GOCE (Gravity field and steady-state Ocean Circulation Explorer) desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ESA) foi colocado numa órbita baixa da Terra, quase heliossíncrona, por um lançador Rockot, a partir do cosmódromo de Plesetsk , no norte da Rússia.
O Conjunto Superior, que inclui o satélite GOCE, está preso à parte superior, Breeze-KM, do lançador Rockot, tendo sido selado e protegido por um escudo térmico e transportado por trem da sala limpa até a plataforma de lançamento a cinco quilômetros de distância. A temperatura do ar em Plesetsk está bastante baixa e o solo está coberto de neve. No entanto, estas condições não impedem o lançamento.
A nave GOCE é o primeiro satélite da missão de Exploração da Terra lançado pela ESA e irá mapear as variações no campo gravitacional da Terra, com extremo detalhe e precisão. Isto resultará num modelo único do geóide, que é a superfície de igual potencial gravitacional, definida pelo campo gravitacional.
Este modelo do campo gravitacional é crucial para estabelecer medições precisas da circulação oceânica e das alterações do nível das águas do mar, ambas afetadas pelas alterações climáticas. Os dados apurados pelo GOCE também são muito necessários para entender melhor os processos que ocorrem no interior da Terra e que estão relacionados com vulcões e sismos.
A GOCE será colocada numa órbita de baixa altitude pelo veículo russo Rockot. O Rockot é operado pelo Eurockot Lauch Services, uma joint venture entre a EADS Astrium e o Khrunichev Space Centre (Rússia).
Para tornar possível esta missão, a ESA, juntamente com um consórcio de 45 empresas europeias, lideradas pela Thales Alenia Space, e a comunidade científica tiveram de ultrapassar extraordinários desafios técnicos.
A nave foi desenhada para orbitar a Terra a uma distância que lhe permitisse recolher dados gravitacionais de grande precisão, filtrando simultaneamente as perturbações causadas pela atmosfera em órbitas baixas (altitude de apenas 260 km). Isto resultou numa estrutura aerodinâmica em forma de seta [veja acima], com cinco metros de comprimento e equipada com propulsores iónicos de baixa potência para compensar o atrito atmosférico.
A transmissão televisiva estará disponível, com imagens do lançamento em Plesetsk e do controle de missão na ESA/ESOC em Darmstadt, Alemanha (mais detalhes em http://television.esa.int). O público também assistir um vídeo da transmissão, também oferecido pelo canal da ESA: http://www.esa.int/goce.
* Com informações da Agência Espacial Européia (ESA). - Leia mais na página da ESA/Portugal (em português): http://www.esa.int/esaCP/SEM9F1JTYRF_Portugal_0.html - Tradução: J. Ildefonso P. de Souza. - Imagens ilustrativas: ESA.
- Tópico relacionado: GOCE e o novo geoide: o melhor mapa da gravidade global
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Mudanças: Tabela Periódica dos elementos será corrigida Se por um lado a nova tabela será mais precisa, muitos acadêmicos admitem que será mais complicado de ensinar aos estudantes.
Por José Ildefonso Pinto de Souza* Para Via Fanzine
Novidade periódica
Se vocês achavam que a informação disponível na tabela periódica era imutável, equivocaram-se. Em uma mudança que fará com que muitos estudantes torçam o nariz, se confirmou que mais informação serão acrescentadas à tabela periódica dos elementos que aparecem nos livros didáticos.
A forma em que o peso atômico de dez elementos, incluindo hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, é expressa, será mudada para refletir mais adequadamente sua variação natural isotópica.
Desde sua introdução em 1869, a tabela periódica tem acumulado muitas novas entradas e no ano de 2009 ganhou seu elemento 112, o copernicum (Cn). Esta última mudança será bastante diferente, no entanto.
Os elementos químicos ocorrem em diferentes formas, conhecidas como isótopos. O carbono, por exemplo, existe como três isótopos, cada um com pesos atômicos diferentes (C-12, C-13, e C-14) e estes se encontram em concentrações variáveis em diferentes lugares. Como resultado, a tabela periódica atualmente contém a média dos valores dos pesos atômicos isotópicos.
Agora, a União Internacional de Químicas Pura e Aplicadas, resolveu mostrar o peso atômico de dez elementos como uma faixa (intervalo) – com um valor mínimo e um máximo - em vez de um peso médio único. Atualmente o peso atômico de um elemento é calculado pela média dos pesos de seus isótopos, ponderada pela frequência com que são encontrados na natureza.
Assimilação
Se por um lado a nova tabela será mais precisa, muitos acadêmicos admitem que será mais complicado de ensinar aos estudantes e que os professores deverão eleger um único valor do intervalo para fazerem os cálculos de química.
A mudança vai coincidir com o Ano Internacional da Química, que será celebrado em 2011.
O que mudou na tabela periódica
- Imagem: PopScience.
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Marte: Antigos oásis habitáveis em vulcão marciano As constatações foram feitas com base em observações do espectrômetro instalado na sonda orbital Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), da NASA.
Por José Ildefonso Pinto de Souza* Para Via Fanzine
Sonda orbital marciana MRO localiza ricos depósitos de sílica que podem guardar importantes informações.
Há cerca de 3,5 bilhões de anos, a idade dourada de Marte chegou a um fim abrupto. O clima do Planeta Vermelho, de repente, mudou e deixou de ser quente e úmido (e adequados para a vida), passando a seco e frio, num planeta onde praticamente nenhum organismo poderia sobreviver.
Agora, um grupo de pesquisadores encontrou um local em uma encosta vulcânica, onde a vida, no entanto, pode ter existido. Trata-se das encostas do cone vulcânico de Nili Patera. No local existe grande quantidade de depósitos, sinalizados na imagem acima (de cor clara), que contém sílica hidratada.
As constatações foram feitas com base em observações do espectrômetro instalado na sonda orbital Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), da NASA, que estuda aquele planeta desde 2006. Também o robô marciano Spirit, que se encontra no solo marciano, já havia detectado depósitos altamente enriquecidos em sílica com minerais acessórios, sugerindo a formação por lixiviação hidrotermal das rochas basálticas, através de soluções de baixo pH.
A composição dos depósitos e sua localização, nos flancos de um cone vulcânico são a melhor evidência já descoberta em Marte, de um ambiente hidrotermal - uma fumarola, ou nascente de água quente - conforme nota emitida pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa.
"O calor e a água necessários para criar esse depósito provavelmente fizeram dessa uma zona habitável", disse J.R. Skok, estudante de graduação da Universidade Brown, em Rhode Island. Skok acredita que o depósito hidratado foi deixado por águas quentes "durante o período inicial Hesperian", quando o planeta Marte era frio e árido, entre três e quatro bilhões de anos. "Se houve vida ali, este seria um tipo promissor de depósito para sepultá-la - um necrotério de micróbios - por assim dizer", completa Skok.
No entanto, nenhum estudo ainda foi capaz de determinar se Marte já abrigou vida em seu passado. Os novos resultados se unem à massa de evidências de que, em algumas épocas e lugares, o planeta pode ter tido ambientes capazes de sustentar micro-organismos. "A sílica é um pequeno dispositivo que cria cápsulas fechadas", disse J. F. Mustard, co-autor do artigo. "Se houver material biológico no local, ele pode estar envolvido e preservado em um revestimento de sílica", declarou Mustard.
O pequeno cone vulcânico se ergue cerca de 100 metros acima do fundo de uma depressão chamada Nili Patera. A patera, que é o fundo de uma caldeira vulcânica e ocupa cerca de 50 quilômetros da região vulcânica de Syrtis Major, na zona equatorial de Marte. Antes que o cone se formasse, fluxos de lava cobriam as planícies próximas. O desmoronamento de uma câmara de magma subterrânea da onde a lava emanava criou a depressão.
Fluxos de lava subsequentes cobriram o chão da Nili Patera. O cone foi construído por fluxos ainda posteriores, aparentemente depois que o magma subterrâneo adquiriu uma textura espessa o bastante para permitir a acumulação de material sob a forma de um cone.
Observações de câmeras da MRO revelaram superfícies brilhantes perto do topo do cone, espalhando-se pelos flancos e no chão dos arredores. A composição dessas áreas brilhantes foi analisada por um instrumento a bordo da MRO.
A sílica pode ser dissolvida, transportada e concentrada por água quente. A sílica hidratada identificada nos locais mais elevados indica que nascentes de água quente ou fumarolas alimentadas por calor interno criaram os tais depósitos.
As zonas habitáveis, se existiram, teriam estado dentro ou na periferia das vias condutoras de água quente.
O artigo com essas descobertas, foi publicado na revista ‘Nature Geoscience’.
* Com informações das agências internacionais e tradução do autor. - Imagens: MRO/NASA.
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Lua: China lança sua segunda sonda lunar Nova sonda lunar chinesa testará novas técnicas de alunissagem e vai tomar fotos de alta resolução da superfície do satélite natural.
Por José Ildefonso Pinto de Souza* Para Via Fanzine
Foguete chinês que levará ao espaço a sonda Chang'e 2.
A China poderá aproveitar o 61º aniversário de proclamação de sua República Popular lançando na sexta-feira (1º/10), para lançar a Chang'e 2, sua segunda sonda lunar, da base espacial de Xichang, adianta a AFP, citando a imprensa oficial chinesa.
Os técnicos realizam os últimos testes na base espacial de Xichang, na província de Sichuan, sudoeste da China, e as previsões meteorológicas para o fim de semana são favoráveis, de acordo com o jornal China Daily.
A segunda sonda lunar chinesa testará novas técnicas de alunissagem e vai tomar fotos de alta resolução da superfície do satélite natural.
Além disso, entrará na órbita lunar com maior rapidez que seu antecessor, que demorou 13 dias terrestres a chegar. Já a Chang'e 2 o fará em cinco dias, e orbitará mais perto, a 100 quilômetros de altitude, contra 200 da Chang'e 1.
Esta missão Chang’e-2 integra o ambicioso programa espacial chinês que visa fazer chegar um “taikonauta” à Lua por volta de 2020. Nesse âmbito, está previsto ainda o envio de uma sonda não tripulada ao satélite da Terra antes de 2013. A China lançou a primeira sonda lunar em outubro de 2007.
Se o lançamento acontecer na sexta-feira, a missão coincidirá com o aniversário da tomada de poder pelos comunistas na China.
Em 1º de outubro de 1949, Mao Tse Tung proclamou na praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial) de Pequim a República Popular da China.
No ano de 2003, a China se tornou, depois da Rússia e dos Estados Unidos, o terceiro país a enviar um homem ao espaço.
Em setembro de 2008, durante a missão Shenzhou VII, um "taikonauta", como os chineses denominam os astronautas, fez uma saída ao espaço, confirmando assim os avanços do país na conquista espacial.
* Com informações das agências de notícias. - Leia também: Homem na Lua em 2025: anuncio é da agência chinesa
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Todos os textos: por José Ildefonso Pinto de Souza* De Taubaté/SP Para Via Fanzine Produção: Pepe Chaves
Visite o seu blog: http://entrononentro.haaan.com/
* José Ildefonso Pinto de Souza é bacharel e licenciado em Física. Pesquisador espacial e consultor de Via Fanzine - Leia outros artigos do professor Ildefonso: Clique aqui para ler o arquivo de 2008. Clique aqui para ler 'A Phoenix chega em Marte' Clique aqui para ler 'O Universo é feito de que?' Clique aqui para ler 'Coisas que caem do céu' Clique aqui para ler 'Madame Radioatividade'
Produção: Pepe Chaves. © Copyright 2004-2009, Pepe Arte Viva Ltda.
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