Dirigente de futebol é investigado:
Cartola da CBF é investigado pela PF
Enquanto os homens exercem seus podres
poderes…*
Marco Polo Del Nero
Após um longo período de poder absolutista de Ricardo
Teixeira, os bastidores da CBF nunca estiveram tão agitados.
Prova disso é que o atual vice-presidente da entidade,
Marco Polo Del Nero foi detido na madrugada desta segunda-feira (26)
pela Polícia Federal e prestou depoimento na sede da entidade.
Em sua casa foram apreendidos computadores e documentos
antes de levá-lo a superintendência da Polícia Federal, em São Paulo.
Existe a notícia não confirmada que também foram efetuadas buscas na
própria Federação Paulista de Futebol.
Desde que o ex-governador biônico de São Paulo, José Maria
Marin assumiu a CBF, Del Nero tem sido seu principal mentor e é apontado
como principal articulador da queda de Mano Menezes do comando da
Seleção.
Del Nero também é muito próximo ao então delegado
Protógenes Queiroz, que investigava o caso que ficou conhecido como
Máfia do Apito. Desafeto do atual superintendente da Polícia Federal,
Roberto Troncon, um dos responsáveis por afastá-lo da entidade na época
da Satiagraha, operação nascida para combater desvios de verbas
públicas.
Del Nero divulgou uma nota oficial. Leia na íntegra:
"Marco Polo Del Nero, presidente da Federação
Paulista de Futebol, esclarece que foi surpreendido em uma operação da
Polícia Federal durante esta madrugada em sua residência, em busca de
documentos não relacionados à sua atividade na entidade e de seu
escritório de advocacia.
Conhecido advogado criminalista, Marco Polo Del
Nero prestou depoimento regulamentar na Polícia Federal sendo liberado
em seguida. O teor do depoimento segue em sigilo de Justiça. Marco Polo
Del Nero"
Em seu primeiro pronunciamento após o depoimento, Del Nero
quer levar a crer que o caso não tem nenhuma ligação com sua atividade
como dirigente esportivo. Eu, pessoalmente, não acredito nisso. Talvez
seja só um erro de interpretação... Uma mera tentativa de colocar panos
quentes na guerra política que deve ditar os rumos da CBF.
A referência ao clássico de Caetano Veloso no título não é
nenhum acaso. Quem conhece ou já se interessou por pesquisar a história
dos bastidores do esporte no Brasil sabe muito bem que a seleção
brasileira ter vencido cinco Copas do Mundo é dos fatos mais
inverossímeis que se têm notícia.
Fato é que Del Nero também é apontado como o sucessor
natural de Marin para o comando da entidade e ele, aparentemente, não
gosta de concorrência. Uma das principais motivações da demissão de Mano
Menezes é enfraquecer Andrés Sanchez, outro provável candidato a
presidência da entidade.
Notícias dão conta que Sanchez deve pedir demissão do cargo
de diretor de seleções da CBF na tarde segunda-feira em entrevista
coletiva. Caso a notícia se confirme estará declarada a guerra política
na entidade que comanda o futebol nacional.
Como se sabe, Sanchez tem muitos amigos poderosos no
governo e em outras esferas. Existe a possibilidade de tudo não passar
de um simples caso de chumbo trocado. O lado triste disso tudo é que
esse jogo político é que vai definir os rumos do time canarinho.
A recente queda de Mano Menezes é um reflexo direto disso.
A sua manutenção no cargo também seria um reflexo disso. A escolha do
seu sucessor também será feita sob um viés político. A desaprovação ou
aprovação popular é irrelevante para os poderosos. Na esfera esportiva
ou em qualquer outra.
*
Informações de Rafael Santos | Futebol Cinco Estrelas/Yahoo Brasil.
26/11/2012
- Imagem: CBF.
* * *
Audiência:
Mulher de Cachoeira
sai da Polícia Federal
A PF informou que a
mulher do bicheiro chorou muito no momento em que foi detida.
O delegado Sandro Paes Sandre, da Policia Federal em Goiás,
disse que Andressa Mendonça, a mulher do contraventor Carlos Augusto
Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi liberado às 12h15 desta segunda-feira.
Ela saiu sem óculos escuros, de cabeça baixa, sem dar entrevistas e sem
distribuir sorrisos como de hábito.
De acordo com a Polícia Federal, a mulher de Cachoeira
teria procurado o juiz federal Alderico da Rocha Santos, em seu
gabinete, na quinta-feira, momentos após a audiência dos réus na
Operação Monte Carlo. Foi quando ela disse ao juiz estar de posse de um
dossiê, contra ele, que seria veiculado por uma revista de circulação
nacional. Ainda escreveu, em um papel, o nome de outras três pessoas que
seriam denunciadas por meio do suposto dossiê. O juiz entendeu a ameaça
dela como corrupção ativa, prevista pelo Código Penal e acionou a
Policia Federal.
O delegado da PF disse em entrevista coletiva que Andressa
pagará fiança de R$ 100 mil, mas tem um prazo de três dias para efetuar
o depósito, em dinheiro, no banco. Caso contrário, será decretada sua
prisão preventiva. O delegado informou, ainda, que Andressa Mendonça
está proibida de ter contato ou visitar o contraventor Carlos Cachoeira,
atualmente detido no Presídio da Papuda (DF).
Como está sendo monitorada pela PF, ela também está
impedida de entrar em contato com pessoas vinculadas ao processo da
Operação Monte Carlo. A PF informou que a mulher do bicheiro chorou
muito no momento em que foi detida. Na casa dela, a polícia apreendeu
dois computadores, tablets, celulares e documentos.
*
Informações de Rubens Santos | Agência Estado.
30/07/2012
- Tópico relacionado:
CPI do Cachoeira: Andressa pode ser 'laranja'
* * *
Investigações:
Em gravação, Carlinhos Cachoeira diz que
elegeu Perillo*
Cachoeira cobrou do ex-presidente
do Detran de Goiás
Edivaldo Cardoso a fatura pelo apoio à
eleição do governador Perillo.
Conversas gravadas pela Polícia Federal mostram que o
bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, cobrou do
ex-presidente do Detran de Goiás Edivaldo Cardoso a fatura pelo apoio à
eleição do governador Marconi Perillo (PSDB). No diálogo, o bicheiro e o
ex-auxiliar do governador discutem a partilha da verba publicitária do
Detran, segundo Edivaldo, no valor total de R$ 1,6 milhão. Cachoeira
lembra da participação que teve na campanha de Perillo e exige a maior
fatia do bolo.
- Quem lutou e pôs o Marconi lá fomos nós - diz Cachoeira.
A conversa foi interceptada pela Polícia Federal em 2 de
março do ano passado, logo no início do governo do tucano. Cachoeira
descobriu que um jornal de Anápolis, de oposição ao governador,
receberia uma verba mais expressiva que o jornal dele, que, segundo a
Operação Monte Carlo, está em nome de um laranja do bicheiro.
Contrariado, Cachoeira diz que a partilha não está correta e deve ser
revisada.
"Aquele jornal foi contra o Marconi", diz Cachoeira
Em um dos trechos, Cachoeira fala especificamente do Canal
5 de Anápolis, contratado para transmitir as sessões da Câmara Municipal
e que tem como diretor Carlos Nogueira, o Butina, que ao GLOBO assegurou
ser o dono da emissora. O mesmo grupo é dono do jornal "Estado de
Goiás". O contraventor vai direto ao ponto:
- O jornal "O Anápolis" vai ganhar do Detran? Aquele jornal
foi contra o Marconi o tempo inteiro. O Butina falou que viu (o
documento) na mão do cara (do governo) - contesta Cachoeira.
O ex-presidente do Detran nega a veracidade da informação:
- Não viu, não. Eu fechei isso ontem. Tinha televisões (e
outros jornais) - disse Edivaldo, antes de complementar, dizendo que deu
atenção especial ao jornal de Carlinhos.
- Eu pedi para incluir o seu (jornal) lá - disse Edivaldo.
A partir desse momento, em um diálogo de três minutos e
quinze segundos, o contraventor interpela o ex-dirigente do Detran sobre
a partilha de valores e compara a fatia abocanhada por concorrentes e
pelos veículos ligados ao grupo.
- O nosso tem que ser muito mais. Quem lutou e pôs o
Marconi lá fomos nós! - diz Cachoeira.
Presidente do Detran foi demitido, após
escândaloPressionado, Edivaldo chega a concordar com Cachoeira que a
verba aos jornais que fazem oposição ao governo de Marconi Perillo "não
se justifica". Cachoeira então volta a cobrar a suposta parceria com o
governo goiano.
- Parceiro só para conversa, não tem jeito. Você tem que
nos mostrar em números - conclui o contraventor.
Edivaldo foi demitido no começo de abril deste ano, após o
surgimento de outras gravações nas quais aparece em conversas com
Cachoeira. O tema da conversa era um possível encontro a ser agendado
entre o governador e Cachoeira.
Butina sustentou que ele é o dono do jornal "Estado de
Goiás" e da Canal 5. O advogado do governador Marconi Perillo, Antônio
Carlos de Almeida Castro, Kakay, informou que não comenta trechos
pinçados e descontextualizados do relatório da Operação Monte Carlo.
*
Informações de Roberto Maltchik | Agência O Globo.
27/04/2012
* * *
Brasília:
SRDP
investigará desvios de recursos
Polícia Federal cria nova delegacia
especializada para investigar desvios de recursos.
Da Redação*
Via
Fanzine
BH-05/01/2012
|