A sua plataforma de embarque para a Astronáutica, Astrofísica e Astronomia  - Com a qualidade jornalística  Via Fanzine

 

 NASA

     

Saturno:

NASA vai enviar helicóptero a Titã*

A Dragonfly será lançada em 2026, se tudo correr conforme o planejado. Com o nome de "libélula", esse drone voador vai realizar levantamentos dos agentes atmosféricos em Titã, lua de Saturno. 

 

Representação artística da sonda Dragonfly pousada em uma parte sólida da superfície de Titã.

Leia também:

Sonda InSight pousa em Marte

EUA querem retomar viagens tripuladas

Ficção e realidade: Um mundo e dois sóis

Viagem espacial é oferecida por operadora

Nasa: Ártico encolhe e Antártida se expande

Sondas Voyager estão deixando a Heliosfera

MCPV, o substituto do ônibus espacial

Cápsula Dragon cumpre missão oficial

  

A agência espacial NASA prepara seu mais recente explorador para novas fronteiras em missões de médio custo. A Dragonfly (Libélula, em português) será uma aeronave sonda projetada para adentrar a atmosfera de Titã, a nebulosa lua de Saturno.

 

Se tudo correr conforme o planejado, a Dragonfly - um mini helicóptero comandado remotamente - será lançada em 2026 e pousará em Titã oito anos depois, segundo autoridades da NASA. A sonda passará pelo menos 2,5 anos navegando em torno da lua de 5.150 quilômetros de largura, fazendo duas dúzias de voos, num total de 180 km.

 

A Dragonfly, com seus três metros de comprimento reunirá uma variedade de dados em cada uma das paradas. Esse trabalho ajudará os cientistas a aprender mais sobre Titã, o único corpo conhecido do sistema solar, além da Terra, que pode hospedar vida nos agentes líquidos que compõem sua superfície.

 

Porém, os lagos, rios e mares na superfície de Titã não são compostos de água: o sistema climático da lua gelada é baseado em hidrocarbonetos, em particular metano e etano.

 

Desvendando a química ambiental

 

A missão é voltada para caracterizar detalhes da química de Titã. Sabe-se que moléculas orgânicas complexas se agitam na atmosfera espessa e dominada por nitrogênio de Titã, e alguns cientistas pensam que seus mares de hidrocarbonetos podem hospedar formas exóticas de vida. Além disso, Titã também abriga outro ambiente potencialmente habitável: um oceano enterrado de água líquida, que escorre sob a crosta gelada da lua.

 

A Dragonfly poderá encontrar evidências da vida de Titã, se a lua for realmente habitada. E, como Titã atualmente é muito parecido com o início da Terra, as observações da missão podem lançar luz sobre os processos químicos que ajudaram a vida a entrar em nosso planeta, acredita a NASA.

 

Thomas Zurbuchen, administrador associado de ciências da NASA na sede da agência em Washington, DC, afirmou que, "Titã é diferente de qualquer outro lugar do sistema solar, e a Dragonfly não é como nenhuma outra missão. É notável pensar que este helicóptero voará milhas e milhas através das dunas de areia orgânica da maior lua de Saturno, explorando os processos que moldam esse ambiente extraordinário".

 

E acrescentou, "A Dragonfly visitará um mundo cheio de uma grande variedade de compostos orgânicos, que são os elementos básicos para a vida e poderão nos ensinar sobre a origem da própria vida".

 

Cratera Selk é o destino

 

A Dragonfly pousará entre as dunas de Titã e seguirá em direção ao seu destino final, a Cratera Selk de 80 quilômetros de largura. Selk é um lugar particularmente bom para estudar química prebiótica e procurar sinais de vida, disseram funcionários da NASA. Isso ocorre porque os três ingredientes necessários para a vida como a conhecemos - água líquida, moléculas orgânicas e energia - se misturaram durante o impacto que criou essa cratera.

 

A Dragonfly será movida a energia nuclear, assim como o rover Curiosity, a sonda New Horizons em Plutão e outros exploradores do espaço profundo da NASA.

 

Programa New Frontiers

 

A Dragonfly será a quarta missão do programa New Frontiers, após a New Horizons (Plutão), a sonda Juno (Júpiter) e a missão de amostragem de asteroides OSIRIS-REx. Os custos de desenvolvimento da Dragonfly estão estimados em US$ 850 milhões, embora o preço total da missão, incluindo o lançamento, provavelmente supere US $ 1 bilhão.

 

A Dragonfly não será a primeira nave a pousar em Titã. Essa honra pertence à sonda Huygens da Agência Espacial Europeia (ESA) que aterrissou naquela lua em janeiro de 2005. A Huygens viajou para o sistema Saturno com a sonda Cassini da NASA, que orbitou aquele planeta entre meados de 2004 a setembro de 2017.

 

* Informações de Mike Wall / Space.com e tradução/adaptação de Pepe Chaves para Via Fanzine e ASTROvia.

   19/12/2019

 

- Imagem: © Johns Hopkins APL.

 

  Leia também:

  Sonda InSight pousa em Marte

  Ficção e realidade: Um mundo e dois sóis

  NASA presta informações sobre ‘descoberta’ em Marte

  Viagem espacial é oferecida por operadora

  Nasa: Ártico encolhe e Antártida se expande

  Sondas Voyager estão deixando a Heliosfera

  Revista da NASA publica artigo sobre satélite SABIA-Mar

  Ubatuba: da sala de aula para o espaço

  Inpe auxilia alunos municipais a lançar satélite

  AAB promove concurso para mini-satélites

  Satélite ROSAT cai no Oceano Índico

  Satélite alemão cairá na superfície

  Especial: Lixo espacial em queda - TV FANZINE (vídeo)

  Hayabusa: Cápsula retorna após visita histórica a um asteróide

  JAXA confirma que partículas são de asteroide

  MCPV, o substituto do ônibus espacial

  Nasa comemora sucesso da sonda Messenger

  Descoberta água no planeta Mercúrio

 

- Produção: Pepe Chaves.

©Copyright, 2019, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

 

Leia outras matérias na

www.viafanzine.jor.br/astrovia.htm

©Copyright, Pepe Arte Viva Ltda. Brasil.

 

 

 

DORNAS DIGITAL