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UFOs no Arquipélago da Madeira

O Arquipélago da Madeira está situado a cerca de 1000 km da costa portuguesa, a sudoeste do Algarve.

É constituído pelas ilhas da Madeira e Porto Santo, além de diversas ilhas desertas e selvagens.

 

Por Eugénio Santos*

De Funchal/Ilha da Madeira

Para Via Fanzine

Junho/2008

 

Reconstituição de um grupamento de UFOs avistado

no ano de 1968 em Funchal, Ilha da Madeira.

 

Décadas passadas

 

O capitão Gonçalves Zarco aportou pela primeira vez neste arquipélago em 1418. E assim, passaram-se mais de cinco séculos repletos de histórias, muitas delas, relacionadas com fenômenos fora do comum que ocorrem nessas ilhas.

 

Desde meados da década de 1950 que há relatos sobre a observações de fenômenos estranhos. E porquê só desde essa data? A resposta correta remonta épocas mais antigas. Para o nosso estudo mais recente, recuamos apenas 50 anos, por ser um período passível de conter relatos dos nossos pais e avós. Menciono pais e avós, num sentido lato. Pais e avós de qualquer um de nós, pois, os seres humanos, queiramos ou não, somos uma gigantesca família que povoa o planeta Terra.

 

Recuando até 1955, vamos encontrar uma ilha com um ambiente essencialmente rural, em que existe uma grande dicotomia entre as gentes do campo e as gentes da cidade. Para além das grandes diferenças culturais – que se denotam nos relatos dos avistamentos – o ambiente urbano e rural, estavam separados como a luz da escuridão. O contexto meio-físico e social, é importante para a análise dos fenômenos, pois o ser humano é claramente influenciado pelo ambiente envolvente.

 

A luz elétrica só chegou às zonas rurais durante os anos de 1960 e 1970, existindo sítios mais recônditos que tiveram que esperar por mais 20 anos.

 

Esferas de Luz

 

Um dos relatos mais divulgados nas zonas rurais, são os de misteriosas luzes que aparecem, ora por entre as árvores, ora saltitando sobre a copa das mesmas. São esferas de luz branca brilhante, que pululam aleatoriamente. As pessoas mais antigas costumavam associar estas luzes a atos de bruxaria e almas de outro mundo ou coisas demoníacas.

 

De momento, referentes a este tipo de fenômenos, existem relatos conhecidos de pessoas na Camacha, em Santana, Garachico e Parque Ecológico do Funchal. Se fosse efetuado um inquérito detalhado junto à população, decerto que os resultados obtidos, indicariam uma generalização de tal fenômeno por todo o arquipélago.

 

O que poderão ser estas esferas de luz? Analisando as descrições, estas esferas de luz com cerca de 50 cm de diâmetro, possuem uma animação comparável a uma abelha que esvoaça de flor em flor para recolher o pólen. Num movimento aparentemente aleatório, as esferas esvoaçam por entre os troncos das árvores ou então, como que saltitam por sobre as suas ramagens.

 

Já houve quem tivesse sugerido tratar-se de um fenômeno elétrico, do gênero dos “fogos fátuos” ou “Fogos de Santelmo”, descritos muitas vezes pelos marinheiros, pois ocorrem no cordame dos navios, devido à acumulação de eletricidade estática.

 

Os autores mais sensacionalistas dentro do contexto ufológico, como Rodrigo Romo, por meio de canalizações de mensagens vindas de entidades supostamente alienígenas, afirmam que estas esferas de luz, são sondas enviadas a partir de naves em órbita, com o intuito de estudarem a evolução das características da nossa atmosfera. A informação recolhida seria processada numa imensa base de dados que resguarda informações provenientes dos mais diversos locais do planeta.

 

Esta explicação de que tais esferas luminosas se tratam de sondas, poderá não ser a mais correta, mas até ao momento é a que apresenta mais lógica.

 

Localização da Ilha da Madeira.

 

Discos voadores

 

O primeiro registro de avistamento de um disco voador na ilha, remonta ao dia 11 de novembro de 1954. Nesse dia um grupo de pessoas afirmou ter visto, ao sul de Funchal, um objeto estranho, que lhes pareceu um disco voador com as mesmas características descritas pela imprensa mundial. O objeto manteve-se visível por cerca de 10 minutos e depois seguiu na direção sul.

 

O segundo relato, referente a discos voadores, surge em fevereiro de 1968, com o seguinte conteúdo: “Inúmeras pessoas voltaram a observar, numa das últimas noites, sobre o Funchal, uma formação de objetos voadores luminosos, não identificados e de forma oblonga.” A expressão “voltaram a observar”, faz-nos claramente pensar que não fora a primeira vez que se dera este fenômeno. A referência a uma forma oblonga, pode perfeitamente indicar um disco voador visto de perfil.

 

Um outro relato do mesmo ano, mas referente ao dia 14 de fevereiro, propõe duas explicações para um avistamento de “estranhos corpos luminosos pelo céu, movimentando-se a elevada altura e em vertiginosa velocidade”. Houve quem sugerisse tratar-se de uma esquadrilha de discos voadores em formação paralela, mas houve também quem fosse da opinião de que se tratavam de satélites em desintegração.

 

Cerca de 11 anos depois, no dia 19 de janeiro de 1979, por volta de 1h foi visto sobrevoando a cidade um objeto com forma de disco mudando de dimensões, de estreito a largo, bastante luminoso, de cor fixa amarelo-alaranjada e com uma auréola clara à sua volta.

 

Dia 19 de setembro de 1980, o tipógrafo madeirense Manuel Nicolau avistou na zona do Caniçal, entre às 3 e 5h30, um objeto de forma oval. Segundo ele, nos primeiros instantes da observação, o mesmo emanava junto à linha do horizonte uma luz vermelho vivo que, posteriormente, se transformou em cor de fogo, iluminando parte da baia do Caniçal. Na parte final da observação, o dito objeto voador retomou a sua cor inicial.

 

O tipógrafo adiantou ainda que o UFO foi visto por diversas pessoas, tendo sido, inclusive, observado de Funchal. Em relação às fotografias, que obteve com uma câmera de 800 mm, o observador manifestou a intenção de colocá-las à disposição de centros de estudos especializados, entre os quais a NASA  e ANOP.

 

Apesar de os relatos oficiais de avistamentos estarem distanciados no tempo por alguns anos de intervalo, é quase certo que a sua freqüência seja muito maior. Acontece que muitos cidadãos ao avistarem estes veículos voadores estranhos, devem julgar tratar-se de algum avião esquisito ou algo do gênero, nunca chegando a passar a informação para as fontes noticiosas oficiais.

 

'A luminosidade alaranjada debaixo da luz branca era janelas. Tinha cerca de seis janelas lado a lado. 

Uma claridade laranja forte, quase vermelho provinha de dentro do aparelho'

 

Avistamento coletivo

 

Muitas vezes, durante as chamadas “conversas da hora do café”, surgem referências a estes avistamentos, mas quase sempre muito vagos e sem datas de registro. Em tempos recentes, mais precisamente em 13 de agosto de 2001, no Paul da Serra, Fátima Rocha fez o seguinte relato: “Por volta das 4h45 da madrugada do dia 13 de agosto, fui com um grupo de amigos para o Paul da Serra, um planalto situado a 1600 metros de altitude para observarmos a chuva de estrelas que acontecia nessa noite. O local é completamente deserto e sem nenhum tipo de iluminação, o céu estava perfeitamente limpo e nem uma leve aragem soprava. Durante a noite vimos as luzes de vários aviões que passavam muito alto numa rota no sentido leste-oeste. Por volta das 4h45 um dos meus amigos chamou-nos a tenção para o que ele inicialmente pensava ser um avião, mas que estranhava o fato dele vir muito baixo e noutra rota. Uma luz muito branca, tipo ‘flash’, aproximava-se de sul para norte. Primeiro achamos que era um avião, depois notamos que só existia a luz branca, que parecia rodar como as luzes das ambulâncias e por baixo dessa luz branca havia uma vaga luminosidade alaranjada. Não conseguíamos distinguir os contornos do aparelho. Ele aproximava-se a uma velocidade semelhante à de um avião e se formos avaliar por essa velocidade e supondo igualmente que a luz branca era do mesmo tamanho que a dum avião, o aparelho não estava a mais de 500 m de altitude. De repente ele descreveu uma curva para leste e aí lembrei-me de o observar pelo binóculo. Não havia mais nenhuma luz exterior para além do flash branco, e não conseguia igualmente ver os contornos do objeto. O que consegui observar foi que a luminosidade alaranjada debaixo da luz branca era janelas. Tinha cerca de seis janelas (infelizmente não me lembrei de contá-las) lado a lado. Uma claridade laranja forte, quase vermelho provinha de dentro do aparelho. As janelas pareciam-me quadradas e com um pequeno espaço entre elas, inferior à largura de cada uma. O objeto desapareceu por detrás de umas árvores sem ter emitido o mais pequeno ruído. Uma das pessoas que estava comigo chegou a entrar em pânico e logo depois voltamos para o Funchal. Até hoje não sei o que aquilo era, mas acho que não era nenhuma parelho que eu conheça. Soube depois que uma amiga minha nessa mesma noite, por volta das 3h da madrugada, na zona do Caniço, viu uma luz branca fortíssima que se deslocava baixo e que desapareceu por detrás das montanhas.”

 

É certo que os avistamentos de fenômenos estranhos, nomeadamente de discos voadores, não se fica por aqui. A partir de agora e com o advento das novas tecnologias de informação, o registro e a divulgação de dados ovniológicos fica mais facilitada.

 

* Eugénio Santos é designer gráfico em Funchal, capital do Arquipélago de Madeira. É colaborador de Via Fanzine.

 

- Colaborou: Marina Pereira (Portugal).

 

- Fotomontagem: Editoria VF com imagens de Eugénio Santos/Google Maps/Arquivo UFOVIA.

 

- Produção: Pepe Chaves.

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