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Internet

 

  

Mercado Livre:

 ‘Venda de negros’: autor de postagem pode ser preso

Autor de anúncio que 'vendia' pessoas negras é do Rio e pode pegar cinco anos de prisão.*

 

Postagem sobre venda de negros já foi retirada do ar (Reprodução).

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O autor da postagem no site de vendas MercadoLivre vendendo pessoas negras a R$ 1 é do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), que não deu mais informações sobre o usuário. A Seppir também informou que na tarde dessa segunda-feira os dados cadastrais e de acesso do internauta foram encaminhados ao Ministério Público do Rio de Janeiro, para que o órgão apure responsabilidade de crime de racismo e de discriminação racial.

 

A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil do Rio de Janeiro também investiga o caso. A unidade abriu inquérito para apurar crime de incitação ao racismo no caso da postagem. A assessoria de comunicação da Polícia Civil não está fornecendo informações sobre o caso, sob a alegação de que isso atrapalharia o andamento das investigações.

 

Segundo o ouvidor nacional da Seppir, Carlos Alberto Silva Júnior, o autor do anúncio pode ser enquadrado no Artigo 20 da Lei n° 7.716/1989, que prevê pena de reclusão de dois a cinco anos e multa para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

 

O anúncio repercutiu nas redes sociais no domingo (5) e ficou no ar até segunda-feira (6). De acordo com o MercadoLivre, o conteúdo foi removido após alerta dos próprios usuários. Em comunicado na última quinta-feira (9), o site de vendas disse que o cadastro de usuários que infringem suas regras é cancelado e que está à disposição das autoridades. O MercadoLivre declarou que disponibiliza um botão de denúncia para que os usuários alertem sobre conteúdos inadequados.

 

* Informações de Agência Brasil

   14/01/2014

 

- Foto: reprodução.

 

*  *  *

 

Rede inspecionada:

Como bloquear o NSA da sua lista de amigos

O Facebook é uma das nove empresas ligadas ao PRISM – talvez,

o maior esforço de vigilância do governo na história do mundo.

 

Por April Glaser &

 Libby Reinish*

Em Slate.com

Tradução: Pepe Chaves

18/06/2013

 

Se você não confiar nesse cara para hospedar os seus dados, saiba que existem outras opções de redes sociais.

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Após revelações recentes de espionagem da NSA, é difícil confiar em grandes corporações da Internet, como o Facebook, para receber nossas informações em redes sociais online. O Facebook é uma das nove empresas ligadas ao PRISM – talvez, o maior esforço de vigilância do governo na história do mundo. Mesmo antes de esta história vir a escandalizar, muitos viciados em mídia social já tinham perdido a confiança na empresa. Talvez, agora, estes vão finalmente começar pensar seriamente em deixar a gigantesca rede social.

 

Felizmente, existem outras opções, entre aqueles que são menos vulneráveis a espionagem do governo e oferecem aos usuários mais controle sobre seus dados pessoais. Mas será que a migração em massa do Facebook realmente acontecerá?

 

De acordo com um estudo da Pew - lançado algumas semanas antes da notícia sobre o PRISM -, os adolescentes estão desencantados com o Facebook. Eles estão migrando para outras plataformas, como Snapchat (de propriedade do próprio Facebook) e Instagram, segundo os relatórios de estudo. Esta é a forma de matar uma rede social, quando as pessoas se inscrevem em várias plataformas ao perceberem que uma delas tornou-se vaga ou desinteressante. O MySpace, por exemplo, levou anos para sair do mapa. Em 2006, o MySpace atingiu 100 milhões de usuários, tornando-se a rede social mais popular nos Estados Unidos. Mas em 2008, o Facebook atingiu o dobro desse número, menos de dois anos depois de aplacar qualquer pessoa com mais 13 anos na rede.

 

Benjamin Mako Hill, pesquisador do Centro Berkman para Internet e Sociedade, acredita que a capacidade do Facebook para conectar as pessoas e vinculá-las dentro de rede social é superestimada. “O Facebook não existia há 10 anos atrás”, diz ele, e em 10 anos, pensa ele que, “uma empresa chamada Facebook vai existir, mas será que vai preencher mesmo todo o espaço da nossa cultura? Isso, certamente, não é algo que estou disposto a tomar como certeiro”.

 

Os adolescentes podem estar se voltando para o Instagram e o Snapchat, mas os serviços não oferecem os níveis mais profundos de redes sociais, aos quais os usuários do Facebook estão acostumados, como álbuns de fotos, evento convidativos, páginas de fãs, e conexões com velhos amigos. Em última análise, os adolescentes podem ser espertos para não consolidar todas as suas redes sociais em uma única plataforma, mas Instagram, Snapchat, e algumas outras novidades que surgem mensalmente, também usam servidores centralizados que são incrivelmente fácil de espionar.

 

Mas há outros lugares para irmos. Durante anos, o movimento do software livre também utilizado nas redes sociais, tem desenvolvido e projetado produtos que resguardam a privacidade do usuário. Ao contrário do Facebook, essas redes não são hospedadas por uma única entidade de servidores de propriedade privada, mas sim, por voluntários de todo o mundo que cede o espaço do servidor em partes, a fim de manter uma sólida rede descentralizada. Quando uma empresa como o Facebook chega a hospedar dados de mais de um bilhão de usuários, não é difícil para o governo, simplesmente, pedir permissão para acessar os dados, convenientemente armazenados em um só lugar.

 

Gabriella Coleman, professora de alfabetização científica e tecnológica da Universidade McGill, aponta que as empresas como o Facebook fazem coleta de dados sobre dos indivíduos, independentemente de haver solicitações do governo. É assim que a grande maioria das redes sociais online grátis ganha dinheiro, usando a mineração de dados para vender, anúncios contextuais específicos. “De certa forma, essa é a origem do problema: o fato de termos cedido todos os nossos dados em troca de serviços gratuitos”, afirmou Coleman.

 

Hospedagens em comunidades e mídias sociais descentralizadas, por outro lado, permitem que as pessoas mantenham a inviolabilidade de seus dados. Estas plataformas utilizam um princípio chamado "Federação" para ligar uma vasta rede de servidores entre si. Se a NSA quer coletar os dados de todos os usuários em uma rede descentralizada, terá de lidar com um grande número de proprietários de diferentes servidores que poderiam estar em qualquer lugar do mundo, uma tarefa muito mais complicada do que a emissão de uma única intimação ou invasão de um servidor centralizado.

 

“Há uma resistência a manter dados espalhados por vários sites, que é a forma como a web foi concebida para funcionar, e precisamos resgatar isso”, diz Christopher Webber, o fundador da MediaGoblin, um federado que reivindica softwares livres em substituição ao YouTube, Flickr, SoundCloud e outros meios de hospedagem de serviços.

 

Há também outros projetos, como o Identi.ca (que é similar ao Twitter), Diáspora e Friendica utilizados como redes sociais convencionais. O número de usuários em rede federada é difícil de calcular, já que os seus dados estão espalhados, em vez de centralmente armazenados. Contudo, somente a Identi.ca conta com  mais de 1,5 milhões de usuários.

 

A revelação do PRISM pode ser um impulso para que mais pessoas utilizem comunidades dessas redes descentralizadas. Nesse mês, cerca de 200 mil pessoas já assinaram uma petição para investigação do programa de espionagem da NSA. Ativistas também lançaram o prism break.org, um site que oferece um menu de opções para quem deseja se manter "out" da vigilância do governo.

 

Até ser denunciado, o aparelho de espionagem da NSA funcionou plenamente por conta das redes de propriedade operadas centralmente. E, enquanto a história do PRISM permanece politicamente incerta, há maneiras mais imediatas para que os usuários recuperem a privacidade.

 

* Libby Reinish é um funcionário da Free Software Foundation, que é um membro da StopWatching.Us, uma coalizão de mais de 75 organizações que pedem uma investigação do Congresso aos programas de espionagem da NSA.

 

- Foto: Scott Olson / Getty Images.

 

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- Produção: Pepe Chaves.

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