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 Belo Horizonte

 

Cerol e derivados:

Aumentam acidentes com linhas cortantes em MG

Em 2015, o número de ciclistas atingidos por linha com cerol em Belo Horizonte

já representa 20% dos casos atendidos no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

 

Da Redação*

Via Fanzine

BH-22/07/2015

 

O uso e a comercialização de linhas com cerol são proibidos em Minas Gerais,

conforme estabelece a Lei Estadual 14.349/02. Quem for flagrado

 soltando pipa com cerol pode ser multado (de R$ 100 a R$ 1.500).

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Em Minas Gerais, leis estaduais proíbem a fabricação de linhas cortantes. Também são proibidos o comércio e uso desse material, com pena de um a cinco anos de prisão aos infratores. Mas, ainda assim, o uso de materiais cortantes ainda é comum, inclusive, por menores, em muitas cidades mineiras. Nos últimos anos, todo o Estado registrou aumento em acidentes com linhas cortantes, especialmente, na Grande BH.

 

Essas linhas, usadas para empinar pipas, têm o poder de cortar a linha de outra pessoa, derrubando a sua pipa. No entanto podem causar inúmeros acidentes aos transeuntes e mesmo aos seus usuários. Tudo começou com surgimento do cerol, um produto caseiro que se tornou popular no final da década de 1970. Geralmente feito com vidro moído e cola de madeira, o cerol é aplicado na linha esticada e depois de seca é usada para empinar pipas e assim, cortar linhas de outras pipas.

 

No entanto, recentemente, surgiu no mercado algo pior: a chamada linha chilena, que consiste em uma linha cortante com quatro vezes mais poder que o cerol comum. Essa linha de produção industrial, quando esticada, pode degolar uma pessoa e até mesmo - dependendo da situação - amputar membros.

 

Até o ano de 2013, em Belo Horizonte, apesar de proibida, a linha chilena podia ser encontrada clandestinamente até em uma loja de celular, ao custo médio de R$ 25,00, como mostrou uma reportagem da TV Record Minas naquele ano. Essa linha, que vem se tornando popular - apesar de proibida - é fabricada somente no exterior e o seu poder cortante é muito superior ao do cerol.

 

Segundo a Cemig, no ano passado 533 mil consumidores foram prejudicados com cortes de energia elétrica, por conta do rompimento dos cabos de transmissão por cerol ou linha chilena. Geralmente, o uso destes materiais se intensifica nos períodos de férias, sobretudo, nos meses de junho, julho e parte de agosto, considerados como os da temporada de pipas em todo o Brasil.

 

Em 2012 foram registradas duas mortes por linhas cortantes na Grande BH. A maioria das vítimas nos casos com as linhas cortantes era motociclistas e ciclistas. Em 2013, somente no hospital João XXIII, em Belo Horizonte, foram atendidas 39 pessoas com cortes profundos causados por essas linhas. Na capital mineira nestes últimos anos, têm sido frequentes os registros de mortes por cortes de linhas em ciclistas e motociclistas.

 

Casos aumentaram em 2015

 

Mas a legislação parece não intimidar as ações de novos usuários destes produtos, pois números mostram que os acidentes com cerol têm aumentado na Grande BH nos dois últimos anos. De acordo com informações da Rádio Itatiaia, em 2015, o número de ciclistas atingidos por linha com cerol em Belo Horizonte já representa 20% dos casos atendidos no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Os outros 80% são motociclistas.

 

O aumento das ciclovias na cidade e a falta das antenas de proteção contribuem para a ocorrência dos casos, conforme explica o coordenador do plantão do João XXIII, médico Marcelo Lopes Ribeiro.

 

“Começamos a fazer uma correlação (dos casos) com a construção das ciclovias”, disse o médico. “São lesões graves no pescoço, que cortam a traqueia e podem cortar a parte lateral que pega grandes vasos. Algumas pessoas, na defensiva, acabam colocando a mão para se defender e cortam a mão também”, explica o médico.

 

Ribeiro ressalta que o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pode salvar vidas. “As pessoas não tem usado as anteninhas”, alerta o médico.

 

Lei que rege o uso e a comercialização

 

O uso e a comercialização de linhas com cerol são proibidos em Minas Gerais, conforme estabelece a Lei Estadual 14.349/02. Quem for flagrado soltando pipa com cerol pode ser multado (de R$ 100 a R$ 1.500). Em caso de ferimento físico, o responsável responderá criminalmente por lesão corporal e até homicídio. Se a pessoa flagrada for menor de idade, os pais serão responsabilizados.

 

* Com informações das agências, Record Minas e Rádio Itatiaia (BH).

 

- Imagem: Divulgação.

 

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Ermelinda:

Polícia e bandidos trocam tiros em bairro

Um dia antes da abertura da Copa das Confederações, bairro da região Noroeste de

Belo Horizonte é palco de tiroteio entre policiais e bandidos que por pouco não vira tragédia.

Moradora critica policiais, 'por causa de ladrões poderiam ter tirado vidas de cidadãos de bem'.

 

Por Pepe Chaves

De Belo Horizonte-MG

Para Via Fanzine

14/06/2013

 

Helicóptero da PMMG foi usado na perseguição aos assaltantes.

 

Os moradores do bairro Ermelinda se assustaram na tarde dessa sexta-feira, 14/06, ao ouvirem uma saraivada de balas vinda das imediações avenida Paes de Abreu. Era por volta das 14h30, na rua, policiais trocaram tiros com bandidos e pelo menos dez projéteis foram disparados, atingindo casas e pelo menos um veículo estacionado. Um helicóptero e várias viaturas da Polícia foram usados na operação que ocorreu próxima à avenida Américo Vespúcio, região Noroeste da capital.

 

Segundo informações prestadas à nossa reportagem por um dos policiais que participou da operação, um grupo de quatro elementos adentrou um motel e empreendeu fuga após efetuar um assalto no local. A perseguição terminou em uma rua sem saída, que faz entroncamento com a avenida Paes de Abreu no bairro Ermelinda. No local os bandidos atiraram contra a polícia, que reagiu.

 

Ainda de acordo com informações do policial, dois elementos foram presos e os outros dois conseguiram fugir. Informou que naquele momento, a Polícia trabalhava na captura dos meliantes.

 

Tiros acertaram casas e pelo menos um veículo

 

No local, nossa reportagem verificou que um veículo Idea/Fiat, estacionado na Paes Abreu teve a lataria perfurada por um projétil. O veículo evitou que a bala atingisse e atravessasse o portão de uma residência.

 

Em uma casa ao lado, o vidro da janela do segundo andar estava furada por uma bala. O projétil atravessou o vidro e atingiu o interior da residência, felizmente, sem causar vítimas. Alguns minutos após o ocorrido, grupos de pessoas da vizinhança desse pacato bairro se aglomeravam e comentavam a respeito.

 

Conversamos com uma senhora, que nos declarou “A Polícia agiu de maneira irresponsável, eu estava saindo do posto de saúde e vi o moço dos Correios se abaixar atrás de um carro e vieram muitos tiros”. Ainda segundo ela, “Tinha gente passando nas ruas, foram muitos tiros. Por causa de uma captura de ladrões, eles poderiam ter tirado vidas de cidadãos de bem”, expressou, indignada.

 

'Policiais deviam rezar'

 

Uma moradora também afirmou à nossa reportagem, “Foi sorte a bala ter pegado neste carro, senão ia atravessar o portão da minha casa”, e nos mostrou o portão, logo atrás do veículo atingido. Seu vizinho um morador que também não deseja ser identificado nos declarou, “Os policiais que trabalhavam nessa operação deveriam passar essa noite rezando. Eles estiveram muito perto de fazer uma tragédia aqui no nosso bairro hoje. Foi muita sorte ninguém ser atingido nesse tiroteio. Espero que a Corregedoria esteja informada do que realmente se passou aqui hoje”, declarou.

 

Os principais veículos da imprensa local também emitiram nota sobre o assunto alguns minutos ou horas depois. Até o momento não obtivemos informações sobre os dois bandidos que se encontravam foragidos.

 

- Foto e reportagem: Pepe Chaves.

 

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Saúde Pública:

Sem prevenção, dengue avança em Minas*

Sobe para 54 o número de mortes em decorrência da dengue em Minas Gerais*

 

De acordo com o balanço divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria de Estado

de Saúde (SES), 88.881 já foram infectadas pela doença somente neste ano.

 

A dengue segue sem controle em Minas Gerais. Somente em uma semana, foram confirmadas mais três mortes pela doença no Estado, elevando para 54 o número de óbitos somente neste ano. O número de casos notificados também assusta. Ao todo, foram 313.545, sendo que destes, 88.881 foram confirmados.

 

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), as últimas mortes incluídas foram de uma mulher de 46 anos, que morreu em Belo Horizonte, uma moradora de 57 anos, de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, e um homem de 73 anos, morador de Uberaba, na Região do Triângulo Mineiro. O número de mortes ainda pode ser maior. Isso porque o balanço não incluiu o óbito de uma mulher de 42 anos que faleceu no Hospital Albert Sabin, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, em 16 de abril. A Secretaria Municipal de Saúde da cidade, confirmou que os exames feitos na paciente confirmaram a doença.

 

A moradora da capital mineira residia na Região do Barreiro. J.C.S.M começou a apresentar sintomas da doença em 12 de abril. Ela foi atendida no Hospital Júlia Kubsticheck no dia seguinte e transferida para o Hospital Eduardo de Menezes. A mulher morreu em 17 de abril. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) a paciente era portadora de comorbidade.

 

O Triângulo Mineiro ainda é a região com maior número de mortes por dengue neste ano. São 18 no total. Só em Uberaba foram 13. Uberlândia e Ituiutaba registraram dois óbitos cada e Carneirinho um. Nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri foram oito registros (um em Frei Gaspar, cinco em Teófilo Otoni, um em Águas Formosas e um em Carlos Chagas). No Norte do Estado também foram sete casos (um em Buritizeiro, um em Pirapora, três em Montes Claros, um em São João da Ponte e um em Bocaiúva). Belo Horizonte registra quatro mortes.

 

O aumento considerável no número de casos de dengue é apontado pela SES devido a circulação do sorotipo DEN-4, que não circulava em Minas há 30 anos, o que deixa a população com menos de 30 anos mais suscetível à infecção. O número de doentes confirmados apenas nesses primeiros meses do ano superam os casos de 2012, 2011, 2009 e 2008. Apenas na epidemia de 2010 foram registrados mais pacientes contaminados, 194.636.

 

Belo Horizonte

 

A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) confirmou 18.761 casos de dengue até a primeira semana de abril. A Região Nordeste é que apresenta o maio número de infectados, com 4.337 confirmações, seguida pelas regionais Norte, com 3.913, e Venda Nova, com 2.477 casos.

 

* Informações de João Henrique do Vale/Uai-EM (BH).

   03/05/2013

 

- Foto: Divulgação.

 

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Legislativo na Justiça:

Léo Burguês é condenado mais

uma vez por juiz do foro eleitoral*

O tucano e outros quatro vereadores devem pagar multa de aproximadamente R$ 25 mil.

 

Léo Burguês.

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Polêmica de Leo Burguês: casas em área ambiental

Aprovado reajuste de mais de 34% para o próprio salário

 

O presidente da Câmara de Belo Horizonte, Léo Burguês (PSDB) e outros quatro vereadores foram condenados pelo foro eleitoral da capital na noite desta quinta-feira (21) a pagarem multa de aproximadamente R$ 25 mil por conduta vedada em período eleitoral. De acordo com o TRE, ainda cabe recurso em segunda instância à decisão.

 

Além do tucano, Bruno Miranda (PDT), Daniel Nepomuceno (PSB), Joel Moreira Filho (PTC) e o ex-vereador Alberto Rodrigues (PV) são acusados de “captação ou gasto ilícito de recursos financeiros de campanha eleitoral”. A determinação foi feita com base em uma ação do Ministério Público Eleitoral (MPE).

 

De acordo com o MPE, os parlamentares utilizaram verba pública para custear sites pessoais durante os meses de julho, agosto e setembro.

 

“A utilização do sítio ou do link que foi custeado (criação) para fins de propaganda política, seja diretamente ou indiretamente, configura conduta vedada”, afirma o juiz na decisão o juiz Manoel Morais, diretor do Foro Eleitoral de Belo Horizonte – o mesmo que cassou o mandato de Burguês na última terça-feira.

 

A reportagem entrou em contato com os vereadores e ex-parlamentares. Alberto Rodrigues disse que “não usou site na campanha". Joel afirmou que “vai recorrer para obter entendimento adequado do caso”.

 

* Informações do jornal O Tempo (BH).

   21/02/2013

 

- Foto: Divulgação.

 

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