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Meio ambiente

 

Pernambuco:

Os atingidos pelo Complexo de Suape

Os moradores do entorno acumulam reclamações contra a Autoridade do Porto de Suape,

e são testemunhas de um processo que tem gerado pobreza e desolação.

 

Por Heitor Scalambrini Costa*

De Recife-PE

Para Via Fanzine

13/04/2012

  

Detalhe do Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco.

 

Em Pernambuco vivencia-se uma situação, análoga a tantas outras que ocorrem no País e diz respeito ao modelo predatório adotado de desenvolvimento. Quem paga pelo “progresso” a nível local são as populações nativas, obrigadas a saírem de suas moradias, criando grandes problemas sociais. E também o meio ambiente, onde são despejados produtos tóxicos e suprimida a vegetação, com reflexos na vida animal, nos rios e riachos. Esta ação local acaba se somando negativamente a tantas outras que estão sendo realizadas em todo o território nacional, e em todo o planeta.

 

Constata-se que a sociedade deixou-se hipnotizar pelo crescimento econômico a todo custo (expresso em maiores valores monetário do PIB, que não leva em conta os custos ambientais). E o que se verifica é um conflito entre o interesse econômico predominante e o interesse coletivo da população, do meio ambiente com seus ecossistemas, enfim, de todas as manifestações no plano da vida. Neste embate, sem a participação da sociedade, o dinheiro tem vencido inexoravelmente.

 

Com a megalomania das obras do Complexo Industrial e Portuário de Suape são evidentes os efeitos de um crescimento desordenado, de reflexos destrutivos sérios, afetando principalmente as populações nativas, agricultores, que acabam sendo inteiramente ignorados, tornando invisíveis aos olhos da sociedade. Sobretudo pelo papel da propaganda oficial, que apenas destaca as virtudes econômicas dos projetos.

 

Os moradores do entorno acumulam reclamações contra a Autoridade do Porto de Suape, e são testemunhas de um processo que tem gerado pobreza e desolação. São relatadas promessas  não  cumpridas,  manipulação  e  pressão  sobre os moradores da área constituída de 22 engenhos (13.500 ha e aproximadamente 15.000 famílias) onde situa-se o Complexo, a falta  de  informação, intransigência nas negociações e intolerância ao lidar com a população.

 

A desocupação deste território pelo Estado tem ocorrido de forma truculenta, sem negociação “amigável” com os moradores. Muitas vezes, recorrendo, ao que se denomina na região de “milícias armadas” para a execução dos processos de reintegração de posse contra os pequenos produtores rurais. É uma farsa a chamada “negociação” para definir a indenização a ser paga e acertos nos detalhes da saída dos moradores. Denúncias e mais denúncias são constantes, algumas divulgadas pela mídia, mas nada é feito. Sem dúvida, um dos motivos destas expulsões arbitrárias está na sobrevalorização, na especulação do preço da terra, que é muito disputada por grupos empresariais.

 

O processo de “desapropriação”, tem se caracterizado por expropriação e esbulho, com a Constituição Estadual e com o Marco de Reassentamento Involuntário-MRI do Projeto Pernambuco Rural Sustentável-PRS (disponível em http://www.prorural.pe.gov.br/arquivos/marco_reassentamento.pdf), cujo objetivo é o tratamento das questões que envolvem a mudança ou perda involuntária do local de moradia, a perda de renda ou meios de subsistência, em decorrência da implementação de projetos.

 

Artigos da Lei Magna e as diretrizes do MRI/PRS estão sendo violados, social e ambientalmente. Por exemplo, o artigo constitucional 139 que diz que o Estado e os municípios devem promover o desenvolvimento econômico, conciliando a liberdade de iniciativa com os princípios superiores da justiça social, com a finalidade de assegurar a elevação do nível de vida e bem-estar da população. Também o artigo 210 que trata da proteção ao meio ambiente é desrespeitado, assim como o artigo 211 que veda ao Estado, na forma da lei, conceder qualquer benefício, incentivos fiscais ou creditícios, às pessoas físicas ou jurídicas que, com suas atividades poluam o meio ambiente.

 

Os agricultores despejados, não têm noção de onde irão restabelecer seu sistema produtivo garantindo sua qualidade de vida. Pelo contrário, estão perdendo o gosto pela vida, sendo constrangidos com a ação da polícia, homens armados que os fazem sentir verdadeiros bandidos. Além das condições de vida digna estão retirando desses agricultores, sua condição de existência e outros bens que são de ordem imaterial. E mesmo aqueles que se aventurarem morar nas cidades, não poderão adquirir nenhum imóvel com as irrisórias indenizações pagas por Suape.

 

Portanto, é urgente antes que o “caldeirão social” exploda, um novo formato do processo negocial, a revisão das indenizações, a retirada das milícias armadas, a regularização fundiária destes moradores e a implementação imediata do projeto Morador (Lei 13.175 de 27 de dezembro de 2006) que garante o direito a políticas públicas para os agricultores que vivem no entorno de Suape.

 

* Heitor Scalambrini Costa é professor da Universidade Federal de Pernambuco.

 

- Foto: Divulgação.

 

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- Extra:

   Scalambrini fala da construção de usina no PE - VÍDEO

  

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Rio Grande do Sul:

ANP investiga vazamento de petróleo

ANP investiga vazamento em terminal da Transpetro no Rio Grande do Sul.

Transpetro informou ter concluído durante a madrugada a limpeza da praia de Tramandaí

 

Da Redação*

 Via Fanzine

BH-27/01/2012

 

O volume estimado de óleo derramado é de 1,2 metro cúbico (1.200 litros).

 

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou em nota à imprensa na tarde dessa sexta-feira (27/01) que iniciou investigação sobre o vazamento de óleo ocorrido na monoboia do terminal  da Transpetro de Osório, em Tramandaí, no Rio Grande do Sul.

 

A Agência informou também que foi notificada pela empresa ontem (26/1) e o seu escritório Regional Sul está acompanhando, juntamente com a Capitania dos Portos, Ibama e Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepan), o trabalho de contenção que está sendo feito pela Transpetro.

 

Limpeza

 

De acordo com informações da site da revista Exame, a Transpetro, subsidiária de logística e dutos da Petrobras, informou nesta sexta-feira ter concluído durante a madrugada a limpeza da praia de Tramandaí (RS), onde ocorreu um vazamento de óleo na manhã de quinta-feira, na monoboia no Terminal Osório.

 

O acidente ocorreu durante operação de descarregamento de um navio e, segundo a empresa, a origem do vazamento já foi estancada. O volume estimado de óleo derramado é de 1,2 metro cúbico (1.200 litros).

 

"Embora não existam mais indícios de óleo no mar, equipes de contingência permanecerão no local para o recolhimento de eventuais resíduos trazidos pela maré", informou a Transpetro em comunicado.

 

Uma comissão interna foi criada pela companhia para investigar as causas do acidente.

 

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis informou, em comunicado, que faria novo sobrevoo nesta sexta-feira para verificar a situação no local.

 

* Com informações da Assessoria de Imprensa da ANP Revista Exame.

 

- Foto: Rogerio Santana/Divulgação/Reuters.

 

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Amazônia:

Desmatamento cai quase pela metade

O recuo de 477,2 Km², para 267,9 Km² é explicado pelo Ministério do Meio Ambiente como

consequência das duras medidas adotadas nos meses de março e abril pelo Gabinete de Crise. 

 

Por Jefferson Rudy/MMA*

01/07/2011

 

O Deter, sistema de detecção do desmatamento em tempo real, registrou uma queda em maio de 44% em relação a abril de 2011. Ação do Gabinete de Crise foi decisiva para reduzir de 477,2 Km² para 267,9Km².

 

O desmatamento na Amazônia caiu 44% no último mês de maio se comparado com o mês de abril deste ano. Os dados, divugados nesta quinta-feira (30/6) são do Sistema Deter, do Inpe, que mede o corte raso e a degradação da floresta em tempo real. A área desmatada, captada pelos satélites que monitoram o bioma, registrou uma redução este mês de mais de 200 Km², o que aponta uma tendência de queda.

 

O recuo de 477,2 Km², para 267,9 Km² é explicado pelo Ministério do Meio Ambiente como consequência das duras medidas adotadas nos meses de março e abril pelo Gabinete de Crise. Formado em março, após o anúncio de crescmento do desmate, a força tarefa integrada pelo Ibama, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional de Segurança e o Exército, intensificou suas ações tanto no combate ao desmatamento ilegal, quanto no patrulhamento das rodovias por onde a madeira ilegal é transportada.

 

O número de alertas emitidos para orientar Ibama nas fiscalizações dobrou, o que indica que os satélites conseguiram captar com mais precisão as imagens do desmatamento na Amazônia. O tempo mais aberto permitiu uma melhor visualização. De janeiro a junho deste ano foram embargados 500 Km² na região e apreendidos mais de 30 caminhões de toras de madeira ilegal. Além disso, sete novos municípios foram incluídos na lista dos maiores desmatadores, sujeitos a medidas especiais de fiscalização, que subiu para 48.

 

O Ibama colocou 400 fiscais somente no Mato Grosso, nas áreas mais sensíveis, realizando operações onde havia crescimento registrado pelo sistema de monitoramento. O estado continua respondendo pelas maiores taxas de desmatamento. Em maio foram 93,67 Km², cerca de 35% do total. Em segundo lugar veio Rondônia, com 67,17 Km². Os municípios que mais desmataram foram Porto Velho (RO), com 41,8 Km² , seguido de Altamira, no Pará, com 21,3 Km² .

 

Os dados do Deter revelam, ainda, que em maio de 2011 o desmatamento na Amazônia superou os números dos anos de 2009 e 2010 para o mesmo mês. orém, com a ressalva de que em anos anteriores, o sistema de detecção captou áreas maiores que as atuais (2,92 Km² ), contra áreas de menos de um quilômetro quadrado este ano. Isso demonstra que a tendência dos desmatadores é cortar áreas cada vez menores em maior número.

 

* Informações de ASCOM/MMA – Brasil.

 

- Imagem: divulgação.

 

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Amazônia:

Aquífero Alter do Chão

Isso representa um volume de água de 86 mil quilômetros cúbicos.

Se comparado com o Guarani, por exemplo, ele tem em torno de 45 mil quilômetros cúbicos.

(Milton Mata)

 

Por Hiram Reis e Silva*

De Porto Alegre-RS

Para Via Fanzine

 

Alter do Chão e Guarani, os dois principais aquíferos da América do Sul.

 

Não existe outro lugar no planeta Terra onde o manancial de águas subterrâneas seja tão abundante quanto o Aquífero de Alter do Chão. O imenso lago de água potável se estende sob a igualmente gigantesca bacia do Rio Amazonas. Alter do Chão ocupa, a partir de agora o lugar daquele que era então, o maior Aquífero do mundo - o Guarani, que se estende pela Argentina, Paraguai e Uruguai. A capacidade de Alter do Chão ainda não foi devidamente estabelecida, mas dados preliminares apontam para uma área de 437.500 km² e uma espessura média de 545 metros com um volume estimado de 86 mil km³ de água doce suficiente para abastecer 100 vezes toda a população mundial.

 

Aquífero Alter do Chão ou Aquífero Grande Amazônia

 

Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apresentaram, no dia 16 de maio de 2010, um estudo apontando o Aquífero Alter do Chão como o de maior volume de água potável do mundo. O Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos da UFPA é integrado pelos professores Francisco Matos, André Montenegro e ainda pelos pesquisadores Milton Mata (UFPA), Mário Ribeiro (UFPA) e Itabaraci Nazareno (Universidade Federal do Ceará/UFC). A reserva subterrânea está localizada no subsolo dos estados do Amazonas, Pará e Amapá. O Aquífero de Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água potável que o Aquífero Guarani. Uma grande vantagem do Aquífero de Alter sobre o Guarani, é que este último está sob a rocha enquanto o da Amazônia tem terreno arenoso. A chuva penetra com facilidade no solo e a areia funciona como filtro natural. Perfurar o solo arenoso é fácil e barato. Levantamentos futuros poderão determinar que o Aquífero é ainda maior do que o estimado inicialmente. O geólogo da UFPA Milton Matta afirma:

 

Os estudos que temos são preliminares, mas há indicativos suficientes para dizer que se trata do maior aquífero do mundo, já que está sob a maior bacia hidrográfica do mundo, que é a do Amazonas/Solimões. O que nos resta agora é convencer toda a cadeia científica do que estamos falando.

 

O nome de Aquífero Alter do Chão pode vir a ser alterado tendo em vista ter o mesmo nome de um dos lugares turísticos mais importantes do Estado do Pará, o que costuma provocar enganos sobre a localização da reserva de água.

 

Estamos propondo que passe a se chamar Aquífero Grande Amazônia e assim teria uma visibilidade comercial mais interessante. (Milton Matta)

 

A segunda etapa do levantamento pretende inspecionar poços já existentes na região do aquífero.

 

Pretendemos avaliar o potencial de vazão. Dessa maneira teremos como mensurar a capacidade de abastecimento da reserva e calcular a melhor forma de exploração da água, de maneira que o meio ambiente não seja comprometido. (Milton Matta)

 

Entenda um aquífero.

 

Marco Antonio Oliveira, Superintendente do Serviço Geológico do Brasil, em Manaus, afirma que a magnitude de um Aquífero é proporcional ao tamanho de sua Bacia Hidrográfica. O Aquífero Alter do Chão abastece de água mais de 40% da cidade de Manaus, são dez mil poços particulares e 130 da rede pública. O abastecimento de outras cidades do Estado do Amazonas é bombeado, na sua totalidade, da reserva subterrânea. A da cidade de São Paulo baseia 30% de seu abastecimento nas águas do Aquífero Guarani. Marco Antonio Oliveira disse que a reserva de água, no entorno de Manaus, está muito contaminada.

 

É onde o aquífero aflora e também onde a coleta de esgoto é insuficiente. Ainda é alto o volume de emissão de esgoto “in natura” nos igarapés da região. (Marco Antonio Oliveira)

 

Marco Antonio Oliveira faz uma ressalva sobre a exploração comercial da água no Aquífero Alter do Chão ressaltando a necessidade de se construir um planejamento estratégico de âmbito nacional.

 

A água dessa reserva é potável, o que demanda menos tratamento químico. Por outro lado, a médio e longo prazo, a exploração mais interessante é da água dos Rios, pois a recuperação da reserva é mais rápida. A vazão do Rio Amazonas é de 200 mil m³/segundo. É muita água. Já nas reservas subterrâneas, a recarga é muito mais lenta. (Marco Antonio Oliveira)

 

O Superintendente do Serviço Geológico do Brasil enfatiza a qualidade da água extraída do Aquifero Alter do Chão.

 

A região amazônica é menos habitada e por isso menos poluente. No Guarani, há um problema sério de flúor, metais pesados e inseticidas usados na agricultura. A formação rochosa é diferente e filtra menos a água da superfície. No Alter do Chão as rochas são mais arenosas, o que permite uma filtragem da recarga de água na reserva subterrânea. (Marco Antonio Oliveira)

 

Blog e livro

 

Os artigos relativos à “3ª Fase do Projeto–Aventura Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Amazonas I” e da “Travessia da Laguna dos Patos I” estão reproduzidos, na íntegra, ricamente ilustrados, no Blog http://desafiandooriomar.blogspot.com desenvolvido, recentemente, pela minha querida amiga e parceira de Projeto Rosângela Schardosim. O Blog contempla também as duas fases anteriores de minhas descidas pelo Rio Solimões e Rio Negro de caiaque.

 

O livro “Desafiando o Rio–Mar – Descendo o Solimões” está sendo comercializado, em Porto Alegre, na Livraria EDIPUCRS – PUCRS, rede da Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br), Livraria Dinamic – Colégio Militar de Porto Alegre ou ainda através do e–mail: hiramrsilva@gmail.com.

 

- Clique aqui para saber mais sobre este livro.

 

* Hiram Reis e Silva é coronel de Engenharia, professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA), acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) e presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS).

Seu site é www.amazoniaenossaselva.com.br.

Contato: hiramrs@terra.com.br

 

- Imagens: divulgação.

 

- Produção: Pepe Chaves.

 

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Rio:

Greenpeace faz protesto contra usina nuclear Angra 3

De acordo com o banco, a construção de Angra 3 contribuirá para reduzir a importação de energia gerada fora do Rio.

 

Manifestantes do Greenpeace na sede do BNDES.

 

Cerca de 20 integrantes da ONG Greenpeace se reuniram em frente ao prédio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) no centro do Rio, nesta segunda-feira, onde soltaram fumaça laranja para chamar a atenção da população sobre a questão da energia nuclear no Brasil.

 

A concentração ocorreu por volta das 9h30, com grupos que dispararam sinalizadores de fumaça e simularam um resgate de contaminação por radiação. Por medida de segurança, as entradas do edifício sede do BNDES foram interditadas e fechadas com grades. A interdição durou cerca de meia hora.

 

O ato é um protesto contra o financiamento do BNDES, do valor de R$ 6,1 bilhões, destinado à usina nuclear Angra 3. Um texto no site da ONG se refere ao financiamento como sendo um "calhambeque atômico".

 

O dinheiro será usado em obras de construção da terceira usina termonuclear no Brasil, que fica em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense.

 

A verba foi aprovada no final do ano passado, como parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

 

Prevê-se que a usina terá potência instalada de 1.405 megawatts (MW), que seria equivalente a um terço do consumo de todo Estado.

 

De acordo com o banco, a construção de Angra 3 contribuirá para reduzir a importação de energia gerada fora do Rio.

 

Situado na ponta de linhas de transmissão, o Rio é tido como vulnerável a contingências operacionais que ocorrem no sistema elétrico interligado Sul/Sudeste/Centro-Oeste, com riscos de queda e desligamento de linhas de transmissão.

 

"Queremos chamar atenção, amanhã o desastre nuclear de Chernobyl completa 25 anos, e lembrar também que os nossos reatores nucleares são obsoletos e datam da década de 70", disse o coordenador do movimento, Ricardo Baitelo.

 

No mês de março, um terremoto seguido de tsunami provocou um grave acidente nuclear na cidade de Fukushima, no Japão, e desde então, a discussão sobre o uso da energia nuclear se intensificou em todo o mundo.

 

* Informações da Reuters.

 

- Foto: Rafael Andrade/Folhapress

 

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Pará:

MPE questiona licença do Ibama para Belo Monte*

O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) afirmou há pouco que ainda não teve

acesso ao documento em que o Ibama autorizou, o início das obras da hidrelétrica de Belo Monte.

 

O órgão lembra que seus técnicos estiveram no local da usina em dezembro e constataram que as cerca de 40 exigências feitas para obtenção da licença prévia ainda não haviam sido cumpridas. "Até agora, a maioria das condicionantes encontra-se, se não no marco zero, muito aquém do previsto", disseram os procuradores em nota.

 

O MPF-PA afirma que poderá entrar com uma ação judicial contra a licença, uma vez que o Ibama não teria seguido a recomendação do órgão para evitar a fragmentação das licenças na tentativa de apressar o licenciamento da hidrelétrica.

 

"Precisamos ainda avaliar o teor dessa permissão. Mas é fato que, ao conceder licença para a instalação física da obra sem o cumprimento das condicionantes, o Ibama está colocando a região em alto risco social e ambiental. Não houve nenhuma preparação estrutural para receber operários e máquinas e, muito menos, para a população que será atraída pelo empreendimento, sem chance de ser aproveitadas na obra, direta ou indiretamente. Estamos muito preocupados com o que pode acontecer", declarou o procurador da República no Pará, Ubiratan Cazetta.

 

O consórcio Norte Energia, responsável pela construção da hidrelétrica, recebeu a licença ambiental para a instalação do canteiro de obras do empreendimento, a ser erguido no rio Xingu, no Pará.

 

Conforme documento emitido pelo Ibama, a empresa está autorizada a suprimir a vegetação em uma área total de 238,1 hectares, sendo 64,5 hectares localizados em áreas de preservação permanente.

 

* Informações de Téo Takar/Valor.

 

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Fortaleza:

Pesquisadores se reúnem no semiárido brasileiro*

Evento acontece do dia 16 a 20/08 e reúne pesquisadores estrangeiros.

 

A ICID+18, que vai reunir mais de 2 mil pessoas para debater estratégias de combate à desertificação e de adaptação às mudanças climáticas, começa nesta segunda-feira, dia 16/08.

 

A partir desta segunda-feira (16), todas as atenções estarão voltadas para o semiárido. Será aberta, no Centro de Convenções do Ceará, em Fortaleza, a Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas, a ICID+18. O encontro reunirá 2,6 mil pessoas, entre elas, pesquisadores do desenvolvimento, especialistas em mudanças climáticas, cientistas sociais e decisores políticos de mais de 90 países, até sexta-feira (20).

 

Da solenidade de abertura, marcada para as 11h, participam o governador do Estado do Ceará, Cid Gomes; o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, José Machado; o secretario executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia, Luiz Antônio Elias; o secretário executivo da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), Luc Gnacadja; a presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, Lúcia Melo; o diretor do Banco Mundial, Makhtar Diop; o diretor geral do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), Michael Laurent; os presidentes do Banco do Nordeste, Roberto Smith, da Federação das Industrias do Estado do Ceará (FIEC), Roberto Macedo, e da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreo; o diretor da ICID+18, Antônio Magalhães, e outras autoridades nacionais e internacionais.

 

Na ocasião, o secretário executivo da UNCCD, Luc Gnacadja, lançará mundialmente a Década da ONU sobre Desertos e de Combate à Desertificação.

 

De acordo com o diretor da conferência, Antônio Rocha Magalhães, quatro mensagens fundamentais norteiam as atividades da ICID: a oportunidade de transformar as negociações globais de Copenhague em resultados práticos de desenvolvimento; de elaborar diretrizes para a aplicação de ações de mitigação, adaptação, financiamento e preservação a fim de reduzir a vulnerabilidade nas regiões semiáridas; de reunir, pela primeira vez, em um evento climático, uma grande quantidade de cientistas sociais para analisar os impactos do aquecimento global nas vidas de milhares de pessoas que vivem em aéreas de risco de desertificação; e, finalmente, de influenciar e subsidiar a realização da Rio+20, no Rio de Janeiro, em 2012.

 

A ICID+ 18 é organizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em parceria com os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, o governo do Ceará e outras entidades governamentais e de pesquisa nacionais e internacionais.

 

ICID+18 será transmitida em tempo real pela internet

 

A partir das 11h (horário de Brasília) desta segunda-feira (16), os internautas de todo mundo poderão assistir, em tempo real, às plenárias e discussões levantadas nos painéis da Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas, ICID+18.

 

Para acompanhar as atividades da ICID, os interessados devem acessar a página da Conferência: www.icid18.org. O link também estará disponível nos sites do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), www.cgee.org.br, e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), www.iica.org.br.

 

Da solenidade de abertura, marcada para as 11h desta segunda-feira (16), participam o governador do Estado do Ceará, Cid Gomes; o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, José Machado; o secretário executivo da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), Luc Gnacadja; a presidente do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Lúcia Melo; o diretor do Banco Mundial, Makhtar Diop;os presidentes do Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), Michel Laurent, do Banco do Nordeste, Roberto Smith, da Federação das Industrias do Estado do Ceará (FIEC), Roberto Macedo, e da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu; o diretor da ICID+18, Antônio Magalhães; e a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins.

 

Na ocasião, o secretário executivo da UNCCD, Luc Gnacadja, lançará mundialmente a Década da ONU sobre Desertos e de Combate à Desertificação.

 

Entre os palestrantes confirmados está o economista Jeffrey Sachs, nomeado entre os 100 líderes mais influentes do mundo pela revista norte-americana Time, e autor de best-sellers como Common Wealth e The End of Poverty . O especialista ministra aula magna na quarta-feira, 18 de agosto, às 17h30. 

 

A Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas, organizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) - em parceria com os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, o Governo do Ceará e outras entidades governamentais e de pesquisa nacionais e internacionais - termina na sexta-feira, 20.

 

* Informações de Assessoria de Comunicação ICID 2010 e Ministério do Meio Ambiente.

 

 

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Fortaleza:

Brasil sedia Conferência Internacional do Clima*

ICID 2010 terá lugar em Fortaleza, de 16 a 20 de agosto. O objetivo é discutir

os efeitos das mudanças climáticas e suas implicações em regiões semiáridas.

 

Fortaleza, no Ceará, receberá em agosto, a Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas - ICID 2010. O encontro, que envolve mais de 90 países da África, Ásia e América Latina, e cerca de 2000 participantes, têm como meta incluir de forma efetiva as questões relacionadas aos efeitos do aquecimento global em regiões áridas e semiáridas nas agendas de debates nacionais e internacionais.

 

Organizada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Governo do Ceará, e outras entidades governamentais e de pesquisa nacionais e internacionais, a ICID 2010 vai gerar, consolidar e sintetizar dados e estudos sobre mudanças climáticas e identificar ações para promoção do desenvolvimento seguro e sustentável nas regiões semiáridas do planeta.

 

A expectativa é de que os atores envolvidos nessa agenda, incluindo formuladores de políticas públicas, cientistas, representantes de organismos internacionais, sociedade civil e iniciativa privada tenham a oportunidade de compartilhar experiências e o conhecimento adquirido em questões ligadas às regiões semiáridas nos últimos 20 anos, como variabilidade, vulnerabilidades, impactos socioeconômicos e ambientais, ações de adaptação e desenvolvimento sustentável, e elaborar recomendações que auxiliem na criação e implantação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável dessas áreas.

 

Estimativas mostram que cerca de 35% da população mundial vivem em terras áridas e semiáridas, que correspondem a 41% da superfície do planeta. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), essas terras serão as mais afetadas pelas alterações no clima mundial. Apesar desse cenário, os habitantes dessas áreas ainda são sub-representados em discussões como a COP15.

 

No Brasil, 1.482 municípios do semiárido, que concentram a maior parte da pobreza do país, são afetados diretamente pelo problema, segundo dados do Programa Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. Estudos indicam ainda que quase 20% do semiárido brasileiro será atingido de forma grave, tendo reflexos ambientais e socioeconômicos, como a deterioração do solo e comprometimento da produção de alimentos, extinção de espécies nativas e degradação dos recursos hídricos.

 

Organizada em quatro temáticas principais - Clima e Meio Ambiente; Clima e Desenvolvimento Sustentável; Governança e Desenvolvimento Sustentável e Processos Políticos e Instituições, a ICID pretende transformar intenções em resultados práticos de desenvolvimento, e acelerar, assim, o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs), de redução da vulnerabilidade, da pobreza e da desigualdade.

 

A Conferência, que ocorrerá 18 anos após a realização da primeira ICID, realizada no início de 1992 como preparatória para a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED) ? a Rio 92, também vai explorar sinergias entre as Convenções das Nações Unidas relativas ao desenvolvimento de regiões semiáridas. O encontro funcionará, portanto, como um agente integrador de teorias, modelos e ações que possam atualizar o conhecimento sobre o tema e subsidiar a realização da Conferência das Nações Unidas vinte anos mais tarde, a Rio 92 + 20.

 

Histórico

 

A primeira Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Áridas e Semiáridas teve lugar em 1992, também em Fortaleza. Em sua primeira edição, o encontro contou com cerca de 1.200 participantes de 45 países. Criada como um evento preparatório para a Rio 92, a ICID forneceu dados e informações científicas sobre as regiões semiáridas no mundo e conseguiu abrir os olhos da inteligência nordestina para os problemas dessas áreas no Brasil.

 

A primeira ICID teve um enorme impacto, tanto no âmbito nacional quanto no internacional. ?Os trabalhos exibidos durante a primeira ICID foram levados para a Rio 92, assim como a declaração de Fortaleza, com recomendações de políticas públicas para as regiões áridas e semiáridas. Muitos participantes do evento, oriundos da África e da Ásia, também chegaram à Rio 92 como negociadores?, destaca Antônio Rocha Magalhães, coordenador executivo da Conferência. A primeira edição da ICID também serviu como fator decisivo para a criação da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD).

 

Vários estudos e publicações que servirão de subsídios para o encontro de 2010 foram derivados dos debates que entraram em pauta na primeira ICID. Entre a primeira e a segunda edição da ICID, três convenções foram aprovadas e entraram em operação: a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD); a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e o Protocolo de Kyoto; e a Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade (UNCBD). Todas elas contribuem, em sinergia, para fortalecer o combate à desertificação e preservar a biodiversidade presente nas regiões áridas e semiáridas em todo o planeta. A expectativa é de que a ICID 2010 tenha o mesmo impacto como conferência preparatória em eventos dessa natureza, como a Rio+20.

 

Para mais informações:

www.icid18.org

cadija@gmail.com

imprensa@icid18.org

 

* Informações fornecidas pelo Ministério do Meio Ambiente.

 

 

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Manaus:

Cameron participa de fórum de sustentabilidade

James Cameron, diretor do sucesso do cinema Avatar, esteve no Brasil

participando do Fórum Internacional de Sustentabilidade, em Manaus.*

 

Cameron foi um dos palestrantes do evento que aconteceu nos dias 26 e 27/03 e falou sobre a sustentabilidade econômica, social e ambiental para a Amazônia. Cameron comparou as populações indígenas do local aos Navi’s, personagens de sua superprodução, que no filme precisam combater invasores que querem exterminá-los para explorar o mineral de seu planeta.

 

Com um discurso contundente e crítico em relação à destruição dos recursos naturais do planeta, o diretor criticou a geração de energia a partir de combustíveis fósseis e previu grandes tragédias.

 

Cameron também falou da possibilidade de seu próximo filme abordar a floresta Amazônica. Ele afirmou que, graças aos recursos do cinema não será necessário derrubar árvores para se fazer um filme.

 

* Informações do portal R7.

 

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Ambiente terrestre:

Para ecologistas, Copenhague foi 'desastre'*

‘Os líderes têm que voltar à mesa no início de 2010 e tomar

as decisões difíceis que evitaram em Copenhague’.

  

O compromisso político obtido na sexta-feira (18/12) pelos chefes de Estado em Copenhague foi "um desastre para os países mais pobres", afirmou a ONG Amigos da Terra.

 

"Estamos enojados com a incapacidade dos países ricos de assumir compromissos sobre a redução das emissões, em particular com os Estados Unidos, que são, historicamente, o principal emissor mundial de gases do efeito estufa", afirmou o presidente da Amigos da Terra, Nnimmo Bassey.

 

Copenhague foi um "completo fracasso". Com o "adiamento das ações, o planeta sofrerá com fome e mortes na medida em que se acelerar a mudança climática". "A responsabilidade sobre este resultado desastroso é estritamente das Nações desenvolvidas".

 

Para Kumi Naidoo, diretor executivo da Greenpeace Internacional, o acordo tem tantos buracos que "poderia se voar com um avião através dele; o Air Force One, por exemplo".

 

"Um acordo repleto de aspirações e promessas não é nada além de maquiagem verde", disse Patricia Arendar, diretora executiva do Greenpeace México.

 

"Permitir que a temperatura suba até 3 graus é condenar a humanidade a sofrer ainda mais com fome, epidemias, perda de lares e safras, e até de vidas. Este é o futuro que estão nos deixando os políticos em Copenhague".

 

O grupo ecologista Sierra Club destacou que um dos culpados é o Senado dos Estados Unidos, que não aprovou a legislação apoiada pelo presidente Barack Obama para reduzir as emissões de gases do efeito estufa da maior economia do planeta.

 

"O presidente Obama e o restante do mundo pagaram um preço excessivo em Copenhague pela obstrução do Senado dos Estados Unidos", disse o diretor do Sierra Club, Carl Pope.

 

A organização ecológica WWF manifestou sua preocupação com o fato de não haver obrigatoriedade sobre os compromissos assumidos.

 

"Uma brecha entre a retórica e a realidade poderá custar milhões de vidas, bilhões de dólares e uma grande quantidade de oportunidades perdidas", afirmou Kim Carstensen, diretor da Iniciativa Climática Global da WWF.

 

Jeremy Hobbs, diretor-executivo da Oxfam International, disse que "milhões de pessoas, em todo o mundo, não querem ver suas esperanças de um acordo justo, vinculante e ambicioso acabarem em Copenhague.

 

"Os líderes têm que voltar à mesa no início de 2010 e tomar as decisões difíceis que evitaram em Copenhague".

 

* Informações da AFP.

 

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Maranhão:

Empresa é multada em R$ 1 mi por poluir rios*

Empresa solicitou que o IBAMA a ressarcisse por danos morais.

 

Poluição excessiva de rios preocupa autoridades no Estado do Maranhão.

 

A Advocacia-Geral da União (AGU), através da Procuradoria-Seccional Federal de Imperatriz (PSF/ITZ) e da Procuradoria Federal Especializada no IBAMA (PFE/Ibama), manteve multa aplicada à Empresa Industrial e Comercial Tocantins Ltda. por poluir os rios Campo Alegre e Tocantins.

 

A empresa havia sido autuada por lançar resíduos químicos nos rios Campo Alegre e Tocantins, causando a morte de peixes e pequenos animais. Além de interditar a indústria Tocantins, o Ibama havia aplicado multa no valor de R$ 1 milhão.

 

A Indústria Tocantins havia alegado que a autuação se deu de forma ilegal. Segundo ela, o Ibama não tinha competência para verificar o cumprimento do Plano de Controle Ambiental (PCA), por não possuir qualificação técnica. Além disso, negou a existência da infração.

 

Por fim, solicitou que o IBAMA ressarcisse a empresa por danos morais, pela divulgação, em um canal de televisão local, de que a Indústria Tocantins era empresa poluidora de rios, sem a conclusão oficial do laudo.

 

As Procuradorias provaram que as fiscalizações foram totalmente legais. Alegaram que a prova da autuação estava nos próprios rios, pois as condições das águas podiam ser vistas a olho nu. Também informaram que o auto de infração não representava uma sanção, mas o próprio acontecimento que deu início ao processo (a poluição) poderia ser considerado já infração ambiental.

 

A Justiça acolheu os argumentos das Procuradorias e julgou improcedentes os pedidos da indústria, informando que, de acordo com a legislação, os órgãos ambientais têm competência para emitir autos de infração.

 

O juiz ressaltou que as provas que estavam nos autos já comprovavam que a atividade da indústria comprometia os rios, poluindo-os, e considerou válida a atuação do Ibama.

 

Quanto à multa, a Justiça considerou correto o valor, pois está de acordo com os valores estabelecidos no artigo 41 do Decreto n.º 3.179/99.

 

Sobre o pagamento da indenização que a Indústria Tocantins solicitava, o Juiz entendeu que o pedido era incorreto, pois "a divulgação dos atos praticados, não afrontava a incolumidade moral do suposto infrator, mas consistia em dever decorrente do caráter público da atividade fiscalizadora do Estado".

 

A PSF/ITZ e a PFE/IBAMA são unidades da Procuradoria-Geral Federal (PGF), órgão da Advocacia-Geral da União (AGU).

 

* Informações de Rener Lopes, do site da AGU (em 29/09/2009). 

- Imagem: AGU.

 

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