Crack:
O
vício que destrói uma sociedade
A criação, difusão e efeitos do crack na
sociedade brasileira.
Por
Pepe Chaves*
para
Via Fanzine
O crack pode ser fumado
puro em lata (acima) ou misturado em tabaco.
Uma história de
devastação
O prazer é a
palavra chave que levou tantas pessoas, em todo o mundo, a se enveredar
pelos caminhos fantásticos e artificiais das drogas. Seja qual for a
substância, o uso continuado pode provocar diversos transtornos,
físicos, psíquicos e sociais.
Homens implantam
um vício numa sociedade e este corrói os mecanismos básicos daquela
sociedade que, fragilizada se sucumbe e acaba por ser dominada por
aqueles que plantaram tal mal. Isso ocorreu, ocorre e, decerto,
continuará a ocorrer em tempos futuros, dada a fragilidade da natureza
humana.
A escritora e
historiadora Roselis Von Sass, em seu livro “A Verdade sobre os Incas”
(1990), mostra que a situação vivida com problemática do crack no Brasil
atual não é nova. De acordo com ela, assim que os espanhóis começaram a
dizimar os nativos dos Andes, eles descobriram uma tribo que cultivava
certo arbusto chamado Biru (Coca), do qual, através de um processo
químico, extraíam uma resina. Esta resina, combinada com outras plantas
e misturadas ao calcário, formavam uma pasta que era comida e fumada.
Curioso notar que
a descrição dessa droga centenária se assemelha bastante a do seu
contemporâneo, crack. Ainda de acordo com a autora, estrategicamente, os
espanhóis teriam levado consigo essa pasta, promovendo sua distribuição
junto às nações incaicas, transformando grandes partes de suas
populações em multidões de viciados, que nada mais faziam a não ser
consumir esse produto.
O vício teria
minado então as defesas e todo o sistema social dos incas que, então,
sucumbiram às ameaças. E assim, teria sido possível a retirada de todo
ouro (que chegou a milhares de toneladas) daquele legendário império
americano.
Portanto, o crack,
ou o efeito de seu vício (a inquietante compulsão de sempre querer
consumir mais), que é associado ao da própria cocaína, não é novidade
neste século 21. Também em outras passagens, a história nos mostra que
drogas semelhantes já teriam se tornado um devastador problema social,
como por exemplo, naquele distante século 16.
O que é o crack
O crack consumido
atualmente no Brasil é feito a partir da mistura de cocaína com
bicarbonato de sódio, mas pode conter outros elementos impuros. A
substância é geralmente fumada pura ou misturada em fumo de cigarro ou
maconha.
Praticamente todos
“laboratórios” que processam a droga, são instalações “fundo de
quintal”, sem nenhum padrão de higiene com os materiais usados na
fabricação da droga. Além disso, geralmente, quando a cocaína chega a
ser usada para a fabricação do crack já está impura. Entre os materiais
constatados para “desdobrar” a cocaína – e assim aumentar os lucros do
traficante - está o pó de mármore, cal, bicarbonato e até veneno para
rato.
Basicamente, o
processamento do crack ocorre a partir da mistura de cocaína sólida com
bicarbonato de sódio em pó e água. A fusão cria a nova droga, que se
constitui numa massa densa, amarelada e endurecida, razão pela qual,
ganhou o apelido de “pedra” no Brasil.
Portanto, o crack,
é uma forma impura de cocaína e não um subproduto, como muitos o
atribuem. Do inglês, a palavra “crack” deriva do verbo “to crack”, que
significa “quebrar”, em alusão aos pequenos estalidos (como algo a
quebrar) produzidos pelos cristais quando queimados.
A fumaça produzida
pela queima da pedra de crack, tão logo tragada, chega ao sistema
nervoso central em apenas 10 segundos. Isso se deve ao fato de a área de
absorção pulmonar ser extensa. O seu efeito dura de três a 10 minutos,
com sensação de euforia mais forte do que o da cocaína. No entanto,
produz uma depressão também mais acentuada. E assim, cria-se um círculo
vicioso: o desejo de “estancar” tal depressão, substituindo-a por
sensações de bondade e prazer, acaba por levar o usuário a usar
novamente a droga, para compensar o mal-estar. Assim se cria uma intensa
dependência e, em alguns casos, o usuário sofre alucinações, paranoia,
ilusões e sensações de perseguição.
Pedras de crack.
Preço sobe
Curiosamente,
quando se popularizou no Brasil, no início da década de 1990, o crack
chegou a ser feito de maneira caseira, pelos próprios usuários de
cocaína, que desmanchavam a droga na água, juntamente com bicarbonato e
depois fervia até secar. O resultado era também um pó que era raspado do
vasilhame que fora aquecido e fumado com tabaco ou em cachimbo.
Atualmente, em
relação à cocaína, o crack continua sendo uma droga mais barata,
contudo, seu efeito tem menor duração. Quando chegou ao tráfico do
Brasil, uma pedra de crack, do tamanho de um grão de feijão era vendida
de R$ 2 a R$ 5. Atualmente, uma pedra menor que um grão de feijão é
vendida por R$ 10 pelo tráfico na maioria das cidades brasileiras.
Com o aumento da
demanda, a tendência é que o preço do crack venha a subir futuramente,
como tem ocorrido nos últimos anos.
O surgimento do
crack
Depois do
surgimento do crack, o uso de cocaína por via intravenosa foi quase
extinto no Brasil, já que a droga provoca efeito semelhante, sendo tão
potente quanto a cocaína injetada. A forma de uso do crack também
favoreceu sua disseminação, já que não necessita de seringa — basta um
cachimbo improvisado, como uma lata de alumínio furada ou misturado em
cigarros.
Seis vezes mais
potente que a cocaína e muito mais barato, o crack, tal como é conhecido
atualmente, teria surgido na década de 1980, num gueto dos Estados
Unidos, quando um grande traficante de cocaína descobriu os efeitos da
mistura com bicarbonato de sódio. Ele teria montado uma imensa linha de
produção de papelotes da droga, envolvendo vários funcionários e assim,
rapidamente, a droga teria caído na graça da população de baixa renda
norteamericana.
Entretanto, a
fórmula simples dessa nova droga teria se espalhado rapidamente pelo
mundo, fazendo com que traficantes dos mais diferenciados nichos, também
processassem o crack.
Trocando em
miúdos, o tráfico descobriu que faturaria muito mais se adicionasse
bicarbonato de sódio à cocaína, de forma a “desdobrar” o produto
original e criando assim, uma nova maneira de consumo para a droga:
fumada. E assim, com base na cocaína nascia uma nova droga que, em
diversos aspectos, se mostraria ainda mais arrebatadora. Oferecida nos
locais de comercializações de substâncias ilícitas, a “pedra” seduziria
muitos usuários, bem como, levaria muitos deles à sarjeta e à morte.
No Brasil, as
pedras de crack começaram a ser usadas no ano de 1990 na periferia de
São Paulo e, inicialmente, as próprias quadrilhas de traficantes do Rio
de Janeiro não permitiam a sua entrada, pois temiam que o crack
destruísse rapidamente sua fonte de renda, os consumidores.
Entretanto, em
menos de dois anos a droga alastrou-se por todo o país. Recentes
reportagens demonstram que o entorpecente tornou-se o mais
comercializado nas favelas cariocas, multiplicando os lucros dos
traficantes. Autoridades nacionais já declararam que estamos a viver uma
verdadeira “epidemia” de consumo do crack no país.
Enquanto as
classes sociais mais baixas não tinham condições de consumir a cocaína,
que era cara e apelidada de “droga dos ricos”, o crack viria para se
tornar uma alternativa barata aos menos abastados. Entretanto, esta
regra fugiria às exceções e, pouco tempo depois de sua popularização
como “a cocaína dos pobres”, o crack começaria, também, a ser fartamente
consumido pelas classes média e alta, atingindo frontalmente populações
de cidades grandes, médias e pequenas.
O crack é geralmente
vendido em papelotes (acima), também chamados de "dolas".
Efeitos
fisiológicos
O crack eleva a
temperatura do corpo, podendo causar no dependente um acidente vascular
cerebral. A droga também causa grande destruição de neurônios e provoca
a degeneração dos músculos do corpo (rabdomiólise), o que dá aquela
aparência caracteristicamente esquelética ao indivíduo: ossos da face
salientes, braços e pernas finos e costelas aparentes.
Um dos pontos que
comprometem à estrutura física do usuário é que crack inibe a fome, de
maneira que os usuários só se alimentam quando não estão sob seu efeito
narcótico. Outro efeito da droga é o excesso de horas sem dormir, e tudo
isso pode deixar o dependente fragilizado, propiciando que fique
facilmente doente.
Em seu livro
“Overdose”, o pesquisador paraibano Jair Cesar de Miranda Coelho, membro
do Conselho Estadual de Entorpecentes-CONEN-PB, faz uma análise
comparativa entre o consumo de crack na década de 1990 e qual o perfil
do consumidor e usuário de crack no Brasil da atualidade.
Foi constatado que
o dependente, geralmente, após algum tempo de uso da droga, continua a
consumi-la apenas para fugir do desconforto da síndrome de abstinência —
depressão, ansiedade e agressividade —, comum a outras drogas
estimulantes. Após o uso, a pessoa apresenta quadros de extrema
violência, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria
família, desestruturando-a em todos os aspectos, e depois, por
consequência, volta-se contra a sociedade em geral, com visível aumento
do número de crimes relacionados ao vício em referência. O crack também
pode causar neurofilexia e doenças reumáticas, podendo levar o indivíduo
a morte.
O crack em
Minas
No Estado de Minas
Gerais, pesquisas mostram o aumentado da violência em eminente razão do
crack. A favela da Pedreira Prado Lopes, uma das muitas bocas de
distribuição da droga na capital mineira, multiplicou em muitas vezes
seus níveis de criminalidade. A região registra uma crescente onda de
violência, faz cerca de 15 anos, inclusive, saltando os índices de
muitas cidades interioranas do Estado.
Contudo, o crack
se generalizou em praticamente todas as cidades de Minas Gerais,
acentuadamente, nas maiores. Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, o
problema se tornou tão grave que, recentemente, a Justiça determinou que
a prefeitura pagasse os tratamentos de usuários, após exibição de uma
denúncia numa série de reportagens da TV Bandeirantes.
Uma pesquisa
realizada em Belo Horizonte no ano de 2010 mostra o perfil do usuário:
de 18 a 60 anos, com ensino médio e superior. O estudo também apontou um
acentuado crescimento da droga junto às classes mais altas.
O pesquisador Luis
Flávio Sapori, do Instituto Minas pela Paz, que realizou a mais
aprofundada pesquisa sobre o assunto, financiada pelo CNPq, aponta que o
crack é sem dúvida um fator de risco para a violência urbana. Segundo
Sapori, não há uma política nacional de saúde pública para acolher o
dependente químico que queira se tratar. Segundo ele, ao mesmo tempo,
não há mecanismos para aqueles que necessitariam de uma internação
involuntária.
Crimes e
promiscuidade
Diversos estudos
também apontam que o uso do crack — e sua potente dependência psíquica —
frequentemente leva o usuário que não tem capacidade monetária para
bancar o custo do vício à prática de delitos, para obter a droga. Os
pequenos furtos de dinheiro e de objetos, sobretudo eletrodomésticos,
muitas vezes começam na própria casa do usuário.
Alguns
consumidores, em especial do sexo feminino, são arrebatados à
prostituição de baixo nível, visando somar recursos para manter o
próprio vício. Muitos utilizam-se da introdução de pequenas porções de
crack em cigarros de maconha, chamado de "desirée", "craconha" ou "criptonita",
na gíria do meio consumidor e do tráfico. Esta prática também é
utilizada por traficantes, que adicionam uma pequena quantidade de crack
à maconha e vendem aos usuários, sem que estes saibam. É uma tática
cruel para obter novos viciados.
Além da promoção
de pequenos furtos e delitos, alguns dependentes acabam vendendo tudo o
que têm a disposição, ficando somente com a roupa do corpo. O dependente
dificilmente consegue manter uma rotina de trabalho ou de estudos e
passa a viver basicamente em busca da droga, não medindo esforços para
consegui-la.
Embora seja uma
droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais
dispendioso: o efeito da pedra de crack é mais intenso, porém passa mais
depressa, o que leva ao uso compulsivo de várias pedras por dia.
A falta de
políticas públicas voltadas aos dependentes de crack no Brasil vem
agravar o problema, levando ao desespero muitos milhares de famílias sem
condições de pagar tratamentos particulares para os seus entes viciados.
O usuário de crack
geralmente é acometido de profunda depressão.
Recuperação e
escassez de tratamentos
De acordo com
especialistas, as chances de recuperação dessa doença, que muitos deles
chamam de “doença adquirida”, cuja adição não tem cura, são das mais
baixas dentre todas as drogas-dependência, pois exige a submissão
voluntária ao tratamento por parte do dependente. Isso se torna muito
difícil, haja vista a intensa “fissura” – vontade desmedida de voltar a
usar a droga. Além disso, a maioria das famílias de usuários não tem
condições de custear tratamentos em clínicas particulares ou de
conseguir vagas em clínicas terapêuticas assistenciais, que nem sempre
são idôneas ou especializadas. Por isso, na maioria dos casos, é comum o
dependente iniciar, mas abandonar o tratamento.
Com o aumento da
violência e dos casos envolvendo o crack, a imprensa tem mostrado as
dificuldades sofridas por parentes de viciados em crack para tratá-los.
Casos extremos, de famílias que não conseguem ajuda no sistema público
de saúde, são cada vez mais comuns. Em situações distintas, noticiários
mostraram que familiares chegaram a acorrentar seus filhos em casa, para
estes não saírem em busca da droga. A melhor forma de tratamento desses
pacientes ainda parece ser objeto de discussão entre especialistas, mas
muitos psiquiatras e autoridades posicionam-se a favor da internação
compulsória em casos graves e urgentes. Isso exigiria uma previsão na
Lei de Drogas e aumento de vagas em clínicas públicas que oferecem esse
tipo de internação.
Segundo
especialistas, a recuperação não é impossível, mas depende de muitos
fatores, como o apoio familiar, da comunidade e a persistência da pessoa
(vontade de mudar). Além disso, quanto antes for procurada a ajuda, mais
provável será o sucesso no tratamento. Uma pessoa que deseja mudar nunca
deve receber críticas em relação a sua situação, mas amor e carinho.
Droga, vítimas
e violência
Um dado curioso é
que, diferentemente do que se poderia imaginar, não são as complicações
de saúde pelo uso crônico da droga, mas sim os homicídios relacionados à
mesma, que se constituem a primeira causa de morte entre os usuários. Os
óbitos são resultantes de desavenças diversas, em muitos dos casos,
envolvendo ações policiais ou punições de traficantes pelo não-pagamento
de dívidas contraídas nesse comércio. Outra causa importante são as
doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV, por conta do
comportamento promíscuo gerado pela droga.
Estudos indicam
que a porcentagem de usuários de crack vítimas de homicídio é
significativamente elevada. O pesquisador Marcelo Ribeiro de Araújo
acompanhou 131 dependentes de crack internados em clínicas de
reabilitação e concluiu que tais usuários correm risco de morte oito
vezes maior que a população em geral. Segundo ele, cerca de 18,5% dos
pacientes morreram após cinco anos. Destes, cerca de 60% morreram
assassinados, 10% morreram de overdose e 30% em decorrência de AIDS.
A disseminação
do vício
Estatísticas e
apreensões policiais demonstram um aumento percentual do consumo de
crack em relação às outras drogas. Atualmente, seus usuários emergem das
mais variadas camadas sociais.
Outros estudos
relacionam a entrada do crack como droga circulante em São Paulo ao
aumento da criminalidade e da prostituição entre os jovens, com o fim de
financiar o vício. Na periferia da cidade de São Paulo, jovens
prostitutas viciadas em crack são o nicho de maior crescimento da Aids
no Brasil.
Também na maior
metrópole latinoamericana, áreas conhecidas como “cracolândias” têm se
tornado comuns. São locais, geralmente próximos ao tráfico, que reúnem
grande número de traficantes e desocupados, onde eles fazem uso da droga
em ambientes públicos, além de outros comportamentos anti-sociais. A
falta de políticas (em todas as esferas de governo) relacionadas aos
usuários dessa droga devastadora, tem dificultado que ações policiais
eficientes sejam efetivadas nesses locais.
Dona Zinha, presa aos
77 por tráfico de crack na Bahia.
O tráfico
molda personagens
O vício e o comércio da droga fariam surgir no Brasil,
personagens peculiares, nas mais distintas localidades brasileiras.
Provando que o crack não é comercializado e consumido com exclusividade
pela população jovem, Laudelina Maciel de Jesus, de 77 anos, se tornou
conhecida em todo o país por causa do crack.
De acordo com informações de Bruno Menezes para o jornal
‘Correia da Bahia’, Dona Zinha se tornou conhecida como Vovó do Crack,
após ser flagrada pela Polícia. “Presa na frente de parte dos netos, ela
levou a polícia até a casa onde vive com a família, no beco chamado Vila
Horto. Na casa, a polícia encontrou mais 33 pedras de crack. Outros
integrantes da família também foram parar atrás das grades: a filha
dela, Lucigleide Maciel de Jesus, 29 anos, o sobrinho André dos Santos
Maciel, 31 anos, o também sobrinho Adailton Oliveira Santos, 28 anos,
que já responde por tráfico de drogas, e o namorado de uma das netas,
Douglas Silva dos Santos, 19 anos. Eles foram indiciados por uso de
substância ilícita e encaminhados para a 11ª Delegacia Tancredo Neves”,
informou o jornal baiano.
Dona Zinha que afirma não usar o crack, se recusou a dizer
na delegacia o nome do chefe do tráfico de Saramandaia, mas informou aos
policiais que ele só circula pela comunidade, principalmente nos fins de
semana. “Se eu souber o nome dele, morro. E tenho medo. Sou idosa, não
burra”, disse.
Conforme o jornal, ela já foi presa outras duas vezes. A
primeira há 18 anos. “Fui presa por porte de maconha. Uma amiga me deu
um pacote num hospital e pediu para eu segurar. Coloquei no bolso.
Quando cheguei em casa, fui abordada e fui presa.” Já na segunda prisão,
ela foi abordada quando chegava em casa. No bolso, os policiais
encontraram uma sacola com pedras de crack. “É sempre assim. Eles me
pegam em casa e encontram as coisas no meu bolso. Eu boto na parte de
trás da bermuda e esqueço. Aí, sou presa. Mas a culpa toda é minha.
Minha família nada tem a ver com isso. Se tenho que ficar presa, vou
ficar”, diz.
Assim como a baiana Dona Zinha, pessoas com idades
avançadas, em todas as regiões do Brasil, têm se envolvido com o crack,
seja pelo uso ou pelo tráfico. A droga atrai dinheiro e ainda que isso
signifique também problemas com a Polícia, muitos se arriscam em nome
das facilidades financeiras. Tudo isso - temos visto - é gerado pelo
explícito desinteresse das autoridades em sanar ou mesmo minimizar os
problemas dessa droga, criando assim, situações constrangedoras,
humilhantes e absolutamente decadentes do ponto de vista moral e social.
*
Pepe Chaves
é editor do diário digital Via
Fanzine.
- Colaboraram: Williane Nunes Leão e
Fábio Bettinassi.
- Fotos: Divulgação /
Correio da Bahia.
Referências:
-
Roselis Von Sass, “A Verdade sobre os Incas”.
-
Luis Flávio Sapori, pesquisador do Instituto Minas pela Paz.
-
Marcelo Ribeiro de Araújo, pesquisador.
-
Jair Cesar de Miranda Coelho autor de “Overdose”.
-
Wikipedia.
-
Jornal da Band - “Série sobre o crack” - TV Bandeirantes (SP), Brasil.
-
Bruno Menezes, para o jornal ‘Correio da Bahia’.
- Produção: Pepe Chaves
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