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 NASA

  

Equipe Zopherus vence desafio:

NASA visa criar abrigos com impressão 3D

A ideia é que, antes de enviar os primeiros homens a Marte, sejam enviados robôs capazes de construir abrigos à base de impressão 3D, com a utilização de elementos locais para a composição da argamassa.

 

Da Redação*

ASTROvia

23/12/2018

 

NASA espera enviar pessoas a Marte dentro de 20 a 25 anos. Para isso, será preciso antes, construir o abrigo para os primeiros humanos no inóspito planeta vizinho.

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Construção noutro planeta

 

Essa ideia que parece saída dos livros de Arthur Clarke movimentou a sociedade civil que apontou junto à NASA vários caminhos para a busca de soluções. Onde o homem ficará quando chegar em Marte? Pensando nisso, a Agência Espacial Americana (NASA) planeja enviar ao Planeta Vermelho - antes que os primeiros humanos cheguem por lá -, robôs capazes de criar alojamentos (habitats) com a utilização da conhecida impressão 3D.

 

Para trabalhar esta ideia, o desafio Habitat Challenge, uma iniciativa NASA, solicita aos seus participantes a criação de designs exclusivos para alojamentos que possam ser construídos por impressoras 3D no planeta vizinho, utilizando material colhido do próprio solo marciano.

 

Detalhe da janela no abrigo apresentado pela Zopherus, vencedora da fase final do desafio Habitat Challenge (NASA).

 

Você viajaria a Marte?

 

Aos poucos, os primeiros passos humanos já seguem rumo a Marte, através de uma extensa preparação, até que se chegue o momento certo para tal partida. E se antes essa era uma questão para os livros e filmes de ficção científica, hoje se torna uma possibilidade cada vez mais palpável. Sabe-se que a NASA espera enviar pessoas ao Planeta Vermelho dentro de 20 a 25 anos - embora algumas empresas privadas já anunciaram que devem realizar tal feito antes disso. Então, em um futuro não muito distante, você também poderá fazer uma viagem ao nosso planeta vizinho. Viagem essa que, com a tecnologia atual, gastaria aproximadamente oito meses para ir e oito para retornar.

 

Pense nos muitos milhões de quilômetros que você percorreria como passageiro dessa viagem. Lembrando que, a maior aventura humana fora da Terra se deu na Lua, localizada a somente 385 mil quilômetros de distância. Já Marte, em sua mais recente aproximação da Terra (em agosto de 2003), esteve a "apenas" 56 milhões de quilômetros da Terra. Essa distância média é de 140 milhões de quilômetros e varia bastante, já que ambos os planetas estão em constante movimento em torno do Sol.

 

Enfim, depois de viajar por todo esse caminho, você provavelmente vai querer ficar lá durante algum tempo. Por isso, a NASA está trabalhando em cima de dois planos. Um deles, seria esperar que você e seus colegas astronautas permanecessem em Marte somente por algumas semanas. E no outro plano vocês ficariam lá por mais de um ano.

 

Mas, em ambos os casos, onde você viveria naquele ambiente desértico? E o que poderia comer? É sabido que além da atmosfera rarefeita do planeta, sua superfície rochosa e arenosa, ali não há água líquida e você precisará resistir às fortes tempestades de poeira que duram semanas. Portanto, cultivar alimentos ao ar livre seria, na melhor das hipóteses, um sonho muito distante.

 

Essas estão entre as diversas questões que cientistas e engenheiros estão abordando. E agora eles buscam também ideias de todos nós, simples mortais.

 

Detalhe interior do habitat desenvolvido pela Zopherus: jardim no terraço coberto e uma grande janela para absorver a luz solar.

 

Envolvendo a sociedade civil

 

O Habitat Challenge, para impressão em 3D, é uma competição organizada pela NASA e seus parceiros, que busca junto à sociedade civil, ideias diferenciadas para seus ousados projetos. Esta iniciativa com duração de cinco anos visa projetar habitações para explorações no espaço profundo e para viagens a Marte.

 

Basicamente, os profissionais querem analisar o que seríamos capazes de criar para construir abrigos reutilizáveis ​​usando apenas materiais recicláveis ​​ou encontrados no local da construção. A competição que oferece US$ 3,15 milhões em prêmios, chegou em sua terceira e última fase.

 

"Foi revelador aprender com pessoas de fora da NASA sobre o seu conceito de como seria construir uma casa em Marte", disse Monsi Roman, gerente de programas para esta e outras competições da NASA, no Marshall Space Flight Center, Alabama, EUA. "É incrível o que as pessoas podem inventar quando não são limitadas por dinheiro, tempo e outras limitações", afirmou ela.

 

O objetivo da NASA, segundo Monsi Roman, é fazer com que seus especialistas analisem uma boa ideia e pensem: “Sim, isso faz 100% de sentido. Como não pensamos nisso antes?”.

 

Esta é a impressora 3D da Zopherus, projetada para construir habitats modulares, principalmente, utilizando materiais extraídos em Marte.

 

Robôs seguirão primeiro

 

Nesta fase final da competição, os participantes estão construindo modelos virtuais ou em escala reduzida de seus habitats. Cada um deve ser capaz de abrigar quatro astronautas durante um ano e incluir espaço para cozinha, dormitório e recreação, além de uma área de trabalho. Alguns projetos incluem jardim interior. Todos devem oferecer proteção contra os prejudiciais níveis de radiação, que são muito superiores aos da Terra.

 

O cerne do desafio é que o habitat deverá estar pronto para uso antes que qualquer astronauta chegue em Marte. Nesse caso, robôs móveis (rovers) seguirão primeiro e coletarão materiais locais para criar uma argamassa chamada de “concreto marciano”. De acordo com os planos, uma impressora 3D enviada com os robôs usará esse concreto e outros materiais para construir o habitat humano.

 

O projeto da equipe Zopherus foi o primeiro vencedor da fase mais recente do Habitat Challenge, que visa a impressão dos abrigos marcianos com tecnologia 3D.

 

Zopherus vence a etapa final

 

Dentro da competição, os habitats surgiram em vários formatos e tamanhos. A equipe Zopherus, de Rogers, Arkansas, foi a vencedora do primeiro lugar da Fase 3, nível 1, do desafio Habitat Challenge da NASA, para impressão 3D.

 

O design da equipe inclui o uso de uma impressora que utiliza robôs em movimento para colher materiais locais. A vencedora apresentou um habitat arredondado que lembra o conhecido iglu polar, mas coberto por pedras [veja imagem acima].

 

A equipe AI SpaceFactory, de Nova York, que ficou em segundo lugar na competição apresentou o design parecido com um barril, fato que, segundo a equipe, tornaria a impressão 3D mais fácil no solo de Marte.

 

A equipe Kahn-Yates, do Mississippi, ficou em terceiro lugar apresentando um design elegante e em forma de concha, destinado a diminuir os efeitos das tempestades de poeira e visando deixar entrar mais luz solar - em um planeta onde a temperatura média é de -81 graus Celsius.

 

Se hoje os planos para a chegada do homem em Marte já saltaram do papel e vão para as impressoras 3D, é provável que em breve, também saltem da Terra para o Planeta Vermelho. Não sem antes consumir a dedicação de gerações de cientistas, engajadas há décadas pela busca dos conhecimentos necessários para a realização de um objetivo comum: levar o homem a um outro planeta.

 

* Com informações da NASA, e tradução/adaptação de Pepe Chaves para Via Fanzine e ASTROvia.

  23/12/2018

 

- Imagens: NASA/divulgação.

 

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