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 África 

 

Cairo:

Oposição analisa proposta do presidente para diálogo

A Frente Nacional para a Salvação do Egito, que reúne os principais partidos

 liberal-democráticos e movimentos do país, está estudando a proposta do presidente egípcio.

 

  Da Redação*

Via Fanzine

BH-07/12/2012

Mohammed Mursi

 

Na manhã dessa sexta-feira, 07/12, o presidente egípcio Mursi fez um discurso para o povo egípcio e convidou todos os líderes dos movimentos e partidos políticos a uma reunião nesse sábado "para um diálogo nacional". De acordo com Mursi, uma reunião deve ser realizada na residência do presidente, no Cairo.

 

A Frente Nacional para a Salvação do Egito, que reúne os principais partidos liberal-democráticos e movimentos do país, está estudando a proposta do presidente egípcio, Mohammed Mursi, buscando uma definição para a crise política, afirmou o representante oficial da Frente, Hussein Abdelghani, a jornalistas na manhã dessa sexta-feira.

 

"A frente e o chefe de Estado estão estudando uma proposta de realização de um diálogo nacional entre todas as forças políticas do país", - disse Abdelghani.

 

Entre as propostas do presidente para discutir o mandato do Conselho Consultivo (Câmara Alta do Parlamento), a lei eleitoral, e desenvolver um "mapa do caminho" do Egito, após o referendo para uma nova Constituição.

 

O presidente do Partido Liberal "Gadd al-Thawra", Ayman Nour, afirmou, abordando Mursi, que sua organização "fundamentalmente aceita o diálogo proposto pelo presidente, mas o rejeitará se o governo apresentar quaisquer pré-condições para a reunião".

 

No entanto, a proposta para o diálogo oferecida pelo presidente Mursi recusou apenas a participação de um grupo de jovens anarquistas, o "6 de abril", conhecido por suas declarações radicais e participação de seus partidários em quase todos os incidentes e confrontos com a polícia egípcia.

 

* Com informações das agências.

   07/12/2012

 

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Cairo:

Filme desencadeia onda violenta

Confrontos se intensificam no Egito; nova onda de protestos em países islâmicos.*

 

Confrontos entre manifestantes e policiais são vistos em frente

 à embaixada americana em Cartum em 14 de setembro.

 

A onda de protestos desencadeada pelo filme amador anti-Islã "Inocência dos muçulmanos" ameaça ganhar mais força. Vários países islâmicos convocaram manifestações para depois das tradicionais rezas da sexta-feira. No Egito, centenas de pessoas já estão na Praça Tahrir, e há relatos de confrontos com a polícia, que tenta afastar os manifestantes da embaixada americana. No Iêmen, agentes de segurança abrem fogo contra grupo perto de representação dos EUA.

 

Em uma tentativa de controlar a situação, a Irmandade Muçulmana, partido governista do Egito, convocou um protesto pacífico no Cairo. Grupos islamistas querem reunir 1 milhão de pessoas. Nesta manhã, a polícia tentou retirar os manifestantes da Praça Tahrir, mas logo depois eles voltaram ao local. Segundo testemunhas, agentes de segurança usam gás lacrimogêneo e atiram pedras para tentar dispersar o protesto. Desde terça-feira, distúrbios por causa do filme anti-Islã tomam conta do entorno da embaixada americana no Cairo. Para tentar evitar uma nova invasão, autoridades egípcias ergueram barricadas no caminho da representação diplomática.

 

- Antes da polícia, fomos atacados por Obama - gritou um manifestante, culpando o presidente dos EUA, Barack Obama, e seu governo pelo insulto ao profeta Maomé.

 

Desde a noite de quarta-feira, mais de 200 pessoas ficaram feridas no Egito por causa dos confrontos entre manifestantes e polícia. Segundo testemunhas, vários jovens foram presos, mas autoridades não divulgaram nenhum número oficial.

 

Em Benghazi, onde homens armados mataram o embaixador americano Christopher Stevens, autoridades fecharam o espaço aéreo e estariam prendendo suspeitos de ligação com o ataque de terça-feira.

 

Já no Iêmen, a polícia abriu fogo contra manifestantes para impedir que eles se aproximassem da embaixada americana. Na quinta-feira, homens invadiram a representação: quatro pessoas morreram e 44 ficaram feridos. Nesta manhã, xiitas separatistas do norte do país organizaram uma marcha na capital Sanaa, e o braço local da Irmandade Muçulmana convocou uma grande reza em homenagem a Maomé.

 

As rezas de sexta-feira colocaram vários países em estado de atenção. Na Caxemira e na Indonésia, a polícia está em estado de alerta. Um xeque egípcio convocou protestos no Qatar, e no Sudão também há previsão de marchas. O presidente afegão, Hamid Karzai, decidiu adiar sua viagem à Noruega, marcada para esta manhã, para acompanhar a possível escalada das tensões em seu país. Na quinta-feira, houve demonstrações de repúdio aos EUA de diferentes magnitudes em Gaza, Marrocos, Tunísia, Irã e Iraque, entre outros países.

 

* Informações de Agência O Globo, com agências internacionais.

   14/09/2012

 

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Angola:

A Miss Universo e nossas raízes angolanas

Leila Lopes vive na Inglaterra e seu triunfo vem sendo festejado entre

um milhão de pessoas de origens hispânica ou lusa, que ali residem.

 

Por Isaac Bigio*

ESPECIAL, de Londres

Para Via Fanzine

Tradução: Pepe Chaves

22/09/2011

 

Leila Lopes e detalhes da bandeira de Angola.

 

Leila Lopes se converteu na 60ª Miss Universo e na primeira africana latina a deter essa coroa, o que tem gerado uma torrente de insultos racistas. E os iberoamericanos devem reagir duplamente a tais insultos, pois ela fala a nossa língua e, de sua terra natal, Angola, veio grande parte dos 150 milhões de latinoamericanos com herança africana.

 

Desde 2001, sete hispanoamericanas venceram o concurso e, em 2011, pensava-se que sendo a final no Brasil, poderia ser eleita outra latina ou a representante do país anfitrião. Porém, foi eleita a concorrente da Angola, a nação mais unida linguística e culturalmente ligada ao Brasil, mais do que qualquer outra de suas 11 vizinhas e o restante de 34 Estados americanos.

 

Depois do gigante brasileiro, que possui metade da área territorial e dos habitantes da América do Sul, o país do mundo que mais fala o português, pratica capoeira e assiste às séries da tevê brasileira é Angola.

 

Desde que os portugueses chegaram ao Brasil, em 1500, os povos com os quais estes estiveram mais unidos foram os do resto do império luso, em particular, Portugal e suas colônias africanas. Hoje há mais de 200 milhões de pessoas de cor escura com língua materna portuguesa ou espanhola e, metade dos quase 200 milhões de brasileiros é composta por descendentes de escravos.

 

Hoje, a língua materna número um entre a raça negra e mestiça do planeta não é o swahili ou outra língua nativa africana; nem é o francês ou o inglês que disputam a língua oficial dos Estados africanos, mas o português.

 

Atualmente, o Brasil e a América Latina têm muitos mais descendentes de angolanos que os quase 20 milhões de habitantes dessa república do África austral. O Brasil é o país onde está 85% dos que falam português como língua materna em todo o globo e, entre 1808-1821, esse país foi a sede do império luso que, de lá governava suas colônias na África e Ásia.

 

Desde o final do século XIX, a maior parte de África foi repartida entre Londres, Paris, Bruxelas, Berlim e Roma, mas essas colônias duraram menos de um século. Ao contrário, as portuguesas foram as primeiras e as últimas dependências europeias da África. Lisboa dominou essas terras desde antes de Colombo, até 1975, quase o dobro do tempo que Madri controlou os Andes.

 

Se as independências hispanoamericanas se deram contra soldados de outros países dentro de suas próprias regiões, Angola é a única nação africana cuja independência se deu com milhares de hispanoamericanos – que vinham de Cuba, de onde também partiram os pais da atual Miss Universo.

 

Leila Lopes vive na Inglaterra e seu triunfo vem sendo festejado entre um milhão de pessoas de origens hispânica ou lusa, que ali residem - os mesmos que clamam por ser reconhecidos como uma minoria oficial -, além de outro milhão de seus habitantes que descende dos afrocaribenhos da Commonwealth britânica.

 

As raízes angolanas são tão profundas na América Latina que até no Peru, país sulamericano que pelo mar é o mais distante da África, guarda sua marca. A maior procissão católica desse país é dedicada a um Cristo Mulato, pintado por um angolano. E o maior santo limenho, San Martín, descende de angolanos. Uma das danças afroperuanas é o landó, cujo nome deriva do da atual capital angolana, Luanda. O Hotel María Angola é um dos mais distintos de Miraflores, ainda que anteriormente, vários bairros de escravos peruanos eram chamados pejorativamente de "angolanos".

 

Se começarmos a escrutinar a história, encontraremos muitas outras revelações. Por exemplo, o primeiro descendente de colonizadores que liderou uma independência latinoamericano não foi Bolívar, San Martín ou Hidalgo, mas alguém que libertou parte do México faz séculos séculos: Gaspar Yunga. Ele é natural de uma zona próxima a Belice, cidade angolana que provavelmente cedeu o seu nome ao último país latinoamericano a buscar a sua independência, o Belize, faz exatos 30 anos.

 

* Isaac Bigio é professor e analista internacional em Londres.

 

- Leia outros artigos de Isaac Bigio em português: www.viafanzine.jor.br/bigio.htm.

 

 

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Líbia:

Otan recusa a se desculpar por morte de líbios

Otan se recusa a pedir desculpas por bombardear tanques rebeldes líbios.*

 

A Otan disse nesta sexta-feira, 08/04, que não pretende se desculpar pelo ataque aéreo contra tanques rebeldes na Líbia, na quinta-feira, afirmando não saber que os combatentes que tentam derrubar o ditador Muamar Kadhafi dispunham deste tipo de veículo.

 

"Não vamos pedir desculpas", indicou em Bruxelas o subcomandante das operações da Otan na Líbia, o contra-almirante Russell Harding.

 

"A situação é extremamente volátil no terreno. Até ontem (quinta-feira), não tínhamos nenhuma informação de que o Conselho Nacional de Transição ou as forças opositoras utilizavam tanques", disse Harding.

 

Segundo o chefe militar dos insurgentes, general Abdelfatah Yunes, o ataque aéreo da Otan que aconteceu perto de Brega, no leste da Líbia, deixou quatro mortos - dois rebeldes e dois médicos -, 14 feridos e seis desaparecidos.

 

* Informações de Odd Andersen|AFP.

 

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Líbia:

Aniquilada força aérea de Kadafi

Comandante britânico diz que força aérea de Kadafi está destruída.*

 

Em meio à destruição, líbio mostra imagem de Kadafi.

 

O comandante da Real Força Aérea britânica (RAF) Greg Bagwell disse hoje que a força aérea do regime de Muammar Kadafi está destruída, e que a coalizão internacional patrulha "quase com controle total" o espaço aéreo da Líbia.

 

Em declarações à imprensa britânica na base italiana de Gioia del Colle, Bagwell afirmou que os aviões aliados "destruíram a maior parte da força aérea" do ditador líbio, a qual "deixou de existir como força de combate".

 

O comandante britânico acrescentou que nenhum avião da RAF foi atacado no decorrer da operação aliada amparada pela resolução 1973 da ONU, que autorizou a imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia com o objetivo de proteger os civis dos ataques do exército leal a Muammar Kadafi.

 

Segundo Bagwell, as forças aliadas haviam tirado "os olhos e os ouvidos" do líder líbio ao destruir sua capacidade aérea mediante uma combinação de bombas e mísseis.

 

"Sua força aérea já não existe como força de combate, e seu sistema de defesa integrado e suas redes de comando e controle estão seriamente danificados, até o ponto que podemos operar com quase total controle na Líbia", declarou.

 

Desde que começou a operação aliada há quatro dias, as forças internacionais passaram de ataques a alvos militares à plena imposição de uma zona de exclusão aérea.

 

"Temos as forças de terra líbias sob vigilância constante e as atacamos quando ameaçam ou atacam civis", disse Bagwell. Perguntado sobre quanto tempo os soldados britânicos teriam que ficar no país norte-africano, o comandante respondeu que a permanência depende da resistência de Kadafi em continuar com o conflito.

 

* Informações e imagem da EFE.

 

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Líbia:

Kadhafi prevê 'guerra longa'*

Muammar Kadhafi apela ao povo para pegar nas armas.

Regime líbio quer reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. 

 

Kadafi: "Todo o povo líbio tem armas".

 

O líder líbio, Muammar Kadhafi, afirmou hoje que a Líbia jamais vai permitir que os novos "cruzados" se apoderem e explorem o petróleo do país e previu uma "guerra longa".

 

"Todo o povo líbio tem armas", afirmou numa mensagem sonora difundida na televisão oficial líbia, acrescentando que será identificado "qualquer traidor ou colaborador da coligação dos cruzados", numa referência aos países que decidiram avançar com uma ofensiva.

 

Após semanas de hesitações, de um mandato da ONU e de um apoio árabe, uma coligação internacional com os Estados Unidos, a França e a Grã-Bretanha na liderança passou ontem à ofensiva para tentar travar a repressão da revolta lançada há mais de um mês contra o regime de Muammar Kadhafi.

 

A resolução da ONU exige a paragem completa dos ataques contra civis, impõe uma zona de exclusão aérea na Líbia e permite raids aéreos para forçar os pró-Kadhafi a cessar a repressão que fez centenas de mortos e levou 300 mil  pessoas a fugir do país desde 15 de fevereiro.

 

Mais de 90 mortos nos confrontos em Benghazi

 

Mais de 90 pessoas morreram nos combates de sexta-feira à noite e sábado durante a ofensiva das forças pró-Kadhafi contra os rebeldes em Benghazi, segundo fontes hospitalares citadas pela "AFP".

 

"Ontem [sábado, 19/03], recebemos 50 cadáveres e hoje já emitimos 35 certidões de óbito", disse à agência AFP Khaled Mugasabi, médico do hospital Jala, no centro de Benghazi, indicando serem rebeldes e civis.

 

Os jornalistas da "AFP" contabilizaram nove corpos de combatentes pró-Kadhafi numa sala do hospital Jala.

 

A cidade de Bengazi, situada a mil quilómetros da capital da Líbia, é o bastião dos rebeldes e tem sido o epicentro da contestação ao regime de Mouammar Kadhafi, iniciada em 15 de fevereiro.

 

Regime pede reunião urgente ao Conselho de Segurança

 

A Líbia pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, após o lançamento da operação militar, revelou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado.

 

O regime líbio disse que, depois dos raides das forças da coligação, considera nula a resolução 1973 das Nações Unidas.

 

"A Líbia, como Estado independente e membro da Organização das Nações Unidas pediu a realização de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU após a agressão da França, Grã-Bretanha e os Estados Unidos contra o seu territótio", disse o departamento de Negócios.

 

O Governo líbio diz que o "ataque aéreo e marítimo teve como alvo várias áreas civis, fez baixas civis e provocou danos em hospitais, aeroportos e estradas, e outros alvos civis".

 

De acordo com o regime líbio, "a agressão deixa sem efeito a Resolução 1973 sobre a utilização do espaço aéreo".

 

China e Rússia lamentam intervenção

 

A China e a Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança, abstiveram-se mas não utilizaram o seu direito de veto para bloquear o texto.

 

A Rússia também lamentou esta intervenção militar internacional, efetuada no âmbito de uma resolução da ONU "adotada à pressa".

 

Ministério chinês dos Negócios estrangeiros sublinhou hoje num comunicado a sua oposição ao uso da força nas relações internacionais.

 

"A China tomou nota dos últimos desenvolvimentos na Líbia e manifesta o seu lamento relativamente aos ataques militares contra a Líbia", indicou o comunicado.

 

O texto, que não apelou a um cessar-fogo, sublinhou que Pequim respeita "a soberania, a independência, a unidade e a integridade territorial" do país.

 

Japão apoia ataque

 

O Japão manifestou hoje o seu apoio ao ataque efetuado pela coligação internacional contra as forças do líder líbio Muammar Kadhafi e condenou a repressão do levantamento popular na Líbia.

 

"O governo japonês apoia as medidas tomadas pelos Estados-Membros da ONU de acordo com a resolução 1973 do Conselho de segurança", indicou num comunicado o ministro dos Negócios estrangeiros, Takeaki Matsumoto.

 

França envia porta-aviões e submarino nucleares para a Líbia

 

O porta-aviões nuclear "Charles de Gaulle" partiu ao início da tarde, escoltado por três fragatas e um submarino nuclear de ataque.

                                                                                  

O "Charles de Gaulle" partiu de Toulon, sul de França, às 13h20 locais (12h20 Lisboa) e leva dois mil marinheiros a bordo.

 

A sua chegada ao largo da Líbia está prevista para dentro de pouco mais de 30 horas.

 

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Com 20 aviões, dos quais 15 caças, e vários helicópteros, a bordo, o porta-aviões nuclear é escoltado por três fragatas e por um submarino nuclear de ataque.  

 

De acordo com fontes concordantes, cerca de 700 dos marinheiros a bordo são fuzileiros preparados para desembarque e combates em terra.

 

Recorde-se que a resolução aprovada no Conselho de Segurança da ONU não autoriza desembarque de tropas e combates em terra.

 

* Informações de Lusa/Expresso (Portugal).

 

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Líbia:

Caças franceses atacam forças de Kadafi

Para muitos, a manobra da França em atacar os líbios com os caças Rafale,

soa mais como uma jogada de marketing do que uma ofensiva de guerra.

  Da Redação*

Via Fanzine

19/03/2011

 

O caça francês Rafale.

 

De acordo com informações das agências internacionais, aviões franceses abriram fogo contra tropas de Muammar Kadafi na Líbia, nesse sábado, 19/03. O governo líbio anunciou o cessar fogo ontem, no entanto, as agências informaram suas tropas continuaram promovendo ataques.

 

A agência EFE informou que anuncio da ofensiva foi feito pelo Ministério da Defesa francês, que ressaltou que a missão pretende garantir a exclusão do espaço aéreo e evitar ataques contra a população civil.

 

A mesma fonte informou que Thierry Burkhard, coronel do Estado-Maior do Exército, indicou em entrevista coletiva que um dos caças franceses envolvidos nas operações desta tarde realizou "um tiro contra um veículo militar". A missão, que ainda não tinha terminado quando Burkhard falava à imprensa em Paris, aconteceu "com meios franceses", com um total de 20 aviões apoiados por duas fragatas que se encontravam na região.

 

No entanto, também colaboraram aviões radar Awacs de outra nacionalidade, indicou o coronel do Estado-Maior, que não quis precisar o país de procedência.

 

O oficial justificou a iniciativa francesa afirmando que era necessário atuar "rapidamente", embora tenha se esforçado em insistir que se trata de uma intervenção internacional, e que a França espera que outros países tenham seus dispositivos em prontidão.

 

A operação começou por volta das 11h (7h de Brasília) com a decolagem de quatro caças Rafale da base francesa de Saint Diziers. Às 15h (11h) se somaram outros aviões de combate Mirage com o objetivo de "atacar alvos militares" caso fosse constatado que as forças de Kadafi atuavam contra a população civil.

 

Demonstração de eficiência?

 

Para muitos, a manobra da França em atacar os líbios com os caças Rafale, soa mais como uma jogada de marketing do que uma ofensiva de guerra. Não resta dúvida que a manobra será um teste prático e de exibição para os caças Rafale, que se tornaram um fracasso de mercado, sendo usado somente pela força aérea francesa.

 

A França está na eminência de vender mais de 30 caças Rafale ao Brasil, sendo um dos três finalistas do Projeto F-X2 da FAB/Ministério da Defesa do Brasil.

 

* Com informações da EFE.

- Foto: Rafale/divulgação.

  

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